A loira saiu do ónibus quase aos tropeções. Era 10h15, e tal como combinaram. No entanto antes que metesse caminho até á casa do Jackson sentiu um aparelho vibrando no bolso das Jeans. O Visor do BlackBerry dava alerta de uma nova mensagem

Daniel diz:
Gostei de estudar com você ontem, nos vemos hoje?

Annabeth deu um sorriso leve, girou o celular na mãos e digitou rapidamente.

Annabeth diz:
Hoje não dá, tenho de trabalhar.

E rapidamente recebeu resposta.

Daniel diz:
Tudo bem nos vemos amanhã então.

Ao ler isto, a loira colocou de novo o celular no bolso, ajeitou a mala ao ombro e caminhou pela rua. Não demorou até chegar ao prédio. Subiu as escadas rapidamente, não estava com paciência para esperar o elevador, havia sempre gente a usa-lo. Levou a mão a bolso do casaco, tirando as chaves do bolso. O Senhor Jackson dera-lhe aquela chaves 4 meses depois de Annabeth começar a trabalhar lá em casa. Colocou a chave na ranhura da porta e abriu. No entanto entrar se deparou com algo... belo.

Percy estava só em calças de treino, treinando musculação enquanto ouvia musica pelos fones.. Levantava os pesos sucessivamente. Annabeth encarava a cena com estranha admiração, fitava os braços fortes se contraindo perante o esforço, o suor que escorria pela testa até ao peito deixava a loira completamente desnorteada. Bateu a porta devagar tentando não o incomodar, no entanto o moreno por notar.

– Annabeth – sorriu – Está aí há muito tempo?

– Não... acabei de chegar... eu vou só trocar de roupa.

– oh okay não se preocupe, eu vou só fazer mais uns exercícios.

– Tudo bem – sorriu a loira. O Jackson assentiu continuando assim se exercitando. Ela sorriu, caminhou até ao banheiro e vestiu a farda braca que usava todos os dias. Quando chegou á sala, o moreno já havia terminado a sua sessão de treino. Retirou os fenos do ouvido limpando o corpo com a toalha branca.

– Cansado? – riu Annabeth.

– Sim – respirou ele com dificuldade – Mas faz bem sabe? Ajuda a afastar os pensamentos.

– Em que tanto pensa?

Em você.

– E tudo no geral – mentiu ele.

– Vá – sorriu a Chase – Vá tomar um duche, que eu preparo algo para você.

– Você é demais – elogiou ele colocando a toalha ao ombro.

– Eu sei – riu ela atando o avental no corpo.

– Qualquer coisa tou lá e cima – Percy sorriu, deu o beijo na testa dela e saiu.

– Você me mima demais – gargalhou ele subindo as escadas. Entrou no quarto se dirigindo ao banheiro. Estava completamente suado, retirou as calças no entanto antes que pudesse retirar a zunga ouviu o seu celular tocando. Procurou o pequeno aparelho, que se encontrava em cima do criado-mudo.

P – Está quem fala?

G – Hey cara é o Grover

Grover era um amigo de Percy, um dos poucos verdadeiros que tinha, desde do liceu se conheciam e apesar de terem seguido faculdades diferentes ambos nunca perderam contacto.

P – Fala Grover.

G – Amanha quer ir sair?

P- Onde?

G – Sei lá Pers, faz tempo que não vejo você, cinema? O que acha?

P – Tudo bem então.

G – depois vamos beber um copo conheço um óptimo bar aqui.

P – Vá tudo bem. – riu Percy – Amanha encontro você no Shopping.

G – Tá, um abraço.

P – Vá tchau meu amigo.

E desligou.

Percy sorriu, seria bom ter o que fazer num Domingo, especialmente porque era o dia de folga de Annabeth. Não queria ficar em casa sozinho, e era bom ter Grover como amigo. Pousou o celular em cima da cama. Despiu a zunga rapidamente, no entanto antes que pudesse caminhar de volta para o banheiro a porta se abriu rapidamente.

– Senhor Jackson está o seu chefe ao... – a loira paroi, visualizando a cena envergonhada – AI DEUS SENHOR JACKSON ME DESCULPE.

Percy so teve tempo de se cobrir com as mãos e o seu rosto queimava de tamanha vergonha.

– Não tem mal Annabeth – falou ele nervosamente. Annabeth tapava a vista com a mão, as suas bochechas ardiam revelando um rubor vermelho vivo. – Eu... eu vou se me tapar tá bom – puxou o lençol da cama atando á cintura. – Pronto, já pode olhar.

– Certeza? – encarou a loira.

– Certeza- gargalhou ele estranhamente divertido.

Annabeth destapou a vista lentamente, suspirou ao ver o Jackson já “apresentável”.

– Desculpe – murmurou ainda constrangida.

– Não há problema – riu ele sarcástico – Você só me viu completamente nu.

– Eu... er.... era só para falar.... er...

– Annabeth? Respira tá bom – continuou rindo ele.

– O seu chefe ligou... ele... eu falei que você tava ocupado, e ele falou que assim que o senhor pudesse liga-se para ele.

– Ah tá bom obrigado – falou ele penteando os cabelos.

– Sim – falou ela ainda atordoada.

– Annabeth?

– Sim?

– Eu tenho de tomar duche – gargalhou ele.

– Anh? AH SIM – exclamou ela acordando do transe. O moreno riu mais ainda. Annabeth corou até á raiz dos cabelos, abriu a porta e saiu... Fechou os olhos, aquela visão não lhe saia da cabeça. A memoria de Percy completamente nu viajava pela mente da garota... cerrou os olhos com força tentando a todo custo afastar o “episódio” da cabeça. Respirou fundo, voltando para a cozinha. Fez rapidamente o lanche do patrão, panquecas azuis - as preferidas dele - e um suco de laranja natural. Ouviu os passos dele descendo pelas escadas. Os cabelos estavam molhados, e cheirava á colónia masculina habitual.

– O lanche está quase pronto – anunciou ela.

– Annabeth? – chamou o Jackson envergonhado.

– Sim Senhor Jackson.

– Eu – houve silêncio, Percy tentou conter mas soltou uma risada tímida – Desculpe... eu...

– Não, quem tem de pedir desculpa sou eu – interrompeu a loira – fui eu quem entrou que nem uma desvairada, e fui eu que interrompeu o seu duche, e acabei por ver você...er...você...

– Pelado? – completou o Jackson sorridente.

– Isso... pelado - falou a loira envergonhada.

– Er... bem... esqueça isso tá bom? Aconteceu – falou Percy.

– O lanche está pronto... está com fome? – perguntou a loira tentando mudar de assunto.

– Sim – sorriu ele olhando fixamente nos olhos dele.

– Então é vá se sentar que eu levo rapidinho – sorriu ela. Ele assentiu caminhando para a sala-de-jantar. Annabeth pegou no prato com as panquecas juntamente com o jarro grande de suco, levando eles para a mesa.

– Você fez panquecas azuis? – riu o Jackson.

– Eh eu decidi fazer hoje... gostou?

– Se gostei? Já fazia anos que eu não comia isso...

– Eh eu sei disso, espero que estejam tão boas como as que comia.

– Com certeza que estão. – sorriu ele meigamente. Antes de começar a comer, se levantou rapidamente.

– Você ontem deixou isso aqui – explicou ele tirando a caixa de cartão da gaveta de uma cómoda.

– Oh desculpe estava com tanta presa que nem lembrei. – sorriu ela – Eu vou colocar isso ao lado da minha mala para não esquecer.

– Como correu o encontro? – engoliu ele em seco.

– Não foi um encontro... – negou Annabeth. – Era um amigo que precisava de esclarecer umas duvidas nos estudos.

– Ah ta... nunca me falou desse amigo.

– Conheci ele no dia quem você foi de viagem – afirmou ela limpando os moveis, enquanto o Jackson saboreava a comida.

– Pensei que fosse eu, não... namorado.

– Oque? Não, ele é apenas um amigo... só isso.

Óptimo.

– O deus estas panquecas estão...– ele engoliu rapidamente ou pedaço – deliciosas.

– Tá gostando?

– Se eu tou gostando? – o Jackson arqueou uma sobrancelha – Eu tou amando.

– Ainda bem que gosta – sorriu Annabeth...