The girl of wolves escrita por Katherine


Capítulo 40
Capitulo 40




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Katherine Cullen

Não queria brigar com Dean, nem com ninguém nessa noite, mas se alguém merecia ouvir algo era ele. E eu precisava das respostas. O que Alice havia me dito a alguns dias atrás ecoava na minha cabeça, ele era uma das pessoas que eu mais confiava no mundo, até mais do que alguns membros da minha família ou matilha, o vampiro era especial pra mim, e eu ao menos sabia o porque. Ele deu alguns passos na minha direção em quanto eu o encarava esperando uma resposta, que não veio.

— Dean – chamei-o. – Foi você, não foi?

Assentiu com os olhos presos no chão. Respirei fundo esperando que ele dissesse algo na tentativa de redimir o erro, mas não parecia afim de fazer aquilo. Minhas mãos se soltaram, voltando ao lado do meu corpo.

— Por quê? – perguntei, dando um passo em sua direção. – Sabe, eu gosto do som da sua voz, adoraria ouvi-lo.

Ele riu, sem humor, da minha ironia.

— Não gosto dele. – respondeu, brincando com os dedos.

Tive vontade de rosnar, mas me contive. Era a única coisa que ele tinha pra me falar? Não gostava de Paul, então resolveu acabar com o meu relacionamento.

— Como você ... – ele me cortou.

— Não gosto dele, ok? – disse, com a voz mais grave. – Não gosto dele com você, não gosto dele sem você. Tem noção do quão perigoso ele é?

— Tem noção do quão maluco você é? – perguntei, cruzando os braços novamente. – Você não tem que se meter nisso.

— Eu tenho sim – disse com convicção. – Não posso deixar que se machuque.

— Se não parar com isso quem vai se machucar é você. – rebati.

Estava espumando de raiva, era nítido no seu olhar. Não tinha medo, eu estava começando a me irritar com toda aquela situação, ele parecia certo do que dizia.

— Sou um vampiro – disse, com orgulho estampado na voz. – Ele é um lobo.

— E quem disse que eu estou falando dele? – perguntei arqueando a sobrancelha direita. – Sou uma hibrida ... agora treinada, não pense que eu perderia feio pra você.

— Está me ameaçando? – perguntou, apontando para si mesmo.

— Não – falei, deixando a voz suavizar. – Estou pedindo.

— Pedindo? – deu mais um passo na minha direção, nossos corpos quase colados. – Não me parece um pedido.

— Não quero brigar – falei. – E muito menos ter que me afastar de você. Não imagina o quanto é importante pra mim, Dean. Você me ajudou, sabe? Ninguém sabia como e o que fazer, nem eu sabia mais quem era, e você esteve lá, e me ajudou, eu nem sei o porquê, mas agradeço. – suspirei pesadamente. – Não quero ter que perde-lo.

Em um impulso minha mão tocou a sua brevemente, mas quando percebi tratei de traze-la de volta ao meu lado. Ele não disse nada, apenas me encarava com seus olhos vermelhos penetrantes em mim. Sem dizer mais nenhuma palavra, virei-me de costas indo até a escada. Mas, assim que meus pés pararam no primeiro degrau ele sussurrou:

— Um pedido.

— Um pedido, Dean – virei-me para ele. – Tenta.

— Não vou aceita-lo como o seu pai fez. – disse.

— Me aceite, é o suficiente.

Voltei a subir as escadas deixando-o pra trás, com o olhar preso em minhas costas.

— Eu já aceitei.


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