Harry Potter e o Orbe dos Universos escrita por RedHead


Capítulo 17
A Promoção, Casas, e A Volta à Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

E aí, genteee! Nem deu tempo pra dar saudades, né?

Nas notas iniciais não tenho muito o que falar, só agradecer muito pelos seus comentários, e por estarem comigo até agora. De coração ♥

E por falar em agradecer... QUE RECOMENDAÇÂO MARAVILHOSA!!! Amei muito, Guilhermbaptista, até eu fiquei com vontade de ler! kkkk Mas sério, obrigada. São essas coisas lindas que nos dão vontade de continuar escrevendo ♥

Espero vocês nas notas finais.Boa leitura :*



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Depois de muito conversar, Harry e Gina decidiram a data do casamento para novembro de 2002, o que daria mais de um ano para que os dois pudessem organizar todos os detalhes de sua vida juntos com calma, além de ser um mês fora da temporada de Quadribol, assim Gina não teria que se dividir entre seu casamento e seu time. Ambos concordaram que o flat de Harry não era exatamente a casa dos sonhos dos dois, então eles começaram a procurar casas pelo país para comprarem juntos, mas Harry estava achando essa tarefa mais difícil de executar que convencer Gina a se casar com ele.

Charlotte ficou muito feliz pelos dois, e fez questão de fazer as pazes com Gina e a senhora Weasley, que ainda se ressentiam um pouco da auror por todos os perigos que Harry sofreu em seu treinamento. Harry ficou preocupado que a tentativa de Charlotte fosse mal sucedida, mas após uma tarde com chá e bolo, ela e a Gina passaram a se entender muito bem. Até mesmo a senhora Weasley deixou de ter um pé atrás, embora ainda sentisse ciúmes da relação maternal dela com Harry.

Naquela segunda-feira, aconteceu a primeira consulta de Harry com o psicólogo sugerido pelo ministério. Era um bruxo calvo de meia-idade que adorava usar ternos extravagantes, alegando que essa era a cota de loucura diária que ele se permitia. Harry ficou apreensivo no começo, mas o Doutor Maschav era divertido, calmo e preferia fazer suas consultas em lugares que não fossem o seu escritório, e Harry logo se viu conversando com o homem sobre os assuntos mais profundos e esquecidos de sua mente.

— O homem que não controla sua raiva será sempre escravo de seus demônios. – o Doutor sempre repetia para Harry no fim de seus encontros.

As consultas duas vezes na semana aconteciam depois do horário de trabalho, e Harry sabia que o médico sempre mandava relatórios para Bono Silver, mas ele nunca soube o que era escrito sobre ele, até que na primeira semana de dezembro, Charlotte o chamou em seu escritório assim que ele chegou de uma missão no leste da Escócia, onde prendeu um trio bruxo que estava se utilizando da maldição Imperius para que trouxas trabalhassem em suas fábricas como escravos.

Harry entregou os detalhes da missão para um outro auror recém formado que era responsável pela papelada do seu departamento, e se dirigiu ao escritório da chefe na mesma hora. Quando entrou na pequena sala, Harry ficou surpreso ao ver que ela não estava sozinha. Sentados nas poltronas em frente à escrivaninha de Charlotte, estavam Bono Silver e o Doutor Maschav. Sua boca ficou seca na mesma hora, temeroso que o médico fosse avisa-lo que ele não tinha o emocional necessário para seguir na profissão, e que deveria ser afastado. Mil cenários passaram pela mente de Harry nos poucos segundos que Charlotte demorou para começar a falar.

— Senhor Potter, sente-se. – Harry a obdeceu, registrando o uso de seu sobrenome. – O doutor Maschav tem nos mantido informados de seu progresso em suas consultas. E eu fico imensamente feliz em saber que os resultados têm sido tão positivos em tão pouco tempo. – Ela lhe lançou um pequeno sorriso, relaxando a tensão acumulada nos ombros de Harry. – O senhor já foi promovido algumas vezes nesses poucos meses que está comigo, e sinceramente, já fez mais que muitos colegas que estão conosco há muito mais tempo. E nós sabemos reconhecer isso. Senhor Chefe?

— Já faz algum tempo que eu tenho considerado uma coisa, senhor Potter, devido às suas ações aqui no Departamento. – Bono Silver agradeceu à subordinada com um aceno e se virou para Harry. – Mas o acontecimento em Kinsale me deixou com o pé atrás. No entanto, após uma conversa com o Doutor Maschev, resolvi reconsiderar.

— Ora, Silver, ande logo com essa lenga-lenga! – Charlotte revirou os olhos – Harry, estamos te promovendo a Standard. Isso te dá mais responsabilidades, e agora você pode até liderar missões menores, mas entenda que será um grande desafio, visto que você é bem mais novo que todos os outros aurores com o mesmo título.

— Nossa. – Harry olhava estupefato para os três bruxos em sua frente, realmente surpreso com a promoção. – Eu agradeço imensamente pelo voto de confiança, imagino que não deve ter sido uma decisão fácil.

— Ao contrário. O senhor é excelente no que faz, foi uma escolha óbvia. – Bono Silver respondeu brando – Ainda mais depois do depoimento do doutor Maschev sobre a sua sanidade. – Harry não soube bem o que pensar sobre isso, mas preferiu encarar a declaração como uma coisa positiva. Eles passaram o resto da tarde passando a Harry uma noção do que esperar nessa nova fase de sua carreira, e depois de algumas horas conversando, Harry assinou o documento que garantia sua promoção.

A primeira pessoa para quem ele falou a novidade foi Ron, que contou assombrado que ele era o auror nível Standard mais jovem da história. Ele agora, além do título, teria uma mesa só sua, ao invés dos cubículos conjugados que os aurores recém formados dividiam, e também um aumento em sua folha de pagamento. Harry nunca teve problemas financeiros graças à herança que recebeu dos pais e de Sirius, mas ele ficou bastante satisfeito com o aumento, principalmente agora que ele e Gina estavam procurando uma casa. Tudo estava indo muito bem.

***

O inverno de 2001 estava mais frio que os dos anos anteriores. Não era incomum que Harry tivesse que aparatar para o trabalho dentro do átrio do seu prédio, já que o lado de fora estava com uma camada de neve que chegava no meio da canela. Londres, que em geral tinha uma aparência cinza e melancólica pelas chuvas e garoas, agora possuía um ar mais alegre, com a neve branca fofa pelas ruas e crianças brincando nas praças enquanto houvesse sol.

O Departamento de Aurores costumava ficar mais calmo durante a época de festas, e esse ano não foi uma exceção, tanto que o batalhão foi dividido em dois grupos, um que folgaria no natal, e outro no ano-novo. Harry e Ron ficaram particularmente satisfeitos de caírem no primeiro grupo, o que garantia que poderiam aproveitar a ceia de natal da senhora Weasley, que sempre foi memorável, e ainda teriam o departamento vazio e calmo o suficiente para fazerem seus deveres com calma, e quem sabe, até alternarem um cochilo. A folga deles começaria na segunda semana anterior, segunda dia 17, e se estenderia até a quarta feira dia 26, quando deveriam voltar à rotina de trabalho.

Harry e Gina decidiram comprar os presentes juntos, e aproveitar essa semana que ele teria de folga para visitar mais algumas casas que ela estava selecionando desde que a temporada de Quadribol de 2001 acabou. Gina o arrastou por lojas e mais lojas no primeiro dia de folga de Harry, e conseguiram presentes para todos em sua lista, fazendo com que Harry terminasse o dia muito cansado e dolorido de ser arrastado por quase toda Londres, já que Gina havia decidido ser original e dar presentes diferentes esse ano.

O resto da semana foi dedicado a visitar casas pela Inglaterra. Gina não queria morar em um grande centro, como Londres, mas também era contra a idéia de vilarejos muito pequenos e afastados. Harry concordou com a idéia, seria difícil encontrarem uma casa que agradasse aos dois em Londres, já que praticamente a única coisa em que concordavam é que queriam um grande jardim para prática de Quadribol. Eles foram visitar várias cidadezinhas, e dentre elas Harry havia gostado bastante de Cambrige e do jeito calmo da cidade pequena, enquanto Gina ficou encantada com a cidade litorânea de Brighton e seu parque de diversões que ficava em cima do píer principal. Mas mesmo visitando vários imóveis pelo país, não encontraram nada que agradasse aos dois, por isso concordaram em parar de procurar, pelo menos até que o fim de ano passasse.

No início da semana, Harry levou uma mala para a Toca, ele ficaria lá com os Weasleys até o dia natal. Seria a primeira vez que ele ficaria com no quarto de Gina, portanto também seria a primeira vez que Mione ficaria hospedada (oficialmente) no quarto de Ron. A senhora Weasley chegou a perguntar se os Granger não gostariam de passar a data na Toca, mas os pais de Mione já tinham uma viagem marcada para visitar alguns parentes na França, então não poderiam comparecer.

Andrômeda tinha chegado um dia antes para ajudar a senhora Weasley com todos os preparativos para a ceia, ainda que ela só fosse acontecer em alguns dias. Ela levou Ted consigo, agora com quase quatro anos, e era a alegria da casa. George sempre arrastava o pequeno para travessuras, e Gina adorava brincar de fazer bolhas de sabão que assobiavam quando estouravam só para vê-lo sorrir. Mas por mais que fosse mimado por todos os adultos da casa, Ted não ia a lugar nenhum se Victoire não pudesse ir também. Ela era quase um ano mais nova que ele, mas os dois se entendiam muito bem. Fleur e Andrômeda até começaram a brincar que eles poderiam até virarem namoradinhos quando crescessem, mas o olhar de desespero de Gui as fizeram mudar de assunto para respeitar o ciúme paterno.

Com a Toca lotada, poucos eram os momentos de silêncio dentro de casa, portanto Harry, Gina, Ron e Mione criaram a rotina de fazerem uma fogueira de fogo mágico – apenas aquece, não queima – todo fim de tarde na varanda até que o frio os empurrasse para dentro.

— Se não estivesse tão bom debaixo do cobertor, eu até cogitaria em ir fazer um boneco de neve agora. – Mione falou sonhadoramente, observando os flocos de neve que caíam pelo jardim já branco, aceitando o chocolate quente que Gina ofereceu a ela. – Como vai a procura de casas?

— Algo perto de um desastre. – Gina riu baixo encostada em Harry, com quem dividia um cobertor – Ainda existe uma probabilidade de nos casarmos sem um lugar para morar.

— As casas não podem ser todas ruins, Gina... – Ron comentou após um grande gole no próprio chocolate – Vocês que são muito exigentes.

— Realmente não são todas ruins, mas sempre tem alguma coisa... Eu ainda tenho algumas fotos das que não pareciam que iam desmoronar em nossas cabeças. Accio. – Com um aceno da varinha, Harry convocou a bolsa que havia ganho dos amigos de presente de aniversário. Ela possuía um feitiço de expansão indetectável, e Harry a levava consigo sempre que viajasse, a trabalho ou não. – Aqui estão. Essa era uma boa casa, mas o quintal era muito pequeno... Já essa tinha um jardim ótimo, mas o interior... Parecia que um dragão cresceu lá dentro.

— E essa aqui, de onde é? – Mione mostrou um envelope com fotos de uma casinha amarela – É bem jeitosinha e parece ter um terreno grande.

— Qual é essa? – Harry espremeu os olhos para enxergar melhor a foto que Mione segurava – Não estou enxergando nada, escureceu de repente...

— Harry, ainda está bem claro, do que... Harry! – Gina gritou, os olhos esbugalhados e amedrontados – O que está acontecendo? Está saindo uma fumaça preta de você!

Harry não enxergava a tal fumaça, mas as vozes dos amigos pareciam cada vez mais distantes e sua vista mais e mais embaçada. Ele pensou ter visto a porta da varanda ser aberta e vários outros vultos correndo até ele, mas não teve certeza. Em alguns segundos respirar estava sendo cada vez mais difícil até que a única coisa concreta que ele sentiu foi o chão sair de debaixo de si antes de perder a consciência.

***

Harry sentia o sol em suas pálpebras, mas sua cama estava muito confortável para que ele desejasse abrir os olhos. Ele estava quase se virando para procurar uma posição mais confortável quando ouviu vozes baixas que vinham de algum lugar não muito longe de onde estava.

— Um garoto? Pensei que viria um outro Dumbledore, ou Merlin, talvez...

— Ele deve ter alguma coisa especial. Deve ser um vidente, trouxe uma mala...

— Deve ser um parente seu Pontas, poderia passar pelo seu irmão.

— Poderia se passar por seu irmão gêmeo...

Pontas. O apelido de James Potter entrou como um tiro pelo ouvidos de Harry, fazendo-o abrir os olhos bruscamente. Ele ainda usava seus óculos, então conseguiu ver nitidamente que se encontrava na área hospitalar de Hogwarts, em uma de suas camas. À sua frente, vários rostos conhecidos o encaravam, mas não poderia ser real, já que vários deles estavam mortos.

O encarando de volta, estavam Dumbledore, Minerva McGonagall, Sirius Black e Madame Pomfrey. Mas foram os rostos mais afastados de sua cama que chamaram sua atenção, o rosto de seus pais.

— Você com certeza deve estar confuso. – Dumbledore se aproximou da cama onde ele estava deitado. – E imagino que deve estar se perguntando quem sou, e onde estamos.

— Estamos em Hogwarts, não é? – Harry falou pausadamente, os olhos percorrendo o lugar – E o senhor é Albus Dumbledore... – Harry sabia que não fazia sentido nenhum, mas ele sabia que apesar dele ter visto a morte do professor, era realmente ele na frente dele, ele reconhecia a magia que emanava do homem. – Meu antigo professor e meu mestre. Mas, isso não é possível. O senhor morreu na minha frente.

— Isso, meu caro, é fácil de ser respondido. – Harry sentiu que o professor ficou um pouco abatido ao saber da sua “morte”, mas não ligou muito para isso. – Estamos em um universo diferente do seu. Está familiarizado com o termo?

— S-sim. – Harry sentia a cabeça girar muito rápido – Aprendemos sobre isso na Academia de Aurores.

— Você é um auror? – Sirius se pronunciou pela primeira vez.

— Sim. Auror Standard formado pela Academia de Aurores da Grã Brteanha. – Harry não conseguiu esconder o orgulho em sua voz, e por mais que ainda estivesse tonto, registrou a expressão de espanto nos rostos de todos os presentes ali, sendo apenas Dumbledore a exceção, que manteve o mesmo sorrisinho escondido na longa barba.

— Espero que não se importe com a pergunta, mas no seu universo... O Lorde das Trevas foi derrotado? – A professora McGonagall o encarava de longe, desconfiada.

— Sim. Eu o derrotei há três anos. – O silêncio após essa declaração se estendeu na sala por vários segundos, o que deu tempo a Harry para organizar alguns pensamentos.

— Mas... Você é apenas um garoto! Não pode ter mais de vinte e cinco anos... – A professora McGonagall teve que se apoiar em uma cadeira próxima.

— Tenho vinte e um. – Harry respondeu.

— Vinte e um? – Harry viu Lily se aproximar rapidamente. – Vinte e um, você diz? Então...

— Lily, deixe o rapaz se acalmar primeiro. – Dumbledore colocou a mão nos ombros de Lily e a afastou delicadamente. – Acredito que esse jovem ainda deve estar confuso, e imagino que ele também tenha perguntas.

— Claro, claro. – Lily voltou para o lado de James, que não havia movido um músculo desde que Harry acordou – É que... Essa seria a idade do meu... – Embora Harry soubesse o que ela iria falar, Lily nunca terminou sua frase, pois naquela hora a porta da enfermaria se abriu com força, deixando entrar uma moça de aparentemente vinte anos, longos cabelos negros lisos e olhos de um verde inconfundível, os mesmo olhos de Harry, os olhos de Lily.

— Finalmente acordou? – Harry viu a moça se sentar em uma cama na sua frente. – Espero que não tenham te assustado muito.

— Lottie, filha, agora não. – Lily sussurrou do outro lado da sala.

— Filha? Desculpe, mas ela é sua filha? – Harry sentiu a cabeça voltar a girar, e manter-se sentado ficou mais difícil.

— Nossa caçula. Nosso filho mais velho foi assassinado muito novo pelo próprio Lorde das Trevas. – Harry viu os olhos de Lily se encherem de lágrimas – Eu já estava grávida de Lottie quando meu pequeno Harry foi tirado de mim.

Aquilo foi a gota d’água para Harry, que se virou a tempo apenas de pegar um balde que estava ao lado da cama e vomitar, antes que tudo voltasse a ficar escuro.


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Notas finais do capítulo

E aqui respondo sua pergunta, Projeto de Pessoa! Pode comprar um chocolate, você merece hahahha

Ahhh gente, finalmente chegamos na trama central da história,yeeeey. E se parece que demorou, é porque demorou MESMO. Eu precisava introduzir algumas coisas e detalhes que virão a ser importantes pra gente, e quando se trata dos meus casais favoritos, não consigo me conter.

Agora que estamos na parte central, percebi que vocês estão me alcançando, então vou precisar fazer uma pequena modificação na nossa promoção.

Ainda continuarei postando todas as terças feiras, mas os capítulos fora de época só virão a cada SETE comentários no ÙLTIMO capítulo postado. Nem mudou tanta coisa né?

E aí? Comentários, críticas, somente um "oi"? Queria saber o que vocês estão achando e o que estão esperando, o que gostariam que acontecesse.

Malfeito feito :*



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