Narcissa escrita por Eponine


Capítulo 1
Monólogo de Lucius




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/654464/chapter/1

Cocorosie - Brazilian Sun

Ela exalava um aroma único.

As rosas exalavam um aroma único que fora roubado dela.

Os olhos cor de safira.

A pele de porcelana...

O corpo. As madeixas cor de mel no exato momento que toca o leite e juntos se transformam na maior sensação de sabores que o homem já pode experimentar. As feições dóceis, as atitudes de uma dama intocável.

Intocável, sempre ao redor de todos, mas sempre muito distante... distante. Esses teus olhos, esses teus lábios, essas tuas palavras tolas e despretensiosas escondem de forma quase brutal sua sagacidade, a maldade que corre por teu sangue como mil facas afiadas prontas para saírem por sua pele e perfurar qualquer ser que ousar lhe tocar.

Lhe ameaçar o ego.

Quase tocável de tão grande, faz juz ao nome. Cai-lhe como uma luva. Cobre-lhe como um lençol de seda.

Narcissa.

Um breve esforço de uma língua, um leve sopro como o canto de uma cobra que se esgueira pelos cantos escuros de seus olhos.

Ela sorri, mas de um jeito que você nunca saberá se é de você ou para você.

Consegue transformar a mais singela e pura lágrima de tristeza em uma máscara de ódio. Mata se tiver a oportunidade. Te manipula da melhor forma. Você jamais irá resistir ao toque suave de sua voz, semelhante a uma completa orquestra dos mais talentosos violonistas. Os dentes brancos, o toque...

Uma mão perfeita para o acaricio de amor e para a flexibilidade de uma varinha letal.

Eu te pergunto, Narcissa, o que está pensando?

Existência capaz de destruir a vida de um homem. O fogo em teu toque incendeia até mesmo o lugar mais gélido do polo norte. Mas o efeito jamais é reverso. É fria como as florestas durante a noite. Intocável. Inviolável.

Sagrada. Um simples sorriso em sua direção faz um homem sentir-se o porco mais impuro de um rebanho. Mas nada disso importa quando tu chega com isso que tu chama de corpo. Mas é um monumento, um evento.

Sua existência dá sentido aos céus, as estrelas, ao tempo.

Sua existência é uma consequência da minha. Sem ti, não sou nada. Se soubesses que sem ti sou um eterno eco vazio no espaço. Se soubesses que daria tudo para ler além desse buraco negro em forma de olhos que esconde tanto, protege, omite, permita-me, minha senhora.

Lucius sem Narcissa, que coisa incompreensível!

Meu anjo. Minha ascensão. Meu silêncio, meu vazio, meu centro do mundo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu gosto das senhoras Malfoy (principalmente Astoria), pretendo fazer algo sobre uma Ciça mais velha e a Astoria juntas, mas por enquanto... Esse monólogo! hahahaha

Espero que gostem.