Harry Potter e o Orbe dos Universos escrita por RedHead


Capítulo 14
Vergonha, Medo e O Terceiro Pedido


Notas iniciais do capítulo

Genteeeee, vocês não sabem o desespero que eu tava aqui em casa HAHAHA. Sentem que aí vem história! Eu não vou conseguir postar amanhã, que é o nosso dia combinado, porque vou viajar pra minha cidade natal passar o fim de ano, então pensei: "vou postar hoje então!"
Só que alguma coisa estava acontecendo que não importava a magia negra que eu conjurasse, eu não estava conseguindo! Mandei mensagens pra central do Nyah, facebook, namorado, amigos que trabalham em TI, quase mandei um zap pro Papa (não mentira hahaha). Eu estava quase transcrevendo tudo para postar do meu celular quando pensei... e se o problema for o navegador?
Gente, dito e feito! O problema era no Google Chrome! Então cá estou eu, considerando aprender a mexer no Internet Explorer, que por mais preconceito que sofra, nunca me deixou na mão ♥

Moral da história: Eu amo muito vocês por estar desde tarde tentando descobrir o que tava rolando para poder postar o capítulo dessa semana. HAHAHA

Mas sobre o capítulo... Não tenho muito o que contar :3 Boa leitura, e até as notas finais ♥



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— (...) assim que o patrono da Gina apareceu lá na Toca eu aparatei para o ministério para explicar o que aconteceu para o resto do departamento. O pessoal que estava de plantão entrou em contato com o Chefe Silver e ele começou a entrar em contato com alguns aurores mais experientes para irem com ele na missão. Ele ficou furioso que você não avisou nada diretamente à ele, Harry. – Ron estava com Harry e Charlotte em um dos quartos do Saint Mungus. Os medibruxos acharam melhor que ela ficasse sob cuidados por alguns dias, pelo menos. – Mas enfim, quando chegamos na casa onde a senhorita estava escondida, encontramos aquele garoto que você tinha petrificado atrás do sofá. Ele estava tão assustado que foi preciso uma equipe interroga-lo com legimência pra saber pra onde ir, foi por isso que não chegamos a tempo de evitar sua carnificina, irmão.

— Não foi uma carnificina, eu não matei ninguém. – Harry encolheu no lugar onde estava sentado, desde que a poção para acalmar que ele tomou fez efeito ele estava sentado muito quieto e encolhido. Ele estava assustado com o que tinha feito, o jeito que ele perdeu a noção do que estava fazendo. Ele não havia realmente matado ninguém, mas se a equipe de aurores não tivesse chegado naquela hora, ele não sabia até onde teria sido capaz de ir.

— Pode não ter matado ninguém, mas duvido que o Gárgula volte a viver normalmente algum dia. Obviamente ninguém o julgará pelo estado em que o ele se encontra, mas não havia necessidade de transformar o homem em carne moída! – Bono Silver irrompeu pela porta do quarto de hospital segurando um vaso de rosas amarelas, que colocou na mesa ao lado de Charlotte. –Por mais que tenha derrotado o Lorde das Trevas, não se esqueça que você é um auror novato, e responde a mim! O senhor foi muito imprudente, Potter! Ir sozinho até o coração de uma gangue irlandesa sem nem ao menos chamar reforços oficialmente. Não só poderia ter morrido, mas anos de investigações poderiam ter sido jogados fora!

— Poderiam, poderiam, pare de se basear em “ses”, Silver. – Charlotte se sentou em sua cama, a voz ainda rouca devido ao corte profundo. – Potter não só capturou todos os membros mais importantes de uma gangue que investigamos faz alguns anos, ele também salvou minha vida, caso tenha escapado seus ouvidos. E mesmo você sendo o todo poderoso chefão, Potter é meu subordinado direto, e estava sob minhas ordens.

Harry e Ron olhavam boquiabertos para Charlotte e Bono Silver; o chefe dos aurores a encarava com uma expressão homicida no rosto. Os dois garotos escorregaram as mãos para as varinhas, caso precisassem intervir, mas não foi preciso. Poucos segundos depois o homem mais velho suavizou o rosto, arriscando até mesmo um tímido sorriso.

— Eu nunca acreditaria que a Mulher de Ferro têm algum instinto maternal se não tivesse acabado de ver isso com meus próprios olhos. Mas isso não muda os fatos. – Bono Silver voltou-se para Harry e falou diretamente para ele. – O senhor será suspenso por três dias, e passará por acompanhamento psicológico por três meses. – O homem se dirigiu até a porta, mas quando tocou na maçaneta, ele se virou novamente para falar com Harry – Não é qualquer bruxo que derrota uma gangue inteira sozinho e sai sem nenhum arranhão. É muito poderoso, Potter. Precisa aprender a controlar sua magia. E Weasley, venha comigo, preciso que ajude nos relatórios.

O quarto ficou muito silencioso depois que o chefe dos aurores saiu acompanhado de Ron. Somente alguns minutos depois Harry tomou coragem para falar em voz alta o que estava pensando, mas foi cortado por Charlotte.

— Você tem a mínima idéia do que estava fazendo? – Charlotte podia estar hospitalizada, fraca e com a voz fraquejando pelo dano sofrido em suas cordas vocais, mas nada disso a deixava menos intimidadora. – Sair investigando sozinho, achando que poderia salvar o mundo sem ajuda de ninguém? Estava louco, Harry? Poderia ter se machucado, morrido! Ou pior, poderia ter matado alguém sem necessidade, e eu sei que você nunca se perdoaria se isso acontecesse.

— Eu agi sem pensar, ok? Assim que recebi sua mensagem, quando vi aquele idiota cortar sua garganta... Eu só agi. Já perdi pessoas demais, Charlotte!

— Então não deveria ter escolhido essa profissão, inferno! – Charlotte se levantou e seguiu até o sofá onde Harry estava sentado. – A nossa profissão é de alto risco, não é incomum perdermos colegas em missões. E precisamos estar preparados para isso. Acho que o acompanhamento psicológico pode ser útil pra você, se baixar sua guarda.

Harry ficou em silêncio por alguns instantes, envergonhado. Ele ficou observando as rosas que Bono Silver trouxera. Aparentemente elas eram encantadas, pois pequenos arco-íris e minúsculas estrelas apareciam de tempos em tempos.

— Eu nunca duvidei de você, Harry. – Charlotte falou baixinho, também observando as rosas encantadas para que Harry não se sentisse acuado. – Eu sempre soube do seu poder. E você não me decepcionou. Só precisa aprender a se controlar, só isso.

Os dois ficaram sem falar nada por mais alguns segundos enquanto Harry processava as palavras de Charlotte. Ele ainda se sentia mal por ter perdido o controle, mas agora estava mais aliviado por saber que não a havia decepcionado. Por vários minutos o único som que se ouvia era o barulho dos carros na rua trouxa em que o hospital ficava.

— Obrigado. – Harry murmurou para Charlotte – Por me entender nesse ponto.

— Não se preocupe. – Charlotte se levantou despenteando os negros cabelos já bagunçados de Harry – Você fez um bom trabalho, só pecou um pouco pelo excesso. Mas estou contente que não tenha tocado naquela vadia D’Arc. Aquela família... Argh. Esquece, não é importante.

— Você está falando do incidente que culminou na sua cicatriz, não é? – Charlotte desabou sentada na cama, os olhos arregalados de surpresa. – A Grande Chefe me falou que você e o irmão dela...

— Ela te falou do Éber? – Harry viu o rosto dela se abrandar por alguns segundos antes de se transformar na mesma máscara de indiferença e dureza que ela usava todos os dias. – Kira também te falou que ele me usou pra depois me torturar em busca de informações da ordem?

— Não foi ele, Kira o matou porque ele pretendia te pedir em casamento, e a família D'Arc não estaria mais no Diretório Puro-Sangue. E depois ela foi te encontrar tendo se transformado nele usando uma poção polissuco. – Harry falou com calma, observando o rosto de Charlotte, que permanecia impassível. – Ela me contou isso antes de mandar cortarem... Charlotte?

Toda força de vontade de Charlotte não foi o suficiente para evitar que a primeira lágrima escapasse de seus olhos. E depois que essa rolou por suas bochechas, ela não teve forças para segurar as outras. Harry correu de onde estava para oferecer o ombro à mulher, que aceitou o abraço agradecida. Foram mais de vinte anos vivendo com a dor de acreditar que o amor de sua vida a havia enganado e usado. Aquelas poucas palavras de Harry fizeram mais por Charlotte do que todos os anos que passaram. Ela finalmente se sentia leve, feliz que tudo que viveu com Éber foi verdadeiro, mesmo que o preconceito alheio tivesse findado a história dos dois prematuramente.

***

Harry só voltou para o seu flat depois que os medibruxos o expulsaram do quarto de Charlotte, quase às onze da noite. Ela o havia proibido de passar a noite lá, alegando que não tinha nada com o que se preocupar, além de que precisava de um tempo sozinha. Derrotado, Harry aparatou diretamente no corredor do prédio onde morava, sem se preocupar se algum de seus vizinhos iriam vê-lo, mas antes mesmo de abrir a porta ele soube que não estava sozinho.

— Ron disse que você deveria ficar pelo Saint Mungus essa noite, mas eu preferi arriscar. – Gina estava sentada no sofá com uma xícara de chá nas mãos, e outra na mesa em sua frente que ele prontamente encheu e entregou a Harry. – Camomila, sem açúcar.

Com cuidado para não derramar o líquido quente, Harry pegou a xícara das mãos da namorada e a devolveu à mesa, e abraçou o pequeno corpo de Gina, inspirando profundamente seu perfume floral, aliviado por tê-la ali, do seu lado.

— Eu até ia brigar com você por não ter mandado notícias, nem mesmo pelo meu irmão... – Gina se ajeitou no colo de Harry e o abraçou de volta – Mas podemos ter essa discussão depois. Você se machucou?

Harry balançou a cabeça negativamente e deu um beijo na testa de Gina antes de lhe contar tudo o que aconteceu. Ela era uma boa ouvinte, e não o interrompeu nenhuma vez, deixando-o jogar toda angustia que estava sentindo por ter machucado tantas pessoas. Quando ele contou sobre a história de Charlotte, Gina chorou silenciosamente e o beijou com pressa, um beijo salgado e necessitado. Passaram a noite juntos, o mais próximo que seus corpos permitiam, mas nada o que fizessem parecia ser o suficiente.

— Eu tive muito medo. – Gina passava os dedos pelas costas nuas de Harry, seguindo sua coluna – Você devia parar com essa mania de herói, você podia ter se machucado sério.

— Eu sei... mas na hora eu não conseguia pensar direito. – Ele suspirou e abriu os olhos para olhar miopemente a silhueta da namorada, já que estava sem óculos – Eu também tive medo, mas não foi um medo de não voltar, tive medo de não conseguir parar. Quando eu lutei contra aqueles bruxos, não foi nada difícil derrota-los, e eu gostei disso, fiquei orgulhoso... Me recomendaram um acompanhamento psicológico. Começo semana que vem.

— Vai ser bom pra você. – Ela parou de passar os dedos pelas costas de Harry e se deitou de costas ao lado dele, esparramando os cabelos pelo travesseiro. – Você sempre foi muito calmo, mas eu sei bem o gênio que você tem. Lembra o seu quinto ano? Você mais parecia um explosivim. E não me olhe com essa cara de reprovação, é verdade! Você só precisa aprender a controlar os seus nervos. Só espero que seja melhor nisso que o Ron.

— Não tem como se controlar ao ver pessoas importantes para você serem machucadas na sua frente. – Harry imitou Gina e também se virou para ficar de barriga para cima. – Eu nem quero imaginar o que eu teria feito se fosse você lá, naquela hora.

— Nem pense em terminar comigo de novo, Harry. Não aceito mais esses seus motivos nobres para me tirar da sua vida. – Harry deu uma risada alta com a explosão da namorada, e a puxou para deitá-la em seus braços.

— Não é isso que eu quis dizer, bobinha. Nem se Voldemort se reerguer do túmulo, nem isso me separaria de você.

— Então o que você quer dizer?

— Que eu te amo, muito mais do que eu pensei ser capaz de amar. – Harry se apoiou em um dos cotovelos e acariciou o rosto de Gina. – E que eu não mudei, nem mudarei de idéia sobre meu pedido.

— Harry...

— Eu estou começando a desconfiar que você não me ama. Ou que só está comigo para abusar do meu corpinho. – Harry riu da própria piada, mas ela sumiu quando ele viu a expressão no rosto da namorada. – Gina? O que eu falei de errado dessa vez?

— Harry, é claro que eu te amo. E sobre abusar do seu corpinho, você nunca reclamou antes, não sei porque começaria agora. – Gina levantou o rosto para beija-lo – Mas eu só não quero que uma coisa tão importante para mim aconteça porque você está bêbado, ou com medo.

— Você é difícil, sabe? – Harry sorriu para Gina e beijou-lhe os lábios – Eu quase consigo imaginar o que meu pai passou tentando conquistar minha mãe.

— É, mas pelo menos para você a parte da conquista foi mais fácil.

Os dois se ajeitaram melhor sob os lençóis, apenas apreciando o calor de seus corpos e a proximidade um do outro. Harry tinha a mente calma, os acontecimentos do dia anterior levemente entorpecidos pela tranqüilidade que reinava no ambiente, o perfume floral dos cabelos vermelhos ninando-o aos poucos.

— Gin? Eu realmente não mudei de idéia.

— Eu nunca esperei que mudasse. Só escolha melhor o momento da próxima vez.

Harry riu baixinho para não atrapalhar o descanso da namorada. Ela provavelmente tinha rezão sobre ele escolher os piores momentos para se declarar. Talvez ele devesse pedir ajuda, porque como suas idéias não funcionaram até o momento, um outro ponto de vista seria bem vindo.


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Notas finais do capítulo

UFA! :) Tudo está bem quando termina bem. Só que ainda não terminou... (insiram uma trilha de suspense).

Ahhh minha gente, é isso por hoje :3 Capítulo bem mais calmo que o anterior, mas cheio de cargas emocionais (eu achei, pelo menos hahaha).

Eeeee a promoção ainda está de pé! Se tivermos seis reviews nesse capítulo, posto outro (depois de chegar na casa dos meus pais, claro ;) ) se não, encontro vocês terça que vem.

Ou será que vou dar uma de apressadinha e postar mais alguma coisa antes??? (re-insiram a tal música de suspense)

MUAHAHAHAAHA

Beijos, amados!



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