Lens escrita por A Demigod 1D


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Saudações.



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“Você não ama, você só quer ajudar um moribundo. Se sentir necessária.”

Não com essas palavras, mas ele tinha dito isso a Cameron na noite passada. E até agora House não entendia o porquê aquilo era tão importante. Ele precisava fazer com que ela largasse do seu pé, não é mesmo? Se ele não sabia ser sutil, isso não era culpa dele. Culpa. Não, não era isso que House estava sentindo.

-Droga. – House resmungou ao entrar no Hospital, pelo jeito Cuddy o estava esperando com a expressão nada satisfeita. Como sempre.

-House, será que você não consegue entender que tem que estar aqui antes do horário do almoço? – ela disse jogando uma pasta em cima dele.

-Ora, querida Cuddy, fico feliz em saber que sou fervorosamente esperado. – ele respondeu indo em direção a sua sala sem sequer abrir a pasta.

-Você devia ser grato por não precisar estar aqui às oito da manhã todos os dias, como os seus pobres funcionários.

House sentiu um leve desconforto. Então Cameron já estava aqui desde as oito da manhã? Será que ela estava esperando por ele? Achando que ele não iria hoje? Mas antes que dissesse isso em voz alta, Cuddy respondeu suas perguntas.

-Cameron até chegou cedo demais. House, o que você fez pra ela ontem? – a diretora o olhou com os olhos estreitados.

-Eu? Por que acha que eu fiz alguma coisa? E devia agradecer por eu dar motivação pros seus médicos. Na próxima semana prometo que saio pra jantar com o loirinho da Austrália. – ele disse fazendo uma careta.

Antes que Cuddy tivesse a chance de perguntar mais alguma sobre o encontro que tivera na última noite, House entrou no elevador encerrando a conversa.

Quando chegou a sua sala, apenas Foreman estava lá, o que deu um alívio imenso no doutor. Jogou a pasta em cima da mesa indicando para que o subordinado a lesse. Enquanto Foreman citava os sintomas do paciente, um jovem de 23 anos, ele foi até a cafeteira a procura do bom e velho café, mas não o encontrou.

-Cadê meu café? – ele gritou indignado fazendo Foreman revirar os olhos.

-Cameron não fez café hoje.

-Não? Como não? – ele questionou tentando mostrar interesse apenas no café. – Preciso de cafeína.

-Bom, então faça você mesmo.

-Ora vejam só se meu patinho não está se revelando. –House disse com a sobrancelha arqueada. – Certo, me convenceu. O caso é meu. Chame os outros dois e comecem os exames.

-Eles estão almoçando, House. – Foreman disse se levantando. –Vou dar uma olhada no paciente.

-Nada disso. – disse House querendo colocar aqueles dois em seus devidos lugares. – Chame-os agora. O paciente não pode esperar as donzelas saciarem seus apetites.

Ele mal podia esperar para ver como Cameron iria enfrenta-lo. O ódio dela pelo que ele havia falado seria palpável.

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-Sinto interromper, mas ele está mandando voltarem. – Foreman disse para Chase e Cameron.

-Mas estamos almoçando! – Chase reclamou.

-Como se isso importasse pra ele. Vamos logo. – Foreman disse e surpreendeu por não ouvir nenhum comentário vindo de sua colega. Logo ela que sempre se irritou e mostrou revolta com todas as atitudes erradas e egoístas do chefe.

Foreman trocou olhares com Chase e ambos entenderam. Havia acontecido alguma coisa na última noite, mas pelo jeito a amiga não abriria a boca. House deveria ter pegado pesado com ela.

Quando chegaram à sala de House todos se sentaram pra ouvir as ordens. Discutiram os prováveis exames a serem feitos de início e se encaminharam para o quarto do paciente.

House percebeu que Cameron não o olhou nenhuma vez. Olhou para os colegas quando falavam, mas pra ele, nada. Acatou todas as ordens e não questionou nada e quando House perguntou por que ela não havia feito o café, apenas pediu desculpas e disse que faria mais tarde.

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Ao longo do dia, todos perceberam a mudança em Cameron. Comentavam entre si, e os quatro que sabiam sobre o encontro da noite anterior tinham certeza que aquilo era o motivo.

-A mudança não foi única e exclusivamente com House. Ela não o questionou nenhuma vez sobre ética, apenas fez o que nenhum de nós faz. Aceitar tudo o que ele diz e quando perguntamos algo ela só diz que prefere não manter um diálogo maior com ele. – Foreman disse para Wilson em seu consultório.

-Nem quero imaginar o que House pode ter feito pra deixa-la assim. Eu me preparei pra ver a Cameron em prantos ou extremamente feliz. Não pra essa frieza repentina. – o oncologista disse cruzando os braços.

-Seja o que for pelo menos não interferiu no resto. Ela não está descontando em nós como fazia quando House a irritava. – o neurologista tentou ver o lado positivo.

-Certo, vou tentar sondar com ela o que aconteceu, mas não hoje. Ela deve estar esperando esse tipo de pergunta o dia todo. Ele também, então nada hoje. – Wilson concluiu se despedindo de Foreman.

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E assim a semana se passou, a mudança de Cameron parecia permanente, até que na sexta, quando dariam alta ao paciente, ela o olhou pela primeira vez. Estavam sozinhos assinando os papéis da alta, e por uns segundos House se esqueceu do que iria responder. O que quer que ele tenha atingido nela foi fundo. Sério demais. Onde estavam àqueles olhinhos ingênuos e cheios de esperança que ela carregava pra lá e pra cá todos os dias? Dessa vez foi House que não conseguiu sustentar o olhar.

-Termine isso pra mim, Cameron. Tenho que resolver uma coisa. – ele disse mesmo sem ela ter questionado porque ele não terminava aquilo ele mesmo.


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Notas finais do capítulo

Vai ter próximo?