Harry Potter e o Orbe dos Universos escrita por RedHead


Capítulo 56
O Resgate - parte II


Notas iniciais do capítulo

EU SEI, EU SEI, EU NÃO TENHO CORAÇÃO!!! Mas sabem o que eu tenho agora?? Um emprego!!! Yey, adeus, vida de desempregadaaaa

Então tecnicamente, é uma Iniciação Científica. É pela minha faculdade mesmo, e como houve o processo de seleção somado ao fato do projeto já ter começado quando eu entrei... Passei as últimas semanas estudando muito sobre ele para poder entender o que eu preciso para seguir a diante com minha professora orientadora.

Peço mil desculpas por ter sumido assim, do nada, mas gente... A coisa ficou PUNK nessas semanas. Agora que tá voltando ao normal (amém!) e só agora que to conseguindo me acostumar com a rotina maluca (meus horários tem que seguir os da orientadora, então já viram né... uma bagunça).

Mas gente, vamos bebermorar (entenderam??) meu salário depois, pq agora tem capítulo novo!!! (finalmente heim tia red, que horrrorrrrrrrr)

Prometo tentar me desculpar com vocês!! ♥



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Quando o corpo humano se encontra frente a uma ameaça, um suprimento de hormônios de emergência é descarregado no organismo. O mais importante deles é a adrenalina, que quando lançada no sangue, prepara o corpo para uma decisão que pode ser a diferença entre a vida e a morte: lutar ou fugir. E naquele momento, toda célula do corpo de Harry sabia que a única chance que eles tinham de sobreviver seria fugir.

— Temos que fugir – disse Harry – Agora.

— Sim, também chegamos a essa mesma conclusão – respondeu Ron, nervosamente – Agora, se você tiver um plano, aí sim podemos conversar...

— Draco, Dobby não poderia ajudar? – Perguntou Lottie.

— Dobby precisa ficar na Mansão para recepcionar Bela e o Lorde quando chegarem – disse Narcisa, balançando a cabeça loura negativamente – Vocês poderiam tentar escapar pelo bosque, ou pelas masmorras...

— Não haveria tempo hábil para saírem da propriedade a tempo, mãe – interrompeu Draco – E mesmo que conseguissem, ainda estariam em território hostil.

— Então o que faremos? – Perguntou Ron, a ninguém em especial – Ficamos aqui e recepcionamos Voldemort, e aproveitamos para colocar as fofocas em dia com uma xícara de chá?

— Neville! – Exclamou Harry, subitamente, batendo o punho sobre a mão aberta – Ele ainda está com o artefato de Dumbledore!

— Que artefato é esse? – perguntou Narcisa, curiosa.

— Antes de eu me encontrar com Draco na Burgin e Burkes, Dumbledore me entregou uma espécie de bombinha – explicou Harry – Ele me disse que se eu me encontrasse em perigo, eu deveria explodir a bombinha, que ela me levaria a um lugar seguro.

— Deve ser a casa onde Dumbledore nasceu, em Saddington, no lago da reserva natural – disse Lottie – Dumbledore já deu algo parecido para o Sirius em uma missão, e ele foi parar lá.

— Pensei que Dumbledore tivesse nascido em Godric’s Hollow – comentou Draco.

— Ele se mudou para lá muito jovem, logo depois da prisão do pai dele – respondeu Harry, rapidamente – Mas isso não importa agora. Draco, você viu se o Neville deixou uma bombinha em algum lugar?

— Não, ela ainda deve estar com ele. Eu tentei convencê-lo a entrega-la para mim, como fiz com sua varinha, mas nada que eu dissesse mudou a mente dele sobre isso – disse Draco – Eu imaginei que deveria ser algo importante, porque ele não quis se desfazer dela.

— Então vamos ter que pegar na marra – disse Ron, fechando o rosto, e indo em direção a porta da biblioteca.

— Não sem um plano – disse Lottie, segurando o braço de Ron e impedindo que ele alcançasse a maçaneta de prata – Eu sei que Neville não é exatamente um gênio, mas ele é mal! Ele foi praticamente criado pela Belatriz, sem dúvida aprendeu uma coisa ou outra com ela.

— Ele... O que? – Exclamou Mione, olhando assustada para Lottie – Mas ela matou os pais dele!

— É uma longa história, Mione – interrompeu Harry – E quando nós sairmos daqui, Lottie poderá explicar tudo, mas agora temos que escapar. Mas não acho que teremos algum problema em pegar a bombinha de Neville, somos cinco contra um. Nosso maior problema seria ele estourar a bombinha e nós perdermos nossa rota de fuga.

— Não sei se seria sábio Neville ver duas Hermiones – disse Narcisa altivamente, e Harry virou-se na mesma hora para escutar o que ela tinha a dizer – A menos que matem Neville, ele contará tudo o que viu e ouviu para Belatriz e o Lorde, e dar ao inimigo a resposta de como Harry veio parar nesse universo não seria nem um pouco sensata.

— E porque não? – Perguntou Ron, frustrado pela demora.

— Porque Voldemort não demoraria para perceber que, assim como Dumbledore trouxe Harry de outro universo, ele poderia trazer outros bruxos das Trevas, ou até ele mesmo, para ajuda-lo – respondeu Mione, sabiamente, e Harry sentiu o estômago despencar ao imaginar na possibilidade.

— Ok, mas o que faremos? – Disse Lottie, e Harry não deixou passar que a irmã estava torcendo os dedos, assim como ele fazia quando nervoso – O tempo não está passando menos rápido, e temos que fugir.

— Neville ainda está sozinho no Salão Branco – disse Draco, alisando o queixo pontudo – Ele é um bom duelista, mas não oferecerá trabalho se estiver em desvantagem. Talvez se Harry e eu...

— Tarde demais – disse Harry, sentindo o estômago embrulhar subitamente, e a cabeça ficar estranhamente pesada – Ele está perto.

— Ele quem? – Perguntou Lottie, com a voz abafada e trêmula, mas antes que Harry pudesse confirmar quem todos tinham em mente, uma batida abafada na porta foi ouvida.

O silêncio que se apoderou da biblioteca era tão denso que Harry tinha a impressão de ser capaz de ouvir a própria pulsação.

— É Neville – sussurrou Harry, com a boca seca, apertando tanto a varinha entre seus dedos que ficou com medo que ela se partisse – Deve ter vindo avisar que Voldemort está vindo.

— E o que fazemos agora? – Perguntou Hermione, tão branca que Harry ficou com medo que a garota desmaiasse a qualquer minuto.

— O rendemos e fugimos – respondeu Ron, levantando a varinha e abrindo a porta em um estrondo.

Tamanha foi a força usada no feitiço de Ron, que uma das dobradiças da porta se soltou e saiu voando, quase atingindo Neville em cheio.

— Que infernos... – Neville deixou escapar, mas antes de ser atingido pelo feitiço estuporante lançado por Lottie, ele havia sacado a varinha e feito um feitiço escudo que o protegeu – Ninguém escapa daqui. Deveriam saber disso. Cruc...

— Estupefaça! – Gritou Harry, antes que Neville pudesse terminar a maldição, e como dessa vez ele não conseguiu se defender do feitiço lançado por Harry, Ron, Mione e Lottie, seu corpo subiu vários centímetros para cima antes de cair pesadamente na parede em frente, com um barulho oco.

— Bem, acho que isso resolve nossos problemas – brincou Ron, guardando a varinha e agachando em frente ao corpo inerte de Neville.

— Isso só piora nossos problemas – disse Harry, a cabeça um pouco mais pesada – Precisamos levar Neville conosco.

— Você está louco? – Perguntou Lottie, encarando-o com os olhos verdes arregalados e incrédulos.

— Ele viu a mim e a Hermione dessa realidade, Lottie – disse Mione, e Harry acenou a cabeça satisfeito, mas nem um pouco surpreso, que a amiga tivesse tido o mesmo raciocínio que ele – E esse era nosso maior medo. Agora precisamos leva-lo como refém, para que ele não conte por aí o que viu.

— Não haverá necessidade de levarem reféns se o matarem – disse Narcisa, olhando com o canto dos olhos gélidos para o corpo desacordado de Neville.

— Não resolvemos nossos problemas desse modo, senhora Malfoy – respondeu Harry secamente, perdendo rapidamente quase todo o respeito que ele passou a nutrir pela mulher – Não quando podemos evitar.

— Então sugiro que vão logo, e mantenham os dois olhos nesse aí – respondeu Narcisa com igual frieza – Minha irmã não cria estúpidos e nem inúteis.

Com pressa, Harry lançou cordas finas da ponta de sua varinha que se enrolaram apertadamente nos tornozelos, joelhos e pulsos de Neville, e com um aceno de Hermione, o corpo do garoto inconsciente flutuou até o seu lado, e lá ficou, como uma marionete em tamanho real, com a cabeça tombada sobre o peito.

— Lottie, por acaso Sirius te contou sobre como essa coisa funciona? – Perguntou Ron, referindo-se ao artefato de fuga dado por Dumbledore.

— Você a estoura e diz uma palavra chave – respondeu Lottie, pegando Mione pela mão e aproximando-a de si e Ron – Então você é levado para algum lugar pré-determinado, como uma palavra chave. Por isso é muito importante estarmos juntos, e nos segurando bem... Harry?

Por uma rápida fração de segundo, Harry pensou que iria vomitar. Involuntariamente, seu corpo de dobrou ao meio, seus sentidos ficaram inúteis nos segundos seguintes e ele não soube dizer se o embrulho em seu estômago vinha da sua sensibilidade em sentir magia negra ou do medo. “Ainda não” pensou Harry, recompondo-se e passando a mão na testa suada “Ainda é cedo demais”.

— Ele chegou – disse Harry, sem se preocupar em ser discreto – Andem, juntem-se!

Hermione largou-se de Draco e correu para segurar o outro braço de Neville. Harry forçou as pernas a se impulsionarem para frente, correndo em passos largos a extensão da biblioteca, mas antes que ele conseguisse cobrir metade do caminho, algo fervente atravessou seu ombro, e jogou-o para trás.

— Sentiu saudades? – A voz fina e enjoativa de Belatriz pode ser ouvida antes que Harry a visse, no fim do corredor.

— Harry! – Gritou Lottie, desesperada, tentando se soltar para ir até o irmão, mas Ron impediu-a de sair de onde estava, e por isso Harry ficou imensamente grato.

Belatriz deu mais um passo em sua direção, mas na posição em que a mulher estava era impossível ela ver o que fosse dentro da biblioteca, o que deixou Harry minimamente aliviado. Seu ombro doía alucinadamente, mas ainda assim Harry se levantou, sentindo o cérebro trabalhar depressa, buscando de qualquer modo uma maneira de pelo menos tirar os amigos e o diário da mansão.

— Então a párea da Ordem veio te buscar? – Riu Belatriz, e embora seu riso ainda fosse mais controlado do que quando comparado com sua realidade, Harry não deixou passar desapercebido que desde que Voldemort a torturara, a mulher ficou muito mais parecida com a Belatriz que ele se lembrava – Meu Lorde ficará contente... Ele tem algumas perguntas para fazer.

— Tenho certeza que será uma reunião muito agradável – disse Harry entredentes, procurando ignorar o fato que havia um buraco em seu ombro e que Voldemort estava em algum lugar da mansão – Mas meus amigos vão ter que recusar.

— Eu não acho que eles possam recusar – respondeu Belatriz balançando a varinha na mão como uma naja negra faz com sua presa antes de atacar.

Harry já havia duelado com Belatriz e a visto duelar com outros bruxos vezes o suficiente para reconhecer o seu estilo e saber quando ela iria atacar. Defender-se, apesar do ombro ferido, não seria um problema. Entretanto, ele tinha seus amigos na biblioteca para se preocupar. Ele sabia que ele jamais chegaria até os amigos a tempo, mas também sabia que Ron não deixaria que ninguém saísse de perto da bombinha de Dumbledore a menos que Harry pedisse, e por isso ele não poderia ser mais grato ao amigo. Ele só precisava de cinco segundos, nada mais...

Mas com Belatriz, cinco segundos podem significar morte.

Entretanto, a outra opção seria esperar Voldemort aparecer para matar todos.

Não havia escolha.

— Ron – disse Harry, sem tirar os olhos de Belatriz – diga “amarelinha”.

— O que? – Perguntou Ron, e embora Harry não estivesse vendo o rosto do amigo, sabia que seu cenho estaria franzido e confuso e que Mione estaria levantando as sobrancelhas em sinal de compreensão. Ele só precisaria ser mais rápido que ela.

— Diga – repetiu Harry, mais alto e urgente, ainda encarando Belatriz nos olhos, preocupado que ela fizesse algum movimento brusco, mas ela parecia satisfeita em simplesmente zombar dele até que Voldemort aparecesse – “Amarelinha”!

— Harry, nã... – disse Mione, claramente preocupada, mas Ron a interrompeu.

— Amarelinha! – Disse ele, em alto e em bom som, e esse foi o sinal que Harry precisava para agir.

Saltando para fora do raio de alcance de Belatriz, Harry jogou o diário de Riddle em direção a Lottie, que o segurou com a mão livre, e o rosto contorcido em uma interrogação. Ainda no ar, Harry girou a varinha em direção aos amigos, e com a mira adquirida nos anos de treinamento na Academia somados aos anos de treino de quadribol, Harry ordenou:

— Bombarda!

O feitiço atingiu a bombinha em cheio, no exato momento em que Ron terminava de falar a palavra chave. Um fogo escarlate e dourado emergiu de dentro da bombinha com uma grande explosão e envolveu todos os que estavam de algum modo conectados a ela, e Harry pode sentir a onda de calor queimar as pontas de seus cabelos enquanto caia. A explosão foi tão forte que as janelas da biblioteca se quebraram, o vidro se espalhou pelo ambiente, e as paredes em volta de onde estavam tremeram, mas quando o fogo diminui e se recolheu, Ron, Mione e os outros já não estavam mais lá, assim como a horcrux.

Harry levantou-se do chão coberto de poeira, com o ombro dilacerado, o braço com um corte considerável e um sorriso no rosto. Ela havia conseguido: tirara os amigos dali juntamente com a horcrux.

Mas seu sorriso rapidamente desapareceu, conforme a poeira baixava e a alta e imponente figura de Voldemort se tornava mais nítida.


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Notas finais do capítulo

Ahhhh não! Fica um tempão sem postar e agora termina com essa torta de climão?!?!?!!11!!onze?!

Sim! Pq eu sou má! muahahahahaha


Saudades de vocês, seus lindos!

Ah, e eu tenho uma pergunta! Vocês gostam dos capítulos nas terças? Eu estava pensando em mudar para as sextas ou sábados... Mas queria ver a opinião de vocês ;)