Rebekah’s POV.

Não demorou muito e estávamos nos corredores de paredes cinza da S.H.I.L.D. Quase todos ali estavam de terno ou roupas pretas, mas não me importei, eu estava quase igual.

— Capitão, Rebekah. – Cumprimentou a agente loira do apartamento com aceno de cabeça, que eu imitei.

— Vizinha. – Steve falou simplesmente nem a olhando, o que me fez querer sorrir.

Aproximamo-nos de um homem de terno que estava parado em um porta, que logo deu um sorriso falso ao ver Steve.

— Capitão, sou Alexander Pierce. – Steve apertou a mão do homem e voltou sua atenção a mim. – E a senhorita é?

— Rebekah Mikaelson – Cumprimentei sem apertar sua mão, apenas ficando do lado do Steve ..

— Entrem. – Ele falou nos dando espaço e Steve como cavaleiro me deixou passar na frente.

A sala com certeza era enorme, quase quanto os quartos que eu tinha em mansões com meus irmãos. Sentei em um sofá que havia no canto da sala, enquanto Steve conversava com o homem, que não me parecia confiável.

Alexander não parava em um lugar da sala e evitava olhar para Steve, sua postura ereta mostrava que era o líder e mudava de assunto frequentemente, ele falava enquanto eu fingia que não ouvia. Não pude deixar de notar que Steve ficava extremamente sexy no seu uniforme e isso me fez rir.

— Capitão por que Nick estava no seu apartamento ontem? – Ele foi direto ao assunto, quando comecei a prestar atenção.

— Eu não sei. – Sussurrou triste, mas eu podia capitar um pouco de mentira nele.

— Ela estava com você certamente. – Ele analisou, enquanto eu me levantava e sentava do lado de Steve assentindo. – O que você tem haver com tudo isso?

— Sou namorada do Steve e Nick também me queria na S.H.I.E.L.D, por isso me colocou para ficar de olho nele. – Menti rapidamente com tanta facilidade que o mesmo acreditou, Steve tentava não parecer surpreso.

— Vocês sabiam da escuta? – Perguntou.

— Sabia. – Steve respondeu por nós dois. – Nick me contou.

— E falou que fui eu quem grampeou? – Ele indagou e não ouve resposta da nossa parte. – Quero que veja uma coisa.

Ele apertou um controle e uma tela apareceu pendurada no teto com o vídeo de um homem em um interrogatório. Dois ao meu lado, começaram a discutir calmamente enquanto eu me mantinha em silencio, apenas observando, principalmente Steve. O que esta acontecendo comigo?

— A venda não ocorreu bem e Nick foi morto. – Pierce informou e Steve desviou o olhar dos papeis a sua frente.

— Se conhece Nick Fury direito, sabe que não é verdade. – O loiro alterou a voz, de um jeito quase assustador.

— E do que acha que estamos conversando? – Ele revidou.

Pierce se levantou e Steve o seguiu até a janela enorme de vidro, enquanto continuava sentada olhando se alguma coisa ruim aconteceria. O moreno falou alto o bastante para sua voz ecoar pela sala como se quisesse atenção de todos.

Ele continuou a discursar falsamente sobre ter um mundo melhor e inimigos até jogar sério.

— Você foi o ultimo a ver Nick e eu acho que não foi por acidente! – Acusou tão paranoico quanto Klaus. – Pergunto de novo, por que ele estava lá?

— Ele me disse para não confiar em ninguém. – Steve mostrou claramente que não confiava no homem a sua frente.

— Imagino se isso incluía a ele ou ela? – Apontou para mim. Steve nem se quer se virou, ele escutou quando Fury disse que eu era de confiança.

— Sinto muito, mas foram as ultimas palavras dele, com licença. – Ele terminou a conversa, virando na minha direção e estendendo a mão que eu aceitei e me levantei da cadeira. Peguei seu escudo e coloquei em suas costas, enquanto andávamos lado a lado. 

— Capitão alguém matou meu amigo e eu quero descobrir por que. – Alexander alterou a voz se apoiado na mesa. – Se alguém entrar no meu caminho vai se arrepender. Qualquer um.

— Entendido. – Steve assentiu e saímos da sala.

Andamos em silencio pelo corredor até entrarmos no elevador completamente de vidro que mostrava a paisagem lá fora.

— Controle de operações. – Pediu ele e uma voz eletrônica confirmou.

Antes que a porta se fechasse ou eu falasse alguma coisa, vários homens entraram no elevador e pude reconhecer um que estava no hospital conosco antes. Olhei rapidamente para Steve que se manteve do meu lado e novamente para a paisagem, vendo que passamos a noite em claro.

— Capitão. – Ele acenou.

— Rumlow. – Cumprimentou o homem a sua frente.

Ficamos em silencio e a porta se fechou e logo o elevador começou descer. Pude perceber que era uma cilada, assim que Rumlow tirou lentamente um bastão pequeno da manga, olhei em volta e nenhum dos homem saíra depois de alguns andares.

— Encontramos pistas no telhado, quer que eu prepare a equipe? – Perguntou Rumlow.

— Vamos ver primeiro. – Steve falou olhando para a manga da camisa do homem que já se podia ver a ponta do bastão.

A porta se abriu e mais dois homens entraram. É mais diversão, revirei os olhos quando vi a maioria com a mão em cima da arma presa na cintura.

Steve deu passos para frente me puxando junto com ele e disfarçadamente, estávamos ficando de costas um para o outro.

— Sinto muito, pelo que aconteceu com Fury, foi chato tudo que aconteceu. – Rumlow voltou a falar.

— Obrigado. – Steve respondeu como se mostrasse interesso.

 A porta se abriu e mais três homens. Segurei a risada, isso já esta divertido. Steve me encarou e eu assenti sorrindo para ele, as portas se fecharam e todos queriam um andar antes do que o Steve pediu.

— Antes de começarmos, alguém quer sair do elevador? – Steve indagou e eu finalmente ri, sabendo que eram ordens que eles não podiam negar.

 Foi tudo rápido, o bastão desceu da manga se mostrando elétrico e todos foram para cima de Steve, enquanto apenas um tentou me segurar. Eu disse tentou, revirei os olhos com o machismo deles. Eu não podia matar, mas desacordar era outra coisa, com apenas um golpe eu bati em seu pescoço e o mesmo caiu desmaiado, isso foi distração para os demais e Steve aproveitou e chutou o botão, fazendo o elevador travar no lugar. Com minha velocidade vampira eu derrubei quatro, enquanto Steve cuida de outros, mais dois veio para cima de mim e eu não medi forças ao dar um soco no rosto de um e um chute nos países baixo do outro, apenas para levar um soco em seguida, Steve foi segurado pelo pescoço por cara corpulento e por mais um nos braços. Não sei por que, mas fiquei com raiva.

Em piscar de olhos eu estava sufocando o que estava no pescoço do loiro, enquanto Steve batia no pequeno. Senti alguém puxar meus cabelos me jogando na parede. Nada malicioso. E isso foi a bastante para deixar minhas presas aparecerem e sumirem antes de Steve visse, já ia para cima dele quando Steve usou o escudo, chocando no rosto de Rumlow, que caiu desmaiado.

No final eu peguei sete e Steve nove. Ele era bom, para um humano.

— Fazemos uma bela dupla. – Ele elogiou e eu sorri orgulhosa, era a primeira pessoa que não me achava fútil. Havia um tipo de algema de ferro e imã em seu pulso, que peguei e quebrei com as duas mãos.

Ele apertou o botão para que o elevador abrisse e para nossa surpresa, havia mais de vinte homens apontando as armas para nós. Ele foi rápido com o escudo e quebrou o cabo de aço, fazendo o elevador cair em alta velocidade alguns andares até parar com as travas de segurança. Ajudei a abrir a porta com facilidade e meus olhos se arregalaram com mais homens e logo fechamos a porta de novo, ele olhou em volta procurando outra saída. Não sei o que foi que a adrenalina, eu quebrei o vidro com um soco e segurei-o pelo os ombros, ficando colada atrás dele e dei impulso para pularmos, quando dei por mim era mais de dez andares. Steve foi rápido colocando a escudo na frente do nosso corpo, e atravessamos um teto de uma rampa e chocamos com o chão deitados.

Levantei-me em um salto e o puxei para que ficasse em pé. Sem tirar o escudo do braço saímos correndo, com ele segurando minha mão, o que causou uma corrente elétrica, mas acho que foi só a adrenalina contínua. Corremos até a garagem e subi na garupa da sua moto logo depois dele que acelerou rápido, saindo em disparada. Os portões estavam se fechado, mas Steve levantou a frente da moto que saltou sobre as grades de ferro, antes que eu pudesse avisar sobre nosso outro obstáculo. Um jato apareceu aportando varias tipos de armas em nossa direção.

— Rendam-se agora! – A voz masculina passou por nós em auto som.

 Steve acelerou mais ainda e eu sabia o que ele iria fazer. O loiro jogou seu escudo e pulou para cima da nave, enquanto eu pegava a direção, pude ver claramente ele acertando a nave com seu escudo causando uma explosão. Freei a moto de uma vez, fazendo com que um pouco de fumaça subisse do chão.

— Meu Deus, se todos os dias com você for assim eu vou adorar!  - Exclamei sorrindo e Steve riu, subindo na moto agora me deixando na frente.

— Vamos para o hospital, temos que pegar o pen drive. – Ele falou e eu não esperei mais nada e acelerei.

Chegamos lá em menos de dez minutos e acho que Steve acaba de ganhar multas de velocidade. Antes de entramos roubo um moletom preto e estendo para Steve que coloca para que ninguém o reconheça. Andamos pelos corredores pouco movimentados com presa e paramos em frente a maquina de doce, que para nossa confusão o dispositivo não se encontrava lá.

Vi o reflexo de Natasha atrás de nós mascando um chiclete e sorrindo quando tocou em nossos ombros. Steve foi rápido em segura-la e arrasta-la até a porta de uma sala vazia que eu abri e logo fechei.

— Onde está? – Ele perguntou presando ela na parede.

— Seguro. – A ruiva sussurrou.

— O que mais? – Steve perguntou.

— Onde vocês conseguiram? – Ela olhou para mim, mas logo voltou seu olhar a ele.

— Por que nós te diríamos? – Perguntei com sarcasmo na voz.

— A S.H.I.E.L.D. quer tirar o pen prive de você, por quê? – Natasha perguntou.

— O que tem nele? – Steve estava tão próximo do seu rosto e eu me senti desconfortável.

— Eu não sei. – A ruiva por mais que estive irritava não demonstrava.

— Para de mentir! – Retrucou ele.

— Eu não estou mentido, eu só finjo que sei das coisas Rogers. – A ruiva declarou.

— Sabia que o Fury contratou os piratas? – Perguntei e ela piscou algumas vezes.

— Isso faz sentido, Nick precisava entrar de algum jeito...

— Eu não vou perguntar outra vez. – Ele balançou ela.

— Eu sei quem matou Fury. – Ela hesitou. – A maioria dos grupos de espionagem não acredita que ele exista, os que acreditam o chamam de Soldado Invernal, ele é responsável por mais de vinte assassinatos nos últimos cinquenta anos.

— É uma historia de fantasma. – Ele ainda não acreditava.

— Ela esta falando a verdade. – Declarei e os dois me olharam por um segundo.

— Em uma missão eu estava protegendo um cientista e alguém atirou nele o matando, através de mim – Ela ergueu um pouco a camisa mostrando uma cicatriz de tiro. – Bay bay biquínis!

— É com certeza você deve ficar horrível na praia. – Ele falou irônico e aquilo me irritou.

— Vamos descobrir o que o fantasma quer, agora temos que sair daqui. – Declarei os puxando para fora da sala.

Saímos do hospital escondendo o rosto de alguns agentes que apareciam, na porta vimos vários agentes da S.H.I.E.L.D  envolta da moto de Steve.

— Me desculpe eu devia ter escondido ela. – Falei e ele balançou a cabeça. - Vamos

Guiei-os até a rua de trás do hospital e olhei em volta garantindo que ninguém estava nos vendo, entrei no beco escuro com eles logo atrás de mim. Lá estava o camaro preto e branco refletindo luz como se estive brilhando. Dei um sorriso largo.

Entramos no carro, eu no volante, Steve ao meu lado e Natasha atrás. Dirigi rápido até o Shopping mais próximo e descemos.

— A primeira regra de estar fugindo é não corra, ande! – Natasha ordenou, enquanto eu quase corri até a loja mais próxima.

— Se eu correr para nós salvar, você agradece. – Steve respondeu.

Os dois me olharam irritados e eu revirei os olhos pegando um boné, um óculos, dois moletons e uma jaqueta.

— Que tal a segunda regra ser, se disfarce? – Perguntei sínica entregando o boné, o óculos e um moletom ao Steve que sorriu e outro a Natasha que me olhava com um olhar de “Vai ter troco” e eu vesti a jaqueta vermelha jogando as outras roupas no lixo.

Fomos até uma loja de notebooks. Enquanto os dois olhavam o que tinha no computador, eu comprava o de melhor qualidade na hora, depois de pago o coloquei dentro da minha bolsa voltando ao lado deles.

— O pen drive tem um detector, assim que ligarmos S.H.I.E.L.D saberá onde estamos. – Natasha falou não tirando os olhos do computador, enquanto Steve e eu olhávamos em volta.

— Quanto tempo teríamos? – Steve perguntou.

— Ah bom, nove minutos começando... – Ele colocou o pen drive. – Agora. Fury tinha razão sobre o navio. Estão tentando esconder alguma coisa, o pen drive esta protegido por um tipo de código que fica se repetindo para prevenir meus comandos.

Suspirei irritada, enquanto Steve recostava em mim.

— Consegue anular? – Perguntei.

— Bom, a pessoa que fez isso é um pouquinho mais esperta que eu. – Ela olhou de relance para nós. – Um pouquinho.

— Eles chegaram, consigo ouvir. – Falei ouvindo os motores e os comunicadores deles.

— Vou tentar usar um rastreador. – Exclamou Natasha e vi um monitor da loja se aproximando.

— Estão precisando de alguma coisa? – Perguntou ele tentando ver a tela, mas coloquei Steve na frente.

— Ah não meu noivo, eu e a irmã dele estamos procurando um lugar para passar a lua de mel! – Exclamou Natasha sorrindo para o homem a minha frente.

— Ah meus parabéns! – Ele sorriu gentil. – Então já sabem para onde vão viajar? – Ele perguntou e Steve olhou para o computador.

— New Jersey. – Respondeu, então o homem olhou novamente para Steve e abriu a boca.

— Você não é o... – Eu o interrompi, olhando em seus olhos.

— Você não o reconheceu e não vai se lembrar de nós, agora sai. – Falei o compelindo e o mesmo piscou algumas vezes e saiu.

— O que você... Deixa para lá, Natasha você disse nove minutos. – Ele olhou o relógio.

— Shii, relaxa. – Ela ainda olhava o computador. – Consegui.

O computador mostrou a localização exata e Steve se aproximou mais.

— Você conhece? – Natasha perguntou.

— Conhecia. – Ele respondeu e tirou o pen drive, colocando o no bolço.