Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 34
The weight of a crown


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Obrigada a Jonay Fanfics pelo comentário - só ele? A fanfic está tão ruim assim gente?
Enfim, obrigada a todos vocês pelos 56 comentários, 30 acompanhamentos, 5 favoritos, 2 recomendações e 2.996 acessos (#rumoaos3000) e não, a fanfic não está acabando, eu só estou agradecendo mesmo.



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–Dessa vez foi quase – disse Narcisa, balançando a taça de uísque de fogo – mas escreva o que digo, Bella. Antes do mês terminar, descobriremos a verdade sobre a mãe da menina.

–Porque essa fixação sobre a mãe da Bianca? - questionou Draco.

–Porque Sirius nunca se casou – disse Bellatrix, irônica como se o menino devesse saber isso – e de repente, ele aparece com uma filha! Ela pode ser resultado de um caso de uma noite, mas e se for um caso de uma noite com uma trouxa? A família Black perderia o prestígio dentre as 28 puros-sangues.

–Porque se importam? - ele rebateu. - Não são mais Blacks!

–O que minha tia Walburga diria se soubesse que uma trouxa interferiu na linhagem pura da família? - disse Narcisa, dramática.

–Não sei porque, mas acho que ela já sabe – Draco refletiu. - Se não se importam, tenho dever para fazer.

Enquanto subia as escadas para seu quarto, o loiro ouviu as irmãs cochicharem mais sobre como descobrir quem era a mãe da Black mais jovem, então Bellatrix deu a ideia de chamarem-nos novamente para jantar na semana seguinte, e Draco bem sabia que Bianca não tinha nenhuma peça de roupa “sonserina” além do vestido usado na véspera – certamente arranjado às pressas -, então ele teve a brilhante ideia de lhe mandar alguma coisa para que fosse usada na próxima vez.

A menina Black lhe respondera, agradecendo pelo vestido enviado e Draco sorriu consigo mesmo. Os Black/Malfoy/Lestrange eram difíceis para serem suportados apenas por Draco, mas se Bianca se dispusesse, se conseguisse, ajudá-lo a carregar esse fardo, ele faria de tudo para agradá-la.

Desde aquele jantar, Bianca sabia que a família era como uma coroa pesada que ela tinha de usar, mas o peso da coroa poderia machucar sua cabeça, e Draco estava se dispondo a revezar, a usar a coroa com ela. Seria uma boa metáfora usar uma tiara no próximo jantar com os Malfoy.

De volta a Hogwarts, Bianca matava um tempo na sala de Severo.

–Fiquei sabendo que você e seu pai jantaram com os Malfoy. Como foi? - ele perguntou.

–Horrível. Como soube?

Ele ergueu a manga da veste, expondo a Marca Negra, e Bianca entendeu. Dentro daquela sociedade, não haviam segredos. Pelo menos não de Comensal para Comensal. Então a ficha caiu: Severo sabia que Elis era trouxa. Se ele fosse descuidado,aquilo que ela e Sirius tanto lutaram para esconder, estaria disponível para Narcisa, Bellatrix e Voldemort.

–Sei no que está pensando – disse o professor, acalmando-a. - Sou cuidadoso no que diz respeito aos meus pensamentos, o tempo todo.

Ela suspirou aliviada e saiu da sala. Era hora do café da manhã, e enquanto Bianca adentrava o salão principal, Draco foi até ela e lhe pediu para comer na mesa da Sonserina, porque precisava falar-lhe urgentemente.

–Para a comunidade bruxa em geral, Sirius e minha mãe eram como irmãos, então nós somos como primos para eles. Temos de andar um pouco mais juntos, principalmente depois dessa reaproximação entre eles.

–Eu não posso andar colada em você, sabe disso, não sabe?

–Sei… mas é só um pouquinho. Os filhos das amigas da minha mãe já devem estar sabendo disso…

–Tudo bem, Malfoy, mas fique sabendo que se começarem a me chamar de “senhorita Malfoy” ou qualquer coisa assim, azaro você.

O loiro assentiu e a menina se sentou para comer, sendo apresentada a Pansy Parkinson, Astória Greengrass – duas meninas detestáveis -, Blásio Zabini e Theodore Nott – garotos legais – e alguns outros sonserinos.

******

Jonay andava displicente pelos corredores e ao passar pela sala de Umbridge, ouviu-a dizer:

–Sim ministro, eu sabia que Severo trocaria os frascos e a faria beber o sonífero… Eu tive de puni-la, senhor. Ela e Potter disseram asneiras sobre o Mestre na sala de aula, o que esperava que eu fizesse? Eles se organizaram contra mim e Dumbledore os protegeu! Precisa se livrar dele!… sim, a menina Black… um dia porei as mãos nela e…

O garoto rumou para a biblioteca o mais rápido que podia, Hermione precisava saber daquilo. Ela não estava lá, devia estar no salão comunal de sua casa. De que casa ela era? Ah, sim, Grifinória. Seguindo as indicações de transeuntes ocasionais, chegou à porta, o quadro de uma dama obesa, que lhe pediu a senha. Antes que ele pudesse hesitar, mostrar que não era dali, um menino atrás dele disse:

–Sapa Velha.

A mulher sorriu e os deixou entrar. Jonay riu ao passar pelo buraco. - A Mulher Gorda é uma piadista – disse o garoto que o ajudara a entrar.

Hermione estava com os cabelos trançados e mergulhada em um livro.

–Atrapalho?

–Não, de forma alguma – ela pôs o volume de lado. - A que devo a visita?

–Preciso falar sobre a Sapa Velha. Podemos reunir o pessoal agora?

–É pra já.

Em segundos, os membros da frente contra Umbridge – eles precisavam urgentemente de um nome – estavam reunidos na Sala Precisa. Jonay contou sua história e Bianca disse, espantada:

–Eu sei o que fazer!

–O que é? - perguntou Hermione.

–Por ora não posso contar, mas lhes garanto que Dumbledore não sairá da escola – e saiu da sala.

Precisava falar com Sirius. Não podia deixar que Dumbledore fosse embora. Ele sabia mais sobre a profecia do que qualquer outro. Voltando a sala da Grifinória, ela pegou o espelho especial no retrato de Godric e pediu por seu pai.

–Pai, o ministro é um Comensal – informou.

–Não duvido nada… que provas tem?

Ela repetiu a história que ouvira de Jonay, fazendo o pai assentir.

–Umbridge quer tirar Dumbledore de Hogwarts.

–Sim, e mais do que nunca, eu preciso dele aqui.

O Black ergueu uma sobrancelha, mas deixou essa passar. No fundo sentia que a filha escondia algo, mas sabia que independente do que fosse, era assunto da Ordem, entre ela e Dumbledore. Isso o irritava, desde que criara o primeiro rascunho deformado dessa teoria. Despediu-se da filha e devolvendo-o à gaveta onde o guardava, esfregou as têmporas com força, abatido. Remus se aproximou do namorado e abraçando-o por trás, disse:

–O que aconteceu?

–Bianca esconde algo… - ele chorou – assuntos da Ordem.

–Sirius, ela foi capaz de ingressar na Ordem aos onze anos, sem nenhum conhecimento mágico. Pode levar um segredo até o túmulo. Não importa quanto a pressione, ela não vai falar.

–Eu sei – ele gemeu. - E essa é a pior parte, saber que não posso ajudá-la porque não sei do que se trata.

–Quando ela precisar, vai pedir ajuda. Já pediu, até. O que ela quer?

–Precisa que eu impeça a demissão de Dumbledore, mas não sei como.

–Você é o auror mais influente. Use isso.

–Obrigado.

*********

Furiosa, Bianca marchou para a sala de Severo.

–Porque não me disse nada? - ela disse.

–Do quê está falando?

–Umbridge é uma Comensal! Está do lado dele! Quer me pegar!

–Depois de dois anos, ainda não confia em mim? - ele sorriu afetuosamente. - Não acredita que eu sempre estarei ao seu lado para te proteger? Já não demonstrei isso com Regulus?

Bianca respirou pesadamente três vezes. Severo já provara que faria tudo para mandá-la de volta para casa em segurança.

–Certo, desculpe-me, só…

–Está confusa, eu sei. Depois de tudo o que passou, é previsível que teime em confiar, mas uma hora, Voldemort estará na sua porta para te atacar, e quando ele chegar, você tem de ter aliados aos quais confia sua vida.

Ela assentiu. Sabia que confiava plenamente em Harry, Fred e Draco, mas será que na hora mais difícil, eles estariam ao lado dela?

–Claro que estarão – disse Severo relaxado. - Mas será que eles se sacrificariam por você?

Ela saiu da sala, querendo evitar a questão. Não queria cair na tentação de pressionar os meninos, já estava difícil demais sem isso.


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