Harry Potter e o Orbe dos Universos escrita por RedHead


Capítulo 31
Fora do Castelo, Belatriz e Draco.


Notas iniciais do capítulo

Gente, minhas aulas voltaram hoje, não to preparada psicologicamente pra isso, comofaz?? hahahaha Queria viver de escrever tomar sorvete, muito melhor :3

Maaaaas: Promessa feita é promessa cumprida! Segurem-se nas cadeiras, pq hoje tem mais batalha! Me esforcei bastante nesse capítulo, e espero de coração que gostem.

Boa leitura ♥



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Cerca de dez bruxos e bruxas estavam esperando quando a professora McGonagall e Harry chegaram no Salão Principal, incluindo Hermione e Sirius. James e Lily chegaram correndo alguns segundos depois, seguidos por Dumbledore.

Assim que o diretor chegou, todos os outros se aglomeraram em volta de uma grande caneca de latão que estava em cima de uma das grandes mesas. Harry ficou confuso no início, mas assim que percebeu que todos estava dando um jeito de encostar no objeto, ficou claro para ele que aquilo era uma chave de portal.

— Essa não é a primeira vez de nenhum de vocês em batalha. – Disse Dumbledore, mais sério que Harry já o vira alguma vez nesse universo – Protejam uns aos outros, e quem mais puderem salvar. Cuidado com os comensais. Se não estiverem preparados para matar, estuporem e petrifiquem. Façam um bom trabalho. – E tocou na caneca.

Assim que os longos dedos de Dumbledore tocaram na chave de portal, ela foi ativada. Foi instantâneo. Tudo começou a girar muito rápido, e Harry sentiu como se um enorme anzol tivesse se prendido em seu umbigo e o puxado para frente à toda velocidade. Ele sentia seu corpo bater nas pessoas ao seu lado, mas não sabia dizer quem eram, pois era impossível conseguir abrir os olhos sem sentir uma pequena vertigem por causa do rodopio de cores em sua volta. E então, bruscamente, ele sentiu o chão ficar novamente sólido debaixo de seus sapatos, e uma grande explosão aconteceu poucos metros de onde eles estavam.

Ao reparar em volta, Harry se sentiu olhando algum livro de histórias trouxas sobre a Segunda Guerra Mundial Trouxa. O bairro onde chegaram estava devastado, com casas em chamas e paredes derrubadas pelo ataque recente. Dezenas de pessoas estavam correndo, gritando desesperadas tentando encontrar algum abrigo, ou procurando fugir o mais rápido possível de lá. Harry reconheceu Tonks duelando contra um comensal gordo, mas apesar do corte no rosto em formato de coração, ela não parecia estar precisando de ajuda.

Os feitiços se espalhavam para todos os lados em pleno sol de meio dia. Sirius gritou para que Harry o ajudasse a procurar sobreviventes nas casas, e assim ele o fez.

Harry entrou primeiro em uma grande casa de tijolos, ainda intacta. Assim que cruzou a porta, respirou fundo e fez o que pode para acalmar seus sentidos. O ar estava muito carregado de magia, mas assim que entrou na casa, as coisas se acalmaram um pouco, o que permitiu que ele percebesse a presença de um outro bruxo nos aposentos, dando a ele uma fração de segundos onde ele conseguiu estuporar e imobilizar o comensal antes mesmo que ele lhe apontasse a varinha.

Logo em seguida, enquanto subia para o segundo andar, Harry sentiu uma onda de magia conhecida, e quando a seguiu em direção a um dos quartos, viu Ronald agachado tentando consolar uma garotinha que ainda estava agarrada nas pernas da mãe caída no chão, aparentemente morta. Ele tentava de todo jeito convencer a menininha que eles precisavam sair logo da casa, mas sem sucesso. Ronald olhou para Harry quando percebeu a presença deste, mas não houve tempo para um cumprimento, já que naquele instante, um feitiço atingiu a janela do quarto onde estavam, destruindo toda a parede.

Sem perder tempo, Ronald agarrou a criança e correu com ela no colo em direção à saída da casa, com Harry logo atrás dele, protegendo os dois dos comensais até saírem da casa que começava a ruir.

Com um leve maneio da varinha, Harry fez com que a árvore que havia no jardim se curvasse e engolisse os comensais com seus galhos. Aquilo não os machucou, mas deu tempo suficiente para que um membro da Ordem, que Harry achou que reconheceu da ceia da véspera de Natal, que estava por perto machucasse os dois comensais seriamente, se é que seu feitiço não os feriu fatalmente.

Sirius saiu da casa vizinha de onde Harry e Ronald escaparam, o cabelo meio chamuscado pelas chamas que consumiam parte dela. A menina no colo de Ronald chorava copiosamente, mas Sirius fez um pequeno feitiço que transformou algumas folhas da árvore usada para capturar os comensais em bolhas de sabão coloridas, e isso a acalmou o suficiente para que o choro se acalmasse um pouco.

Não houve tempo para agradecimentos. Um jato roxo passou a milímetros do rosto de Harry, deixando um pequeno arranhão. Não houve necessidade de procurar o autor do feitiço, pois aquele traço de magia era inconfundível. Assim como a risada que o sucedeu.

— Corram, vocês dois! – Harry gritou para Ronald e Sirius, sem nunca desviar o olhar de Belatriz Lestrange. – Eu dou um jeito nela.

Sirius disse que não queria deixa-lo duelar sozinho, mas uma nova explosão em um dos prédios vizinhos o fez mudar de ideia. Com um último olhar rápido à prima, Sirius saiu correndo com a varinha em punho para tentar salvar as pessoas que ainda estavam no pequeno prédio.

— Ora, ora, ora. Mas que jovem mais bonito... – Belatriz disse, para ninguém em especial. No entanto, ela não usava a enjoativa voz infantil que Harry estava acostumado. Ao contrário, a voz dela estava controlada, aveludada, com apenas um toque de diversão. – Depois preciso agradecer o meu amado primo por ter te deixado comigo, para eu te matar.

Não tenho passado anos em Azkaban, Belatriz se mostrava muito diferente. Sem os anos de privações na cadeia, ela manteve toda sua altivez e inacreditável beleza dos Black muito evidentes, mesmo no meio de uma batalha. Seus cabelos, ao invés de descontrolados e grisalhos, estavam presos e brilhantes em um elegante coque de fios muito negros, da mesma cor que suas roupas e capa. Seus olhos amendoados e cinzentos estavam belissimamente pintados, e não tinham mais o toque de loucura que Harry se lembrava, embora ele ainda pudesse apostar que o fanatismo pelo Lorde das Trevas ainda fosse o mesmo.

— Não acho que seja seu dia de sorte, Bela. – Harry ergueu a varinha em sua direção, mas não se assustou quando ela desviou com facilidade do feitiço.

— Já vi que minha fama me persegue. – Belatriz elevou o pequeno nariz no ar, com desprezo, mas o sorriso exibido em seus lábios vermelhos deixava claro que ela estava satisfeita por ser reconhecida.

Com um largo arco feito com a varinha, Belatriz lançou o primeiro feitiço em Harry, mas ele não precisou nem pensar para neutraliza-lo. Aquilo seria um teste, ele percebeu, e ele pretendia passar. Com agilidade, Harry mandou um total de três azarações em sua direção, e o sorriso da mulher vacilou por uma fração de segundo quando ela quase não conseguiu desviar o último. Mas isso não pareceu preocupa-la, e sim anima-la. Seus belos lábios pintados se abriram em um sorriso aberto, e ela riu novamente.

— Finalmente, alguém que parece saber o que está fazendo! - Mais empenhada, Belatriz melhorou sua postura de duelo, e cortou o ar inúmeras vezes com sua varinha, esperando o momento que Harry deixasse a guarda cair. O que não aconteceu.

Não só ele conseguiu desviar ou neutralizar tudo o que ela lhe atirava, Harry ainda foi capaz de atacar várias vezes, por mais que nenhum dos seus feitiços a tivesse realmente debilitado. O belo sorriso da mulher agora não passava de um esgar, e era claro que ela se esforçava para manter o duelo. Seu cabelo já havia se desprendido do coque, o chão em torno dois, assim como o ar, estava carregado de magia, e a parte da calçada onde eles se encontravam, começou a rachar.

Harry percebeu, com sua visão periférica, que algumas pessoas observavam a luta, mas nenhuma delas parecia querer interferir. Feitiços intercruzavam os metros que separavam os dois, tornando o chão sobre seus pés cada vez mais instável até que o impensável aconteceu: o concreto se quebrou sobre a bota de Belatriz, tirando o seu equilíbrio, deixando-a caída no chão, vulnerável.

Harry chegou a levantar a varinha para um golpe final, mas alguma coisa estava errada. Ele sentia isso, foi muito fácil. Não era do feitio de Belatriz não oferecer resistência. E foi aí que ele viu a varinha dela apontada. Não para ele, mas para as pessoas que observavam o duelo. Sem tempo para pensar, Harry lançou um feitiço escudo poderosíssimo entre Belatriz e os outros, tão forte que todos tiveram que dar alguns passos para trás para manter o equilíbrio.

Com alívio, Harry viu que todos ficaram ilesos, apesar do feitiço que a mulher lançou. No entanto, o tempo que ele levou para proteger os outros, permitiu que Belatriz se levantasse, e com um sorriso desafiador no rosto, ele a viu dar um elegante rodopio e desaparatar do local, sendo imediatamente seguida por todos os outros comensais ainda em condições de fugir.

— Não! – Harry se ouviu gritar, furioso – Volte aqui agora, e lute!

— Harry, se acalme! – Harry se virou rapidamente, ainda tomado em cólera. – Você lutou contra Belatriz Lestrange e não sofreu um arranhão. – Dumbledore falava encarando-o nos olhos, claramente tentando acalma-lo. – E mais, você a manteve ocupada, só por isso conseguimos salvar tanta gente. Hoje, nós vencemos a batalha.

Harry sentiu o sangue circular mais devagar com as palavras do professor. Mas, embora não tivessem tido perdas naquele dia, Belatriz agora o conhecia. E ele tinha certeza que a maior general que o Lorde das Trevas tinha nunca deixaria de procura-lo, agora que sabia de sua existência, por mais que não soubesse de sua real identidade.

Chegou a hora dele adiantar seus planos ao máximo.

***

Parecia que a notícia do duelo entre Harry e Belatriz Lestrange já havia corrido pelos ouvidos de todos os moradores de Hogsmeade quando Harry retornou ao castelo. Nos dias seguintes, não somente os que não foram ao pequeno bairro trouxa cochichavam e apontavam em sua direção quando ele passava, grande maioria dos que foram agora o olhavam com certa reverência desconcertante.

— Imaginei que estivesse se escondendo. – Harry olhou surpreso para baixo, reconhecendo Lottie. Ele havia escalado até uma das janelas do corujal, procurando se esconder dos olhares que as pessoas lhe lançavam. – Porque não desce um pouco? Conheço um lugar mais confortável que em uma janela de pedra.

— Eu achei que meus dias de ser encarado e apontado em Hogwarts tinham acabado quando eu fugi no fim do meu sexto ano. – Ele não estava tão alto assim, então saltou da janela onde estava para o chão. – Pelo visto me enganei.

— Eles só estão impressionados. E com razão. – Lottie falava animadamente enquanto guiava Harry para fora da torre onde ficava o corujal. – Belatriz Lestrange é a principal general do Voldemort. Tirando Snape, ela deve ser o comensal mais dedicado que ele tem, e é uma excelente duelista. Você devia tomar o assombro deles como elogio.

— Eu não quero que ninguém tenha medo de mim. – Harry suspirou irritado quando percebeu que um grupo de adolescentes que saia do Salão Principal parou de falar de repente e ficou encarando-o assim que o viram.

— Nisso não tem muito o que você possa fazer, meu caro Harry. – Fred vinha logo atrás do grupo que ainda o encarava, mas os espantou assim que passou por eles. – Nunca viram o Harry não? Vão logo para casa antes que ele transforme vocês em morcegos!

— Não acho que ameaça-los vá melhorar as coisas para o Harry, Fred. – Lottie repreendeu o amigo, mas ele não pareceu se importar.

— Não vai fazer diferença na sua vida, Harry. – Fred balançou os ombros displicentemente antes de lançar o próprio braço em volta dos ombros de Harry, desviando-o do caminho que Lottie o levava.

— Fred, eu e o Harry estávamos indo...

— Lottie, relaxa, depois vocês podem ir namorar – Fred interrompeu Lottie com um sorriso irônico no rosto, que morreu ao perceber o olhar assassino que a menina dirigiu a ele. – Quer dizer, Moody pediu para procurar o Harry. Ele está com o Dumbledore e mais alguns membros da Ordem na sala do diretor. Por falar nisso, me pediram para achar a Hermione, sabe onde ela está? Ela não estava em casa quando eu fui procura-la.

— Se ela não está em casa, provavelmente está no banheiro dos monitores, cuidando do cabelo dela. – Lottie franziu as sobrancelhas levemente enquanto pensava, mas um quase imperceptível sorriso surgiu em seus lábios – Ela deve gastar pelo menos cinco horas por semana cuidando daqueles cachos.

— Mulheres, em plena guerra. – Fred balançou a cabeça algumas vezes, em um gesto de incredulidade. – Enfim. Lottie, se a encontrar, poderia pedir para ela ir até a sala do diretor? Eu levo o Harry na frente.

Embora estivesse reclamando por estar sendo feita de coruja, Lottie foi procurar Mione para lhe passar o recado. Fred acompanhou Harry por todo o caminho, por mais que ele insistisse que soubesse o caminho.

— Não seja obtuso, meu caro Harry. – Fred respondeu, embora Harry não soubesse sobre o que estava sendo obtuso.

Eles apenas se separaram quase na porta da entrada da sala do diretor. Fred falou a senha à gárgula (bombas de caramelo), mas antes mesmo que ela tivesse saltado de seu lugar, passos precederam Hermione correndo pelo corredor, os cabelos ainda muito molhados e o rosto corado pela corrida.

— Lottie me encontrou – Ela ofegou para Harry depois de Fred ter se despedido dos dois - Acho que nunca me sequei e me vesti tão rápido!

— Na verdade, você ainda continua pingando. – Harry comentou, apontado para os cabelos encharcados da moça, que os secou rapidamente com um gesto fluido da varinha. – Porque correu tanto?

— Bem, Dumbledore nunca chamou especificamente a mim – Ela explicou como se fosse algo óbvio – Por isso pensei que deveria ser algo excepcional. Não sabe do que se trata?

— Não, Fred não me disse. – Harry respondeu rapidamente antes de bater à porta.

Dumbledore abriu a porta, surpreendendo Harry. Normalmente a porta abria sozinha, ou o diretor permitia que a pessoa a abrisse, mas nunca, em nenhum de seus encontros, o diretor abrira a porta para ele.

— Oh, crianças. Fico feliz que tenham vindo. – Dumbledore sorriu para ambos e abriu a porta completamente, deixando que eles entrassem nos aposentos. – Entrem. Senhorita Granger, pedi para que viesse pois acredito que nosso convidado sinta muito sua falta.

— Convidado? – Harry perguntou ao diretor, antes que esse indicasse uma cadeira do outro lado da sala, onde se encontravam Alastor Moody, Sirius Black, Minerva McGonagall e...

— Draco! – Hermione gritou e correu até o noivo, que a recepcionou com um grande e apertado abraço e longo beijo.

Harry foi completamente surpreendido por aquilo. Draco Malfoy não se parecia em nada com o que ele tinha em mente. Sim, ele ainda tinha a mesma postura aristocrática e roupas refinadas, e seu cabelo louro platinado ainda estava milimetricamente penteado em seu crânio fino, mas, pasmem, ele estava sorrindo, abraçado com Hermione, como se tudo o que ele precisasse para ser feliz fosse aquele abraço.

Moody não parecia muito feliz em ter que esperar que os dois jovens matassem as saudades, então para evitar algum desconforto maior, Sirius pigarreou levemente. Draco e Hermione terminaram o beijo corados e envergonhados por terem se deixado levar, mas mesmo assim continuaram abraçados, como se estivessem com medo de deixar de se tocar.

— Você deve ser o famoso Harry. – Draco se dirigiu a Harry, com um cordial sorriso no rosto e a mão estendida – Passei as últimas horas ouvindo Dumbledore e Moody falando de você, e os últimos dois dias ouvindo pela minha tia Bela. É uma honra.

— Muito prazer. – Harry apertou a mão estendida de Draco. Ele não conseguiu deixar de se lembrar da primeira vez que ele e o Draco Malfoy de seu universo se encontraram na loja da Madame Mali, e como eles eram diferentes. – Sua tia tem falado de mim?

— Initerruptamente. – Draco recolheu a mão e voltou a afagar o ombro de Hermione, que parecia muito ocupada em memorizar seu perfume. – Inclusive, você se tornou um Indesejável.

— Um o que? – Harry perguntou, surpreso e irritado ao mesmo tempo. – De novo não...

— Um Indesejável. É como o ministério chama as pessoas que estão contra ele. – Sirius explicou, lhe passando um jornal dobrado, onde uma foto muito mal tirada e desfocada do que parecia ser ele, aparecia sobre as palavras: Indesejável. Nome: Desconhecido. Idade: Desconhecida. Recompensa: 55,000 galeões. – Você está valendo mais do que eu.

— Sim, em minha dimensão existia esse termo. Eu, inclusive, fui o Indesejável número 1 por um tempo. Existem muitos Indesejáveis aqui? – Harry perguntou, ainda surpreso pelo valor da recompensa pela sua cabeça.

— Depende o que você considerar muitos. – Moody respondeu, claramente impaciente e incomodado com a troca de carinhos entre Draco e Hermione. – Talvez estejamos perto dos trezentos Indesejáveis na Grã-Bretanha, mas cada país tem sua própria lista. E você começou com um bom valor, moleque.

— Obra da minha tia Bela. – Draco respondeu encolhendo os ombros, parecendo envergonhado do parentesco. – Ela parece muito ansiosa em duelar com você novamente.

— Muito bem, vamos parar de tricotar. – Moody interrompeu grosseiramente. Dumbledore lançou um olhar desaprovador ao homem, mas ele não se incomodou com isso. – Jovem Draco, já lhe informamos sobre o Harry, e como ele chegou aqui.

— Sim, e quero que saiba que seu segredo está muito bem guardado comigo. – Draco garantiu a Harry, olhando-o nos olhos. Harry encarou os olhos azuis por vários segundos, procurando algum sinal de hesitação, mas não encontrou, por isso sorriu, agradecendo. – Mas sei que não me trariam aqui apenas para nos apresentarem.

— Você tem razão. –Dumbledore se pronunciou, e todos se calaram e deram alguns passos à frente para ficarem o mais perto possível da poltrona onde o diretor estava sentado. – Draco, serei direto. Precisamos que você interrogue o elfo doméstico chamado Monstro.

Se ficou surpreso, Draco não deixou transparecer. Com uma nova postura eficiente e concentrada, ele ouviu toda a história contada por Dumbledore, e depois repetida por Harry. Draco Malfoy estava compenetrado, como se quisesse decorar cada palavra que lhe fosse dita, e isso acompanhado do abraço protetor que ele mantinha em volta de Hermione, dava a Harry uma sensação estranhamente reconfortante que poderia confiar nele.

— Isso que vocês querem é loucura. – Draco falou, a voz trêmula em um riso nervoso assim que Harry terminou seu relato. – E das grandes!

— Está querendo dizer que será impossível interrogarmos o elfo? – Sirius perguntou desapontado. Harry sabia que ele estava se martirizando por ter mandado o elfo embora, para os serviços de Belatrix.

— Não, é possível. – Draco falou devagar, medindo as palavras, organizando seus pensamentos – Mas teremos apenas uma oportunidade, e mesmo ela será perigosa. E precisaremos de um plano... Simples, mas muitíssimo bem planejado.

— Somos todos ouvidos, rapaz. – Moody grunhiu, irritado com a falta de foco e rapidez de todos.

— Todos os anos, damos uma enorme festa de Réveillon na Mansão Malfoy. – Draco começou a explicar – É uma festa gigantesca, onde todos os maiores e mais poderosos apoiadores da causa são convidados, junto dos seguidores mais leais. É possível que eu me ausente por algumas horas com o Monstro, sem ser notado.

— Mas, Draco. – Hermione se pronunciou, olhando assustada para o noivo. – É arriscado.

— Sim, muito arriscado. Mas é possível. E é a única coisa que pode dar certo. – Draco respondeu, definitivo. – Só preciso de uma maneira para vir e voltar despercebido.

Harry percebeu que Dumbledore mirava Draco sobre os oclinhos de meia-lua com um sorriso orgulhoso no rosto. Harry não conseguiu deixar de olhar Draco com curiosidade, e leve descrença que ele estivesse realmente se dispondo a arriscar seu pescoço desse jeito, por mais que aquele fosse um universo diferente. E foi aí que ele notou, ironicamente, que estava admirado com a coragem de Draco Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Pra vocês verem como o mundo ficou de pernas para o ar com a morte do Baby-Harry... Malfoy corajoso, há! Mas namoral, sei que muitos ainda estão torcendo o nariz por eu estar escrevendo Dramione... Mas gente, to adorando escrever esse casal! Com as mudanças no universo, o Draco e a Hermione um pouco diferentes do que conhecemos, e eu to me divertindo com esse casal SUPER improvável :) Mas se mesmo assim eles não descerem garganta abaixo, lembrem-se que esse é um UA, é pras coisas serem mucho lokas mesmo! hehehe

Mas enfim! Não deixem de comentar, se tivermos 12 coments nesse capítulo postado, eu posto mais um antes do tempo senão... Até terça, gente linda!

xoxo