Lens escrita por A Demigod 1D


Capítulo 8
Capítulo oito


Notas iniciais do capítulo

Hey hey hey
Cap grande pelo mesmo motivo do outro!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/653863/chapter/8

As semanas foram passando e a convivência entre House e Stacy foi se intensificando, o médico estando decidido que iria provar pra ela que ela ainda o queria.

Mark estava numa cadeira de rodas e Stacy não parecia saber lidar com isso.

Cameron estava cada vez mais distante e isso incomodava House.

Para Alisson era cada vez mais claro de que sua suposição estava correta. House e Stacy foram feitos para ficarem juntos. Mas mesmo assim isso a irritava. E qual seria a melhor maneira de fazer isso passar?

–Só se cura uma paixão com outra. – ela disse a si mesma e mandou uma mensagem para Chase aceitando seu convite para sair. Antes do colega chegar, Cameron tomara quase metade de um litro de vodka que ela tinha em casa. Precisava de coragem para entrar na onda de Chase e colocar um ponto final no que sentia por House.

Quando a campainha do seu apartamento tocou ela já estava rindo sozinha. Chase estranhou o comportamento da colega, mas aceitou uma dose da bebida. E foi aí que Cameron o atacou. Literalmente agarrou Chase loucamente e o arrastou para seu quarto. O colega tentou protestar, mas não era todo dia que ele conseguia uma mulher como ela na cama. Então apenas aproveitou a embriaguez da mesma e foi feliz por algum tempo.

MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD.

–Você o que? – Foreman exclamou quando Cameron contou a ele sobre a transa com Chase.

–Eu estava completamente bêbada. Ainda estou com uma dor de cabeça horrível na verdade. – ela disse rindo e Foreman teve que a acompanhar.

–Você é maluca. Completamente. E se o Chase ficar no seu pé agora? Você sabe que ele tem uma queda por você. – o amigo avisou e ela deu de ombros.

–Foi só sexo casual. Não vai ter nada além disso. – ela respondeu colocando fim ao assunto.

O que eles não sabiam foi que House ouviu as últimas frases. Cameron estava indo pra cama com o loirinho australiano. E daí que ele também conseguira a Stacy quando foram para Baltimore? Isso não estava certo. Cameron era boa demais pra andar por aí com aquele idiota.

–O que foi? Parece transtornado. – Wilson disse quando viu o amigo.

–O que faria uma mulher como a Cameron transar com o Chase? – ele perguntou para o amigo que riu.

–Ela é demais pra ele. Na verdade ela é demais mesmo. Até eu adoraria ter alguém como ela na minha cama. – Wilson disse sem pudores e House se sentiu desrespeitado.

–Não seja ridículo Jimmy boy. Ela jamais olharia pra você!

–Até porque eu não faço o tipo dela. Nem o Chase faz. E você sabe bem disso. Só não entendo o que você quer. A Stacy vai largar do Mark por você. Tudo vai ser como há cinco anos atrás. Você não tem que se preocupar com a Cameron.

–Mas aí é que está, Jimmy. Eu não quero que as coisas sejam como há cinco anos trás. – House disse sério e Wilson não entendeu.

–Por que não?

–Porque há cinco anos eu não conhecia Alisson Cameron.

E pela primeira vez em alguns anos Wilson viu nos olhos do amigo o que realmente sentia. E não era a Stacy que ele queria.

MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD.

–Como assim? Greg, eu vou largar tudo por você. – Stacy disse consternada.

–Sinto muito, mas eu não posso.

–Mas você insistiu tanto.

–Eu sei. E só agora eu entendi. Eu só queria te provar que você fez mal em me deixar, que você ainda me queria. E eu achei que eu também a queria. Olha, se fosse há um ano eu voltaria imensamente feliz pra você. Eu mataria o Mark se fosse preciso. Mas as coisas mudaram Stacy.

–As coisas ou você?

–As coisas me mudaram. E agora eu vi quem eu realmente quero, de quem eu preciso. E dessa vez não é você. – ele disse dando as costas pra ela.

–É a garota não é? A que trabalha com você. – Stacy disse dando seu veredicto.

–Por que você acha isso?

–Porque eu vejo nos seus olhos quando olha pra ela. Eu não entendia o olhar, mas agora faz sentido. Você está apaixonado, House.

Ele apenas sorriu e a deixou sozinha.

Convidou Wilson para ir com ele ao Singer’s e o amigo topou. Viu que House precisava de companhia.

–Não sabia que você gostava de bares retros. – Wilson disse encantado com o lugar novo.

–Entrei aqui por acaso há uns três meses. Me traz boas lembranças. – House disse se sentindo sentimental demais.

–Então você deu um fora na Stacy mesmo?

–É o que parece. – ele disse sorrindo.

–E você vai mesmo atrás da Cameron agora? Stacy me disse que você está apaixonado por ela. – Wilson disse dando um gole em sua cerveja.

–Não tenho certeza se ela vai me querer Jimmy. Eu fiz besteira de novo e ela está curtindo a vida com os amigos dela. Talvez seja melhor eu ficar com esse sentimento apenas pra mim. Não fazer mais estrago. – House disse.

–Realmente ela parece bem, mas o jeito que ela te olhou agora diz o contrário. – Wilson disse com um sorriso de canto.

House ergueu os olhos e encontrou os dela perto da porta de entrada. Estava acompanhada por Foreman que fazia um pedido ao barman. House sentiu como se o tempo parasse ali mesmo e sentiu uma vontade imensa de correr até ela. Se não fosse manco provavelmente teria feito isso.

Nem percebeu quando Wilson saiu do seu lado na mesa e foi falar com os recém-chegados.

–Por que não se sentam conosco? – Wilson disse a Cameron e a Foreman. O negro olhou para a amiga de forma interrogativa, afinal sabia que não seria tão agradável pra ela se sentar na companhia de House.

Mas para sua surpresa ela concordou.

–Oi. – ela disse timidamente quando chegou à mesa e House adorou aquilo. O constrangimento dela era muito fofo. House achando algo fofo? Céus, ele estava louco mesmo!

Foreman e Wilson começaram a conversar sobre o bar, era a primeira vez dos dois ali e estavam adorando. Com o passar do tempo e das cervejas Cameron foi se soltando e depois de um tempo começou a cantar alguns trechos das músicas com Wilson. Os quatro riam e Foreman pensava que nunca imaginou que sair com seu chefe depois do trabalho seria algo agradável.

Era por volta das onze quando o celular de Foreman tocou e ele precisou ir embora. Cameron estava de carona com ele, mas House se adiantou.

–Nós te levamos pra casa depois, pode ficar. – ele disse e ela pareceu ficar na dúvida, mas o repertório estava tão bom que ela decidiu ficar.

Então Wilson começou a tentar dançar no seu lugar fazendo House gargalhar junto com Cameron.

Os garçons paravam para conversar com a moça já que eram conhecidos de algum tempo e House prestava atenção em cada gesto dela.

Assim a noite foi passando e quando já passava de uma hora Wilson resolveu ir embora também, como estavam com o carro do House foram todos.

–Se importa de me levar primeiro? Acho que Sara já deve estar em casa. – Wilson pediu lembrando-se da esposa e do casamento em crise.

Cameron sentiu um arrepio, ficaria sozinha com House depois do trabalho e de algumas cervejas. Céus.

Ficaram em silêncio até chegar ao prédio onde ela morava. House desceu do carro com ela e parou a porta.

–Cameron, eu... Isso é mais difícil do que eu esperava. – ele disse sorrindo constrangido. Ela esperou encarando aqueles olhos azuis. Então ele simplesmente a beijou.

Ela retribuiu porque não tinha forças para recusa-lo.

–House, por favor não faça isso comigo de novo. – ela murmurou entre os beijos e ele sentiu que devia falar.

–Não, por favor eu é que peço que me desculpe. Eu fui um idiota com você. Tenho tanta coisa pra te falar. – ele disse e ela o convidou para subir. Ele aceitou e lá foram os dois em silencio até o apartamento dela.

Ela lhe ofereceu mais bebidas, mas ele recusou. Sentaram-se no sofá e ele disse tudo que tinha pra lhe dizer.

–Quando a Stacy voltou, eu achei que a queria de volta pra mim. E insisti tanto que consegui.

–Ela largou o Mark?

–Ia fazer isso, mas eu percebi que não era o que eu queria. Eu só queria provar pra ela e pra mim mesmo que se eu quisesse a teria de volta. Mas só isso. Quando a consegui, quando ela decidiu largar o marido, eu vi que aquilo não me deixou feliz como eu achei que faria. E eu vi que faltava alguma coisa que eu tinha encontrado, mas não havia percebido a tempo. Cameron eu não te contratei apenas pelo seu currículo impecável. Eu a escolhi porque desde o primeiro momento você me atraiu. Como se você fosse um ímã, não sei. Eu só não queria admitir porque acho que não sou a pessoa mais ideal pra você. Quanto mais fui te conhecendo no trabalho mais eu tinha certeza disso. De que eu só te faria mal. Só que quando eu te disse aquelas coisas horríveis no jantar, tentando te mostrar o quão ruim eu era pra você, eu vi que fiz mais estrago ainda. – ele disse analisando a doutora.

–E fez mesmo, House. Eu nunca sequer pensei que alguém pensaria aquilo de mim, e talvez seja verdade. – ela disse com sinceridade. Ela estava realmente acreditando nele.

–Não! Você não é assim. Você só é boa demais pra mim. Em todos os sentidos. E foi vendo o brilho dos seus olhos se apagarem que eu senti que eu precisava desse brilho. Da sua alegria, do seu amor pelas pessoas, da sua vontade de consertar tudo, tão diferente de mim. Suas convicções contra as minhas. Isso me faz bem imensamente. E quando te beijei no Singer’s aquela noite eu estava apenas me entregando aos meus desejos. Só que foi num momento errado e acabei bagunçando tudo.

–Se você quiser ainda pode arrumar a bagunça. – ela disse sugestiva, com desejo nos olhos verdes tão intensos.

–Se você me permitir... – ele disse enquanto se aproximava dela, que o beijou intensamente dessa vez.

Os beijos foram ficando mais quentes, Cameron subiu no seu colo, com certo receio de machucar sua perna, mas ele deixava bem claro de que queria cada vez mais. Ela sentia seu corpo pedindo por mais dela e o dela por ele. Ela já havia tirado seus casacos, ela estava com aquela mesma blusa com o chapéu cinzento e ele estava com uma camisa azul. Que estava ficando cada vez mais aberta conforme ele beijava seu pescoço fazendo-a arrepiar.

–Acho que as coisas ficariam melhores na minha cama – ela disse num sussurro e ele nem pestanejou. Ela o guiou até o quarto e quando terminaram de se despir House estava enlouquecendo de desejo. Ela era realmente incrível. Ele se sentiu realmente desejado e via a sinceridade nos olhos dela.

E assim foi a primeira real entrega de ambos.

MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD.

House acordou e demorou alguns instantes para se lembrar de onde estava. Aquela não era sua cama, muito menos o seu quarto. Mas o cheiro dela invadiu seus pensamentos e ele se lembrou de onde estava. Deixou um sorriso involuntário escapar de seus lábios e percebeu que Cameron não estava mais ao seu lado.

Levantou e se vestiu calmamente, lembrando-se que a camisa que estava cuidadosamente dobrada sobre a cômoda fora largada na sala na noite anterior. Seguiu o cheiro de café e encontrou Cameron na cozinha sentada à mesa com uma caneca na mão direita e um livro da Agatha Christie na esquerda. Ele foi silencioso e podia ver os olhos dela se arregalando conforme o que encontrava nas páginas a sua frente. Sorriu. Droga, ele estava sorrindo demais.

–Já descobriu o culpado? – ele indagou a fazendo erguer os olhos até ele com um olhar contrariado.

–Já. E pra variar eu estava errada. Ainda não sei por que eu tento adivinhar quem é. – ela disse suspirando frustrada.

–Essa é a graça da Agatha. Você nunca acerta por que tem motivos demais pra desconfiar de todos. – ele disse consolando-a e se sentando a mesa aonde havia uma xícara esperando por ele.

–Aposto que você sempre acerta. – ela disse desafiando-o e ele deu de ombros. Raramente errava. – Eu não sei o que você costuma comer no café da manhã... Na verdade nem sei se você come alguma coisa quando acorda, então tente se virar com o que eu tenho.

–Sim senhora. – ele disse batendo continência.

Cameron ficou observando enquanto ele se servia. Assim, na cara dura. Pela primeira vez em tanto tempo ela não se sentiu constrangida em fazê-lo. Se bem que depois do que fizeram na ultima noite não havia motivos para ter vergonha de nada. Mas o constrangimento veio da parte dele. House não estava acostumado a ter alguém tão interessado na maneira com ele tomava café da manhã.

–O que foi? – ele perguntou e ela deu um sorriso de canto.

–Nada. Só achei que talvez você recusasse o café e fosse embora. Saísse “correndo”. – ela disse.

–Você já está fazendo piada com a minha pobre perna manca? – ele disse se fazendo de ofendido. – Quer que eu vá embora?

–Não. – ela disse com tamanha seriedade que ele entendeu como um pedido duradouro.

–Isso é tão estranho pra mim quanto deve ser pra você. Não sei como me comportar, ou coisas assim. Me sinto um adolescente idiota, então se você quiser facilitar as coisas não me questionando, eu ficaria agradecido. – ele disse e ela explodiu em uma gargalhada.

–Certo. Vou te deixar comer em paz. – ela disse se levantando e quando passou por ele foi puxada para se sentar na perna boa. Ele lhe deu um beijo calmo que foi interrompido pelo celular dela tocando.

Ambos sorriram e pensaram que talvez isso desse certo. Talvez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aeeeeee o/
Posso ouvir uma comemoração?
Problema resolvido rapidamente porque eu detesto esperar tempo demais!
Quero dizer que estou muito animada em encontrar amantes de Hameron por aí, vocês são guerreiros hein!
Beijos, até mais!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lens" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.