Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 7
Argument and possesion




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Durante o almoço, Draco foi à mesa da Grifinória falar com Harry e Bianca.

–Eu tive um sonho – o menino murmurou. - Um sonho ruim, sobre uma câmara embaixo do meu salão comunal, tinha uma cobra muito grande e Lorde Voldemort estava lá.

–Vamos investigar isso – disse Bianca antes de Harry poder falar. - E depois conversamos com você.

O sonserino assentiu e se retirou.

–Onde vamos procurar por informações dessas? - perguntou Harry.

–Na ala da Grifinória. Eu não te disse que te levaria lá?

Harry sorriu de canto. A prima era engenhosa. Os meninos foram para a biblioteca e seguindo o exemplo de Bianca, Harry ajeitou o brasão da Grifinória sobre o peito e adentraram a câmara. Bianca caminhava muito rápido, seus pés mal tocavam o chão, e Harry tentava segui-la, mas era quase impossível.

–Por favor… - Harry ofegava – pare de correr.

–Você é muito lerdo – Bianca riu. - Venha, precisamos achar um livro chamado Hogwarts: uma história.

–Mas esse livro está lá atrás, na biblioteca normal.

–O exemplar daqui é muito mais completo – ela deu de ombros, como se fosse obrigação de Harry saber disso.

Caminhando por algumas estantes, Bianca puxou o livro certo e o pousou em uma das mesas.

–Aqui… Salazar Slytherin construiu uma câmara escondida antes de deixar a escola. Lá, ele guardou um presente para seu herdeiro, que só poderia ser resgatado quando este chegasse a escola. Se Draco sonhou que estava dentro da câmara…

–Ele pode ser o herdeiro de Slytherin!

–Tem que ter um livro aqui sobre a árvore genealógica dos fundadores – a menina resmungou colocando o livro de volta. - Você procura para lá e eu vou para cá.

Os meninos se separaram e Harry avançou pelas estantes escuras e mal cuidadas. Sua varinha com o Lumus aceso tremia em sua mão, ele mal conseguia segurá-la. Ele reparou um vulto movimentando-se atrás dele.

–Bianca… tem alguma coisa aqui.

–Não se mexa, já estou chegando.

Devagar, a menina se movia pelo salão, tentando encontrar o amigo sem encontrar o que quer que fosse que estava assustando Harry, mas a coisa a encontrou primeiro. Um grito engasgado escapou da boca de Bianca. Um cachorro enorme com três cabeças rosnava e espumava para eles.

–Não se mova – Bianca tentou acalmar Harry.

Mas o cão estava assustando muito mais a ela do que a ele. Bianca tinha um inexplicável medo de cachorros, ainda mais um gigante. Harry podia enfrentá-lo melhor do que ela. Segurando a mão da amiga, Harry ergueu a varinha e disse, com toda a certeza do mundo:

Wingardium Leviosa!

O cachorro levitou baixo e segurando a varinha com as duas mãos, Harry o arremessou contra a parede, quebrando-a. Em segundos, Dumbledore, Minerva e Hagrid irromperam pela porta. Harry ia perguntar como eles conseguiram entrar, mas Hagrid correu até o rombo na parede gritando:

–Fofo! Fofo!

Com um trejeito da varinha, Minerva concertou a parede e Dumbledore disse a Hagrid:

–Fofo não devia estar aqui. Era para ele estar lá embaixo.

–Eu sei professor, mas…

Dumbledore nem quis ouvir o resto. As crianças não precisavam ouvir mais.

–Eles nem deviam estar aqui – Hagrid protestou, apontando-os.

–Eles são grifinórios – disse o diretor. - Têm todo o direito de estarem aqui.

–Vocês dois não devem falar nada sobre o acontecimento com o cachorro – instruiu Minerva. - Podem continuar… com o que estavam fazendo.

–Obrigada professora – Bianca agradeceu, voltando às estantes.

–Srta. Black, o que está procurando fica na estante três – disse Dumbledore.

A menina assentiu e se dirigiu a estante indicada, de onde tirou o título: descendência dos quatro fundadores da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Bianca abriu diretamente na página que mostrava a árvore genealógica de Salazar. Bianca acompanhou a linhagem com os olhos, até chegar a um nome peculiar: Abraxas Malfoy.

–O avô de Draco – Harry concluiu. - Draco é o herdeiro de Slytherin.

–Temos que contar isso a ele. Coisas ruins podem acontecer se ele não souber.

Harry tremeu, sentindo a testa esquentar. Seus olhos vacilaram. Bianca ergueu o olhar para ele desconfiada. Os olhos de Harry estavam de uma cor estranha, que parecia verde misturado com azul.

–Pensa que eu não sei?- Harry disse, grosso sem motivo algum. - Sei que temos de fazer algumas coisas, você não precisa falar o tempo todo.

Bianca se encolheu, levemente ofendida. Ela e Harry nunca tinham brigado, e agora ele estava gritando com ela sem explicação.

–Eu falo demais? Então quer saber, Harry Potter? Esta questão está em suas mãos, eu não tenho nada mais a ver com isso. Vou ficar quieta a partir de agora.

Ela saiu, batendo os pés. Harry queria correr atrás dela, mas não saberia o que dizer. Ele gritara com ela? O que dissera? Nem ele sabia. Guardou o livro e saiu dali, secando as mãos suadas na calça. Ele saiu da câmara e deu de cara com Draco.

–Hey, e aí, Harry?

O moreno assentiu, dando um riso amarelo e o sonserino notou que a testa dele estava vermelha ao redor da cicatriz de raio.

–Sua testa está meio vermelha…

Harry secou a testa com a manga e sentiu arder a linha fina. Fechou os olhos com força, tentando amenizar a dor. Sentiu o mundo girar e desmaiou.

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–On… onde estou?

–Na enfermaria.

Harry focalizou e encontrou Draco sentado ao seu lado.

–Como vim parar aqui?

–Como consegue ser tão eloquente depois de desmaiar? - Draco riu pelo nariz. - Você desmaiou e eu te trouxe para cá. Você é pesado, sabia?

Harry riu, mas acabou tossindo.

–Sr. Malfoy – madame Pomfrey chamou -, o sr. Potter tem outras visitas a receber.

–Eu vou indo – disse Draco sorrindo amarelo. - Seus amigos grifinórios vieram visitá-lo.

Draco saiu, e Hermione e Rony entraram.

–Harry! - disse Hermione exasperada. - O que te aconteceu?

–Não sei, simplesmente desmaiei na biblioteca. Draco me ajudou. Oque eu perdi?

–Bianca está preocupada com você – disse Rony.

–E porque?

–Disse que você gritou com ela sem motivo. Disse que seus olhos estavam estranhos. Pensando bem, ainda estão.

–Que há com meus olhos?

Em silêncio, Hermione deu um espelho ao amigo. Harry se mirou, seus olhos estavam tom verde-água, como se estivessem sujos de tinta azul, que ia se dissolvendo. Segundos depois, eles voltaram ao normal.

–Isso caracteriza possessão – disse Hermione. - Desculpe ser tão direta assim, Harry.

–Deixando isso de lado e voltando para Bianca, porque não veio me ver se está tão preocupada?

–Ela… tem seus próprios problemas para resolver, Harry – disse Fred entrando.

–Que seriam…

–Sirius disse que ela tem que ficar na escola este fim de semana porque ele estará em missão.

–E que missão é essa?

–Ele não disse. É isso que deixou-a tão pilhada. Quer descobrir onde ele vai a todo custo. Acha que tem a ver com Voldemort.

–Que tipo de missão perigosa não tem a ver com Voldemort ultimamente? - Harry riu.


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