Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 8
Sirius' mission




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POV SIRIUS

Tonks e Lupin me ajudaram a fazer as malas para as duas semanas que passarei na Albânia caçando Voldemort.

–Lembre-se de manter a calma – Remo recomendou. - Não podemos nos dar ao luxo de perder esse rastro. Cuidado, é apenas uma suposição, talvez ele não esteja lá. De qualquer forma, você estará de volta na semana que vem.

–Entendi.

–Estaremos em base de apoio no Ministério, qualquer coruja pode cruzar essa distância em poucas horas – disse Tonks, tentando me animar. - Está nervoso?

–Não, nem um pouco. Só estarei na cola d'Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.

–Escute bem, Almofadinhas, um deslize pode custar a sua vida, mas se tudo der certo, e vai dar, estaremos um passo a frente de Voldemort.

–Tudo bem – tentei não gaguejar. - Estou pronto.

Lupin sorriu, tentando me passar confiança, mas nada adiantaria naquele momento. Tonks me mostrou uma foto do chalé onde deveria aparatar para estar mais perto de onde Voldemort estava escondido. Seria minha casa enquanto estivesse na Albânia, por isso tinha de tomar cuidado. Por um minuto, Tonks saiu da sala e Remo me abraçou:

–Isso é uma ordem, está ouvindo? - assenti. - Não morra. Não deixe Bianca e Harry sozinhos. Não jogue o sacrifício de James e Lily no lixo. E mais do que tudo: não me deixe.

–Entendi – falei, lutando para controlar as lágrimas.

–Volte para m… - Tonks voltou para a sala – a sua filha, entendeu?

Assenti, incapaz de falar mais. Tonks tossiu, chamando a atenção para si.

–Remo, pode nos deixar a sós um instante? - ele assentiu e saiu. - Eu encontrei uma coisa. Voldemort denunciou sua localização exata hoje à tarde, ao tentar possuir uma pessoa à distância. Ele de fato está na Albânia. Seu trabalho é trazê-lo sob custódia para o Ministério.

–Quem ele tentou possuir?

–Isso não vem ao caso.

–Eu te conheço Tonks, você tirou Remo da sala por um motivo e não foi por isso.

Tonks brincou com a ponta do sapato, seu rosto e cabelos ficaram vermelhos.

–Eu o tirei daqui porque sabia que você ia perguntar quem foi possuído, e se Remo soubesse, ia tentar ir no seu lugar, e eu não posso perdê-lo, simplesmente não posso – ela respirou fundo. Eu estava impaciente. - Foi o Harry.

–Voldemort tentou possuir Harry?

–Ele não tentou, ele conseguiu. Ficou apenas alguns segundos, mas foi o bastante para fazer Bianca se afastar dele.

–Estou pronto – falei, mais determinado do que nunca. - Quero acabar com isso agora.

Dei um último abraço na minha amiga e aparatei, pensando na casa. Deu certo, eu entrei na casa, me certificando de que não havia nenhum Comensal na área, ia caçá-los no dia seguinte. A casa era bem ornamentada, mas pequena, diferente do que estava acostumado, tanto na casa dos Black ou na dos Potter, onde morei por cinco anos. Joguei-me no sofá, só querendo dormir.

–Oi pai – disse a voz de Bianca em minha cabeça.

Isso é Legilimência ou o Entremente? –questionei.

Entremente. Severo se recusa a me ensinar Legilimência.

Pelo menos, o Severo sabe fazer alguma coisa. Cuidar de você. Agora, que horas são aí?

–Ah, mais ou menos uma da manhã.

–Cama. Agora.

–Isso, me expulse. Fique sem saber quem foi que disse a Tonks como e quem foi possuído.

–FOI VOCÊ?

–É claro que fui eu – seus pensamentos foram irônicos. - Foi comigo que ele gritou, e logo depois, Tonks escreveu para Dumbledore dizendo que Lorde Voldemort entrara em atividade de repente.

A carta que chegara e Tonks não me deixara ler. Eu pensava que era uma carta da família dela, mas não. Era da minha filha.

E porque não escreveu para mim?

–Se quiser sinceridade, eu não escrevi porque não quis e também não sabia onde estava. Bom, preciso ir agora.

E então ela saiu da minha cabeça. Decidi que era hora de ir atrás de Voldemort. Tonks me entregara uma lista de endereços onde ele poderia estar. O primeiro, considerado o mais provável, era um chalé caindo aos pedaços, mas ainda assim entrei, agradecendo por James por me estimular a fazer esse tipo de coisa.

–Está na hora senhor – disse uma voz esganiçada de homem que me era muito familiar. Não pensei que viveria para ouvi-lo de novo. Peter Pettigrew. -As crianças encontraram a câmara.

–Muito bem, estarei de volta em poucas horas.

Um som alto de aparatação se seguiu e Peter ficou sozinho. Eu podia entrar lá e falar com ele mas não ia dar este gosto ao rato traidor que ele era. Encolhi-me contra uma coluna e esperei que Peter se afastasse para que eu pudesse checar o quarto.

–Bella – ele cantarolou. - Sabe quem está aqui? Sirius.

–Meu Merlim, aquele maldito…

Desaparatei, sem fazer barulho. Podia não te pego Voldemort hoje, mas sabia onde ele se escondia. Tomei um banho quente e dormi no sofá de novo.

POV NARRADORA

Em Hogwarts, Bianca, Harry e Draco estavam na porta das masmorras, discutindo o que fazer. Tinham certeza de que Draco era o mais jovem herdeiro de Slytherin e que sua herança estava trancada em uma câmara no salão comunal da Sonserina. Na noite anterior, Draco sonhara e descobrira que a câmara tinha uma senha, que os três tentavam encontrar.

–Tem que ser algo típico de Slytherin – disse Bianca. - Talvez uma citação.

Draco pensou. Frases de Salazar estavam espalhadas por toda a Sonserina, mas não devia ser nenhuma daquelas, devia ser uma especial. O hino da casa! Ser homens que chegam aos seus objetivos, fazem de tudo para lá chegarem. Draco deu a senha-padrão para entrarem na sala comunal e por sorte, o lugar estava vazio. A sala era verde e prata, sofás confortáveis e mesas de conjuntos de Poções estavam espalhadas pela sala. Draco parou diante da parede mais simples do lugar e murmurou a frase. Ela girou, admitindo-os à câmara.

Parecia um esgoto de tanta umidade. Havia água parada, respiradouros entupidos de limo e mofo por todas as partes. Era uma paisagem aterradora. Bianca deu a mão a Harry, que a esquentou com sua palma aquecida e úmida. Na mente de Draco, formou-se a frase: porque Salazar teria escondido um esgoto na escola?

Uma enorme cobra saiu de um dos respiradouros.


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