Counting Stars escrita por Queen B


Capítulo 30
Welcome to the Avengers Tower


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou na cara mais lavada, como se nunca houvesse sumido.
Eu mesma huashaus.
Primeiramente, há alguém ainda por aqui? Se a resposta for sim, espero que possam me perdoar pela demora. Mas vocês devem saber que nem sempre é fácil escrever um história, já que estamos sempre em risco de um lindo bloqueio de criatividade.
E foi exatamente isso o que me ocorreu. Não parece grande coisa, mas é a verdade haushaus.
Eu estava pensando em até montar um cronograma, ou algo assim, para ter os dias exatos da qual eu deva postar novos capítulos, mas eu nunca me dei bem com isso, então vamos ver como será daqui em diante.



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Se despedir das pessoas que amamos nunca é uma coisa fácil, pelo contrário, é doloroso como perder uma parte de si, pois você nunca sabemos quando e se ira vê-la novamente. É uma coisa inevitável, apesar de sabermos disso sempre deixamos com que elas se aproximem, talvez gostássemos um pouco da dor.

Um Mikaelson nunca sabe como agir perante despedidas ou uma perda, nos isolamos de tudo ou acabamos por descontar nos outros, com tantas experiencias deveríamos ter nos acostumados, qualquer um que chegue perto de um Mikaelson, ou nós próprios, como Kol e Finn, acabamos por virar cinzas.

A eternidade não é o suficiente para se acostumar, podemos fingir não nos importamos, mas uma pequena parte nossa acaba morrendo, enquanto seu coração escurece aos poucos. Já que somos imortais, acredita-se que nunca iremos morrer, nem o tempo poderia ganhar de nós. Apenas um boato entre milhares.

Nossa humanidade ainda pode nos destruir de mil maneiras, apenas basta saber como iremos lidar com isso.

Niklaus, privou a mim e meus irmãos de amor durante séculos, alegando que sentimentos eram uma fraqueza, que poderia nos iludir facilmente. E mesmo com tanta brutalidade, nem o mesmo conseguia se tornar imune a isso. Klaus sempre sofreu a rejeição de nossos pais, tendo seu coração partido mais de uma vez, tornando-se desesperado por afeição, temendo mais que tudo ser traído, transformando a todos em uma família problemática.

Hope, como seu próprio nome denunciava, chegou não apenas para salvar Klaus, mas sim a todos naquela família, uma grande expectativa depositada sobre um bebe, mas ainda sim nunca poderíamos curar todas as feridas criadas em mil anos, estávamos fadados a destruição, sem exceções.    

Estando ciente disso, eu sabia que Steve corria perigo estando próximo a mim.

— Você está bem? — Pronunciei ao adentrar o cômodo, seguindo meus olhos a Freya recostada sobre a cama, com uma expressão deprimente.

— Porque não estaria? — Rebateu com outra pergunta. — Dahlia e meus pais estão mortos, por hora não a nenhuma ameaça eminente.

Suspirei pesadamente ao perceber a amargura desferidas em suas palavras, talvez Elijah fosse mais adequado para ter essa conversa. Hesitando por alguns segundos, trilhei meus passos até a cama, me sentando a sua frente.

 — Olha, eu entendo que você amava Mikael e que sentia falta dele, afinal ele era seu pai. — Comentei finalmente chamando sua atenção e fazendo com que ela olhasse em minha direção. — Estávamos sem tempo e precisávamos de uma solução rápida, Mikael de certa forma salvou nossas vidas. Não odeie Niklaus por isso, você não poderia entender como sofremos nas mãos de nosso pai, como Nik sofreu.

— Rebekah, se está aqui para impedir que eu me vingue de Klaus, eu não pretendo nada contra ele...

— Eu sei que não. — Sorri minimamente. — Eu apenas quero que entenda, que Mikael nunca foi para nós o que ele chegou a ser para você, não estou tentando tirar a culpa de Niklaus, pois sei que ele sempre faz besteira e não podemos mudar isso. Porém, ele é meu irmão, eu o entendo como ninguém, eu estive presente em seus piores momento, foi minha decisão se voltar contra todos por ele. Porque essa é a nossa família, a que você tanto procurou. Isso é ser um Mikaelson, é largar ou pegar.

Após meu pequeno discurso, um silencio se instalou, não poderia dizer que ele era reconfortante, mas no momento era melhor do que gritos ou objetos sendo quebrados. Hope estava dormindo e esperava que continuasse assim por mais algum tempo, não era apenas os adultos que se exaustaram com toda a situação anterior. Cruzei os braços, entendo seu silencio como resposta, me erguendo para sair do quarto.

— Rebekah. — Por fim ela me chamou, fazendo-me abrir um pequeno sorriso antes de voltar a encara-la. — Espero que não demore a nos visitar, sentirei saudades.

Concordei com um leve aceno de cabeça, me despedindo com outro sorriso antes de sair do quarto. Já estava tarde, Steve provavelmente já colocara todas as malas no carro, já que o mesmo se dispusera e negara ajuda da minha parte.

Desta vez iriamos para New York, onde estavam Natasha, Sam e outros de seus amigos. Steve estava esperançoso sobre encontrar pistas de Bucky já que não houvera mais notícias, o que significava que não havia mais assassinatos, ao menos por hora.

Eu também iria dispor de meu tempo para confraternizar com algumas bruxas que residiam por lá, afinal não desistiria de trazer Kol de volta, era uma promessa que eu estava fadada a cumprir, mesmo sabendo que não seria fácil.

Cruzando alguns corredores, pude observar rapidamente que meu quarto já estava sem a maioria dos objetos pessoais que residiam ali, porém não fiquei muito tempo ali para poder saber quais eram os que faltavam. Ao chegar no quarto de Hope, abri a porta lentamente, tomando cuidado para não fazer algum ruído.

A pouca claridade vinha da porta entreaberta que dava para o quarto da Hayley, assim não deixando a pequena no total breu, mesmo sabendo que seus dois pais estavam atentos a ela. Excessivamente cuidados, mas depois de tudo que haviam passado, era compreensível. Sendo assim, não se passara muitos minutos para que Hayley surgisse no quarto, com um olhar não muito empolgado.

— Eu sei, não era quem você esperava. — Sussurrei zombeteira em sua direção. — Seu Mikaelson favorito está sempre de terno.

— Vou sentir falta do seu senso de humor acompanhado dessas indiretas. — Murmurei revirando os olhos enquanto eu fingia uma expressão ofendida. — Iremos sentir sua falta, ao menos, agora com Freya, nós não estamos mais em minoria.

— Nem fui embora e já estou sendo trocada. — Resmunguei, lembrando-me ao que ela se referia, uma antiga conversa, sobre as garotas sempre terem de ficar juntas.

Ele apenas soltou um riso abafado enquanto se aproximava para me abraçar, fazendo-me retribuir prontamente. Quando cheguei em New Orleans pensei que Hayley não passaria de um problema arrecadado sobre as consequências do que Klaus fazia, porém acabamos por tornar amigas facilmente, ela se tornara da família.

— Até outra hora. — Murmurei antes de sumir na escuridão do quarto.

No momento todos estavam isolados, talvez refletindo sobre tudo o que ocorreu, ou apenas não suportando a presença de outra pessoa, principalmente de Klaus, quando ele acabou afetando a todos no meio dessa guerra. Não era como se devêssemos esperar muito, ele faria de tudo para conseguir o que quer, não importa as consequências.

Ele feriria sua própria família, ainda sim para protege-la.

— Então, é agora que devemos nos despedir enquanto eu finjo que você não está fugindo da nossa família? — Sua voz se fez presente de forma natural, como se estivesse ali a todo o momento.

— Já conversamos sobre isso, não estou abandonando ninguém. — Comentei entre um suspiro, enquanto parava no topo da escapa, parando para encara-lo. — Eu vim ajuda-los e foi o que fiz, mas também tenho obrigações, com Kol e Steve.

— E não tem conosco? — Klaus perguntou retoricamente, logo arqueando sua sobrancelha para me dar as costas e se afastar.

Evitei revirar os olhos com sua infantilidade, enquanto subia os poucos degraus que já havia descido, assim podendo ir atrás dele. Adentrei seu quarto, que mais parecia um ateliê, cheio de telas, brancas e coloridas, em maioria de paisagens, Hope e uma loira de costas.

Eu sempre o admirei por isso, quando ele parecia ter talento de sobra e eu continuava apenas a ser a garota que se apaixona fácil demais. Não eram apenas pintura, havia seu talento no piano e sua facilidade para talhar objetos, como o pequeno cavalheiro que havia feito ainda quando criança.

— Nik, eu fiz uma promessa para Kol, de que o traria de volta a vida, todas as bruxas de New Orleans nos odeiam, não vão me ajudar. Davina é apenas uma criança sem noção do que está fazendo. — Expliquei-me cruzando os braços, o observando encher um de seus copos com Bourbon. — Também preciso ajudar Steve, estamos procurando por uma pessoa.

— Sim, sim. Corra para suas obrigações. — Respondeu sem dar real importância para o que eu falara.

— Você, por um momento, pode parar de ser cabeça dura? — Perguntei enquanto serrava meus punhos, tentando manter minha calma. — Está tudo bem agora, seus inimigos foram dizimados, Hope está em segurando e você e Elijah podem voltar a reconstruir sua irmandade, ou seja lá como chamam. Não estou fugindo, e isso não é um adeus, eu volto logo.

Enquanto falava, me aproximava a largos passos, tirando o copo de suas mãos e fazendo com que ele me olhasse com uma expressão frustrada. Coloquei minhas mãos sobre meus olhos, tentando fazer com que ele fixasse sua atenção em mim, mesmo eu sabendo que ele já o fazia e apenas fingia que não.

— Pode ser um bom irmão e se despedir adequadamente de mim? — Perguntei sorrindo sem mostrar os dentes ao observa-lo relaxar um pouco sua postura. — Talvez eu pareça um pouco com Elijah agora, mas eu cumpro minhas promessas. Seja com Steve, Kol e você. Sempre e para sempre vale muito para mim.

— Isso é horrível, você realmente anda muito tempo com nosso irmão. — Brincou, fazendo com que eu revirasse os olhos, sem conter uma risada, imaginando o que ocorreria se eu andasse muito tempo com ele. — Volte logo, irmã.

O abracei de forma animada, eu sabia que ele estava sendo dramático, pois daqui alguns dias nem estará mais se lembrando de mim, estará ocupado demais com os novos inimigos que provavelmente vai criar. Entrelacei nossos braços, ignorando sua fala sobre querer continuar sua bebida e o arrastei para o andar de baixo, em direção a saída.

Steve e Elijah pareciam ter uma conversa amigável, o que era estranho para mim, já que eu não estava presente quando estes se tornaram amigos, mas ao menos agradecia por eles não estarem conspirando um contra o outro, algo que Steve não faria, porém isso está no sangue dos Mikaelson.

 — Estou realmente impressionado, Rebekah finalmente encontrou um homem decente e este vai sobreviver para contar história. — Elijah zombou, mesmo que houvesse sinceridade em suas palavras, ao notar que havia mais pessoas presentes.

— Eu falei que ele era especial. — Pronunciei-me parando ao lado de Steve e sorrindo para ele. — Sobreviveu até mesmo ao nosso irmão.

— Isso me ofende. — Klaus comentou ironicamente fazendo com que eu risse, como se ele se importasse com a opinião dos outros.

Olhando para todos ali, eu finalmente percebia que meu desejo escrito em um pequeno papel e jogado sobre a fogueira, estava finalmente se tornando realidade. Apesar de haver exceções, estávamos felizes, em paz momentânea, que não duraria muito, mas por hora seria o suficiente para aproveitarmos.

— Bem, acredito que chegou a hora de nos despedirmos. — Elijah tornou a falar, sorrindo minimamente, não poderia saber se ele concordava com a ideia de eu me afastar novamente, mas como queria me ver feliz, ele me apoiava.

Ao observa-lo abrir os braços, eu me joguei sobre ele, o abraçando fortemente, não esperando por qualquer outra palavra vinda dele. Eu amava Elijah, na mesma intensidade que amava Klaus, já que os dois eram meus irmãos, não poderia medir meu amor por eles.

Apenas tínhamos relações diferentes, Elih era como o irmão mais velho que estava ali para te apoiar e te amar incondicionalmente. Não era recomendável que Nik aconselhasse qualquer pessoa, muito menos sua filha, mas ainda sim, você poderia contar com ele, sabia que no fim das ele te salvaria.

Ele poderia ser o vilão de todas as histórias, inclusive das minhas, mas também ele era o herói.

Por isso, houve uma época que eu fui cegamente fiel a ele, não importasse o que, eu nunca o abandonaria e mesmo com todas nossas feridas, eu continuo não o fazendo, apesar de agora eu obter mais liberdade.

— Vou sentir falta das discussões de vocês. — Murmurei após sair do abraço, revezando meu olhar entre meus dois irmãos. — Mandem lembranças minhas a Marcel, Davina e Camille.

Eles concordaram com um leve aceno de cabeça sincronizado, me fazendo perceber que ali era minha deixa. Entrelacei meu braço, desta vez ao de Steve, observando ele se despedindo brevemente de meus irmãos para assim podemos sair da ilustre mansão Mikaelson.

Conforme trilhava meus passos em direção ao carro em frente ao grande portão, virei minha cabeça sobre o ombro, observando os dois ainda ali, com as mãos nos bolsos, expressões indecifráveis e postura impecável que os denunciava quem eles eram.

Sorri uma ultima vez naquela direção para segundos depois adentrar o carro.

— Não foi tão difícil quando eu esperava. — Murmurei pensativa.

— E o que você esperava? — Steve perguntou, me fitando com seus inconfundíveis olhos azuis, que combinavam perfeitamente aos meus.

— Um pouco mais de drama. — Respondi, fazendo com que ele soltasse uma risada espontânea, balançado a cabeça em negação.

— Podemos pensar em algo, você pode fazer uma entrada dramática quando chegarmos a Torre. — Sugeriu fazendo-me rir imitando seu gesto de segundos atrás. — Está pronta, senhorita Mikaelson?

— Sempre estou, Capitão Rogers.

[...]

Pela primeira vez, rejeitamos a ideia de passar toda a viagem dentro de um carro, principalmente quando Tony Stark em pessoa mandou um de seus jatos particulares nos buscar, aproveitando do grande espaço existente nas docas, assim tornando a viagem mais rápida e prática.

Notara facilmente o quanto o humor de Steve mudava drasticamente conforme se comunicava com Tony pelo celular, fazendo-me relembrar que eles uma amizade complicada e cheia de intrigas, porém havia certa lealdade, segundo Natasha.

O interior do jato se assemelhava a um tipo de hotel luxuoso, apesar de ser menor, tinha sua aura de classe alta, fazendo-me acreditar que este era usado apenas para viagens sociais e não alguma das missões dos Vingadores.

Havia duas espaçosas poltronas reclináveis, com portas copos entre elas, que era ocupados por taças e uma garrafa de champanhe ou vinho. Por todo o interior jaziam pétalas de rosas vermelhas, o que me fez rir e deixar um Steve envergonhado.

Eu mal conhecia Anthony Stark, mas já sabia que havia um dedo seu ali.

A viagem fora tranquila, não durou muitas horas e fomos muito bem recepcionados. Steve rapidamente colocara boné e óculos, parar não chamar atenção das pessoas, como se fosse um grande disfarce.

Fazia anos que eu não vinha a New York, a cidade que nunca dorme, ou este posto era de Las Vegas? Para todos os efeitos, o lugar continuava o mesmo. Pessoas extremamente agitadas, correndo de um lado para outro, provavelmente atrasados para seus compromissos.

Steve parecia um pouco perdido enquanto olhava pela janela, apesar de eu saber que não era sua primeira vez aqui, eu sempre respondia alguma pergunta sobre os inúmeros edifícios famosos.

A limousine preta, não era tão discreta, o que me fazia pensar que talvez o amigo do Steve não conhece essa palavra, ou apenas não tinha ela em seu dicionário e meu ponto de vista apenas se tornou mais verídico ao adentrarmos uma gigante torre, podia supor ser quase tão grande quanto Empire State.

— O Tony é um exibicionista. — Steve comentou após longos segundos em silencio, após finalmente notar minha expressão debochada.

— Um pouco? — Brinquei, mesmo que eu estivesse acostumada com lugares grande, afinal minha família inteira se identificaria com o Stark.

Apenas recebi sua risada como resposta, após sermos deixados no saguão por Happy, motorista de Tony. Ao adentrávamos no elevador, tive o momentâneo pensamento de que não haviam se passado muitos meses desde que estávamos em um elevador semelhante, prestes a entrar em um confronto. Nada além da normal rotina de Steven Rogers.

— Capitão Rogers, Senhorita Mikaelson. — Uma voz se fez presente, antes mesmo do elevador sair do lugar, fazendo olhar em volta e procurar por uma terceira pessoa, não a encontrando.

— Esse é o Jarvis, ele é como um computador inteligente ligado a casa. — Novamente Steve me explicou, apontando para o teto e não mostrando nada em especifico.

— Eu prefiro sistema de interface encarregado de administrar os negócios da Stark Industries ou sistema artificial de extrema inteligência. — Nos corrigiu rapidamente, recebendo apenas uma baixa risada como resposta. — De qualquer forma, bem-vindos à Torre dos Vingadores.


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Notas finais do capítulo

Nosso maravilhoso Tony, ainda não apareceu, o que eu irei corrigir no próximo capitulo, porém tivemos algumas citações a ele e sua extraordinária personalidade.
Eu estava aqui pensando, aqui estamos nós no capitulo trita e ainda não tivemos um hot, eu não tenho maturidade para isso, mas será algo que eu pretendo providenciar huashaus.
Bye♥



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