Entro na lanchonete e não o vejo.

Peço um suco de laranja e coloco os fones de ouvido para espera-lo.

Me perco na música e agradeço quando a garçonete volta com o meu pedido. Tomo pequenos goles, saboreando ao máximo e quando acaba, decido decepcionada que é hora de ir. E de repente a minha linha de pensamentos, por um segundo, fica em branco quando vejo Ed passar pela porta.

– Oi!

Aceno para ele da mesa com o coração acelerado.

Edgar arregala os olhos e sorri.

– Ei! Tudo bem?

Pergunta sentando na outra cadeira.

– Por que se atrasou?

– Me atrasei pra que?

Indaga com a testa franzida em confusão.

– Pro nosso encontro?

Sugiro sorrindo.

– Eu te convidei pra sair?

– Sim... Hoje, por mensagem.

– Mas não tenho seu número, não deu tempo de pegar naquele dia na escola.

Pela sinceridade em seus olhos, é óbvio que está sendo honesto.

– Ah... Deve ter sido uma brincadeira idiota, então...

Levanto sem graça, pronta pra ir embora e esquecer dessa vergonha.

Contudo ele segura o meu braço sorrindo como um petiz.

– Espera! Quer dizer... Já que estamos aqui mesmo, por que não?

Como resposta, volto a me sentar na cadeira e sorrio sem parar.