Lens escrita por A Demigod 1D


Capítulo 5
Capítulo cinco


Notas iniciais do capítulo

Voltei!



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Cameron não sabia muito bem como se sentir. Não chegara em casa tão tarde, não passava das dez, mas demorou a dormir. Se ela não tivesse delirado, na noite anterior House havia feito uma proposta para testá-la. Ou se testar, ela não sabia bem ainda. Só sabia que finalmente tivera a chance de conhecer seu chefe além das paredes do Hospital. Isso já era incrível. Como amiga, apenas, mas pra ela já era o suficiente.

Chegou ao Hospital em cima da hora no dia seguinte e logo foi verificar sua paciente que ficara internada. Feito isso resolveu tomar um café na lanchonete, afinal não dera tempo antes de sair. Quando procurava uma mesa, Chase acenou e ela se sentou com ele.

–Bom dia, Chase! – ela disse sorridente.

–Bom dia, Cameron. Dormiu bem dessa vez? – ele perguntou um tanto cansado.

–Sim. E você manteve o paciente do House vivo? – ela questionou em tom brincalhão.

–Tentei. Ele teve febre e quase não dormiu. A mulher dele me chamava toda hora. O que significa que eu também não descansei nada.

–Mas os medicamentos estão fazendo efeito ainda? – ela se preocupou pois ficaria com o paciente dessa vez.

–Estão sim, foi dentro do esperado a reação. – Chase disse tranquilizando a colega.

O dia se passou tranquilamente, e Cameron viu House a distancia, ele cumpriu a maior parte do dia na clínica e ela tinha outros afazeres. Nem se cumprimentaram até a hora de ir embora. Cameron foi até a sala dele para responder alguns e-mails achando que ele já teria ido embora mas foi pega de surpresa quando ele entrou na sala e se jogou no sofá.

–Achei que já tivesse ido pra casa. – ela comentou sem tirar os olhos do computador.

–Pretendo fazer isso em alguns minutos, estou só esperando a Cuddy sair da recepção. – ele respondeu fechando os olhos dando indício de que dormiria. Passado algum tempo apenas ouvindo o som dos dedos dela batendo no teclado rapidamente, ele fez uma pergunta. – Você joga pôquer?

Cameron parou de digitar e olhou para o chefe.

–Não. – fazendo uma careta. – Por quê?

–Perdeu pro Wilson. Como minha nova amiga você e eu temos que ter interesses em comum, sabia? Amizades funcionam assim. – ele disse a encarando de uma maneira engraçada.

–Sinto muito House, mas jogar pôquer juntos não será uma opção na nossa suposta amizade. – ela disse.

–Você joga alguma coisa? – ele perguntou achando que ela não fazia nada além de trabalhar. O que provaria mais uma teoria sua sobre a doutora.

–Sinuca. – ela respondeu voltando a digitar.

–Sinuca? Você? – ele perguntou se sentando no sofá.

–É, algum problema? – ela perguntou erguendo as sobrancelhas.

–Nenhum. Por acaso você tem uma mesa em casa?

–Ainda não ganho tanto assim pra conseguir ter uma. – ela disse se lamentando de uma maneira irônica.

–Então esse é mais um passa tempo vetado.

–Por quê?

–Porque nos obrigaria a ir a algum estabelecimento que tivesse mesas para jogar e normalmente são bares, cheios de pessoas chatas falando alto, bebendo e falando coisas sem graça. – ele respondeu como se fosse óbvio.

–Pois é pessoas normais costumam frequentar esses lugares. Esqueci que meu novo amigo não se encaixa nessa categoria. – ela disse dando de ombros.

–Ai, essa doeu. – ele disse sorrindo debochadamente.

House fez um beiço estranho como se estivesse realmente concentrado.

–O que exatamente minha nova amiga faz quando não está trabalhando ou tentando mudar o mundo? – ele fez sua última tentativa.

–Eu leio, vejo filmes, seriados, saio com alguns amigos, só isso, acho. – ela disse terminando o e-mail e desligando o computador – Aceite, House. A única coisa que temos em comum é o Hospital.

House se iluminou por um instante achando que tinha resolvido a questão.

–Não é o que eu normalmente faço com meu amigo, mas posso abrir uma exceção. Te vejo em duas horas. – disse e saiu da sala com sua mochila.

–Vai ficar no Hospital comigo? – Cameron perguntou assustada, mas ele não ouviu, já tinha saído.

MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD.

O relógio já marcava quase oito horas quando House chegou novamente ao Hospital. Deixou suas coisas em sua mesa e bipou Cameron. Esta chegou a sua sala em alguns minutos. Ainda parecia chocada.

–Você veio mesmo. – disse com a boca levemente aberta.

–Não, você está sonhando. – ele disse abrindo a boca.

–Nem nos meus sonhos mais insanos você faria isso. – ela disse rindo e se arrependeu na mesma hora percebendo a expressão que House tinha.

–Você sonha comigo? – ele perguntou chocado fazendo-a ficar extremamente vermelha.

–Não! – ela exclamou assustada.

–Sonha sim! A-há, te peguei Cameron. Que danadinha você. – ele disse na sua melhor cara de flagra.

–Idiota. – Cameron resmungou dando as costas pra ele.

–Ei! Volte já aqui. Eu vim até aqui pra passar um tempo com minha nova amiguinha. Me diga, como está nosso paciente?

–Bem. Hoje ele não teve febre, está se alimentando e no momento está vendo TV com a mulher. – ela disse.

–Certo, o que quer dizer que você não tem que ir lá.

–Não, mas tenho outras coisas pra fazer... – mas o chefe não a deixou terminar. Fechou as persianas da sala para que ninguém soubesse que ele estava lá e se sentou em sua cadeira, de frente para o sofá.

–Sente-se. – ele gesticulou em direção ao sofá e Cameron obedeceu.

House começou um questionário sobre sua vida, e até respondeu as mesmas perguntas que Cameron lhe retribuía. Ele parecia relaxado e estava analisando o comportamento da moça que o surpreendia devido sua imensa calmaria. Ela riu algumas vezes e ele fez o mesmo. Parecia tão fácil conversar com ela, com aqueles grandes olhos verdes prontos pra absorver o máximo de informação possível sobre ele. House foi interrompido por seu estomago pedindo comida.

–Acho que passamos tempo demais aqui, preciso me alimentar. – disse jogando algumas notas para Cameron.

–O que? Não vai até a cantina? – ela perguntou cética e ele riu.

–Vamos lá querida amiga, faça o seu melhor e não estrague meu jantar. – ele disse piscando enquanto ela saía da sala. Cameron sabia o que ele em geral pedia pra comer e se saiu bem. A única parte ruim foi que quando Cameron entrou em seu carro para ir embora do seu turno no Hospital, tinha um sorriso um pouco grande demais no rosto.

–Merda, House. – ela disse para si mesma.


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Notas finais do capítulo

Esse também foi pequenino, eu esqueci que os capítulos maiores vem daqui a pouco. Eu já estou escrevendo o doze, por isso me confundi.
Beijos, até o próximo!