Katherine Cullen Black

– Ninguém. Senhor, agora eu escuto atrás da porta. – Emily respondeu se levantando e indo na direção de meu pai.

– Não estava escutando atrás da porta. – ele disse em quanto se abraçavam. – Quero saber de quem estavam falando.

– De Sam. Ele veio comigo, mas acabou indo embora. – ela me olhou, piscando discretamente, e eu logo entendi que não tinha que dizer mais nada.

– Problemas? – perguntou.

– Nada demais. – ela o olhou. – Paul.

Naquele momento eu entendi o porque de Emily estar mentindo. O semblante de Jacob mudou da água para o vinho, ele fechou a cara no mesmo momento. Me perguntei o porque de toda aquela reação. Nunca tinha ouvido falar dele.

– O de sempre. – ele bufou.

– Emily!!!

Minha mãe apareceu na ponta da escada, e logo já estava abraçando a morena.

– Nessie! – elas sorriram uma para outra. – Trouxe um bolo, sei que as coisas são complicadas nos primeiros dias.

– Nem me fale. – minha mãe disse. – Não sei como você consegue. Fica com a gente?

– Não, eu tenho outros planos. – ela me olhou sorrindo. – Estão sabendo da festa, não é?

– Que festa? – perguntei.

– A que toda a matilha está preparando, de boas vindas.

– Sim. Nós vamos. – Renesmee respondeu.

– Kathe, vamos dar uma volta? Te apresento a reserva. – Emily piscou pra mim.

– Posso? – perguntei.

– Vai, claro. Mas, tem a festa, e seu avô.

– Não demoro. – garanti.

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Paul Lahote

– Um imprinting? Com a filha do Jacob? Cara, você tá ferrado.

– Eu queria uma novidade. – dei um soco na mesa, que por pouco não se quebrou em dois.

A matilha sempre se reunia na casa de Emily, mas hoje por um motivo especial. Eles começaram os preparativos para a festa. Quer dizer, eram para ter começado. Quando entrei todos eles já sabiam o que havia acontecido. Seth havia contado. E agora, estou em uma espécie de grupo de apoio, onde meus amigos me lembram o quão ferrado estou.

– Ele já sabe? – Quil perguntou.

– Não. É claro que não. – respondi.

– Cara você tá mesmo ferrado. – Embry disse, pela milésima vez. Mas, antes que eu pudesse levantar e ir até ele, que olhava algo pela janela, Sam me segurou.

– Se controla, Paul. – ele disse. – O que você tanto olha nessa janela? – perguntou ao Embry.

– Emily, e a garota do Paul.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa todos eles estavam aglomerados na janela, para vê-las. Até mesmo Seth, que já tinha a visto.

– Ih. – Jared veio até mim, e deu dois tapinhas no meu ombro. – Pior é que ela é bonita.

– O que tu disse? – meus punhos se fecharam.

– Ela é bonita, se não fosse seria bem mais fácil. – ele repetiu.

– Paul! – Sam chamou, antes que eu pudesse levantar minha mão. – Vai lá fora, e esfria essa cabeça. E vocês, saiam dessa janela e vamos começar essa arrumação.

******

Katherine Cullen Black.

– Eu moro bem ali. – ela apontou para o local, e eu segui seu dedo com o olhar, dando de cara com no mínimo cinco garotos olhando na janela, Seth estava entre eles. – Ah meu deus!

Foi impossível não rir.

– Poderia convidar você pra entrar. Mas, estamos organizando as coisas da festa, quer dizer, era para eles estarem fazendo isso.

– Tudo bem, vai lá. – sorri – Eu espero aqui.

– Não saia daqui, por favor. – assenti.

Emily entrou pela a lateral da casa, provavelmente pela porta dos fundos. Fiquei reparando nas casas que tinham em volta, e na praia não tão distante dali. Quis muito ir até lá. Mas, havia prometido a Emily que esperaria aqui.

Fui tirada dos meus pensamentos com o estouro após a porta da frente se fechar. Virei meu corpo, ficando novamente de frente pra casa, onde saia o garoto de mais cedo, o tal Paul. Quando se deu conta da minha presença, ele parou no lugar, novamente, e respirou fundo, voltando a andar na minha direção em poucos segundos.

Seu semblante não estava nada bom.

– Ei, tudo bem? – perguntei, me aproximando.

– Estava. – respondeu com desdém.

– Grosso. – cruzei meus braços, olhando novamente para a praia.

– Mimada. – ele saiu, esbarrando em mim, propositalmente é claro.

Olhei para a casa de Emily de novo e ela ria, levemente, balançando a cabeça como se nunca esperasse que isso acontecesse.

– Qual é o problema desse garoto?

– Acredite ou não, é você. – ela riu.

– Eu nunca fiz nada pra ele, Emily.

– Fez, querida. Sem saber, mas fez.

– O que eu fiz? – perguntei.

– Tudo na sua hora.

– Vai me deixar aqui sem saber o que eu mesma fiz?

– Porque não pergunta à ele?

E então ela saiu, rindo.