Lens escrita por A Demigod 1D


Capítulo 13
Capítulo treze


Notas iniciais do capítulo

hey!



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Os dias das férias haviam chegado ao fim e Cameron voltava animada pra sua rotina. Tinha passado muito bons momentos ao lado dos amigos em Londres e uma semana melhor ainda com os pais.

E ela sentira saudade do Hospital, dos amigos e do seu chefe também. Principalmente dele na verdade. Enquanto voltava pra casa, ela percebeu que em alguns dias faria um ano que estavam juntos e se surpreendeu.

Para quem tivera tanto empenho em afastá-la no começo, House tinha se mostrado um ótimo relacionamento, melhor do que ela esperava.

Cameron já estava habituada ao gênio forte que ele tinha, mas conseguia convencê-lo de algumas coisas com seu jeito. Isso fora do ambiente de trabalho é claro. Assim que eles entravam na sala de diagnósticos eles eram apenas chefe e subordinada. Em alguns momentos de descontração surgiam comentários entre os colegas sobre a vida pessoal, mas a relação de trabalho dos dois estava sempre impecável.

Nada de alguns amassos nos armários do zelador nem nada assim. Eles sabiam se comportar e também não gostavam de se expor muito.

Ela sabia o que muitos pensavam sobre o relacionamento dos dois, a diferença de idade nunca era bem vista na sociedade, não nos primeiros anos de um relacionamento. Mas a doutora estava acostumada com isso também, pois seus pais tinha nove anos entre eles, sua mãe era mais velha e ela cresceu escutando as histórias do preconceito dentro da própria família.

E por já ter passado por isso, seus pais não fizeram critica alguma à escolha da filha, perguntaram o básico e como sabiam que ela trabalhava para um médico renomado, tinham uma boa noção de quem era o doutor Gregory House.

Sua mãe disse que se algum dia eles pudessem o conhecer pessoalmente, ficaria encantada. Mas isso não era nenhuma ordem ou pedido expresso. Ela entendia que a filha tinha sua vida corrida em outro lugar e que os pais já não eram tanta prioridade assim. E relacionamentos acabavam muito de repente.

Mas eles estavam muito felizes por ver Alisson com alguém que a estava fazendo bem. Depois de tudo o que a filha tinha passado sendo tão jovem, eles estavam preocupados de que ela nunca mais tivesse ninguém.

Talvez eles estivessem enganados, talvez não.

MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD.

House sabia que ela voltaria logo, mas não tinha certeza do dia. Cameron não o avisara com antecedência porque não tinha ideia de qual voo conseguiria pegar.

Então já fazia mais de vinte e quatro horas que ele esperava ansioso ela lhe telefonar e dizer que estava voltando.

–O que houve House? Você parece ansioso demais. Tem tomado muitos comprimidos ou o que? – Cuddy perguntou quando foi assinar uns papéis de autorização pra ele.

–Ansiedade para sair de um lugar entediante chamado clínica. Estou esperando ansiosamente o dia em que você vai entrar na minha sala e dizer que eu sou um médico tão bom que não preciso mais atender aqueles pacientes idiotas! – ele disse com uma expressão sonhadora.

–Há. Há. Há. Pois continue sonhando. E como uma ótima forma de encerrar seu dia hoje, você tem uma hora na clínica que começa em cinco minutos. Então, vá! – ela disse abrindo a porta da sua sala e fazendo sinal pra que ele saísse.

–Cuddy, Cuddy, Cuddy... Você já foi mais delicada! Não desconte sua raiva do Jimmy boy em mim, ok? – ele disse sorrindo e ela o olhou como quem o mataria ali mesmo.

–Clínica House. Agora. – decretou por fim fechando a porta na cara dele.

O médico foi até a clínica e encontrou Wilson no caminho.

–Jimmy, dê um jeito na sua namorada. Ela está brava por falta de sexo e está descontando nos funcionários! – ele disse alto e sério fazendo alguns médicos que passavam por ali lançarem olhares estranhos ao oncologista.

–Cala a boca House! Parece que quem está afetado por falta de sexo é você. – ele disse e se lembrou de algo. – A menos que você tenha ligado pra alguma profissional...

–O afetado agora é você, Wilson! – House disse descrente do que o amigo insinuava. – Quase trinta dias de abstinência porque a Cameron simplesmente resolveu que viajar as férias inteiras seria melhor do que ficar comigo!

–Tá falando sério, House? Nenhuma mesmo? – o oncologista perguntou com um sorriso.

–Sério. E eu vou ter um ataque se ela não voltar logo. – House disse baixo fazendo o amigo rir.

–Tinha me esquecido que você é um cara fiel quando gosta mesmo de alguém. – Wilson disse dando um tapinha no ombro do amigo e o deixando ir pra clínica.

–E eu acho que só gostar não é mais a palavra certa. – House disse para si mesmo.

MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD.

Cameron conferiu o horário e fechou a porta do apartamento, House já estava em casa e ela que tinha chegado no meio da tarde, iria vê-lo.

Pegou a bolsa e quando chegou à rua da casa dele decidiu estacionar um pouco mais longe, queria fazer uma surpresa.

Observou a luz do quarto acesa, isso indicava o vídeo game. Céus, ela já tinha uma noção até disso.

Bateu na porta e esperou até ouvir o som dos passos ecoando. Sentiu o coração acelerar. Droga.

A porta se abriu.

Um par de olhos azuis a encarou.

–Oi. – ela disse tímida.

–Oi. – ele respondeu no mesmo tom abrindo a porta pra que ela entrasse.

Ela entrou. Ele fechou a porta.

Seus olhos se encontraram.

Ambos engoliram em seco.

–Ah, que se dane também! – ela exclamou o abraçando fortemente e o fazendo rir ao retribuir o abraço.

–Por que não avisou que estava voltando? – ele perguntou sem a soltar.

–Queria fazer uma surpresa. – ela disse olhando pra ele e ganhando um beijo. Que começou calmo, um beijo cheio de saudades e sentimentos não ditos.

–Senti sua falta. – ele sussurrou entre os beijos e ela concordou com um sorriso.

Nas horas seguintes eles compensaram todos os dias ausentes e House teve certeza de que a palavra gostar não servia mais pra ele.

MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD. MD.

Cameron entrou na sala da Cuddy e esperou ela desligar o telefonema que a estava deixando aparentemente muito animada.

–Bom dia – Cameron disse sorrindo.

–Um ótimo dia, Cameron! – a outra disse se levantando e indo de encontro a amiga.

–O que houve?

–A assistente social me ligou a uma semana dizendo que havia uma criança pra eu conhecer. Eu fui até a casa de meninas e me encantei pela pequena Rachel. Ela tem três anos e foi deixada lá a algumas semanas, depois do processo de adaptação ela estava apta a entrar na lista de adoção! – ela disse e Cameron a abraçou.

–Isso quer dizer que você vai adotá-la? – Alisson perguntou animada com a novidade.

–Sim! Eu deixei tudo certo na semana passada e agora me avisaram que os primeiros documentos estão sendo feitos e que eu já posso levar a Rachel para um período de experiência na minha casa. – ela disse quase pulando de tanta alegria.

–Que ótimo, Cuddy! E como vai funcionar isso? E se ela não se adaptar? – Cameron questionou já preocupada com a órfã.

–São algumas semanas supervisionadas pela assistente social e de acordo com os relatórios dela eu concluo o processo e a Rachel será oficialmente minha filha. Céus, como estou feliz! E a maioria das crianças pequenas se adapta fácil. – ela disse recebendo mais um abraço da amiga.

–Que maravilha! Quero conhece-la, hein! – ela disse se sentando em uma cadeira enquanto a outra voltava para sua mesa.

–Mas então, como foi de viagem? – Cuddy perguntou se lembrando que ela viera assinar os papéis das férias.

–Foram ótimas! É sempre bom pegar novos ares e rever amigos. – ela disse contente.

–Sim, com certeza! Agora pelo menos o House para de surtar. – ela disse pegando as folhas.

–Surtar? Como assim? – Cameron perguntou curiosa.

–É ele não te contou? Bem ele não ia contar porque se negava a ver. Mas ele estava tão ansioso que qualquer um notava Cameron. Era até engraçado ver que as horas pareciam não passar e os pacientes não eram suficientes para entretê-lo. Parece que ele sentiu mesmo a sua falta. – Cuddy disse sorrindo ao constatar que era uma coisa muito boa.

–Eu também senti saudades. Mas não quis ligar com muita frequência, achei que isso iria irritá-lo. – Cameron disse fazendo uma careta.

–Pois ele ficou irritado por você não ligar. – Cuddy disse rindo. – Pronto tudo certo, bem vinda de volta a essa loucura que chamamos de trabalho!

–Obrigada! – Cameron disse saindo da sala e indo para os diagnósticos com um pensamento: Será que ela havia realmente conquistado um espaço significativo no coração do doutor Gregory House?


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Notas finais do capítulo

Beijo beijo



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