Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 91
More problems, more friends




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Mal Bianca ficara dois dias na casa de Elis e já implorava a Merlim, Deus, Zeus, Apolo ou qualquer outra divindade para tirá-la dali. Pela primeira vez, ela acordou no colchonete fino e duro semelhante ao catre em que dormira na França, mas em vez de chorar encolhida no sofá foi para o jardim, escrever algumas cartas.

Começou por seus pais, disse que estava bem, porém em completo desagrado com a situação atual e que faria justiça quando voltasse. Em seguida, escreveu para Harry um relato completo de suas primeiras horas com Elis – um completo desastre, se comparado ao seu primeiro dia com James e Lily. E por fim, um bilhete para Fred.

Estou morrendo de calor (risos)

Sinto que minha cabeça vai explodir a qualquer minuto

Okay, eu me rendo. Essa “temporada”, como dizem meus pais, está me matando. Preciso de um amigo por perto e eu agradeceria e muito, se pudéssemos trocar algumas cartas, para que eu possa manter a sanidade e esperança.

Bianca W. Lupin-Black.

Quando assinou a última carta, Bianca atraiu uma coruja com uma barata morta e disse:

—Leve isso ao largo Grimmauld, doze; Godric's Hollow, casa dos Potter; e… onde quer que Frederich Weasley esteja instalado.

A coruja partiu, levando as demonstrações desesperadas de Bianca aos destinos.

—Hey você! - um garoto chamou na calçada ao lado. - Coruja maneira. Onde conseguiu?

—Internet – disse ela, evasiva.

—Diego Molina – o garoto apresentou-se.

—Bianca – ela disse, ainda temerosa. Não sabia se Diego era bruxo, trouxa ou um Comensal da Morte disfarçado.

—Você é nova aqui? - ele comentou casualmente. - Deve ser, porque eu não te conheço.

E nem vai conhecer, ela pensou, torcendo o nariz.

—Presumo que conheça todo mundo – ela correspondeu à petulância do rapaz.

Diego riu e ajeitou os cabelos pretos em torno do rosto esguio. Tinha fisionomia latina como Jonay, mas possuía olhos pretos, pequenos e penetrantes, e também maças do rosto menos proeminentes. Mesmo sem traços marcantes, Diego prendia a atenção da garota, mas felizmente ela tinha experiência com esse tipo de garoto.

—É, conheço. Me dê o privilégio de conhecê-la, okay? De onde vem?

—Não te interessa.

Ela não esperou ele se manifestar para sair. Entrou na cozinha de casa, e Elis chamou-a para comer. Havia apenas um prato, posto para Bianca.

—Você não vai comer? - a jovem perguntou, pensando se a comida não estava envenenada.

—Não, estou sem fome.

Bianca olhou a comida com olhos suspeitos, o que obrigou Elis a dizer:

—Eu não como porque estou morta.

—Mas eu posso vê-la, tocá-la!

—Isso não quer dizer que estou viva, viva. A Ordem Natural me força a permanecer assim, quase viva, até que consiga a redenção.

Se Elis se redimir, vai para a paz eterna e eu vou para o mundo bruxo, pensou ela, sorrindo consigo mesma.

—Posso fazer algo?

—Me perdoar.

—Pelo quê?

—Pelo que você julgar necessário perdoar.

Uma mentira de onze anos, me chamar de estorvo e de prostituta, Bianca elencou mentalmente os maiores erros da mãe para com ela. Acho que é simples de perdoar.

—Eu te perdoo.

As duas esperaram ansiosas. Talvez Elis se desfizesse em fumaça ou sumisse da vista de Bianca, mas ela continuou sentada à frente de garota. De repente uma fita de cetim roxa se enrolou no pulso da jovem bruxa. Uma igual pendia do punho de Elis.

—A Ordem Natural diz que essas fitas nos prendem uma a outra e eu só poderei ir quando elas se forem.

—E elas só vão quando você alcançar o perdão – Bianca concluiu. - Pergunte a Ordem Natural o que devemos fazer exatamente para te libertar.

Ela se concentrou por alguns instantes e disse:

—Encontre o Rei dos Mortos.

—Como?

—Eles não disseram. E deram a entender que chega de perguntas. Está sozinha agora.

Mais uma missão difícil para a minha conta, ela pensou, lembrando-se da profecia que recebera anos antes. Como se eu já não tivesse muito o que fazer, ela teve um vislumbre do anel amarelo no bolso do seu sobretudo, em seu quarto na Inglaterra.

Deu-se por satisfeita e foi para seu quarto/sala de estar. Precisava desabafar com qualquer um de seus amigos bruxos. Puxou pergaminho e pena para escrever uma carta, mas precisou guardá-lo tão logo quanto havia pego-os, porque Diego surgira no sofá a seu lado.

—Como foi que entrou? - ela perguntou, ríspida.

—A porta dos fundos. Ouvi a conversa na cozinha e acho que posso ajudar.

Bianca se assustou com a prontidão do garoto. No mundo bruxo, as pessoas logo se ofereciam para ajudá-la em tudo que fosse preciso, mas ela sabia que eram tentativas de agradar à Menina Amaldiçoada ou a filha dos maiores líderes do Ministério, e para completar, Diego nada tinha a ver com os problemas dela.

—Como me ajudaria?

—Te apresentando ao meu tio. Ele pode ser a chave para chegar ao Rei dos Mortos…

—Um segundo, Diego. Eu não posso me responsabilizar por essa alma, já tenho muita responsabilidade sobre os ombros.

—A fita está mais apertada – disse um homem desconhecido. - Os laços estão se estreitando entre vocês, porque Elis se nega a te amar como merece e você se nega a reconhecer isso.

Bianca bufou. Muitas vezes sentira pena de Draco por não ter feito escolhas sobre sua vida, mas ela também não era muito livre, se considerasse a profecia que lhe pairava desde os doze anos. Seu destino estava traçado, e ela queria cumpri-lo, mas parecia mais longe do que nunca de fazê-lo.

—Aceite os dois destinos, senhorita – disse o homem novamente. - Oh, sou Aberforth Dumbledore, tio de Diego.

—D- Dumbledore? O senhor é… era irmão de Alvo?

—Sim – o homem respondeu calmamente.

—Mas ele não teve filhos – ela olhou de soslaio para Diego.

—Diego é filho de Ariana, minha irmã caçula. Ela é abortada, não pode fazer magia. Se casou com um trouxa, por alcunha, o pai de Diego.

Diego revirou os olhos. Bianca reprimiu um riso. Ele era sobrinho de um dos bruxos mais poderosos do século e nem fazia ideia.

—É um prazer, senhor Dumbledore.

—Igualmente senhorita. Agora, tratemos de sua questão. Você já disse a sua mãe que a perdoava, não foi? - ela assentiu. - E você mais do que ninguém sabe que ela nunca te amou de verdade, apenas fingiu. Tanto que quando ela “morreu”. Buscou em Sirius e Remus afeto e eles lhe deram tudo quanto puderam. Foi o suficiente, você pensou que não havia mais problemas, que seu único desafio era Voldemort, mas a Ordem Natural tem seus planos para você, brava feiticeira.


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