Katherine Cullen Black.

– Claire! Eu nem acredito que nos reencontramos. – minha mãe tagarelava sem parar com as milésimas pessoas que ela encontrava conhecidas, assim que chegamos na festa.

Meu me apresentou a Billy, e depois começaram a conversar sobre os supostos desaparecimentos. Me retirei o mais de pressa possível, aquele assunto me enojava. Procurei em volta por Emily, a única pessoa que eu realmente conhecia. Mas, ao invés disso minha visão foi tomada por uns dez garotos que pararam a minha frente, se apresentavam sem parar. Muitos nomes para uma hibrida.

– Oi. – sorri, quando pararam de se apresentar. – Katherine.

Olhei nos rostos de cada um deles por umas três ou quatro vezes, mas, não encontrei quem eu esperava. Então me estiquei para procurar em volta, em quanto o garoto sorridente, de mais cedo não parava de falar.

– Com licença meninos, tenho que rouba-la um pouquinho. – Emily apareceu atrás de mim, sorrindo.

Fiquei grata por ela estar ali.

– Emily. – a abracei.

– Dificuldades pra se adaptar? – perguntou-me.

– Não sei. Pra ser sincera nunca tive problemas com isso. Mas, hoje – estremeci. – me sinto diferente.

Ela envolveu seus braços em meu ombro, me levando até a varanda, que no momento estava vazia, do lado de fora da casa. Nos sentamos em um balanço que havia ali.

– Quer conversar?

– Tem uma coisa que não sai da minha cabeça. – admiti.

– Acho que posso imaginar o que é. – ela sorriu de uma maneira confortante, e eu procurei as palavras para despejar tudo o que eu estava sentindo. – Diga. Talvez eu esteja errada.

Levantei-me do balanço, andando um pouco distante dele. Pude ouvir Emily se levantando, mas ainda assim parada no mesmo lugar. Ela me olhava, analisando-me, mesmo que eu ainda estivesse de costas.

Ouvi um barulho em meio as arvores, e as vi se remexerem. Forcei a vista, afim de ver o que se escondia entre elas. No começo eu apenas consegui distinguir uma sombra, que aos poucos foi dando molde ao rosto moreno e repleto de angustia que estava a minha frente, a uma pouca distancia. Talvez a angustia fosse o principal sentimento a me dominar desde então.

Não sei por quanto tempo nos encaramos. Mas, sei que não foi por muito. Paul virou as costas, entrando novamente na floresta. Virei-me para Emily bufando, e ela cruzou os braços, com um olhar piedoso. Como se soubesse o que eu estava sentindo.

– Como eu pensei. - disse, sem emoção.

Rolei os olhos.

– Nem eu mesma intendo. Isso me intriga.

– Tenha calma com ele. – ela sorriu. – Tudo ficara bem.

Tudo ficara bem?