The girl of wolves escrita por Katherine
5 meses depois ...
— Cala a boca. – ele disse rindo, e eu rolei os olhos.
Quando meu pai disse que iria tentar nos aceitar pensei que seria mais difícil, mas até que estávamos indo bem em relação à isso. A pouco tempo ele e minha mãe haviam saído de casa e nos deixado sozinhos. Era um grande avanço, como eu disse. Estávamos na sala, jogados de mal jeito no sofá branco.
— Estou falando serio. – fiz bico.
— Não podemos viajar.
Eu queria muito ir para qualquer lugar com Paul por apenas alguns dias, já seria o suficiente. Mas, quando disse da minha vontade ele riu, como se estivesse falando um absurdo. Rolei os olhos mais uma vez cruzando os braços na altura do peito.
— Não faz essa cara – pediu. – Só não podemos sair de Forks agora.
— Nunca poderemos. – falei, quase com um rosnado.
— É claro que não – disse. – Essa viagem precisa de tanta urgência?
— Não – falei, me ajeitando no sofá. – Mas o que nos prende aqui?
Imaginei que ele responderia algo sobre a matilha, mas estava totalmente enganada.
— Tivemos ataques nos últimos dias.
— O que? – perguntei, assustada. – Por que não me disse?
Vi seu semblante mudar completamente. Ele estava com uma carranca maior que o normal.
— Não concordo com o que Sam acha disso. – disse.
— E o que ele acha?
— Que está na hora de coloca-la pra fazer rondas.
E realmente já estava. Eu treinava quase todos os dias a cinco meses, aquilo era demais pra mim. Queria poder começar com a parte divertida, mas o lobo ao meu lado não parecia nenhum pouco disposto a aceitar.
— Você sabe que eu vou fazer, não é? – ele negou, com a cabeça. – Está na hora.
— Ainda não. – disse com calma.
— Cinco meses, Paul. – o lembrei.
— Sei disso.
— E eu sei que você está falando isso apenas para me enrolar – falei. – A maioria começa na segunda ou terceira semana.
— Você não é a maioria. – disse, me dando um breve selinho.
— Não importa o que você diga – ele gemeu de frustração. – Eu vou começar.
— Por que tão teimosa?
Me joguei em seus braços ficando com uma perna em cada lado de sua cintura, e suas mãos logo abraçaram-na. Dei um leve beijo na ponta de seu nariz, e logo em seguida um selinho em seus lábios, fazendo minhas pernas bambearem. Sua mão direita se alojou em minha nuca, puxando-me para um beijo que durou alguns longos minutos, mas foi interrompido pela falta de ar.
— Por que sempre muda de assunto assim? – perguntou com um sorriso nos lábios.
— Porque eu amo você.
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