Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 54
A new prophecy


Notas iniciais do capítulo

Oi gentes! Obrigada a Aline Silva pelo comentário do cap. anterior.



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ALGUMAS SEMANAS DEPOIS…

–Bianca, seria melhor se… não fosse para Hogwarts este ano – disse Sirius, em tom condescendente. - Podia passar um tempo com a sua mãe.

–Não! - Bianca gritou. - Eu? Com a Elis? Nem pensar. Está brincando, tem de estar – ele negou com a cabeça. - Vou pedir para Remus te examinar.

–Se quer saber, a ideia foi dele.

–Os dois vão a um medibruxo então.

–Pode dizer ou fazer o que quiser, mas pelo que sei, que não é pouco, Hogwarts não está segura para você.

–Se não está segura para mim, não está segura para ninguém! Use seu poder de Ministro da Magia e feche a escola de vez!

–Filha, você está exagerando. Eu só acho que você, como a Menina Preferida, Amaldiçoada, e tudo o mais, corre mais riscos do que os demais.

–Sei disso! E onde quer que eu esteja, esses riscos também estarão. Entre os trouxas, não estarei protegida, ao contrário do que pensa. Em Hogwarts, além da permissão para usar magia, tenho aliados.

–Sabemos que Dumbledore te permitiu usar magia em qualquer lugar, e se quando diz “aliados” se refere a Harry, Draco e Fred, desculpe querida, mas eles não serão de muita valia quando estiver frente a Voldemort.

–Por que todo mundo me menospreza tanto? - ela reclamou. -Com onze anos, eu peitei Voldemort! Não sou tão frágil, não preciso de proteção.

–Quando foi que cresceu tanto? - ele a abraçou carinhosamente. - Me convenceu, pode ir para Hogwarts, mas ao primeiro sinal de problema, te arranco daquele castelo e te mando para a sua mãe.

–Não faria isso – ela apertou os olhos, ele continuou inflexível. - Pelo menos, não a parte de me mandar para Elis – corrigiu com acidez.

–Como afirma isso com tanta certeza?

–Por que sei que você me ama e não suportaria me ver nas mãos daquela megera.

–Certo, agora vá fazer as malas. O trem parte amanhã cedo.

**********

Bianca e Harry dividiam a cabine do Expresso de Hogwarts com Fred e Draco.

–Visual novo, Harry? - Fred comentou, acenando para os cabelos do amigo.

Os cabelos de Harry não tinham mudado nas últimas semanas, estavam mais comportados, e cobriam a testa o tempo todo.

–É bom poder esconder a cicatriz de vez em quando. Não gosto que fiquem olhando.

Bianca e Draco trocaram olhares curtos. Desde o dia do cinema, tudo o que eles esperaram do rapaz Potter eram respostas grossas e maldadas, embora ele viesse se portando muito bem. Mas as marcas deixadas eram inegáveis, e tão profundas quanto o raio na testa de Harry.

*******

–Um dia teremos de perdoá-lo – disse Bianca, caminhando com Draco para a aula de Herbologia.

–Um dia. Isso não quer dizer hoje, ou amanhã, nem semana que vem, ou mês que vem.

–Draco, quer parar? - ela segurou os ombros do amigo. - Eu sei que Harry agiu mal com você, mas já faz muito tempo. Não deixe o amor se transformar em ódio.

Com essas palavras, ela o deixou.

–Espera um minuto, Black – Pansy Parkinson a deteve. - Trouxe um cachorro para a escola este ano?

–Não, por quê?

–Porque aquele ali está te seguindo o dia todo – a sonserina apontou um grande cachorro preto. Almofadinhas. - Sabe que cães não são permitidos. Como monitora da Sonserina, terei de tirar cinco…

–Tenho a impressão, Pansy, de que aquele cachorro pode ficar aqui. Se duvida, pergunte ao diretor. Com licença.

Bianca fez sinal para que o animal a seguisse. Caminharam até um corredor vazio, onde Sirius se transformou de volta em humano.

–Não vou perder tempo perguntando o porquê disso. Vai dizer que está me vigiando. Minha pergunta é: não devia estar no seu escritório, senhor Ministro da Magia?

–Psit! Fale baixo, ninguém mais pode saber que estou aqui, e sim, eu devia estar no Ministério, senhorita ingrata. Mas estou aqui porque… ah, não tem explicação. O trabalho estava muito chato e Dumbledore me permitiu entrar aqui para ficar de olho em você. Ele suspeita de algo, mas não me disse o quê.

–Dumbledore e suas desconfianças – a jovem suspirou. - Tudo bem, vou dar um jeito para que possa me seguir, mas tome cuidado. NÃO provoque o Snape, vai ser muito melhor sem esse tipo de problema.

–Certo… - Sirius respondeu, dando de ombros. - Não tinha de estar na aula?

–Ah Merlim, tinha mesmo. Desapareça.

Sirius obedeceu, voltando a ser o cachorro. Bianca foi para a aula de Feitiços, tentando ignorar que sabia que o cachorro/seu pai a estava vigiando de algum canto escuro da sala.

–Você está legal? - Harry sussurrou ao ouvido dela.

–Não, eu estou bem.

–Jura? - Draco riu. - Não parece. Está suando.

–Querem me deixar em paz? Não quero levar uma bronca do Flitwick.

–Vamos conversar sobre isso depois – Harry resmungou, voltando-se para seu caderno.

Bianca tratou de evitar os amigos o dia todo. Draco também queria evitar Harry, mas as palavras de Bianca não deixavam sua mente. Um dia teremos de perdoá-lo.

*********

Melhores amigos, filhos de melhores amigos

Se amam como irmãos, mesmo que não sejam

Lutarão até o fim um pelo outro

Mas o mal pode quebrar esse laço tão puro

A coragem e o amor devem prevalecer

Ou a morte porá um fim em tão linda amizade

–O que isso quer dizer? - Severo perguntou.

–Bianca e Harry correm perigo. E presumo, Severo, que você saiba qual o perigo que correm – respondeu Dumbledore.

Sim, sei, o homem pensou, crispando os lábios.

–Então por que não nos conta, Ranhoso? - disse Sirius, entrando na sala.

Maldito Legilimens, Severo pensou, ao perguntar:

–Black? O que faz aqui?

–Estou aqui como membro da Ordem da Fênix. Recebi sua coruja Alvo. Aquela sobre a profecia.

–Olá Sirius – disse o diretor. - Estávamos justamente debatendo essa questão. Você dizia, Severo…

–O Lorde das Trevas conheceu essa profecia a há meses, e tomou a liberdade de cumprir o papel que lhe cabia.

–De que papel você fala? - questionou Sirius.

–Veja bem… encarando você como o pai de Bianca, fico tentado a dizer-lhe, mas se te olhar como o Ministro da Magia, tudo o que posso dizer é: mande as pessoas tomarem cuidado.

–Por que não pode me dizer, independente da face que eu tenha? É fiel demais ao Lorde das Trevas para isso?

–Minha posição com o Lorde das Trevas é muito alta e valiosa para ser sacrificada.

Sirius franziu a testa, ajeitou o paletó e se retirou. Severo recebeu um tapinha nas costas do diretor, que disse:

–Agiu bem, Severo. Talvez ele nunca mais seja receptivo com você novamente – grande novidade, Severo pensou e revirou os olhos. —, já que guarda um segredo que significa a vida ou a morte da filha dele…

–Que é a pessoa que ele mais preza no mundo. Sei disso. Há alguma maneira de evitar que ocorra?

–Podemos adiar. Chame Bianca e Harry aqui. Vou mandá-los para o passado.

–Sob que pretexto?

–Será… um acidente. Se Merlim for benevolente, talvez impeçam o próprio nascimento e estaremos livres de problemas.

Severo franziu as sobrancelhas ao mandar um elfo chamar os garotos. Alvo selecionou um vira-tempo e o encantou.

–Ajustado para voltar vinte anos… ficou um belo colar, não?

Enquanto a mente de Severo trabalhava para entender a lógica de Alvo, Bianca e Harry entraram e sentiram o mundo girar.

O escritório agora estava vazio. A porta se abriu e os garotos rapidamente se esconderam sob a mesa. Filch entrou, carregando dois meninos pelas golas. Um deles tinha rebeldes cabelos e olhos castanhos e usava óculos. O outro era dono de uma cabeleira castanha e olhos cinzas. Dumbledore surgiu do nada e perguntou:

–O que foi agora, sr. Filch?

–Estes dois estavam fora da cama.

–Deixe-os comigo – o zelador saiu da sala. - O que estavam fazendo, senhores?

–Nada demais, professor. - respondeu o garoto de óculos, fazendo seu amigo rir.

–Que é tão engraçado, senhor Black? - questionou o diretor. - Estavam roubando comida das cozinhas de novo?

É o seu pai – Harry sussurrou, apontando o padrinho. - E o meu…

James encantara Harry, que procurava as semelhanças entre eles, e não tardava achá-la. Os mesmos cabelos, altura e postura. Bianca também observava o jovem Sirius, desejando ter herdado seus olhos cinzas, ao invés dos castanhos de Elis.

–Francamente rapazes. Pensei que Remus colocasse algum juízo na cabeça de vocês.

–Ele até tenta – disse Sirius em tom defensivo. Será que ele já gostava de Remus naquela época?, Bianca se perguntou. - Mas ele não pode fazer nada enquanto dorme, sabe?

Harry reprimiu uma risada. Sirius nascera com ótimo senso de humor.

–Sim, sei. Agora, para a Grifinória. Tenho mais coisas para fazer.

Os Potter & Black mais velhos deixaram o escritório e Dumbledore chamou:

–Senhorita, senhor Potter, podem sair de baixo da mesa, por favor?

–Como sabe o meu nome, senhor?

–Seus cabelos. E estou errado ao supor que sua mãe será Lily Evans?

–Não, não está – Bianca respondeu, rindo.

–E a senhorita… no futuro será a filha de Sirius Black?

–E de Remus Lupin – ela completou e o diretor ergueu as sobrancelhas.

–O que fazem aqui?

Antes de responder, Bianca fitou as estantes cheias de fotos. A última – portanto mais recente – tinha uma legenda que indicava: sétimo ano de 1974.

–74? - ela se perguntou. - Estamos em 1975?

–Sim, senhorita. De que ano vieram?

–De 1995, senhor.

–E têm algum propósito?

–Não – Harry respondeu. - O Dumbledore de nosso tempo nos mandou para cá, por acidente, acredito.

–Sendo assim, devo prevenir-lhes de que não podem fazer nada que altere o futuro. Não podem ser vistos. Têm sorte de justamente seus pais não os viram. Podem ocupar a Sala Precisa – ele deu uma pancadinha com a varinha na cabeça de cada um. - Agora que já estão desiludidos, podem ir.

–Até quando ficamos lá? - o moreno questionou.

–Até eu encontrar uma maneira de mandá-los de volta.

A dupla saiu e caminhou até a sala, que estava decorada como um grande apartamento, com dois quartos, cozinha, sala de estar e banheiro.

–É isso – Bianca se sentou no sofá enquanto o Feitiço de Desilusão se desfazia. - Lar, doce lar.

–É. Lar, doce lar – o garoto se deitou com a cabeça no colo dela.

ENQUANTO ISSO, EM 1995…

–Hey Jorge, você viu a Bianca?

–Não, cara. Desculpe.

Fred estava procurando Bianca por toda a parte. Estranho, o garoto pensou. Ela sumiu de uma hora para outra. Pensando bem, ela sempre faz isso. E sempre demora para voltar. Já faziam cinco anos, e os sumiços de Bianca se banalizaram, mas Fred procurava pela namorada mesmo assim. Enquanto ia para a aula de Herbologia, encontrou o professor Snape e perguntou:

–Professor, você viu a Bianca?

–Não, desculpe, senhor Weasley, mas se o senhor não sabe onde ela está, quem há de saber?


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