Harry Potter e o Orbe dos Universos escrita por RedHead


Capítulo 55
O Resgate - parte I


Notas iniciais do capítulo

Gente, terça feira! :DD yeeeeey

Eu tava toda fazendo a betagem do capítulo com toooda a calma do mundo, pensando que ia postar o capítulo pouco antes de meia noite, "afinal ainda é segunda"... quando me toquei! Eu tava crente que hoje era segunda, gente, vê se pode! Essa greve da faculdade e desemprego estão acabando comigo :(

Mas a boa notícia é que tem capítulo fresqui-i-i-i-i-inhooooo! Boa leitura.



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Harry não conseguia enxergar com clareza o que acontecia ao seu redor. Seus olhos estavam doloridos e certamente arroxeados, o olho esquerdo quase se fechava; e se isso não bastasse, ele também estava sem os óculos, que haviam caído e se quebrado quando Neville o jogou de volta em uma das masmorras da Mansão Malfoy.

Exausto física e mentalmente, ele arrastou-se até um canto mais seco e apoiou-se o melhor que pode nas pedras geladas, procurando poupar o máximo de energia para a próxima sessão de tortura, que certamente não demoraria a vir. As pedras frias em suas costas lhe deram um calafrio, e uma dor insistente no abdome o fez desconfiar que Neville havia conseguido quebrar ao menos uma de suas costelas.

Um segundo calafrio subiu-lhe a espinha, e mais do que nunca, Harry desejou estar de volta em casa, no seu pequeno flat em Londres, com uma cerveja amanteigada na mão e Gina ao seu lado, discutindo coisas bobas, como a cor do vestido das daminhas ou qual seria o sabor do bolo de casamento dos dois. Depois, eles iriam até a Toca, onde os outros Weasley dariam palpites sobre assuntos que eles não perguntaram, e dividiriam um jantar delicioso e barulhento, rindo entre os pratos.

Harry soltou um pequeno gemido ao tentar mudar de posição. Agora ele tinha certeza que Neville havia realmente quebrado alguma costela sua, mas isso não fora uma descoberta surpreendente, visto tudo o que Harry havia sofrido na última meia hora. Ele havia sido torturado por máquinas de aparência medieval, seus membros foram esticados, ele fora chicoteado, batido, humilhado. Mas apesar disso, ele não falara nada que não fossem ofensas ao seu torturador, e por isso, Harry permitiu-se soltar uma risada fraca. Se Neville achava que apenas uma seção de tortura fosse ser o suficiente para que ele sucumbisse, ele que pensasse novamente. Ele já havia sido torturado vezes demais para que apenas meia hora fosse fazê-lo abrir a boca.

Inutilmente, Harry olhou em sua volta procurando discernir o contorno do copo com água que Dobby havia trazido mais cedo, mas a falta dos óculos e o inchaço nos olhos obrigou-o a tatear até encontrar o pequeno copo de madeira. Com prazer, Harry sorveu quase todo o conteúdo do copo em apenas um gole, feliz por sanar a ardência em sua garganta. Apoiando novamente a cabeça na parede de pedra, Harry procurou organizar seus pensamentos do melhor modo que pode. Ele sabia que precisava escapar rápido, se pretendesse sobreviver, mas ele mesmo tinha que admitir que suas chances não eram as melhores no momento. Se ao menos ele tivesse sua varinha... Ou talvez os seus óculos.

O barulho de uma porta se abrindo ao fundo arrancou Harry de seus pensamentos. Seu primeiro instinto foi imaginar que Neville havia retornado para atormentá-lo mais, mas ele rapidamente descartou essa hipótese assim que percebeu que havia mais de um par de pés indo até ele e, o mais importante, que os passos vinham das entranhas das Masmorras, e não das escadas que comunicavam as celas até a Mansão.

Concentrando-se, Harry inspirou-se o ar gelado longamente, e mesmo sabendo que isso provavelmente sugaria quase toda a energia que seu corpo ainda guardava, ele concentrou-se nas ondas de magia que o local exalava. Havia muita magia nas paredes, magia antiga que protegia a rocha e guardava o local, mas não era só isso. Haviam sinais novos e frescos e de magia vindo até ele, e Harry saberia reconhecer essa magia em qualquer lugar.

Questionando a própria sanidade, Harry deitou-se no chão frio, tentando manter-se o mais confortável possível, apesar da dor nas costelas. A privação de sentidos e a tortura deviam tê-lo afetado mais do que ele imaginara, pois essa era a única explicação para estar sentindo a presença de Lottie, Ronald, e, pasmem, duas Hermiones. Talvez ele devesse tentar dormir, reunir o máximo de energia que pudesse para poder, pelo menos, manter a mente sã. Satisfeito com seu plano, Harry acalmou a própria respiração, e sentiu sua pulsação cair também para um ritmo mais calmo.

Foi aí que ele ouviu um sussurro na escuridão.

— Harry?

Ignorando a dor lancinante nas costelas, o garoto sentou-se de supetão, os olhos arregalados, embora ainda não fossem capazes de enxergar melhor do que quando semicerrados.

— Harry? – Repetiu a mesma voz sussurrante na escuridão – Você está aqui?

— Lottie? – Perguntou Harry, preocupado que ele estivesse apenas respondendo às peças que sua mente certamente estaria pregando nele, mas incapaz de ignorar o chamado da voz da irmã.

— Por ali! – Harry reconheceu a voz de Ronald sussurrar, e mais passos apressados chegarem cada vez mais perto, até que ele pode distinguir quatro vultos na escuridão à sua frente, embora não conseguisse distingui-los muito bem.

— Ronald? – Perguntou Harry, ainda descrente.

— Sou eu, irmão – o garoto respondeu, e Harry sentiu o coração sair pela boca.

— Ron?! – Ele exclamou, um pouco mais alto do que pretendia, devido a incredulidade.

— Sim, sim, já disse que sou eu! – Respondeu Ron, aparentemente preocupado – Nossa, o Neville deve ter mexido mais com você do que nós estávamos esperando. Mione, me ajuda aqui...

— Mione? – Perguntou Harry, sentindo-se tolo por não conseguir fazer perguntas com mais sentido, mas naquele momento, nada estava fazendo muito sentido.

Um barulho de cadeados se abrindo ruidosamente encheu o local, e antes que Harry pudesse se preocupar, ele sentiu um par de mãos macias passarem pelo se cabelo e rosto delicadamente.

— Merlim, Harry, o que fizeram com você? – Ele ouviu a voz de Mione falar chorosa – Você está bem?

— Eu... e acho que sim – respondeu Harry, sentindo lágrimas se acumularem em seus olhos que nada tinham a ver com suas feridas físicas – Vocês estão mesmo aqui?

— É claro que estamos! Achou mesmo que não viríamos atrás de você? – Respondeu Mione, e mesmo sem enxergar, ele sabia que ela e Ron estariam sorrindo para ele – Lottie, será que você poderia ajudar com as feridas?

— Avise se doer muito – Harry ouviu a voz da irmã vir da direção de um pequeno vulto disforme à sua esquerda, seguido de uma sensação que ele havia acabado de levar um murro no meio das costas – Eu vou remendar os ossos que estiverem quebrados ou trincados... Herms, passe o unguento para a outra... para a Hermione.

— Não achem que eu estou reclamando por vê-los aqui, eu estou deleitado – Disse Harry, sentindo o corpo ficar mais forte e inteiro a cada cutucão que Lottie dava com a varinha – Mas como diabos vocês vieram parar aqui?

— Bem, a história é longa... Mas resumindo, depois que você desapareceu, nós procuramos você em todos os lugares – disse Ron – Todos mesmo. Londres, Hogwarts, Godric’s Hollow... Mas depois de algumas semanas, tivemos que aceitar que para onde quer você tivesse ido, não era no nosso mundo. O Ministro e o Chefe Silver acharam melhor manter seu desaparecimento em sigilo, o que dificultou um pouco nossas buscas, mas depois de meses procurando por qualquer sinal que fosse, a Mione encontrou um livro que falava sobre um ritual criado por Morgana, que seria capaz de buscar pessoas de outras realidades, mas o ritual não deu certo.

— Porque não? – Perguntou Harry – Foi assim que Dumbledore me trouxe para cá.

— Sim, mas eu não sou tão poderosa quando Dumbledore – respondeu Mione, e Harry sorriu ao imaginá-la franzindo o cenho, do modo que ela fazia quando não conseguia acertar algum feitiço de primeira.

— Foi quando a Mione encontrou um livro velho que falava de um artefato antigo, feito por Merlim, que permitia as pessoas de viajarem por universos – continuou Ron – Nós tivemos um problemão para pôr as mãos nele, o Ministro Shacklebolt teve que intervir e prometer inúmeras coisas, mas quando finalmente conseguimos... Ficamos quase um mês tentando descobrir como usá-lo.

— E como descobriram? – Perguntou Lottie, dessa vez.

— Nós não sabemos exatamente o que aconteceu, se formos ser sinceros – respondeu Hermione – Mas o importante é que viemos, e estamos aqui para levar você de volta. Ainda bem que eu trouxe comigo um par extra dos seus óculos, imaginei que fosse precisar.

Harry sentiu seu rosto se desinchar em um instante, e duas hastes frias deslizarem atrás de suas orelhas e algo apoiar-se na ponte de seu nariz. Abrindo os olhos, Harry percebeu contente que conseguia enxergar, e apesar a parca luz do local vindo da ponta da varinha de Ron e de Hermione.

— Muito bem, agora precisamos dar o fora daqui – disse Ron, contente, ajudando Harry a se levantar – A Hermione daqui vai nos guiar para fora de novo...

— Não – disse Harry, e ele viu os outros virarem bruscamente e encará-lo como se ele tivesse enlouquecido, por isso acrescentou – Quero dizer, não agora. Draco está lá em cima, e ele tem a minha varinha e o diário. Precisamos da horcrux para destruí-la, se quisermos acabar com a Guerra.

— Horcruxes? Mas que porra... – murmurou Ron, encarando-o com os olhos arregalados.

— Não temos tempo para explicar agora – murmurou Harry, conferindo se todos seus ossos estavam em seus devidos lugares – Mas não podemos sair daqui sem aquele diário.

— Deixa eu ver se eu entendi – disse Ron, apertando a ponte do nariz com os dedos – Você pretende lutar de novo a mesma Guerra que quase nos matou quatro anos atrás? Que nos marcou para sempre? A pior experiência das nossas vidas?

— Sim – respondeu Harry, definitivo.

— Ok – respondeu Ron – Qual é o plano?

Mais feliz do que se lembrava se sentir há muitas semanas, Harry deu um sorriso rápido antes de começar a falar.

— Não sei quanto tempo temos até que Neville volte para me levar novamente para o Salão Branco... – começou Harry, mas ele foi interrompido por Mione.

— Salão Branco? – A garota perguntou, desconfiada.

— É como chamam a câmara de torturas – respondeu Hermione à sua versão do outro universo, e mesmo acostumado com as loucuras do mundo bruxo, Harry sentiu como se estivesse em um sonho, vendo as duas garotas lado a lado.

— Ora, Mione, não me olhe assim. Como acha que eu fiquei daquele jeito que vocês me encontraram? Tropeçando? – Disse Harry, impaciente – Hermione – ele continuou, virando-se para a Hermione desse universo, que o olhava com receio – Além de nós, estão Draco, Neville e Narcisa na Mansão. Eu preciso chegar até Draco para pegar o diário, e se tivermos sorte, recuperar minha varinha, para só então fugir. Se eu seguir a energia dele, você poderia me guiar?

— É claro – ela respondeu, prontamente.

— Não seria mais fácil chamarmos o Dobby? – Perguntou Ron – Você sabe, escapar como da última vez?

— Dobby é um elfo doméstico ligado à família Malfoy – disse Hermione, balançando a cabeça negativamente – Ele poderia até nos tirar daqui, mas não ao Harry.

— E porque não? – Perguntou Ron, indignado.

— Porque o Harry é oficialmente um prisioneiro da família Malfoy – respondeu Hermione, pacientemente – O único modo para que isso fosse possível seria se Draco ou seus pais libertassem o Harry, ou se eles desligassem Dobby de suas tarefas com roupas novas.

— Está tudo bem, Dumbledore me deu um dispositivo que me levaria a um lugar seguro, se fosse necessário – respondeu Harry, levando-os em direção a escadaria que subiria até a Mansão.

— Mas isso é ótimo! – Guinchou Mione, baixinho – Mas porque você ainda não usou esse dispositivo?

— Porque ele não está comigo no momento – respondeu Harry, satisfeito que a escuridão das masmorras escondesse o rubor do seu rosto.

— Oh, Harry... – gemeu Lottie, levando as mãos ao rosto – Está com o Neville, não está?

— Não por muito tempo – afirmou Harry, virando-se para encarar a irmã rapidamente – Lottie, você não teria trazido a capa de invisibilidade do papai por acaso, teria? Acho que isso é um não... – suspirou Harry, desapontado – Muito bem, Hermione, fique perto de mim, precisarei que você me guie. Nós vamos na frente. Ron – ele disse, chamando a atenção do amigo, que tomou uma postura subitamente séria – Você vai na retaguarda. Mione e Lottie ficarão no meio. Precisamos chegar até Draco sem que ninguém nos veja, o que não deve ser tão difícil, já que não há mais ninguém além dele, Narcisa e de Neville na Mansão.

— Ok – disseram todos, quase em uníssono.

Satisfeito, Harry virou-se e Hermione postou-se logo ao seu lado, seguidos de Mione e Lottie, com Ron no final. Silenciosamente, os cinco subiram a escadaria até alcançarem um alçapão com maçanetas de latão de aparência antiga e textura bastante áspera que desembocava em um corredor comprido, de aparência sombria.

— Nós acabamos de sair do subsolo da mansão – sussurrou Hermione no ouvido de Harry - Precisamos seguir em frente e virar à esquerda na escultura de Gighan Malfoy para chegarmos ao Salão Principal da Mansão.

Com um aceno positivo, Harry seguiu na direção em que Hermione disse para ir, seguindo em frente rapidamente pelo corredor escuro até encontrarem uma alta e aparentemente antiga estátua em mármore branco de um bruxo muito velho e de olhar severo, onde seguiram o corredor à esquerda.

— Muito bem – sussurrou Lottie – Para onde vamos agora?

— Draco está em algum lugar à nossa direita – disse Harry, concentrando-se nas ondas características de magia que o garoto exalava – Talvez a uns vinte, ou dez metros a sudeste, nesse mesmo andar, sozinho.

— É a biblioteca – disse Hermione, com convicção.

— Pode nos levar lá? – Perguntou Harry.

— Com certeza – respondeu a garota seriamente, embora respirasse profundamente – É só você me avisar se Neville estiver por perto, para eu mudar o caminho.

— Pode deixar – Afirmou Harry, assentindo.

— Muito bem – Sussurrou Hermione – Vamos lá.

O mais silenciosamente possível, o pequeno grupo se esgueirou pela mansão, seguindo o caminho que Hermione ditava a Harry. Passar pelo Salão Principal foi bem fácil, visto que não havia vivalma no local para observar cinco jovens correrem apressados pelo chão de mármore escuro. Surpreendentemente, pensou Harry, até mesmo os quadros mantiveram-se em completo silêncio quando eles passaram, apesar de passarem para a moldura do vizinho para poder segui-los com o olhar até que pararam na entrada de um corredor largo, mas curto, e muito bem iluminado.

— Ali! – Disseram Harry e Hermione ao mesmo tempo, apontando para uma imensa porta de folha dupla com maçanetas enfeitadas de esmeraldas ao fim do corredor.

Harry venceu a distância que o separava da porta enfeitada com apenas três passos largos, e esticou a mão para abrir a maçaneta, mas antes de encostar na peça prateada, uma lembrança de algumas horas antes veio em sua mente e o refreou.

— Alguma maldição nessa porta que vá prender minha mão até que um Malfoy me liberte? – Perguntou Harry, genuinamente preocupado.

— Nenhuma – respondeu Hermione, levantando a própria mão e empurrando a pesada porta ela mesma.

Por uma fração de segundo, Harry pensou ter se enganado, pois não parecia ter ninguém na enorme biblioteca. Ele passou os olhos pelo ambiente, passando das centenas de livros empilhados nas prateleiras intercalados com objetos misteriosos até o retrato em tamanho natural do que parecia ser o dia do casamento de Lucius e Narcisa Malfoy. Curioso que talvez Hermione tivesse confundido o local onde Draco estaria, Harry deu um passo para frente, rangendo de leve o chão de madeira nobre, denunciando sua presença.

— Mãe, eu pedi para não ser incomodado – a voz de Draco surgiu detrás de uma poltrona de veludo marrom escuro lustroso, cujo apoio era tão alto que cobriu completamente as costas do garoto, e nem o topo de sua cabeça era visível – E eu já avisei a senhora, que não adianta tentar me fazer mudar de ideia...

— Eu prometo que não tentarei – disse Hermione, antes que Harry pudesse falar qualquer coisa.

Se aquela não fosse a maior poltrona que Harry já havia visto, ele tinha certeza que Draco a teria derrubado quando se virou. Pela expressão no rosto de Draco, Harry sabia que ele não estava enxergando nada no momento que não fosse Hermione, e ele não o julgava por isso. Ele se lembrava bem de quase quatro anos, quando ele invadiu Hogwarts e viu Gina novamente na Sala Precisa depois de quase um ano sem ver seu rosto, e por essa lembrança, Harry desviou o olhar respeitosamente quando Draco abraçou Hermione e a beijou, permitindo que o casal tivesse pelo menos alguns segundos.

— Eu acho que eu vou vomitar... – murmurou Ron ao seu lado, e Harry não duvidou do amigo, ele realmente parecia um pouco verde – O que infernos está acontecendo?

— Herms e Draco são noivos, é normal que se beijem – respondeu Lottie, e Harry balançou a cabeça afirmativamente, usando todo seu autocontrole para não rir do amigo.

— Não – sussurrou Ron, desviando o olhar e puxando Mione para perto de si, como que para protegê-la – Isso não é normal, isso é errado, é profano...

— Ron, para essa realidade, ver nós dois juntos deve ser tão estranho quanto para nós vermos Draco e... e eu... Ah, ok, é estranho. – Admitiu Mione, também desviando o olhar e ficando mais próxima de Ron – Sem contar que não temos muito tempo, então seria bom se os pombinhos se soltassem. – Disse ela, elevando a voz um pouco nas últimas palavras.

— Desculpem – desculpou-se um Draco muito vermelho, mas aparentemente satisfeito e estranhamente sorridente – Mas não é todo dia que...

— Sim, sim, entendemos – cortou Ron, andando em direção ao casal e colocando-se no meio dos dois, forçando-os a se soltarem.

— Ronald, o que deu em você hoje? – Perguntou Draco indignado, mas toda fúria esvaiu-se de seu rosto assim que ele olhou para o resto do grupo e viu Mione ao lado de Harry.

Visivelmente confuso, Draco deu um passo para trás alternando o olhar assustado entre Mione e Hermione.

— Esses são Ronald Weasley e Hermione Granger do meu Universo – disse Harry, apressadamente – Eles vieram me resgatar dessa realidade, e não poderiam ter chego em hora melhor, visto a situação. Eu imagino que você esteja com muitas dúvidas, Draco, mas agora precisamos sair daqui o mais rápido possível.

— É claro – respondeu Draco, quase que saindo de um transe – O diário está comigo, e eu fiz questão de manter eu mesmo a sua varinha, por mais que Neville insistisse...

Harry achou estranho que Draco parasse de falar tão subitamente, mas antes que qualquer um questionasse essa ação, o barulho de passos rápidos foi ouvido no corredor, e Harry fechou os olhos rapidamente e suspirou aliviado ao reconhecer, pela magia exalada, quem se aproximava.

— Relaxe – disse Harry para Draco – É a sua mãe.

Uma leve batida na porta pode ser ouvida e antes que Draco sequer se recompusesse para falar o que fosse, Narcisa Malfoy abriu a porta e entrou na biblioteca, mas assim que a mulher percebeu que o filho não estava sozinho, seu rosto se contorceu em uma mistura de esperança e medo.

— O que está acontecendo? Porque eu estou vendo duas Hermiones? – Perguntou Narcisa com a voz muito contida e calculista.

— Eles são meus amigos de minha realidade – explicou Harry, e Narcisa assentiu na mesma hora, compreendendo – Eles vieram me resgatar.

— Pois sugiro que vocês façam isso rápido – disse Narcisa afobada, e Harry sentiu que alguma coisa deveria estar muito errada para tirar aquela mulher do sério – Minha irmã acabou de me mandar um recado pelo elfo dela, dizendo que está vindo para a Mansão nesse momento.

— Não que esse aviso seja ruim – disse Draco, ajeitando os cabelos com uma das mãos – Mas tia Bela mora aqui, porque ela avisaria que está vindo para a própria casa?

— Porque ela está trazendo companhia – respondeu Narcisa sombriamente – O Lorde está vindo.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu adoro os Malfoy e precisei, necessitei dar um jeito de colocar essa fanart incrível hehehe Não me odeiem!