Hashirama e Itachi conversavam enquanto comiam. Para o escorpiano, o primo de Madara tinha se tornado uma espécie de escape. Um amigo com quem podia dividir o peso de seu atual problema.

– Não acha que está na hora de você tomar as rédeas da situação?! – Itachi perguntou, Hashirama olhou-o com uma expressão curiosa. – Hashirama... Nós dois sabemos que Madara não irá perceber seu interesse por ele e mesmo que perceba... Não creio que ele vai ter coragem de acabar com a amizade de anos. E vai chegar o momento em que a situação entre vocês se tornará insustentável.

– Não sei se consigo, sabe. – Hashirama falou, friccionando as mãos sob a mesa. – deixar Madara saber dos meus sentimentos.

Não tinha outro jeito, admoestar aquela situação era a única maneira de Itachi conseguir convencer o colega.

– Hashirama eu entendo o seu medo. Sei que é difícil para alguém que, sempre teve a amizade como premio de consolação para um amor não correspondido, confessar seus sentimentos e deixar tudo em xeque, mas se você não fizer... outro fará. Quer que ele corra para os braços de outro? – perguntou.

Hashirama tomou um pouco de vinho, tentando não entrar em desespero com a possível situação.