Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 92
White little house


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Jonay Fanfics pelo comentário do último capítulo.
Eu esqueci de avisar no capítulo anterior, mas a sétima temporada já começou e este é o segundo capítulo dela, okay?



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—E o senhor pode me dizer quais são?

Aberforth balançou a cabeça, simplesmente. Estava claro que a Natureza queria ser servida mas não dava pistas de como queria que suas vontades fossem feitas. Diego queria entender a conversa entre o tio e a garota, mas eles tratavam um ao outro com tanta seriedade que ele pensou que o assunto não era para trouxas terem conhecimento. Por outro lado, sentia-se envolvido no debate, afinal, quem quer que fosse Alvo Dumbledore, era seu tio.

—Receio que Alvo saiba, mas contatá-lo exigiria a ajuda do Rei dos Mortos.

—Isso se ele não for o Rei – disse a garota, frustrada.

—Desculpem, mas quem é Alvo? Acabaram de dizer que era meu tio, mas… sinto que há mais por trás disso.

—Realmente há – Aberforth olhou o relógio. - Tenho de ir agora, senhorita Lupin-Black, mas nos vemos em breve, sim?

Ela assentiu enquanto o homem desaparatava. Diego continuou olhando-a com uma interrogação no rosto. O moreno sabia que ela não lhe diria mais nada, por isso acenou e foi embora, enquanto uma coruja trazia as respostas de Bianca. Sirius e Remus despejaram desculpas e consolo, que apenas irritaram Bianca. Harry escrevera um relato alegre da vida em Godric's Hollow e Fred lhe fizera um alento e um pedido sincero.

Não perca a cabeça com o que lhe contarei, por favor.

Seus pais me matam se souberem que disse isso a você, mas está difícil manter o Ministério seguro de Comensais da Morte. Muitos bruxos estão aderindo à causa de Voldemort e tentando se infiltrar no Ministério. É uma sorte que ele esteja concentrado aqui e não em você.

Quase arrancando seus cabelos, Bianca escreveu para o garoto.

Sorte? Isso é um eufemismo, não acha? Daqui a pouco o Ministério vem abaixo e os chefes de departamento (vulgo meus pais) serão linchados. Se conseguir, diga a Severo para avisar a Voldemort que estou pronta (esqueça que eu disse isso, por favor). Eu só queria poder resolver tudo logo.

Com amor, Bianca Lupin-Black.

Parecia que estavam cara a cara, porque em menos de meia hora, a resposta chegou.

Eu devia ter tido mais cuidado com a carta

Você ficou louca? Eu sei que seu aniversário de dezessete está chegando e sendo legalmente adulta – mesmo que já tenha todos os direitos que nos são dados quando fazemos dezessete -, você se sente pronta para enfrentar Voldemort e a profecia.

Por mim, estaria tudo bem, desde que não esqueça um detalhe: Bellatrix. A ligação de doppelgangers de vocês continua? Se continuar, a prioridade é dela, não Voldemort. Destrua-a e Voldemort será fácil de vencer.

Com amor, Fred.

Ela sorriu consigo mesma ao escrever a nova carta.

Voldemort é o novo portador da Varinha das Varinhas, sabia disso? Como ele poderia ser mais fácil de vencer do que Bellatrix? Okay, Bellatrix em teoria tem acesso ilimitado a minha mente (santa Oclumência!) e poderia usar isso contra mim, mas, ainda assim, sou resistente a Cruciatus, posso dar conta.

Bianca Lupin-Black.

P.S: Amo a ruguinha de preocupação que está se formando na sua testa neste segundo.

Os olhos de Fred quase saltaram das órbitas com as palavras da garota. Ela o conhecia. Conhecia bem demais. Ele não reprimiu o sorriso ao escrever uma nota curta.

Eu, você, sorvete e um bom papo na sua casa. Aceita?

Bianca assentiu ao responder: venha em duas horas. A tentativa de fazer um bufê de sorvetes como o de Monstro falhou, porém um pote de dois litros de massa sabor chocolate serviria-os bem. A campainha tocou e lá estava o ruivo, com um buquê de violetas e um sorriso lindo.

—Oi – ele disse, estendendo as flores e sorrindo mais. Sentia-se grande demais, desajeitado demais para coexistir com a pequena casa branca onde se encontravam. E Bianca também parecia deslocada, mesmo pequenina sua personalidade e histórico combinavam mais com a casa dos Black, imperial e parte da nobreza.

Encostada no batente, Bianca era uma visão maravilhosa de um possível futuro, em que eles se casariam e passariam o resto de seus dias em uma casinha branca.

—Entre – disse a garota, indicando um sofá azul. À frente do móvel estava uma mesinha de centro com um pote grande de sorvete em cima e duas colheres ao lado. - Disse que teríamos uma conversa legal.

Prometo que serei o mais legal possível, ele pensou, quase desesperado. Mas leve em conta que estou desconfortável e com medo.

—De quê? - ela indagou. - Ah, desculpe. Eu não costumo invadir mentes assim, mas é difícil ignorar quando as pessoas berram seus pensamentos. Não tenha medo de mim.

—Como quer que eu faça isso?

—Veja que não tem motivos para temer. Olhe para si mesmo. É enorme, tem treinamento físico e mágico muito avançados. Se alguém tem de temer, sou eu.

Ela tinha razão. Não era a primeira vez que eles ficavam a sós, mas os fatores indicavam que daquela vez seria diferente. Eles não brigariam, não discutiriam. Bianca pegou uma farta colherada de sorvete e colocou na boca, sujando-se.

—Está sujo, gracinha – com um riso, Fred limpou as bochechas dela.

—E você também – ela riu, beijando-lhe as faces.

Ele retribuiu os beijos e acariciou os cabelos. Deitaram-se abraçados no sofá e continuaram com os beijos. Bianca corria os dedos pelos cabelos do ruivo, que lentamente passou a mão por baixo da blusa da garota, correndo os dedos por sua barriga lisa até o sutiã.

Habilmente, ela abriu os botões da camisa dele e a jogaram para o lado oposto da sala. Sorriam ao se beijar, até que os dedos dele chegaram ao fecho do cinto dela.

—Acho que você não vai querer fazer… isso no sofá da Elis – Fred riu contra o pescoço dela.

—Realmente… seria estranho.

Fred pegou a camisa e vestiu-a novamente.

—Estarei por perto, se precisar de mim.

—Eu sempre preciso – ela riu de canto. - Eu te amo.

—Eu te amo.

*********

Queridos Sirius e Remus,

Não sei se um dia enviarei-lhes esta carta, mas eu preciso registrar esse acontecimento em algum lugar e o cabeçalho já estava escrito no pergaminho. Essa história se adequaria melhor a um diário, mas o meu não está comigo.

Eu e Fred voltamos e dessa vez é para valer. Vocês podem pensar “mas todas as outras vezes foram 'para valer'”, mas foi diferente. Foi mais intenso, como se houvesse mais paixão entre nós. Sei que entenderão.

Ela não gostou do que viu. Estava resumido demais, insensível demais. Puxou um caderno velho e tentou novamente: Este será o meu diário temporário até que volte para casa e reescreva tudo no oficial. Eu voltei com Fred e quase fizemos amor na sala de Elis.

Minha mãe está morta e o único jeito dela alcançar a paz eterna é me amar como devia, o que nos leva a um impasse, já que “não preciso” do carinho dela, por ter Sirius e Remus comigo.

Conheci um novo garoto, Diego. É sobrinho de Alvo e Aberforth Dumbledore e vai me ajudar a levar a alma da minha mãe para a eternidade.


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