Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black
Notas iniciais do capítulo
Obrigada a Jonay Fanfics pelo comentário do cap. anterior
—Você podia morar comigo – disse Martín para o filho -, se quiser.
Jonay quase aceitou, mas a urgência nos olhos de Hermione o lembrou da possível guerra. Esfregou a nuca, buscando as palavras e suplicando que a amiga o ajudasse. Solidária, Hermione “explicou” que Jonay não poderia abandonar o curso na universidade em Londres, mas que talvez voltasse para vê-lo no fim do ano. Martín assentiu e deixou-os ir.
—Melhor mentir do que dizer que há uma guerra prestes a estourar – justificou-se Hermione quando voltaram a Hogwarts.
—Eu prefiro como está. Ainda mais quando ele acabou de voltar a si. Falando nisso, obrigado por ter ido comigo. Foi muito importante para mim.
—Pode contar comigo – ela sorriu, piscando-lhe. - Até o fim.
—Pode apostar que vou – ele lhe sorriu e piscou de volta.
Ela se inclinou e o beijou. Ele correspondeu, abraçando-a e colocando-a sentada sobre suas pernas.
—Eu te amo – Jonay confidenciou.
—Eu também – ela devolveu.- Nunca mais vou te soltar.
—Que bom, porque eu também não vou.
******
Enfim, Harry e Jorge chegaram a Devon. O veado patrono de Harry avisou a Bianca e Fred que estavam esperando-os na praça central para continuarem juntos a busca pela Horcrux.
—Vamos pequena – Fred despertou a namorada – é hora de encontrarmos nossos irmãos.
Bianca estava forte o bastante para aparatar, então foram de mãos dadas, dando de cara com Jorge e Harry segundos depois. Passada a adrenalina do reencontro, Fred questionou:
—Por que demoraram tanto?
—Eu estava muito fraco para aparatar quando o patrono veio – disse Jorge, sem muitos detalhes -, e tivemos alguns imprevistos.
—Tipo o quê? - foi a vez de Bianca falar.
—Sequestradores – disse Harry. - Voldemort colocou Comensais atrás de você e já que não conseguem te encontrar, torturam pessoas em busca de pistas. Severo Snape foi o primeiro a ser pego.
E morto também, ela pensou, mas não disse isso, pois uma pergunta mais importante saltou de seus lábios.
—Eles chegaram aos meus pais?
—Não sabemos, desculpe – pediu Jorge, afagando-lhe a mão. - Mas se tivessem chegado, teria uma manchete em letras garrafais no Profeta.
Bianca se tranquilizou, mas, ainda assim, queria notícias de casa. Foi até a agência de correio da cidade e escreveu-lhes uma carta:
Sirius, não direi onde estou por motivos de segurança, mas preciso saber se está tudo bem por aí. Remus já voltou? Se for necessário, eu abandono esta caçada e volto para casa e os ajudo.
B.L-B.
—Vem – Fred a puxou depois que o envelope foi despachado. - Temos que te esconder. Não quer que eles fiquem com o pescoço a perigo, quer?
Ela cedeu e o seguiu até um bar hospedaria, como O Caldeirão Furado. O quarto era simples, quatro camas e um banheiro. Como Jorge e Harry passaram a última semana dormindo em estradas desertas, foram-lhes concedidos os primeiros usos do banheiro. Depois que estavam todos limpos, sentaram-se para discutir o próximo passo.
—Continuamos no rumo do anel – disse Bianca, com lógica. Quando os rostos dos garotos se retorceram em dúvidas, ela logo explicou: - Severo era o único que sabia do anel, estaremos a salvo dos Comensais.
—Pettigrew sabia – lembrou-a Harry. - Voldemort arquitetou a chegada da joia até nós, e aposto que ele escondeu o livro também.
—Se é assim como diz – começou Fred -, os sequestradores teriam seguido vocês, porque estavam com o anel, ou a nós, para pegarem Bianca, mas o mais perto que chegaram dela foi há uma semana, quando estavam com Snape.
Bianca sabia que ele tomara o cuidado de não dizer quando mataram Snape para poupá-la das perguntas e de mais sofrimento. Agradeceu-lhe com um sorriso.
—Então confiaremos que o anel nos levará por lugares seguros – concluiu Jorge -, e teremos de usar polissuco, para evitar sequestradores.
Harry e Fred encararam o ruivo com expressões que diziam: ficou louco? Não temos poções polissuco prontas nem um mês para prepará-las. Então Bianca se recordou: em seu décimo quinto aniversário, Olho-Tonto lhe dera um pequeno estoque de polissuco, que ela deixara em sua cômoda, no largo Grimmauld.
—Temos de ir à minha casa – os meninos a olharam com cara de Pirou de vez?, mas ela logo emendou: -Indo até lá, podemos pegar polissuco e amostras que bastem.
—E como chegaremos lá? - perguntou Fred, as sobrancelhas arqueadas.
—Aparatando! Ah, qual é? Vai ser rápido. Qual é a chance de haverem sequestradores lá?
—Altíssimas – respondeu Harry. -Por dois motivos: A) Eles sabem que você mora lá, e esperam que volte a qualquer momento; e B) as proteções foram retiradas, graças à minha mãe.
—Podemos nos desiludir – sugeriu Jorge. - Entramos, pegamos o que precisamos e damos o fora antes que percebam.
—Isso é estúpido – disse Fred. - Muito estúpido.
—É o que temos – Bianca rebateu. - Não precisa vir se não quiser.
—E correr o risco de perder você? Nem pensar, prefiro correr o risco. Todos de acordo?
Assentindo, eles se desiludiram e aparataram, diretamente no aposento de Bianca. Intacto, ela pensou com alívio. Abriu a gaveta, pegou as poções, colocou-as na bolsa de pele de briba que ganhara de Vítor e aplicou um Feitiço Indetectável de Expansão.
—Vão – ela ordenou aos sussurros. - Peguem quantas amostras puderem, de preferência de gente desconhecia.
Emitiram um curto ruído de concordância e desaparataram, fazendo um barulho tão alto que Sirius correu até lá para ver o que se passava.
—Homenum Revelio! - ele esbravejou, fazendo-a cair de costas no chão. - O que faz aqui? - ajudou-a a se levantar.
—Eu vou embora logo, não quero causar nenhum problema, mas preciso esperar os meninos voltarem.
Ele assentiu, afagando-lhe os cabelos e perguntando por onde estivera. Explicou-lhe tudo pacientemente, mas sem detalhes.
—Pronto – disse-lhe Fred ao ouvido depois de aparatar sobre os cobertores da cama. - Vamos voltar agora.
Ela assentiu minimamente e despediu-se. As amostras coletadas eram de moradores trouxas do largo, não seriam destaque para os sequestradores. Bianca transformou-se em um a senhora de meia-idade, de cabelos lisos loiros, Harry tinha a aparência de um homem calvo e gordo. Fred parecia um punk dos anos 80 e Jorge tinha aspecto mofino e quase decrépito.
—Um dos seus vizinhos está morto e ninguém deu falta – brincou Fred, fitando o irmão. - E com certeza, estou mais bonito que você.
—Vá para o inferno, Fred. Para onde vamos agora?
—Seguir o anel – respondeu Harry, ajeitando os cabelos.
Pagaram a conta e rumaram na direção indicada, cada vez mais para oeste, longe das entradas de Londres.
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