Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 6
New student


Notas iniciais do capítulo

Jonay, este cap é pra vc kkkkk



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Naquela noite, Bianca não conseguiu dormir. Depois de ler mais livros do que acharia possível em duas horas, ela pegou o leão de pelúcia que Fred lhe dera e se enrodilhou nos cobertores, pedindo para que o sono viesse. Uma hora e meia se passou e nada de fechar os olhos. Desistindo, ela simplesmente se levantou e foi para a sala de estar, jogando-se em uma das poltronas. Vinte minutos depois, Sirius apareceu no aposento e chamou:

–Você está aí, Bianca. Não adianta fingir que está dormindo.

–Oi pai – ela falou, baixinho.

Ele caminhou até a filha e acariciou seus cabelos.

–Aposto quinze sicles que não dormiu porque está com medo de Voldemort nos encontrar.

Não fale sobre os sonhos,ordenou a si mesma. Desviou os olhos, não podia deixar que o pai os decifrasse. Seu pai é um ótimo Legilimente, lembrou-se do que Severo dissera na quarta.

Bianca visualizou sua mente trancada, esperando não ser punida por usar Oclumência fora da escola. Aparentemente, funcionou.

–Tenho um presente para você – Sirius anunciou e pegou uma caixa de madeira. - Eu e Pontas, pai de Harry fizemos dois espelhos para nos falarmos quando cumpríamos detenções separados. Era raro, mas acontecia. Lembre-se que Harry tem tanto direito a este espelho quanto você.

Bianca assentiu. Cuidaria daquele objeto com sua vida.

)))))))))))))))))))))))

Temeroso, Sirius deixou as crianças no trem, dizendo-lhes que recorressem ao espelho sempre que fosse necessário. Despediram-se e entraram no trem.

–Fred! - Bianca reconheceu o amigo ruivo e correu até a cabine onde ele estava, e só havia um lugar vago.

–Vou procurar outra cabine… - disse Harry sem graça, saindo rápido.

–Harry! - uma voz peculiar o chamou. - Sente-se aqui!

Era Draco Malfoy, um sonserino primeiranista que o observava durante as aulas de Poções e queria muito ser amigo de Harry. E se continuasse assim, ia conseguir.

–Oi Draco – Harry foi simpático, tudo o que Draco queria.

–Oi Harry – o loirinho abriu um sorriso. - Como foi o fim de semana?

–Ótimo. E você?

–Não foi muito legal… - Draco disse, baixinho, virando o rosto e corando.

–O que aconteceu Draco? - Harry tentou não deixar transparecer a preocupação em sua voz.

–Minha mãe está doente e meu pai é ocupado demais para lidar com ela. E ainda diz que sou folgado.

Harry estava triste pelo amigo, isso era uma sensação nova para ele, porque a criação que os Dursley lhe deram não deixava margem para se entristecer por alguém que não fosse ele mesmo. Se havia alguém que merecia a pena e solidariedade de Harry, era Bianca, que era atormentada por Voldemort sem motivo algum, mas por alguma razão, a situação de Draco pedia a atenção de Harry.

–Ele não sabe bem como lidar com isso – disse Harry tentando consolá-lo. - O filho dele está longe e a mulher não está bem de saúde. Veja o lado dele, Draco.

–Eu até queria – o menino suspirou. - Mas ele tem dinheiro, pode pagar para alguém cuidar dela, em vez de abandoná-la. Pode pagar para alguém trabalhar por ele ou ficar comigo, em vez de se sentar no escritório o dia todo.

–Entendo. Também tive um “pai” que não ligava muito para mim, mas encontrei outro que se importa comigo. É isso que você tem de fazer. Encontrar uma pessoa que se importe com você.

–Obrigado Harry, ajudou muito. Ah, chegamos.

Os estudantes entraram no salão principal e Draco e Harry se destinaram a mesas separadas. Durante o jantar, o memorável banquinho de madeira com o Chapéu Seletor em cima estava disposto frente ao salão. A profa. McGonagall disse em alta voz:

–Atenção todos. Nós tivemos… um aluno que recebeu a carta fora do prazo este ano, e iniciará seus estudos no primeiro ano. Dudley, Dursley.

Um menino loiro, gordo e rosado como um porco sentou-se no banco. Harry o fitou, tentando quebrar tudo a sua frente de tanta raiva. Como Duda poderia ser bruxo? Ele seria aceito pelos pais? Ele teria sido expulso de casa quando recebeu a carta?

–SONSERINA! - bradou o Chapéu.

A mesa da serpente aplaudiu educadamente, à contragosto. Nenhum deles parecia gostar de ter um porco que não agregaria em nada à casa como colega. Harry tinha certeza que ele foi selecionado para a Sonserina porque a) não era gentil o bastante para a Lufa-Lufa; b) não era inteligente o bastante para a Corvinal; c) não era corajoso o bastante para a Grifinória; e d) talvez fosse mau o bastante para a Sonserina. Certo, as referências que Harry tinha sobre as “maldades” de Duda eram as tardes que ele passava com seus cúmplices batendo em menininhos. O porquinho sentou-se e o banquete apareceu. Rony e Duda o atacaram vorazmente.

–Coma devagar – Bianca repreendeu Ron -, parece o porco ali – ela gesticulou para Duda.

Harry riu pelo nariz. Em algum lugar, Duda seria ridicularizado por ter o tamanho e peso de um filhote de orca. Bianca reparou que o menino loiro com quem ela trombara no início da semana estava incomodado com a proximidade do novato. Para deleite e riso de todos, Duda agarrou uma coxa de peru e deu-lhe uma dentada, fazendo voar um pedaço de carne na testa do loiro. Até o professor Snape secretou um riso.

–Aquele é o seu primo? - Hermione perguntou, rindo. - O porquinho?

–Sim, ele mesmo.

–Não se parecem nem um pouco – opinou Rony, a boca cheia de suco de abóbora.

Você parece com ele – Bianca limpou uma gota de suco que voara em sua bochecha.

Fred limpou o queixo dela. - Tem molho aqui.

Bianca cobriu a boca com um guardanapo, tampando as faces coradas. A refeição terminou e os grifinórios foram para a cama e Bianca sonhou de novo.

Era o largo Grimmauld, e uma mulher ria loucamente.

–Encontrei Bianca Black! Encontrei Bianca Black!

–Deixe minha filha em paz! - gritou Sirius.

–Vou matar Sirius Black! Vou matar Sirius Black!

–Cale a boca, Bellatrix – mandou a voz que Bianca ouvira no outro sonho. - Se apontar a varinha para ele de novo, azaro você.

–Mas… - Bellatrix choramingou – porque precisamos dele vivo, Mestre?

Ele sabe onde está a menina. Você não. Agora diga, Sirius, onde está sua filha?

–Acha mesmo que vou contar, Tom?

–CRUCIO! - gritou a voz, o Mestre, Aquele-Que-A-Perturbava, Voldemort.

Bianca acordou em um rompante. Pegou o espelho em sua mala e pediu por Sirius Black.

–Filha? Está tudo bem?

–Está. E você está ok?

–Não tanto sabendo que está tão mal. O que aconteceu?

–Nada. Estou cansada e vou voltar para a cama. Boa noite – guardou o espelho de volta.

A máxima de Fred voltou a sua cabeça como sempre, mas valeria a pena incomodá-lo a essa hora da madrugada? Uma viagem a sala comunal seria rápida. Sentou-se em uma poltrona e enrodilhou-se em si mesma, rezando para não dormir.

–Bia? - alguém chamou.

–Fred? - ela respondeu.

–Porque não está na cama?

–Pesadelo – ela estava assustada demais para falar muito.

–E porque não me procurou como combinamos?

–Não queria incomodar.

Com um suspiro doce, Fred deitou-se ao lado dela e a abraçou.

–Durma – pediu.

–Não quero. Não quero sonhar de novo.

–Fale sobre o que viu.

Bianca suspirou e contou, rendendo-se às lágrimas no final. Fred apertou o abraço e sussurrou:

–É normal temer, pequena. Eu também teria medo se Voldemort perturbasse meu sono. Fico com você a noite toda, se quiser.

–Fica… - ela pediu. - Canta pra mim?

Fred começou a cantarolar o hino da escola. Totalmente fora de contexto, mas fez o coração de Bianca se acalmar e seus olhos se fecharem. Fred não cantava mal, sua voz era doce e suave. Os dois adormeceram no sofá, abraçados.

++

–Bom dia! - Rony berrou.

–Ah! Vá pro Inferno Ronald – resmungou Fred. - Cuidado, não acorde Bianca.

–Já acordei – a menina disse, grogue. - Temos Poções com a Sonserina.

Fred foi para Defesa Contra as Artes das Trevas com Jorge e os outros terceiranistas, enquanto os primeiranistas rumaram para as masmorras. Draco pediu a Harry que se sentasse com ele, Hermione fez dupla com Bianca e Rony juntou-se a Duda.

–Juntamos os porcos – Hermione disse e Bianca riu.

–Hoje farão a poção do Sono Sem Sonhos – anunciou Snape, dando um sorriso maldoso na direção de Bianca e Hermione, que pensaram juntas: droga!

No decorrer da aula, Hermione e Bianca e Harry e Draco foram as duas melhores duplas da aula, enquanto que Rony e Duda obtiveram uma substância azul – que deveria ser verde – grudenta e que por algum motivo, fizera suas varinhas adormecerem. Snape podia ter limpado a sujeira, mas preferiu ter uma “conversa particular” com Bianca.

–Teve outro sonho? - ele perguntou. - Não minta.

–Tive – a menina respondeu com medo.

–Usou a Oclumência?

–Ia usar – mentiu. - Mas vi meu pai e preferi terminar o sonho.

–Você vai beber a poção do Sono Sem Sonhos hoje, está bem? Precisa de uma noite decente na vida.

–Mas o meu pai! Ele ameaçou meu pai, professor.

–Severo – ele corrigiu docemente. - Para você, Bianca, eu me chamo Severo.

–Severo – ela repetiu -, vai mesmo me obrigar a beber sabendo que eu poderia impedir que algo ruim aconteça ao meu pai se eu tiver os sonhos?

–Bia… - ele colocou o cabelo dela atrás da orelha – é apenas uma noite, e eu sei que você sabe que Sirius está bem.

Como sabe?

–Eu apenas sei – ele tentou ser evasivo e lhe deu o frasco. - Vá para a aula.

Bianca guardou o frasco nas vestes e saiu, rumando para a aula de Transfiguração.

–Onde estava? - perguntou Harry.

–Falando com Se… Snape.

–Sobre o quê? - perguntou Rony.

–Nada demais.

Ela podia dizer que eram assuntos da Ordem, mas a sociedade ainda era secreta e ela não queria entregar Severo – que todos pensavam ser um Comensal da Morte e não um homem de Dumbledore.

Ficou em silêncio pelo resto da aula, indicando que não gostara da “invasão à sua privacidade”. Durante o almoço, conversou normalmente com os amigos. Os primeiranistas tinham Defesa Contra as Artes das Trevas com Quirrell, que olhou nervoso para Bianca. Qual é o problema dele comigo?, a bruxinha se perguntou. Harry abraçou o ombro da amiga e sussurrou:

–Eu o conheci no Beco e posso dizer que ele é estranho assim todo o tempo.

–Obrigada pelo consolo, mas é o segundo professor que “me estranha”,para usar a linguagem do Brasil.

–Você nunca falou do Brasil – opinou Hermione. - Como é lá?

–Um péssimo lugar para ser trouxa. Imagino que seja pior para os bruxos.

Bianca tinha uma pergunta entalada na garganta desde a aula de Poções.

–Harry, quem era aquele sonserino que sentou com você em Poções?

–Draco Malfoy, porque?

–Nada – ela mentiu, mordendo os lábios.


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