Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 71
Last lie


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, esse é o último cap. da 5ª temporada, o próximo iniciará a sexta. Aproveitem!



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MESES DEPOIS…

O baile de máscaras foi adiado, mas se realizaria no dia em que Bianca partiria para a Inglaterra. A menina estava desesperada. Tentava há meses encontrar as Horcruxes e nada.

Mas, além disso, a questão entre Bianca e Fred fora resolvida e Vítor se encarregara de encontrar uma fantasia para Bianca, que seria muito diferente da dele. Ela tinha de admitir: Vítor tinha feito um ótimo trabalho. Com aquelas roupas, ela seria irreconhecível, poderia até inventar outro nome de tão diferente que ficaria.

A fantasia que usaria era um vestido branco volumoso, com cinto de rosas vermelhas, destacando-se. Uma máscara branca com diamantes que cobria todo o rosto complementava o estilo, Bianca achou-o lindo e de extremo bom gosto. Ela queria saber qual era a fantasia que Vítor usaria, mas ele disse que era surpresa.

—Como é que vou saber que é você, para quando formos ao escritório de Karkaroff? - ela perguntou, quando Vítor foi levar-lhe sua fantasia.

—Eu saberei como está vestida – ele riu. - Bem, se apronte, não podemos nos atrasar dessa vez.

Bianca assentiu, fechando a porta. Respirando fundo três vezes, ela colocou o vestido, os sapatos e por fim, a máscara. Sentia-se leve demais sem o peso familiar da tiara na cabeça e do medalhão no pescoço. Fitou seu rosto no espelho, prendendo o cabelo em um coque suave, frouxo. Estava irreconhecível, como planejado.

Desceu para o salão principal, sem esperar por Vítor, já que tinham combinado irem sós. Evite socializar, para que ninguém dê por sua falta, ela se lembrara de um conselho dado por ele. Isso é mais fácil quando ninguém fala sua língua.

Escolheu um lugar no fundo do salão longe de tudo e todos. Para todos os efeitos, logo ela não estaria mais ali. Passaram-se duas horas até que um garoto vestido a rigor com máscara e chapéu aproximou-se.

—Venha.

Ela reconhecera Vítor pela voz sedosa e gentil. Deu a mão a ele e passaram discretamente pela apinhada pista de dança e logo estavam fora do salão. Bianca sacou a varinha e os desiludiu, dizendo:

—Por via das dúvidas, temos de nos prevenir.

No final das contas, pegar as joias de volta fora fácil demais. Depois de destrancar a porta com um Alohomora, descobriam que Karkaroff guardara as peças na gaveta da escrivaninha.

—Ele pensava que eu era imbecil demais para desafiar a ordem dele de não pegá-las. - disse Vítor quando entraram no quarto de Bianca.

—Certo… vou guardá-las e voltamos para o salão.

Bianca colocou-as na bolsa de pele de briba que Vítor dera.

—Vou devolvê-la quando isso terminar – disse a menina.

—Não, por favor. Não é seguro para mim possuir algo que porte segredos. Meu tio pode desconfiar, entende?

—Entendo – disse a garota contrariada. -Por que tivemos de ir ao salão, passar no escritório de Karkaroff e voltar?

—Para todos os efeitos, essa festa é sua, em compensação àquela que durou pouco porque as luzes apagaram.

—Elas não apagaram, Vítor. Foram apagadas por seu tio. Você sabe disso.

Vítor deu de ombros.

—De qualquer forma, estranhariam se não comparecêssemos. O problema é: e se alguém notar que sumimos e desconfiar que fomos nós que entramos no escritório?

—Bem, podemos só ter dado uma saída, e estávamos desiludidos, não teriam como provar que fomos nós.

Voltaram ao salão e agiram como se tivessem lá o tempo todo. No fim da festa, Bianca voltou a seu quarto, tirou a fantasia e foi tomar banho. Depois disso, escreveu uma carta a Severo, esperando que Vítor não fosse interceptá-la quando a enviasse.

Severo,

Demorei, mas consegui descobrir quais eram as Horcruxes de Voldemort que carregava – acredito que já saiba quais são – e em breve as destruirei. Me avise se der certo.

Bianca.

Colocou-a sob alguns livros e adormeceu. Foi ao corujal assim que acordou, não queria que Vítor a atrapalhasse. Aquela carta tinha de ser entregue. Despachou a coruja e tomou o rumo para a sala de aulas.

*************

SALA DO DIRETOR FOI ARROMBADA E SAQUEADA DURANTE O BAILE DE MÁSCARAS

Por Anastásia Belikov

A festa de ontem à noite correu perfeitamente bem, não houve falha técnica na iluminação e a convidada de honra chegou na hora certa, mas enquanto isso acontecia, a sala do diretor Karkaroff foi arrombada e saqueada. Segundo o próprio diretor, ele deixou a porta da sala trancada, e ela foi encontrada aberta, escancarada. Depois de checar a sala, Karkaroff constatou que faltavam duas joias de família, que tinham alto valor sentimental.

“Não esperava esse comportamento de meus alunos ou funcionários”, disse o diretor em entrevista exclusiva. “Não há testemunhas, ninguém sabe de nada, mas, ainda assim, peço para que, se alguém souber quem roubou as joias, diga-me. Não se pode medir o valor sentimental que as peças tinham”

—Ele teve a coragem de dizer que as peças eram dele! - Bianca reclamou com Vítor em seu quarto. - É claro que a entrevista é exclusiva, este é o único jornal da escola! - atirou o exemplar no fogo.

—Fique quieta por favor, se nos ouvirem, saberão. E mais, não há provar quem foi, lembra-se? Agora temos de nos concentrar em como destruí-las. Sabe como fazer?

—Sei – ela tirou as joias da bolsa e as pôs no chão - Fogomaldito!

—Protego!— bradou outra voz, fazendo o fogo se extinguir com o escudo. - Foram vocês – exclamou.

—Tio? - Vítor engasgou, tomando as joias nas mãos.

—Acharam mesmo que podiam me enganar garotos? - ele disse, sorrindo sarcasticamente. - Eu sabia que estava atrás dessas joias, senhorita Black, e sei também que não são suas. Não vou permitir que as destrua.

—Ele as deu para mim! Ele não se importa mais! - Bianca gritou.

—Mentiras! - Igor acusou. - Você e os outros da Ordem as roubaram, e em seguida, veio para cá, pensando que eu te ensinaria a destruí-las, não foi? Accio Horcruxes!

As joias voaram da mão de Vítor para as de Karkaroff, que as colocou no bolso.

—Vítor, tenha a bondade de pegar as bagagens da senhorita. Vamos levá-la de volta à Hogwarts esta noite.

Vítor obedeceu e logo Bianca estava trancada em uma cabine do navio de Durmstrang, sem ter como pegar as joias de volta. E ela bem sabia que Vítor estava preso em outra cabine, igualmente impedido de fazer alguma coisa.

******

EM HOGWARTS…

—Vamos recapitular. Bianca não respondeu às cartas de ninguém por muito tempo porque Karkaroff mandou o sobrinho interceptá-las – disse Sirius, Fred assentiu. - Voldemort assombrava seus sonhos, dizendo que Bianca estava longe e você nas mãos dele? - Jonay fez que sim com a cabeça. - Por que tudo sempre se resume a ela?

—Por que ela é a melhor filha, amiga, aluna e namorada – disse Fred. - Tudo isso em uma só.

Todos menearam a cabeça. Era claro demais. Argus Filch bateu à porta da sala onde a reunião acontecia, dizendo que um navio búlgaro queria aportar no lago negro. Minerva autorizou e ela, Sirius, Remus, Severo, Kingsley, Olho-Tonto, Harry, Fred, Jorge, Jonay e Draco foram ao lago. Alguém estava parado à margem do lago, esperando o grupo se aproximar.

—Ora, ora, ora. Estou diante no Ministro da Magia, a diretora de Hogwarts, o Comensal da Morte mais covarde e traidor que já vi, dois aurores e cinco estudantes. Ah, esqueci. Também há um lobisomem aqui. Excelentes as companhias de Bianca. E depois dizem que eu não sou confiável.

—Eu não julgaria de outro modo alguém que ensina Artes das Trevas a seus alunos, Karkaroff – disse Sirius, empunhando a varinha.

—Diz que eu exponho meus alunos ao perigo ensinando-os essa disciplina? - Igor também puxou a varinha. Sirius assentiu. - E você não expõe sua filha ao perigo colocando-a sob o mesmo teto que ele? - apontou com a varinha para Remus.

—Isso não é de sua conta, seu monstro – disse Fred, avançando para ele.

Jorge tentou detê-lo, mas não conseguiu. Fred desferiu três socos no rosto do homem, derrubando-o. Vítor conseguira sair de sua cabine e foi correndo ajudar Fred a imobilizar Karkaroff. Depois disso, Fred perguntou:

—Ele veio até aqui só para nos provocar?

—Ele sim, mas eu não – Fred ergueu as sobrancelhas, confuso. - Você é Fred Weasley? - o ruivo assentiu. -Venha. Tenho algo para você.

Fred seguiu o búlgaro para o navio. Era uma embarcação impressionante, com grande convés.

—Espere aqui – disse Krum.

Fred admirava as imagens de guerras talhadas na madeira do navio enquanto Vítor subiu para as cabines. Com um pouco de esforço, destrancou a cabine de Bianca, dizendo:

—Tem uma surpresa lá embaixo.

Bianca saiu do aposento com o vestido rosa e os saltos que Vítor lhe dera. Deu o braço ao garoto e o seguiu para o convés.

O queixo de Fred caiu ao vê-la. Estava linda e sorria, um sorriso que Fred sabia: era única e exclusivamente para ele. Vítor beijou a mão de Bianca e colocou-a sobre a de Fred, dizendo:

—Peço desculpas novamente pela história das cartas.

—Tudo bem Vítor – ela colocou um papelzinho em sua mão. - Me escreva.

O rapaz assentiu e os três voltaram para terra firme. Vítor apanhou o tio, tirou algo do bolso do homem, que entregou a Bianca, e despedindo-se, zarpou com o navio.

Todos tiveram a chance de abraçar Bianca, dizer-lhe que estava linda e que tiveram saudades. Como era o último dia de aulas, Bianca e Harry voltariam ao largo Grimmauld naquela noite.

—Fred, Draco, se quiserem dormir em casa esta noite, serão muito bem-vindos – disse Remus, sorrindo para os filhos.

—Obrigado pelo convite Remus – respondeu Draco, olhando Bianca -, mas antes… pode vir comigo?

A morena o seguiu até a sala comunal da Sonserina, onde os estudantes se preparavam para pegar o Expresso de Hogwarts no dia seguinte, e depois até o quarto dele, que dividia com Dudley Dursley, que para surpresa de Bianca, estava bem mais magro.

—Dursley, devolva à Bianca o que roubou – disse Draco.

—Do que está falando? - perguntou o garoto assustado. - Eu não roubei nada!

—Draco, eu o conheço. É imbecil demais para roubar algo.

—Ele “mudou”, mas se não roubou, não vai se importar se eu… Accio malão!

A mala voou diretamente aos pés de Draco, que a revirou. Tirou dali um livro e o entregou a Bianca.

—Meu diário – ela disse, folheando-o. - Como…

—Ele caiu na minha cabeça há meses e achado não é roubado.

—Caiu na sua cabeça? - Bianca refletiu. A última vez em que viu seu diário foi quando partiu em busca de Nagini. Colocara-o sob uma tábua solta em seu quarto e ele caíra para a escuridão sem fim… pelo visto, as masmorras da Sonserina ficavam exatamente embaixo da torre da Grifinória. - De qualquer forma, é meu. Obrigada Draco.

A dupla voltou para o lago, onde aqueles que passariam a noite no largo Grimmauld aparataram.

Bianca precisava agora de um lugar onde pudesse esconder seu diário, onde logicamente, ninguém o encontrasse. Pensando em todos os esconderijos possíveis, ela rolou na cama, caindo de frente para o espelho.

—Perfeito!


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