Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 93
Godric's Hollow


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Taah e Jonay Fanfics pelos comentários do capítulo anterior



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No dia seguinte, Bianca pensou que estava sozinha em casa, pois Elis estava muito quieta. Arrumou a sala e foi para a cozinha, em busca de comida, e encontrou uma bandeja pronta, com suco de abóbora e biscoitos caseiros. Tinham cara apetitosa, mas não chegavam perto da comida com a qual ela se acostumara nos últimos anos. Havia um bilhete assinado por Elis encostado ao copo, desejando um bom dia.

Bianca comeu com pressa, e quando terminou, Aberforth e Diego estavam na sala de estar, aguardando-a. Aberforth saudou Bianca polidamente, Diego apenas imitou o tio, olhando feio para as violetas no aparador à esquerda dele.

—Senhorita, sei como contatar meu irmão – informou Aberforth. - Falei com ele por alguns minutos e expliquei a situação. Ele concordou em ajudar, porém disse que os pormenores devem ser explicados apenas a você.

—Resumindo, temos de invocar Alvo? - ela perguntou.

Diego assentiu. - Mas só você deve estar presente, se não ele não entrará em detalhes. Aqui, vai precisar de velas e um objeto pessoal dele.

O menino colocou os óculos de meia-lua que o diretor usava nas mãos da bruxa e os dois homens se retiraram, deixando Bianca aprontar as velas em paz. Depois de acendê-las, ela evocou Dumbledore cantando seu nome em latim. Passado algum tempo, Dumbledore surgiu, uma forma azulada, quase prateada, como um patrono.

—Olá senhorita – ele sorriu. - Está muito bonita.

—Obrigada diretor. Preciso fazer algumas perguntas. Quem é o Rei dos Mortos?

—Não posso dizer seu nome nem descrever seu rosto, porque as leis da Natureza não permitem, mas se quiser encontrá-lo, é só ir onde nasci.

Alvo desapareceu, como se desaparatasse. Aberforth chegou e saiu depois de alguns instantes. Diego ficou para trás, ainda queria conversar com Bianca.

—Como conheceu meu tio? - perguntou. - O falecido?

—Ele dirigia a escola onde estudo.

—Por falar na sua escola, trouxas também podem estudar lá? - um brilho inconfundível de esperança surgiu em seus olhos.

—Não, é exclusivo para bruxos – ela sentiu pequenas notas de prazer ao dizer essa frase.

Diego ia dizer algo, mas a campainha tocou e Bianca foi atender. Era Fred, usando um quepe que cobria seus olhos.

—Tenho de revistar a casa.

Ela lhe deu passagem e seguiu-o com olhos admiradores e venerantes. Diego notou isso, e não conteve a fatal pergunta:

—Você gosta dele? - um sorriso de escárnio surgiu nos lábios dele, semelhante ao que surgiu no rosto de Bianca quando ela disse que trouxas não podiam entrar em Hogwarts.

—Não – a menina respondeu. O sorriso de Diego aumentou e o de Fred caiu. - Eu o amo.

O moreno agora era um amontoado de raiva, confusão e ódio. Sem nada dizer, ele deixou a casa e Fred abraçou a namorada por trás.

—A casa está segura – disse o garoto, beijando o pescoço de Bianca -, contra Comensais e agora que ele saiu, livre de babacas também.

Bianca riu e correu os dedos pelos cabelos laranjas do namorado.

—Snape escreveu?

—Não, e dada a situação atual, prefiro assim.

—Sabia que eu amo a ruguinha que aparece na sua sobrancelha esquerda quando se zanga? - ele instigou, tocando a sobrancelha da garota. - Para falar a verdade, amo tudo em você. E eu queria amar você, carnalmente falando, mas acho que não vai rolar enquanto estivermos na casa da Elis, não é?

—Deixa eu explicar: ela está morta – o queixo de Fred caiu, seus olhos pediam explicações. - Ela está presa à terra, até que me ame de verdade.

—É meio difícil amar alguém quando se está sempre ausente – o ruivo comentou casualmente.

Bianca parou para refletir. Elis estava morta, não podia trabalhar. Por onde ela estaria?

**********

—Esse foi o último – Sirius colocou o formulário sobre a pilha. Passara as últimas três assinando autorizações para dementadores patrulharem as ruas. - Chegou alguma carta dela?

—Não, tudo o que sabemos dela está nos relatórios de Fred. Veja este: aos senhores Sirius Black e Remus Lupin: a protegida passa bem, mas Elis Wilker está morta. Aguardo instruções. Frederich Weasley.

—Que fazemos? - Sirius esfregou a testa. - Mandamos trazê-la de volta?

Remus meneou a cabeça. A ideia inicial quando mandaram Bianca para o Brasil era que Elis a protegesse, mas ao que parecia, a garota estava à própria sorte de novo.

—Senhor Ministro? - chamou a secretária, Molly Weasley, pelo interfone. - Aberforth Dumbledore está aqui para vê-lo.

—Mande entrar, obrigado. Podemos pedir a Lily e James que fiquem com ela – sugeriu para Remus enquanto abria a porta.

Aberforth era tão parecido com o irmão que Sirius quase perguntou qual era a brincadeira de mau gosto que estava acontecendo, mas se conteve.

—Senhor, tenho notícias sobre Bianca.

—Eu sei que a mãe dela… está morta.

—Mas deixou uma missão para Bianca. A menina tem de libertar a alma da mãe para a eternidade.

Remus olhou para o namorado, a expressão dizia: ela nunca faria isso, nem que fosse paga. Aberforth percebeu isso e disse:

—Ao contrário do que pensa, senhor Lupin, Bianca concordou em ajudar, mas para isso precisa de permissão para ir a Godric's Hollow.

—Vou providenciar um auror para levá-la. Obrigado.

Aberforth assentiu de forma mecânica e saiu. Remus puxou pena e pergaminho e escreveu: ao senhor Frederich Weasley. Sua tarefa é transferir Bianca para Godric's Hollow, sete, em segurança. Depois disso, retorne para o Ministério. Remus J. Lupin.

—Um problema a menos? - questionou o lobisomem.

—Não. Continuamos na mesma, se não, piores. Pelo menos estará com Lily e James. Queria que Aberforth tivesse falado mais.

—Acha que sabia mais do que disse? Pense bem, alguém que ajudou Bianca sabia exatamente onde estava se metendo?

Sirius sabia que a resposta era não. Bianca não gostava de ser ajudada, para começo de conversa. Procurava manter os outros afastados de seus assuntos o máximo possível, mas alguns insistiam tanto que ela permitia que se afundassem no perigo das entrelinhas. Concluíram que nada mais havia a ser feito, desaparataram para o largo Grimmauld e jogaram os casacos no canapé do canto. Foram para a suíte deles e Remus encheu a banheira.

—Pensei em tomarmos um banho – disse.

Sirius assentiu, tirando a gravata e as vestes. Quando entrou na banheira, deitou-se no peito de Remus, sentindo a água quente em sua pele relaxá-lo.

—A gente precisava disso – disse Remus, passando shampoo nos cachos de Sirius.

—Com certeza.

Continuaram a lavar-se,até que lançaram mão das toalhas e vestiram bermudas confortáveis. Deitaram-se na enorme cama e olharam o teto.

—Isso precisa de uma pintura – Remus observou.

—Sabe do que eu preciso? De você.

************

—Estamos partindo. Pegou tudo que precisa?

Bianca assentiu e ela e Fred aparataram para a frente da casa sete do vilarejo de Godric's Hollow. Fred bateu à porta, Harry abriu e abraçou-os.

—A trouxa não te matou!

—Sobrevivi – a garota riu.

—Entrem, mamãe estava esperando vocês.

Lily Potter saiu da cozinha e foi ver as visitas.

—Bianca, querida, que saudade! O jantar ficará pronto em alguns minutos. Fred, ficará para jantar?

A refeição foi calma e feliz, a primeira em muitos dias. Fred agradeceu e aparatou de volta a sua casa. James foi escrever para Sirius e Remus, avisando que Bianca chegara bem, e Lily foi cuidar da louça. Harry e Bianca foram matar um tempo no jardim da casa.

Aproveitaram o crepúsculo para treinar quadribol, e Harry exibiu a Firebolt que ganhara do pai depois da final de Hogwarts.


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