Scorpius sabia que levaria azarações. Mas não conseguiu ver a ruiva entrando na Sala Precisa e não segui-la. Não conseguiu vê-la ali, na sua frente, tão frágil e não beijá-la. Ela estava parada, provavelmente assustada pelo beijo repentino. Rose tinha as mãos no peito dele, enquanto ele pousara as suas na cintura dela.
Ele já havia percebido que Rose era uma janota. Roupas sempre bem passadas, sapatos encerados e a gravata presa perfeitamente ao seu pescoço. A única coisa que ela não conseguia domar era seu cabelo. Ele sempre ficava volumoso, uma massa ruiva envolvendo seu rosto pálido. Scorpius queria tocar aquele cabelo. Seria tão macio quanto parecia?
Se separou da ruiva e ousou tocar seus cabelos revoltos. Os fios eram macios e grossos. Por isso o volume. A menina continuava com os olhos fechados. Tirou uma mão do peito dele, e tocou suavemente os lábios. Ele estava se preparando para os gritos e socos, mas nada o preparou para o que veio a seguir.
Rose abriu os lindos olhos azuis e sorriu, tímida. Scorpius poderia morrer naquele momento, estava feliz.
E aquele beijo, foi apenas o primeiro dos muitos beijos que vieram nos anos seguintes em que ficaram juntos.