Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 66
Winter


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Desculpem pela demora, mas além do habitual bloqueio criativo de sempre, quarta e quinta a minha mãe me obrigou a sair de casa a manhã toda, aí quando chegava em casa, estava acabada e sem criatividade, então eu dormi em uma amiga na noite de quinta para sexta e não consegui escrever nada. O que eu postei agora escrevi na madruga, enquanto assistia HP e o Enigma do Príncipe, que eu amoooooo!
Enfim obrigada a Taah e Jonay Fanfics pelos comentários do cap. anterior



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—Bianca viajou -disse Sirius a Remus.

—Que novidade -o homem foi irônico. -Para onde foi dessa vez?

—Durmstrang.

—Que doido mandaria Bianca para a escola de Karkaroff?

Sirius pôs a carta na mesa, e Remus logo a leu. O programa de intercâmbio na certa tinha sido desenvolvido por Karkaroff, em uma tentativa de atrair Bianca para longe dos olhares daqueles que a protegiam. E o homem escolhera o momento certo, logo após o falecimento de Dumbledore, quando ninguém conseguia se opor a nada. Entreolharam-se. O que deviam fazer agora?

Sirius, sendo mais impulsivo, queria entrar na academia e tirá-la de lá à força, mas Remus, mais racional, achou melhor preveni-la sobre quem Karkaroff era e pedir para escrever se ele fizesse algo a ela.

—Tudo bem – Sirius concordou de má vontade. - Mas se aquele imbecil desgraçado levantar um dedo para a minha filha…

Nossa filha – Remus corrigiu.

—Você entendeu. Se ele chegar perto dela, eu o mato.

Remus suspirou. Sirius era tão dramático, por vezes. Ele pôs as mãos no ombro do marido e disse:

—Vamos esperar que ela escreva.

—Ela pode mentir! Você sabe que ela mente muito bem quando quer!

—Sirius, por Merlim, cala a boca e escuta. Eu sei que você quer proteger Bianca de todo o mal do mundo, mas será que ainda não percebeu que não funciona? Desde que ela tinha onze anos, ela enfrenta tudo de cabeça erguida, e com muita força de vontade, como se sequer fosse humana.

“Você não pode protegê-la, não porque é fraco, mas porque ela não precisa de proteção e sim de ajuda. Temos de apoiá-la com o que quiser fazer e preveni-la, se for algo perigoso. Eu sei que você já ouviu isso muitas vezes, eu mesmo digo isso há cinco anos, mas é porque você é cabeça-dura demais para entender.”

—Mas eu a amo e me preocupo com ela. Você acima de todos deveria entender.

—Escreva para ela, mas como quem não quer nada, sem interesse, então ela responderá às suas perguntas e te contará coisas, que darão margem a outras perguntas, e assim sucessivamente.

Sirius assentiu e lançando mão de pena e pergaminho, escreveu uma carta à filha, perguntando se chegara bem, como fora recebida, se gostava de Durmstrang, se era muito diferente de Hogwarts e outras amenidades.

ENQUANTO ISSO, EM HOGWARTS…

—O que está fazendo, Fred? - perguntou Jorge.

—Escrevendo para Bianca – o ruivo deu de ombros, como se fosse óbvio.

—Diga a ela que mandei lembranças.

O ruivo assentiu, acrescentou as lembranças do gêmeo levou a carta para o corujal, onde a enviou. No caminho, encontrou Harry e Draco, que caminhavam abraçados para o corujal, com cartas para Bianca nas mãos.

A neve caia lentamente no castelo, e fazia Fred sentir-se nostálgico, relembrando os tempos em que ele tinha treze anos e Bianca onze, e o inverno chegara à escola. Em um ato de rebeldia súbita, Bianca convenceu-o a matar a aula de Trato das Criaturas Mágicas para irem brincar na neve no campo de quadribol.

FLASHBACK ON

Vamos – ela dissera – vai ser divertido.

—Mas é só neve! - ele protestou. - Não há nada demais nisso.

—Não há nada demais para você. Por favor, Fred. É meu primeiro inverno com neve na vida.

—Haverão muitos outros, principalmente agora que mora com seu pai. E além disso, eu não quero matar aula, é errado.

—Pelo amor de Deus, Fredoca – Jorge meteu-se na conversa. - Não seja moralista agora. Nós dois já matamos muitas aulas e você não estava nem aí para elas. Se não quer ir, pelo menos seja honesto com Bianca, apesar de ser uma burrice recusar sair com uma menina tão bonita. Pode deixar, lindinha, se meu irmão gêmeo menos bonito, porém muito mais burro não quiser ir com você, eu vou – e deu uma piscadinha.

Não a chame de lindinha —Fred rosnou, fazendo Jorge e Bianca rirem.- Tudo bem, eu te levo lá fora, mas não vamos ficar muito okay? Se Filch nos pegar, estamos fritos.

—Está bem – ela sorriu, puxando-o pelo braço.

Juntos, o ruivo e a pequena morena foram ao campo de quadribol. Bianca se jogou no chão e sacudiu os braços e as pernas, fazendo um anjo de neve. Rindo, Fred a imitou. Depois de fazerem alguns anjos de neve, montaram um boneco e fizeram uma guerra de bolas de neve até que o sol despontou entre as nuvens e começou a derreter a neve.

—Temos de trocar essas roupas molhadas – disse Fred.

Pela primeira vez, Fred matava aula com uma garota, e fora uma das melhores tardes de sua vida.

FLASHBACK END

ENQUANTO ISSO, EM DURMSTRANG…

—Vítor, seu trasgo preguiçoso, leve as malas da menina para dentro – disse Karkaroff, quando chegaram à escola. - E aproveite para guiá-la à torre oeste.

—Legal, seu quarto será ao lado do meu – comentou o garoto ao longo do caminho.

Bianca estranhou que os aposentos fossem em corredores mistos, mas como o castelo de Durmstrang não era tão grande quanto Hogwarts, o espaço disponível para separar meninos de meninas era menor. Vítor guiou Bianca até a torre, comentavam sobre o clima gélido da Bulgária, um pouco diferente da Grã-Bretanha.

—Senhorita – disse ele ao abrir a porta do quarto para ela. - Oh, aqui estão seus horários.

—Obrigada Vítor.

Ela assentiu ao pegar os papéis e fechar a porta. A mobília era genérica, mas Bianca daria seu toque pessoal assim que pudesse. A janela dava vista para o bosque e o campo de quadribol da escola. Decidiu escrever uma carta para Fred.

Oi Fred,

Acabo de chegar a Durmstrang e faz frio – é claro. Conheci Vítor Krum, a estrela búlgara de quadribol e Igor Karkaroff, diretor da escola. Amanhã começam as aulas, estou muito animada.

E Hogwarts, como está? Os professores já aplicaram os N.O.Ms e os N.I.E.Ms? Como se saiu?

Diga a Jorge e seus irmãos que mandei lembranças, está bem? Estou com um pouco de pressa, quero escrever para Harry e Draco.

Com amor, Bianca Black, sua princesinha.

Ela puxou mais uma folha de pergaminho e escreveu.

Harry,

Durmstrang está incrível até o presente momento, e adivinhe quem conheci: Vítor Krum, o apanhador búlgaro. Ele é muito gentil comigo – conte isso a Fred e mato você – e apesar de Karkaroff ter sido um pouco rude quando o mandou pegar minhas malas, ele obedeceu sorrindo. Um fofo, não?

Mudando de assunto, como está o seu namoro? Já contaram aos nossos pais ou aos Malfoy? Se precisam de um conselho, digo que devem falar primeiro com Sirius e Remus, eles serão mais favoráveis – é óbvio – e se for preciso, papai pode “convencer” Lucius e Narcisa a aceitarem. Preciso ir, te adoro.

Bianca Black.

Em um terceiro pergaminho, copiou o texto que acabara de escrever e endereçou-o a Draco. Saiu do quarto com as três cartas nas mãos.

—Bianca? - Vítor chamou-a no vestíbulo. - Quer que eu leve as cartas para você?

—Tenho de me preparar para o jantar… pode levar. Obrigada Vítor.

Ele tomou as correspondências e desceu as escadas sorrindo. Bianca colocou um conjunto de roupas pretas com detalhes vermelhos, era o que tinha de mais próximo do uniforme de Durmstrang e foi para o salão principal, que tinha seis mesas compridas para os alunos e uma para os professores.

Ao entrar no salão, Bianca atraiu olhares de todos que ali estavam. Escolheu sentar-se entre duas garotas simpáticas que falavam apressadamente. Os pratos de ouro estavam vazios, a refeição ainda não começara.

—Boa noite – saudou Karkaroff. - Como todos sabem, este semestre recebemos uma aluna de intercâmbio de Hogwarts, Bianca Black – alguns aplausos educados ecoaram pelo salão. - Em homenagem a ela, haverá um baile de inverno na próxima semana – cochichos tomaram conta do lugar. - Bom apetite.

A comida surgiu nos pratos e as meninas começaram a conversar sobre o que usariam e quem convidariam. A Black sabia que sendo a novidade da escola, logo seria convidada, mesmo que não tivesse interesse em sair com alguém que não fosse Fred. Bianca comeu com os olhos na comida, não queria parecer aberta a nenhum garoto.

Depois da refeição, Bianca foi para a torre oeste e notou, com certa desconfiança, que não havia ninguém caminhando com ela. Será que os únicos residentes daquela torre somos eu e Krum?, Bianca se perguntou. Sua dúvida foi respondida quando viu pelo canto do olho de Vítor Krum subia a escada a passos largos atrás dela.

Bianca chegou ao vestíbulo antes que Vítor alcançasse a metade da escadaria, então correu para dentro de seu quarto, trancou a porta e entrou na banheira. Estava segura, Vítor não a incomodaria até o dia seguinte.

Depois do banho, Bianca se jogou em sua cama, abriu seu diário em uma página em branco e molhou a pena no tinteiro, pensando em como passar para o papel tudo o que havia em sua cabeça.

Karkaroff teve uma ideia “brilhante”: um baile para mim. Mesmo que ele não tenha dito nada sobre eu ser obrigada a ir, sei que pelo menos Vítor Krum me convidará. Não quero ir, porque mesmo que estejamos longe um do outro, eu ainda estou com Fred, e mesmo que ele nunca saiba se eu sair com outro garoto enquanto estiver aqui, não quero colocar mais segredos entre nós.

Bianca foi interrompida por uma batida na porta. Vestindo o roupão, ela a abriu.

—Er… Bianca, eu gostaria de saber… não quer ir ao baile comigo?

—Seu tio mandou você me convidar?

—Não – ele disse envergonhado.

—Me chamou porque sabe que só saberia responder a você se quero ir ou não?

—Não – ele negou novamente. - Te chamei porque te achei interessante e embora eu não quisesse dizer…

—Seria ótimo que fosse você, o sobrinho do diretor, a me levar – ela completou o raciocínio dele.

—É… - ele riu. - Seria um prato cheio para os repórteres da escola.

Ela gemeu. Haveriam repórteres, talvez com câmeras. Uma foto indesejada seria sua ruína.

—Tudo bem, eu vou com você, mas com uma condição. Nada de me beijar, me tocar de forma carinhosa, sussurrar qualquer coisa no meu ouvido ou me abraçar, entendido?

—Puritana – eles riram pelo nariz. - São mais de uma condição.

—Sei… mas é pegar ou largar.

—Certo… aceito suas duras imposições.

—Me dê sua palavra.

—Tem minha palavra, senhorita. Boa noite.

—Boa noite senhor Krum.


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