Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 79
Gryffindor versus Ravenclaw


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Taah e Jonay Fanfics pelos comentários do cap. anterior



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/652950/chapter/79

Ele estava de novo em Hogwarts, parado frente ao quadro da Mulher Gorda, e ela lhe perguntava a senha. Por mais que tentasse, ele não conseguia se lembrar. Resignado, aguardava alguém que dissesse a senha, mas ninguém aparecia. Saltos altos batiam contra os degraus de mármore. O som aumentava à medida que alguém se aproximava na escuridão. Era Bianca, trajava um vestido prateado justo e saltos verdes. Ela andava tropeçando nas próprias pernas e sangrava por um corte fundo no pescoço.

—Fred… - ela clamou chorando.

Antes que ele chegasse até ela, os joelhos de Bianca cederam e ela caiu no chão. Eles não eram namorados, mas ele a amparou com mais cuidado do que necessário.

—Vai ficar tudo bem – ele a segurou, apoiando a cabeça dela em seu ombro.

Então ela o mordeu. Presas afiadas cortaram seu pescoço, fazendo-o gritar. Ela estava bebendo seu sangue, e ele não conseguia tirar essa necessidade – ou seria prazer? - dela. Depois de aproximadamente cinco minutos de dor extrema e gritos desesperados, Bianca o soltou. Ela não estava mais ferida, estava forte, ao contrário dele, que jorrava sangue pelo pescoço e mal se aguentava em pé.

—Obrigada por trocar de lugar comigo, Frederich – disse Bianca sarcástica, fria e cruel. - Agora você sabe como é estar despedaçado, ferido, sangrando, abandonado por quem mais ama.

*******

Fred estava na entrada da Floresta Proibida e Tom Riddle estava ao seu lado. Um rugido ecoou e Tom se encolheu, mas Fred se manteve calmo. Uma das criaturas de Hagrid devia estar com fome. Um enorme Rabo Córneo Húngaro cortava o céu e queimava as árvores com suas chamas. Logo, parecia que os dois estavam em um forno ou fogueira.

—Ajuda! - gritaram. - Socorro!

—Tom? - alguém respondeu. Era Bianca. - Eu estou aqui, Tom!

—Bia! - Fred se desesperou. - Me ajude, por favor.

Bianca surgiu nas chamas e abraçou os ombros de Tom, puxando-o para si. Ele tossiu fortemente, tentando expelir a fumaça. Enquanto Bianca o resgatava, Tom disse:

—Agora você sabe como ela se sentiu. Ignorada, invisível.

******

Fred acordou de supetão, apalpando o pescoço e tossindo. Foram sonhos, nada do que vira era real, mas poderia ser se continuasse ignorando Bianca. E afinal de contas, eles eram amigos há seis anos, ele não podia fingir que eram estranhos completos. Melhor escrever para ela, Fred pensou, recorrendo a pena e pergaminho.

Bianca, desculpe a demora para escrever. Acabei de me adaptar aos horários exigidos pela U.M. E você, como está o sexto ano? Mudaram os professores? Deve estar mais tranquilo com Voldemort mais fraco, não? Boa sorte, amiga.

*******

Amiga!?, Bianca pensou chocada. Corajoso, ele. Me escrever de tudo… ah, ele vai ver.

Furiosa, Bianca pegou uma pena e escreveu, quase furando o pergaminho.

Frederich, está sendo muito… audaz em me escrever, principalmente depois da última carta. Mas foi bom ter me escrito algo, porque eu precisava de uma ocasião para dizer isso: eu estou namorando. Estou saindo com Jonay Sanchez.

Sem pensar, ela endereçou a carta e mandou uma coruja levar. Logo um bilhete chegou às suas mãos.

De seu Fiel,

Vamos falar sobre nós. Sempre gostei de estar com você, e quando estava em minha casa, eu até… tentei alguma coisa, mas você não entendeu minhas investidas. Em seguida, você e Fred passaram a namorar. Tentei disfarçar o quanto estava triste aumentando a carga de estudos. E graças ao excesso de temo na biblioteca, conheci e me tornei amigo de Hermione Granger. Enfim, achei de permitir que me tornasse seu Fiel do Segredo ajudaria você a perceber o que sinto. Enfim, se sente algo por mim, venha à Sala Precisa.

Jonay.

Bianca dobrou a carta e colocou-a no bolso, indo até a Sala Precisa, que estava como o saguão de um restaurante chique. Veludo vermelho cobria chão, paredes, teto e mesas. Ela se encaminhou à mesa onde Jonay estava, colocou o casaco nas costas da cadeira e saudou seu acompanhante.

—Boa noite, senhorita – ele respondeu, sorrindo. - Pensei que não viria.

—Como poderia? - ela colocou a mão sobre a dele, acariciando os nós dos dedos. - Principalmente depois daquela carta tão sincera.

—Sou um idiota – ele esfregou a testa. - Não devia ter escrito aquilo, só o convite estaria ótimo.

—Por quê? Gostei das confissões – ela sorriu.

—Não temos assunto para agora – ele se constrangeu.

Bianca sorriu, afável. Jonay abrira seu coração para ela, seria no mínimo adequado que ela fizesse o mesmo.

—Serei sincera, está bem? Quando nos conhecemos, eu te considerava um irmão mais velho, mas depois, na Armada, quando você e Granger andavam juntos, percebi que queria estar com você. Tudo ao meu redor sempre foi caótico, mas você sempre foi a mão estendida para mim. Porém quero estar com Fred, mas, ao mesmo tempo, com você, então se pudesse me deixar pensar por mais alguns dias…

Jonay acariciou os cabelos de Bianca.

—Não quero ser rude, mas tem coisas que precisa ouvir. Fred é muito inseguro, terminou com você por carta e na única vez que fez isso pessoalmente, estava sob o efeito de Imperius. Ele não é alguém para você. Principalmente quando está destinada a enfrentar o Lorde das Trevas. Precisa estar com alguém que te deixe segura, e não o contrário!

—Não tem nada a ver! Posso namorar quem eu quiser e enfrentar o Lorde das Trevas.

Bianca sentia-se indignada, traída. Julgara que Jonay a entenderia, ele parecia disposto a contrariar os próprios preceitos para, pelo menos, entender os dela, mas na primeira prova, ele a condenara por suas escolhas.

Esse é o problema das pessoas, ela pensou. Dizem que são tolerantes e gentis, mas são venenosas. Suspirando, ela se levantou, pegou seu casaco e saiu da Sala.

******

—Os corvinos já estão no campo – Tyler chamou a atenção dos jogadores. - Se fizermos como no treino, venceremos. Potter, Black, não façam aquilo.

Harry e Bianca assentiram e o time pegou as vassouras. Engolindo em seco, Bianca olhou as arquibancadas, divididas em cinco sessões: uma para cada Casa e a dos professores, todas igualmente cheias.

—Boa tarde, Hogwarts! - o narrador da partida, Blaise Zabini, anunciou. - Apresentando o time da Grifinória: Tyler McDonald, Ginevra e Ronald Weasley, Neville Longbottom, Angelina Johnson, Harry Potter e Bianca Black.

Enquanto Zabini anunciava o time da Corvinal, Bianca ajeitava-se na vassoura. O pomo de ouro zarpou por cima das balizas, Gina estava perto de marcar um gol e as defesas de Rony estavam ótimas. Tyler e Bianca usavam os bastões como espadas contra os balaços e então Neville marcou o primeiro gol da partida. Grifinória dez, Corvinal zero.

—Grifinória! Grifinória! - vibrava a torcida vermelha e dourada.

Antes que a Corvinal se recuperasse do choque, Angelina fez um gol. Grifinória vinte, Corvinal zero.

—GRIFINÓRIA! - exclamaram todos, menos os corvinos.

Os balaços pararam de perseguir os artilheiros e se concentraram nos apanhadores. Bianca tentou ir até Harry para ajudá-lo a desviar dos balaços e do apanhador corvino, mas Tyler a mandou cuidar da posse da goles, que estava com Gina. A ruiva passou-a por uma baliza corvina, marcando mais dez pontos para a Casa do leão. Grifinória trinta, Corvinal zero.

Harry e Tyler voavam atrás da bola dourada, que traçava uma rota sinuosa, cortando entre jogadores e entrou na arquibancada da Lufa-Lufa, mas logo Harry agarrou o pomo.

—GRIFINÓRIA VENCEU! - urrou Blaise. - Cento e oitenta a zero! Grifinória está classificada para a final!

*******

A sala comunal da Grifinória estava abarrotada de gente. Tyler dera uma festa da vitória e convidara todos os alunos. Um corvino estava perto da janela, bebendo hidromel melancólico. Os jogadores entraram e o salão foi à loucura.

—Potter!- gritaram. - McDonald! Longbottom! Weasleys! Johnson! Black!

A música aumentou e as conversas se tornaram mais animadas. Rony se aproximou do corvino solitário, mas antes que pudesse chegar a ele, Lilá Brown, do sexto ano, o agarrou e o beijou. A cena enojou o corvino, que saiu assim que pôde.

—Jason! - Rony chamou, seguindo-o.

—Me deixa em paz, Ronald! - o garoto berrou, secando as lágrimas.

—Não. Você tem de me dizer qual é o seu problema!

—Meu problema é você com suas palavras gentis, e o resto. Você me fez acreditar que era gay e que queria ficar comigo, mas você é hetero, não?

—Não, eu não gosto de meninas. A Lilá me agarrou…

—Okay. Eu não quero pensar nisso agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!