Nevava no mundo material, indicando o inverno. Mesmo que, para o céu, isso não influenciasse muito.

Acordou anormalmente nervosa, havia sonhado com algo que, no momento, não conseguia lembrar-se, e estava se esforçando para o conseguir. Sentia que precisava disso.

O dia foi passando, e Nora foi recobrando alguns flashes com cenas desse sonho, como em um momento que ela recolhia uma flor de cerejeira do chão, e a esmagava no momento seguinte, assim como aconteceu à Sakura.

Se divertia causando estragos por onde passava, corroendo mentes e causando discórdias, ainda sim, se sentia fixada naquilo.

Em um momento aleatório da tarde, enquanto pensava se faria ou não uma visitinha ao seu antigo companheiro e deus da calamidade, conseguiu lembrar de mais uma parte.

Estava em uma torre alta e inundada por uma densa neblina que entrava pelas janelas, sentada à uma mesa longa. Vestia um quimono que passava a sensação de pura donaire e tomava uma xícara de chá. Mas no outro lado da mesa havia alguém que ela não conseguia identificar, contudo, sentia que poderia confiar.

Depois de mais um tempo, lembrou-se que tratava-se de seu pai, enquanto ao fim do sonho...

Sua existência acabava por causa dele.