POV HOTCH

Já havia passado o horário do almoço, eu havia acabado de deixar Jack com Jessica, afinal não queremos que ele pegue esse maldito resfriado. Sento em meu sofá e vou reler alguns casos, mesmo não podendo ir viajar com os outros, isso não significa que eu não possa ser útil em minha função. Estou concentrado lendo, quando recebo um telefonema, olha no identificador de chamadas e vejo que é de Quântico, logicamente eu atendo. “Hotchner” eu digo em meu tom habitual “Agente Hotchner, aqui é o Anderson” Eu estranhei a voz dele, ele estava nervoso “O que aconteceu Anderson?” “Senhor, o jato sofreu um acidente” ele disse sem rodeios, demorei um pouco para me situar “Eles...” eu não tive coragem de terminam “Sim senhor, eles morreram instantaneamente” “Estou indo para ai” eu disse.

Sai o mais depressa que pude, isso não poderia ser verdade, isso não poderia estar acontecendo. Eles não deveriam nem ir para esse caso, mas Dave insistiu e Garcia disse que não teria problema, ela iria também. O céus, Dave agora que ele conheceu sua filha. Garcia, o que vou dizer ao Kevin? Morgan, o que vou dizer para a mãe dele? Kate? O que eu diria para o marido e a sobrinha? JJ, o que vou dizer para Will e o pobre Henry? E Reid? Apesar de tudo, sua mãe ficará arrasada. Sem pensar duas vezes, se é que eu pensei uma, ligo para um número que não ligo a muito tempo.

POV EMILY

Estava trabalhando quando meu celular toca, vejo o identificado de chamadas e atendo mais que depressa “Hotch?” “Eu preciso de você Emily” ele disse, sua voz estava estranha, mas eu me lembro muito bem de ouvir esse tom de voz antes, quando Hayley morreu. Quando eu fui perguntar o que tinha acontecido a linha ficou muda. Eu queria poder mandar o telefone na parede, mas não podia, por mais que eu estivesse com raiva dele, eu não poderia descontar em meu telefone. E por mais que eu esteja brava com ele, eu sei que ele não me ligaria atoa, eu sei que ele não estava em seu estado normal. Imediatamente ligo para Clyde na esperança dele me arrumar um voo para a Virginia imediatamente e rezo para que ele se disponha a me substituir, porque tenho a terrível sensação que as coisas não ficarão melhores.

POV HOTCH

Eu não podia acreditar que isso realmente estivesse acontecendo. Quando cheguei na BAU, fui direto para o escritório de Cruz, ele me confirmou o que Anderson tinha dito, ele ainda se ofereceu para ligar para as famílias deles, mas eu não deixei, isso era minha obrigação, era o mínimo que eu poderia fazer por eles.

Horas mais tarde, Cruz e Anderson me convenceram a ir para casa, afinal já não havia mais nada que eu pudesse fazer, mais uma vez eu falhei com minha família.

Quando cheguei no corredor do meu apartamento, eu a vi. Ela estava escorada na porta, uma mala grande ao seu lado e me olhando tristemente. Quando eu me aproximei, eu não sabia o que dizer, se eu não sabia quando eu liguei para ela, imagina agora, mas ela não esperou que eu falasse, ela me abraçou e desabou a chorar. Ficamos ali por tanto tempo, que poderia ter sido minutos ou até mesmo horas. Quando ela se afastou, ela olhou para o lugar em minha camisa que ela manchou de lagrimas “Desculpe” ela pronunciou ainda sem me olhar nos olhos. “Tudo bem” eu disse levantando seu queixo, ela finalmente me olhou nos olhos.

POV EMILY

O enterro de Rossi foi marcado pela presença de muitos chefes de alguma coisa, tinha juízes, promotores e agentes. Ele foi enterrado ao lado de Carolyn, em sua lapide estava escrito Herói, o que claro não estava longe da verdade, mas que eu podia muito bem imaginar ele fazendo algum comentário a respeito, sorri com esse pensamento, Hotch olhou para mim e apertou a minha mão.

Fomos ainda no enterro de Kate, que eu não tinha conhecido. Fomos ao de Penélope, ao do Morgan que foi em Chicago.

Estávamos agora no enterro de JJ. Uma incrível mulher estava escrito em sua lapide, realmente era adequado, JJ era uma mãe incrível, uma agente extraordinária, não duvido que tenha sido assim como esposa e como filha, e muito menos como irmã, afinal ela foi a irmã que não tive. Seu funeral foi simples, como de acordo com Will ela havia pedido, assim como também pediu para que fosse enterrada na Pensilvânia. Eu estava ao lado de Hotch, quando Henry veio até nós, o pobre garotinho estava desolado, eu o peguei no colo, confesso que tive que fazer uma força extra “Você vai voltar para Londres, tia Emily?” eu olhei o garoto nós olhos, a verdade, é que esses últimos dias me abalaram de uma maneira indescritível. “Não querido” vi um pequeno sorriso aparecer em seu rosto “Tio Hotch e Jack ficarão felizes. E eu também” ele me abraçou e desceu indo até seu pai.

POV HOTCH

Eu estava sentado em frente a mãe de Reid, Emily estava ao meu lado. Ao me identificar como chefe de Reid, ela me perguntou o que tinha acontecido ao filho, já que ela não havia recebido cartas recentemente. Foi então, que tomando uma respiração profunda e recebendo um aperto nas mãos de Emily, eu disse a ela. Foi no mínimo estranho, quando ela confessou que já sabia, de fato era verdade que o acidente foi notícia em todo o país, mas de acordo com os médicos, ela ainda não sabia. Trocamos algumas histórias sobre Reid, até que ela disse que tinha que se retirar, que precisava passar por seu luto. Emily e eu dissemos que entediamos, ela nos abraçou antes de sair e disse “Bem que Spencer me disse que vocês são um lindo casal” antes que pudéssemos protestar ela já tinha saído.

Estávamos em um avião voltando para casa, quando eu finalmente toquei no que ela havia dito para Henry “Você vai realmente ficar?” ela me olhou nos olhos “Sim”.

Quando chegamos, voltamos para o meu apartamento, ela estava dormindo no quarto de Jack, que estava ficando com Jessica. Ela se sentou no sofá, eu servi dois copos de whisky, entreguei um para ela.

“Desculpe-me” eu disse, depois de um longo tempo em silencio, ela juntou as sobrancelhas “Pelo que?” “Por ter deixado você ir embora. Nos últimos dias eu percebi o quanto a vida é curta, eu não deveria ter deixado você ir embora Emily.” Ela me olhou triste “Mas deixou” coloquei meu copo na mesinha de centro e me aproximei dela, ela não recuou, “Eu estava com medo Emily, fazia anos que eu não sinto isso, que eu fiquei com medo que eu pudesse te machucar, eu achei mais fácil te deixar ir, do que lutar para te convencer a ficar”.

POV NARRADORA

Doze anos depois.

Nathan White o mais novo agente da UAC, olhava seu chefe em sua sala “Ele nunca sorri?” o loiro novato perguntou para a colega mais velha “É muito difícil” Kirsten Bell respondeu. “A não ser que ela esteja presente” Agente especial supervisor Anderson interveio, quando a chefe de seção Prentiss estava batendo na porta do chefe de unidade. “Dizem que eles são amantes” Isabel Carter, a jovem agente de comunicações disse, “Isso é bobagem, ela é membro da antiga equipe dele” Adam Collins, o cético da equipe se manifestou. “Achei que a antiga equipe dele tivesse sido morta em um acidente” Nathan disse, “E foi, mas chefe Prentiss estava na interpool” Anderson disse e ainda completou “E se quer uma dica para permanecer nesse emprego, não toque no acidente e muito menos ouse tocar na memória deles” ele saiu, com um pensamento em mente: crianças.

Emily entrou no escritório de Hotch, ele sorriu ao ver ela e claro que ela fez o mesmo, “Mantenha-se sério Hotch, não queremos estragar a sua fama de chefe durão” ela disse indicando os agentes conversando lá em baixo “Certamente, em que posso te ajudar chefe Prentiss” ela fez que sim com a cabeça, “Jack chega em meia hora” ela disse olhando o relógio, “Te espero no carro” ele ergueu uma sobracelha “Achei que gostasse de manter as aparências chefe” ela sorriu “Eu gosto, mas meu carro está na oficina. E não se atrase” ela disse a última parte bastante séria.

Enquanto esperavam o jovem estudante de Harvard no aeroporto ele começou “Não gosto do novato” ela não olhou para ele “É porque ele te lembra o Reid?” Não houve tempo para que ele respondesse, pois rapidamente um jovem de cabelos loiros escuros já estava abrasando os dois. “Pensei que jovens não abrasassem” Hotch comentou “E eu pensei que estivesse com saudades do seu filho pai, pelo menos Emily não reclama” a mulher de cabelos negros riu. “E onde estão os pestinhas?” Hotch sorriu “Provavelmente devem estar quebrando os vasos antigos da mãe deles” Emily colocou as mãos na cintura “Aaron Hotchner, acho bom que seus filhos não quebrem aqueles vasos, eles são presentes da minha mãe, você conhece ela” ela disse severamente. “E como” Os homens Hotchner disseram em unissom, ambos lembrando de quando Emily apresentou Hotch para a mãe como seu novo namorado. A velha tinha um olhar tão mortal que Hotch teve até medo, mas talvez não fosse devido ao fato de que eles estivem namorando e sim, porque Emily estava gravida.

“Jack!” Três crianças gritaram e foram pra cima do irmão mais velho. “Oi” o garoto Hotchner mais velho respondeu.

Durante o jantar daquela noite, eles eram uma família verdadeiramente feliz. A chefe Prentiss, que havia assumido o trabalho há cinco anos, pois estava de volta de uma licença bem grande, era apenas a mãe feliz em ver os filhos e o marido feliz. O chefe Hotchner, que embora não quisesse permanecer no cargo, mudou de ideia, graças a uma certa agente de cabelos negros, era um homem feliz, enquanto via seus filhos trocarem histórias alegremente e o sorriso verdadeiro no rosto da esposa. Jack, é um rapaz agora, estudando direito em Harvard, mas está feliz de poder visitar a família, sim ele ama seu pai, sua madrasta e seus irmãos, afinal foram eles que trouxeram vida para ele e seu pai. Spencer David Hotchner é o segundo garoto Hotchner, os mesmo cabelos e olhos escuros do pai está feliz em ter todos a mesa, especialmente o irmão Jack, com quem compartilha as histórias de futebol. Penélope Morgan Hotchner a gêmea de Spencer, que adora tudo que é cor de rosa, mas alimenta um espirito competidor está feliz em ver a família sorrindo. Kate Jennifer Hotchner a caçula da família dona de cabelos castanhos escuros, está feliz ao também compartilhar as histórias de como está indo no futebol e claro atormentando seu irmão Spence, como ela o chama carinhosamente.

Eles não sabem exatamente o porque da escolha de seus nomes, apenas que eram nomes de grandes pessoas, de verdadeiros heróis, como Jack disse certa vez. É claro que eles já ouviram as história de como tio David era um escritor famoso e melhor amigo do pai, é claro que eles souberam das encrencas que Morgan e Penélope se metiam, é claro que eles souberam do carinho que a mãe nutria pela amiga Jennifer, é claro que eles descobriram que Spencer era um gênio e um amigo preocupado, é claro que eles souberam que Kate era uma mulher admirável. É claro que eles sabia que tinham grandes nomes, pertencentes a pessoas incríveis e todos os dias eles se lembravam de honra-los, pois embora não tivessem conhecido eles, eles conheciam seu legado.