Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 44
He is the Survivor


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Taah e Jonay Fanfics pelos comentários do cap. anterior!



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Harry e Draco coraram de imediato, hesitando ao ver que Bianca e Fred estavam na sala, que decidiram deixar que os amigos curtissem a sala precisa a sós, já que eles podiam usar o salão comunal da casa, de qualquer forma. Assim que o ruivo e a morena saíram, o loiro e o moreno se abraçaram de novo e deitaram-se no canapé. O sonserino queria fazer com que o grifinório relaxasse, pois o garoto desconfiava que Bianca estava escondendo algo.

–Quando é que ela não esconde nada? - o loiro riu quando o amigo lhe contou a história.

–Tem razão…

–Vem aqui, você precisa de uma distração.

E foi assim que o casal chegou a sala precisa, agora desocupada e a “quebra de clima” causada pela presença de Fred e Bianca foi resolvida.

**********

–Pelo amor de Merlim, Alvo – Severo protestou. - Você mandou Bianca trazer aquele garoto para cá sem nem dizer o porquê. Está cegando-a, criando-a como um porco para o abate (N.A: não resisti).

–A forma como fala de Bianca me lembra a maneira como falava de outra pessoa.

–Lily – Severo disse, sério.

–Ainda pensa nela, depois de todo esse tempo?

–Sempre (N.A: não resisti de novo).

–Você quer respostas para dar a Bianca, aqui está a forma de obtê-las: consiga as memórias de Lorde Voldemort de 1974.

O pocionista saiu da sala, pensando em como enganaria o maior bruxo das trevas. As poções eram sua única vantagem. Saiu pelo portão dos fundos e aparatou para a mansão dos Malfoy. Por sorte, Lucius tinha um estoque bem abastecido de loções e não foi difícil pedir a um elfo para pingar duas gotas de Veritasserum no chá do Lorde.

–Senhor posso fazer algumas perguntas? - pediu quando o encontrou. Não esperou resposta. - O que fez em 1974?

–Encontrei Jonay Sanchez e o ataquei, tornando-o paraplégico.

–Porquê?

–Porque ele é o Sobrevivente.

Todos achavam que o Sobrevivente da profecia era Harry, Severo pensou, mas pelo visto, estavam errados. Mas se Harry não era o Menino-Que-Sobreviveu, então…

–Porque atacou os Potter? - Severo perguntou, tentando esconder a raiva.

–Para encobrir o que fiz antes. Se todos pensam que Harry Potter é o Sobrevivente, Jonay chegará a morrer sem saber que é bruxo, portanto, eu sobreviverei.

–Mas a Menina Amaldiçoada também está na profecia, e é dita como muito mais poderosa do que o Sobrevivente.

–Sim, mas tenho meus planos para ela.

Severo assentiu. - Se me permite, Lorde, preciso resolver algumas coisas.

O homem desaparatou de volta a escola, depositou a conversa em uma penseira e deixou um bilhete para o diretor: espero que faça bom proveito.

Dumbledore realmente desfrutou do material trazido por Severo. Suas suspeitas se confirmaram. Voldemort fez com que Jonay esquecesse que era bruxo, portanto, seus poderes não se desenvolveram e ele não recebeu sua carta aos onze anos. O diretor caminhou por seu escritório. Como contar a Bianca? Devia confiar mais esta tarefa a Severo? Como provar ao mundo bruxo que o verdadeiro Menino-Que-Sobreviveu passou a vida toda como trouxa na Espanha e que o lendário Harry Potter era apenas um garoto que teve seus pais mortos pelo Lorde das Trevas?

–A profecia diz que a menina será muito mais importante do que o garoto no combate – disse a pintura de Fineus Black —, o que quer dizer que talvez Jonay não lute diretamente contra Voldemort, apenas ajude Bianca. Já o garoto Potter, este serve a menina como um soldado dos mais leais. Não duvido nada de que quando o Lorde das Trevas estiver cara a cara com a jovenzinha, Harry estará ao lado dela, empunhando sua varinha corajosamente, pronto para lutar até a morte ao lado da amiga… - sua voz assumiu um tom sonhador.

–Certo Fineus, e que sugere que eu faça?

–Cuide dos três, e então, talvez consigamos passar pela guerra sem grandes perdas.

–Obrigado pelos conselhos.

–Disponha, Alvo.

O diretor pediu que chamassem Bianca a sua sala e lhe mandou olhar a penseira. A menina caminhou até o objeto receosa, pois não sabia o que ali veria.

Tudo se tornou um borrão de sombras, mas que logo se dissiparam e ela se viu no corredor da casa dos Malfoy, Voldemort e Severo conversavam.

Senhor posso fazer algumas perguntas? - pediu o professor. - O que fez em 1974?

–Encontrei Jonay Sanchez e o ataquei, tornando-o paraplégico.

–Porquê?

–Porque ele é o Sobrevivente.

Porque atacou os Potter?

–Para encobrir o que fiz antes. Se todos pensam que Harry Potter é o Sobrevivente, Jonay chegará a morrer sem saber que é bruxo, portanto, eu sobreviverei.

–Mas a Menina Amaldiçoada também está na profecia, e é dita como muito mais poderosa do que o Sobrevivente.

–Sim, mas tenho meus planos para ela.

–Acho que agora tudo faz mais sentido, não é, senhorita? - Dumbledore disse amavelmente.

–Sim senhor, mas o que eu posso fazer com isso?

O diretor sorriu largamente, como se fosse óbvio. E era.

–Devo… contar tudo para eles? De uma vez só?

Quando for falar com o sr. Potter, sugiro que anemize a parte que diz que o assassinato dos pais dele foi apenas um ardil.

–Entendi senhor. Obrigada pelas respostas.

Bianca saiu, a caminho do quarto de Jonay. Ao vê-la, Severo não pôde deixar de notar que carregava um brilho diferente nos olhos. Ela não tinha mais medo do que podia acontecer se Dumbledore fosse embora de Hogwarts de novo, porque tinha as respostas das quais precisava.

Chegando aos aposentos do menino, Bianca bateu à porta e chamou:

–Hey, posso entrar?

–Entra – disse o garoto, abrindo a porta de um quarto perfeitamente arrumado.

–Wow! - disse a menina observando a cama feita, as prateleiras com os poucos pertences e o pequeno armário no canto. - Como consegue manter a ordem?

–É uma das vantagens de não ter colega de quarto – ele riu.- O que a traz aqui?

–Eu finalmente descobri qual é a sua “utilidade para o mundo bruxo” - ela fez aspas no ar. - Eu vou explicar tudo do começo. Há uma profecia que diz que o sobrevivente e a Menina Amaldiçoada enfrentarão o Lorde das Trevas…

–Sim, eu sei, Dumbledore me falou disso e disse que a menina era você.

–E o menino é você – ela disse, tentando soar calma. -Bom, o que eu tinha a dizer era só isso mesmo. Já vou indo…

–Espere – o rapaz a chamou. - A profecia diz que nós enfrentaremos Voldemort, o que quer dizer que podemos perder ou ganhar…

Bianca então se tocou que tudo era muito recente para Jonay. A vila onde ele morou por vinte e um anos era calma, e agora ele era a peça-chave de uma guerra. O garoto não estava preparado como ela.

–Você já deve ter visto notícias sobre guerras trouxas no jornal – ela falou. Ele assentiu. - É quase a mesma coisa, só que você está no meio da batalha e lutará para defender o seu lado.

Jonay assentiu novamente e a menina deixou o quarto. Agora vinha a parte mais difícil. Contar a Harry que ele não era o Menino-Que-Sobreviveu. O moreno estava no salão comunal da Grifinória, ajudando Fred e Jorge a entregar alguns pedidos.

–Harry, tem um minuto? - ela pediu baixinho.

O garoto fez que sim com a cabeça e a seguiu até o dormitório das quartanistas. Bianca se sentou na cama e respirou fundo. Era muito difícil juntar as palavras, formar as frases e dizê-las. Qual seria a reação de Harry? Ele choraria? Xingaria Voldemort de todos os nomes que conhecia? Partiria para atacá-lo? Por fim, Bianca desistiu de pensar e disse, simplesmente:

–Você não é o garoto da profecia.

–Hã? Se não sou eu, quem é?

–Jonay.

–Como assim?

Ela explicou o plano de Voldemort, mas se esqueceu do que Dumbledore dissera: quando for falar com o sr. Potter, sugiro que anemize a parte que diz que o assassinato dos pais dele foi apenas um ardil. Ao ouvir tais palavras, o menino só pôde pensar em uma coisa: meus pais morreram por nada. Eu não tenho valor algum. Sem que ele evitasse, as lágrimas escorreram, e ele se atirou nos braços de Bianca, balbuciando algo sobre matar o Lorde da forma mais lenta, violenta e fria possível.

Juntando coragem, o menino se levantou e fungou, limpando o rosto. Saiu da torre sem que ninguém notasse seus olhos inchados e faces coradas, exceto uma pessoa, que ao vê-lo, segurou seu antebraço com força e girou-o até que ficassem face a face. Era Draco.

–Quem fez você chorar? - perguntou o sonserino., afagando o rosto do grifinório.

–A verdade, Dr-draco – ele soluçou. - Dumbledore mente para mim desde o primeiro ano. Eu não sou nada, eu não sou ninguém…

–Você é Harry Potter, o Menino-Que-Sobreviveu, Aquele-Que-Derrotou-Voldemort!

–Não Draco. Era isso que Dumbledore escondia de mim. O verdadeiro Menino-Que-Sobreviveu é Jonay.

–Espere um momento… as pessoas só acham que você é o Menino-Que-Sobreviveu porque carrega a cicatriz, que seria um sinal de que você resistiu a um Avada Kedavra. Se você não sobreviveu, não foi atacado, então… não faz sentido.

–Eu sei, cara. Algum dia, vou achar uma razão para isso – Harry gesticulou sua testa. - Darei uma razão para a morte dos meus pais. Uma que não seja eu mesmo.

Draco assentiu, acariciando os cabelos dele. - Mas é um motivo bonito. Dar a vida pelo único filho.

–Eu nunca quero ter filhos – Harry encarou o chão.

–Porque?

–Porque nunca tive pais. Não saberia como amar um filho dessa forma nem que me pagassem para isso.

–Seu tio pode nunca ter sido um pai decente, mas Sirius e Remus com certeza o são. Basta amar como eles o amam.

Antes de amar uma criança como Sirius e Remus me amam, quero amar alguém da mesma forma que amo você, ele pensou, encarando o amigo.

–Está tudo bem, Harry? -Draco perguntou, fitando-o. - Está vermelho como um tomate.

–Hoje mais cedo, na sala precisa, quando a gente se beijou, você disse que eu precisava de uma distração – disse Harry, voltando a cor normal. - Para você foi só isso? Uma distração?

–Não – ele negou, rindo. - Você nunca será só uma distração para mim, Harry Potter.

O loiro puxou o moreno e o beijou com intensidade e carinho, correndo os dedos por seus cabelos rebeldes, enquanto Harry arruinava seu penteado perfeito e o empurrava contra a parede, apertando o abraço.

Um rápido flash os assustou e uma risadinha familiar fez com que Draco se soltasse de Harry e corresse alguns metros até Pansy Parkinson, que saltitava pelo corredor com uma máquina fotográfica nas mãos.

–Apague a foto! - o rapaz exigiu.

–Porque? - ela gargalhou. - Está com medo de eu mandar isso para o seu pai? Fique tranquilo, Draco, não vou mandar para ele. Tinha pensado em outra pessoa, Rita Skeeter, talvez. A manchete vai ficar legal. “Draco Malfoy, arrasador de corações. Primeiro a prima, agora Harry Potter.” O que acha?

Draco franziu a testa e esticou a mão em direção à câmera, mas Pansy foi mais rápida e o deteve, dizendo:

–Isso é por se agarrar com a Black mestiça na minha frente, Draco – e saiu, deixando Draco sem ação.

Como Pansy sabia que Bianca era mestiça? O teste de sangue! Narcisa teria contado às amigas que Sirius se relacionara com uma trouxa? Bianca disse que não se importa, Draco pensou. Então posso voltar ao que me interessa. Ele se virou e Harry estava no mesmo lugar, com a mão estendida.

–Onde paramos? - o moreno convidou.

–Acho que estávamos nos beijando…


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