Rebekah Pov’s

Sou uma vampira original de mil anos, passei metade da minha vida presa em um caixão e outra metade eu tentava sobreviver ao meu irmão e meu pai e agora eu acabo de fazer uma lista mental.

1º Eu estou trabalhando com a S.H.I.E.L.D, depois de tanto tempo sem me envolver.

2° Eu iria proteger duas pessoas que eu nem conhecia, a ponto ficar na frente de um tiro por elas.

3° Logo após minha conversa com Nick Fury, meu apartamento explodiu.

4° Eu estava com muita raiva.

5° Eu iria descobrir quem era o culpado, por minha raiva.

Depois de sair, sem nem ao menos tentar pegar o responsável pela explosão, comprei um camaro preto com detalhes brancos, já que residências não eram mais seguras.

Eu estava irritada por ter perdido todas as roupas que eu tinha comprado. Bufei, tinha rastreado o cheiro do Steve e agora estava com meu carro encostado em frente um prédio com paredes de vidro gigante, estava escutando musica bem baixo e tomando cuidado de não ser vista, estava parecendo uma policial em uma tocaia.

Eu sabia que o prédio era da S.H.I.E.L.D. Por isso achava que não teria problemas ali, afinal Nick Fury me mandou ficar de olho nele e na outra. Depois de meia hora ele saiu apressado e não pude deixar de reparar o quanto ele era lindo, foco Rebekah.

 Steve subiu na sua moto e saiu rápido e eu logo o segui, tomando cuidado para que ele não percebesse, depois de um tempo ele para e eu logo em seguida um pouco afastada, desço do carro e vejo que um museu antigo mais bem conservado e entro o seguindo.

O lugar era bem movimentado e logo entramos em uma ala que era sobre ele mesmo, Capitão América, o lugar estava mais cheio e eu dividia minha atenção entre admirar as coisas e prestar atenção nele, o mesmo colocou um boné, talvez para disfarçar e olhava em volta, vi que um garoto o reconheceu e ele pediu silencio sorrindo. O loiro olhava suas fotos, as histórias, sua antiga moto, até que parou em frente em uma placa com a foto de um homem, eu li distante dele Bucky Barnes seu melhor amigo, que lutou ao seu lado. Depois de um tempo ele entrou em uma sala de cinema e uma entrevista começou, me surpreendi ao ver que era Peggy no vídeo, eu prestava tanta atenção que quase não percebi Steve saindo, o segui até um centro de idosos e ouvi ele perguntando a recepcionista por Peggy Carter, depois de alguns minutos eu ainda o ouvia para ver se estava tudo bem.

— Eu segui a minha vida, eu só lamento por você não ter vivido a sua. – Ouvi a voz dela e dei um sorriso, ela ainda estava viva, parei de ouvir a conversa deles, pois precisavam de privacidade e continuei no carro.

Logo depois ele se encontrou com Sam e ficou conversando, era interessante ficar espiando alguém, mas quando viria à ação?

Foi só eu pensar isso e eu vi um carro de policia passando em alta velocidade do meu lado e correndo atrás de um carro preto, eu não era de me envolver nessa coisas, mas tive a impressão que senti o cheiro do Fury. Mais duas viaturas apareceram e batiam ferozmente no carro, sai do meu camaro em seguida o tranquei antes de seguir a perseguição, afinal eu sou mais rápida a pé do que qualquer carro.

Os carros em alta velocidade estavam destroçados por tiros e batidas, desviavam ferozmente de outros enquanto eu seguia, pessoas corriam desviando do tiroteio, mas havia um parado bem no meio da rua, estava mascarado e tinha um braço de ferro, e levantou uma arma em direção ao carro de Fury e atirou uma bomba que grudou em baixo do carro e explodiu.

O homem se aproximava do carro capotado e eu queria ajudar, mas alguma coisa dizia que se eu protegia Steve e Natasha daquela cara, não era a hora dele me conhecer, hesitei um tempo, mas logo relaxei ao vê-lo fazendo um buraco no chão com um laiser e fugir. Voltei apressada para onde Steve estava e logo ele saiu subindo na moto e segui até seu apartamento, ele desceu da moto e entrou, já estava escurecendo, mas eu não tinha casa alguma, então fiquei no carro, prestando atenção em sua respiração. Ele conversou com uma mulher por um tempo e ela me pareceu oferecida, mas logo ele entrou no seu apartamento.

— Não me lembro de ter te dado minha chave.— A voz de Steve falou enquanto eu ficava ereta no banco do carro.

— Você acha mesmo que eu preciso de uma? – Relaxei ao ouvir a voz de Fury. – Minha esposa me expulsou.

— Não sabia que era casado. – Steve respondeu.

— Tem muita coisa sobre mim que você não sabe. — Fury mais uma vez falou.

— Pois é Nick esse é o problema!— Exclamou Steve.

Ouve um minuto de silencio, apesar de o rádio não me impedisse que eu os ouvisse.

— Eu sinto muito ter que fazer isso, mas eu não tinha pra onde ficar.— Ele falou, mas eu podia detectar um pouco de mentira em sua voz, talvez estivesse falando do ocorrido de hoje.

— Quem mais sabe sobre sua esposa? – Ouve um minuto de silencio depois que Steve falou.

— Só meus amigos.— Ele hesitou antes de responder.

— É isso que nós somos? – Perguntou Steve.

— Só depende de você.— Sussurrou Nick.

Antes que qualquer um falasse algo ouve uma explosão e eu corri para dentro da casa, chutando a porta com força a derrubando. Fury foi arrastado pelo corredor por Steve que agora me encara, mas desviou o olhar quando Fury segurou seu pulso e lhe entregou um pen drive.

— Não confie em ninguém, apenas nela. – Exclamou ele e logo olhou para mim. – Proteja ele!

— Capitão Rogers? – Perguntou uma voz, e antes que alguém reagisse eu já estava na frente de Steve como se o protegesse. – Capitão Rogers, eu sou agente treze da S.H.I.E.L.D. Mandaram ficar de olho em você.

— Quem mandou? – Steve perguntou.

— Ele. – Ela falou se aproximando de Fury e depois para mim. – Quem é você?

— Salvadora da pátria. – Sorri sínica e ela apontou a arma para mim, mas meu sorriso só aumentou. – Isso não me mata. Rebekah Mikaelson, o Fury me mandou também.

— Você é da S.H.I.E.L.D.? – Steve perguntou.

— Não. – Falei de algum modo eu fiquei incomodada com a agente que olhava para mim.

Ela falou no comunicador que precisava de reforços e logo foi respondida, enquanto Fury estava desmaiado.

— Diga que estou em perseguição. – Steve não esperou resposta e pulou a janela a quebrando, hesitei por um momento.

— Tenho que ir junto dele. – Falei e a loira me encarou. – Fury me mandou para proteger, eu sou de confiança.

— Você não pode... – Não esperei ela terminar de falar e sumi dali em minha velocidade.

Corri passando pelos mesmos lugares que ele, seguindo seu rastro e devo dizer que fiquei impressionada por ver o quanto ele era forte atravessando e quebrando portas, o segui a tempo de ver o homem com o braço mecânico que estava na sua frente sumir e ele correr até a porta do prédio.

— Steve! – Chamei parando do seu lado e o mesmo se assustou. – Desculpe.

— Quem e o que é você de verdade? – Ele perguntou segurando seu braço com força demais para um humano normal.

— Eu vou te explicar tudo, mas temos que ir ver Fury no hospital. – Falei o puxando até o meu carro já o ligava quando ele entrou e dirigi rápido até ao chegar o hospital.

Na sala de cirurgia, eu fiquei sentada no banco enquanto Steve olhava pelo vidro para Fury adormecido, o silencio era perturbador até uma ruiva entra pela sala rápida encostando-se no vidro, eu reconhecia ela, Natasha Romanoff, minha segunda “protegida”.

— Quem fez isso?  - Ela perguntou a ele.

— Eu não sei. – Ele respondeu baixo.

— Me fala do atirador. – Ela exigiu ainda não notando minha presença.

— Ele é rápido, forte e tinha um braço de metal. – Respondeu o mesmo se remexendo, eles pareciam se importa muito com Fury.

Uma morena entrou na sala, e parou ao lado da ruiva, parecendo preocupada.

— Analítica. – Ordenou Natasha.

— Três projéteis, não identificados. – A morena respondeu com raiva.

Os bips dos aparelhos da sala de cirurgia se tornaram mais rápido e os médicos pareciam ter dificuldades.

— Ele esta tendo um colapso. – O médico falou alto e os outros corriam de um lado para o outro.

— Não faz isso Nick. – Natasha sussurrou e eu me aproximei ficando ao lado de Steve – Não faz isso Nick.

— Que horas são? – O médico quando os bips se tornaram constantes.

— Uma e três, doutor. – Uma mulher fala e vejo Steve se afastar.

— Hora da morte, uma e três da madrugada. – O medico diz tirando sua mascara.

Vejo que todos ali na sala estavam em silencio, a morena segurava as lagrimas, a ruiva em transe e o loiro transtornado.

— Quem é você? – Natasha pergunta fria.

Não respondi apenas permaneci quieta, sentido a tensão aumentar quando todos se voltam para mim, esperando uma resposta que não dei, é assim que começa um interrogatório.

— Eu falo ou você? – Pergunto para a morena quando vi seu nome no crachá, Maria Hill.

— O nome dela é Rebekah Mikaelson, Nick pediu que ela protegesse vocês dois. – Ela ocultando uma grande parte, fazendo Natasha erguer as sobrancelhas. – Ela não é agente da organização ou de nenhuma outra, mas ela é mais forte, mais rápida e tem reflexos e sentidos muitos mais apurados que humanos.

— Nick devia saber que eu não preciso de proteção. – Natasha falou sem para de encarar o vidro.

— Você não entendeu, ela pode correr mais rápido que uma bala ou um trem em movimento, ela pode erguer um caminhão com as mãos. – Hill continua e Steve parece chocado.

— Quando falou com Fury? – Ele perguntou ríspido, talvez achando que eu esbarrei nele porque estava o perseguindo.

— Ontem, um dia depois de te conhecer. – Falei sem expressão. – Vocês podem querer negar minha ajuda, mas eu vou continuar com os dois, eu tenho um divida e quero quita-la.

Natasha me olhou como se me entendesse, mas logo desviou o olhar quando um doutor entrou na sala falando que poderíamos ver o corpo que já não estava mais em cirurgia.

Steve olhou mais uma vez para o pen drive em sua mão e depois nós três saímos de lá, os dois entraram na sala enquanto eu ficava na porta.

— Preciso leva-lo. – Maria Hill falou entrando na sala.

A ruiva passou por mim, andando rápido nem se quer dando um olhar e logo Steve que me olhou por um segundo.

— Natasha. – Ele chamou ela mais alto que parou e se virou na nossa direção.

— O que ele fazia na sua casa? – Ela perguntou me ignorando.

— Eu não sei. – Sua resposta foi um sussurro.

Um homem de preto se aproximou rápido olhando para Steve e eu logo me pus ao seu lado.

— Capitão, querem você na S.H.I.E.L.D. – Ele chamou, encarando a nós três.

— Me dá um minuto. – Steve voltou seu olhar para Natasha.

— Eles querem agora. – Chamou não esperando uma resposta.

— Você mente muito mal. – Ela sorriu e saiu andando.

Eu sabia que ele estava mentindo, mas não sabia qual era a resposta, então não poderia acusar apenas observar.

— Rebekah...

— Vou junto. – Falei antes que o mesmo terminasse.

— Eu sei. – Ele sussurrou e me entregou o Pen drive e olhou para maquina de doces e eu entendi, em um piscar de olhos o dispositivo estava escondido atrás de um chocolate como se nada tivesse o tocado, sorri para ele e fomos andando para onde estava o homem.

— Ela não vai junto. – O homem olhou de mim para o Steve.

— Tenta impedir. – Sorri convencida enquanto o loiro ao meu lado dava de ombros.