Autora

Na mansão dos Cullen o clima estava longe de ser no mínimo bom. O silencio era torturante, mas não era um momento propicio para palavras, ninguém ao menos sabia o que dizer. Dean havia ido até a casa de Charlie, e esperavam por noticias, principalmente que ela voltasse para casa bem.

Dean ainda estava abraçado com Katherine, que chorava silenciosamente. Ela sentia o peso em suas costas, o sangue espalhado por todo o seu corpo, mas não era o  seu sangue. Havia tirado a vida de três pessoas inocentes apenas para satisfazer as suas vontades. Os Cullen eram totalmente contra isso.

Os Cullen.

Era no que Katherine menos queria pensar no momento. A situação já era péssima, pensar neles só pioraria. A hibrida saiu do abraço, arrumando as mangas da blusa, para que cobrissem até mesmo suas mãos.

— Eu soube -  Dean disse. – Não estão chateados. Estão preocupados.

Paul, do outro lado do quarto, próximo a janela, tinha os punhos fechados, dentes unidos e mal respirava. Seu olhar preso nas arvores que balançavam frente a casa de Charlie. Nunca se deu bem com vampiros, nem mesmo com Renesmee, e agora tinha um deles no mesmo cômodo.  Era o mesmo garoto da floresta, das duas vezes que esbarraram na floresta, ele sempre estava junto com ela. Lembrando disso, segurou o rosnado com toda a força possível, para que não escapasse.

— Por que não me impediu? – Katherine perguntou.

— Queria ter chego a tempo – disse. – Você se transformou.

Katherine assentiu. Não é tão ruim quanto pensava. A transformação havia trago a antiga Katherine de volta, isso era tudo o que ela precisava.

— Acho que deve voltar – ele disse. – É a sua família, nunca viraria as costas.

Ela assentiu.

— Pode me dar um minuto? – pediu e o garoto assentiu, saindo do quarto. Katherine andou até Paul que ainda a olhava.  – Obrigada.

Ele sorriu sem mostrar os dentes, e ela lhe abraçou, sendo correspondia em seguida. Sua pele em temperatura normal e a dele completamente quente davam ao outro uma sensação única, e confortante.  A mistura dos cheiros, a maneira como queriam o outro por perto, mesmo não admitindo nem para si mesmo, os braços alojados no outro.

Ela se desvencilhou do abraço e deu dois passos para longe dele, já de costas. Ambos queriam mais do que um simples abraço, que representava muito mais do que isso. Ele segurou sua mão, trazendo-a de volta para perto, com suas testas quase coladas. Katherine suspirou, antes de sentir os lábios dele no seu.

Era a mesma sensação, de como se fosse o primeiro beijo de ambos.

Sufocante

Apaixonante

Pedia mais

Implorava por mais

Odiaram a si mesmos quando tiveram que se separar, graças a falta de ar em seus pulmões.

Ele sussurrou antes de solta-la por completo:

— Vai ficar tudo bem.