Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 33
Introduction to the Blacks


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Eu não postei ontem porque tive poucas ideias e o cap. ia ficar muito curto, mas sabem da melhor? EU JÁ ESTOU DE FÉRIAS!!!!!! Então vou postar bastante este mês. Obrigada a Taah pelo comentário do cap. anterior - só ela? #chateada.
Ao capítulo!



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Fred, Jorge, Bianca e Hermione estavam com os ouvidos colados na porta da sala de Dumbledore, ouvindo Umbridge aos berros, cacarejando sobre “alunas terroristas que haviam infligido-lhe uma mutilação totalmente imoral”.

–Profa. Umbridge – disse o diretor, calmamente -, pelo que percebi andando pelo castelo, alguns alunos têm cicatrizes como a sua, e segundo a opinião de todos eles, as conseguiram em detenções com a senhora.

–Eles mereceram! - ela protestou. - Me desrespeitaram!

–Isso não é motivo para obrigá-los a mutilar as próprias mãos. Se não se importa, professora, tenho mais coisas para fazer.

A coisa vai ficar feia para você, Dumbledore – a mulher rosnou ao sair.

E tapando as bocas para as gargalhadas não escaparem, os quatro observaram a professora rebolar como um pato (N.A: eu não sei se patos rebolam, eu coloquei assim porque me deu vontade) em direção a sua sala.

–Srta. Black? - Dumbledore chamou de dentro do escritório. - Você e seus amigos, tenham a bondade de vir até aqui, sim?

Engoliram em seco e entraram na sala. O diretor tirou da gaveta a pena que fora comprada em Hogsmeade. Sorrindo, o homem a colocou na mesa e disse:

–Esqueceram de retirar o logo da Zonko's, crianças.

–Não está bravo conosco? - Hermione perguntou.

–O que fizeram foi errado, mas justo. A profa. Umbridge aprendeu a lição. Agora, não repitam isso. Deixem esse tipo de atitude para a Sapa Velha – ele os fez rir.

Eles saíram e foram para a Grifinória. No final de semana, Sirius tinha uma surpresa para Harry.

–Seu pai herdou isso de seu avô e me disse para te entregar. Era para ter feito antes, mas com tantas coisas em que pensar, acabei esquecendo. Enfim, aqui está.

Era uma capa cinza bonita. Harry não entendeu o que ela tinha de especial, mas assim que ele a vestiu, seu corpo ficou invisível.

–Incrível!

Sirius riu enquanto o afilhado se cobriu totalmente e caminhou pela casa, em direção ao quarto de Bianca. Antes de qualquer outro fato, Sirius já sabia o que o menino ia aprontar, uma travessura digna dos Marotos. Finalmente o garoto ia conhecer o que seu pai havia sido.

Recuperada do susto que Harry lhe dera, com os cabelos castanhos presos em um coque e deitada em sua enorme cama, Bianca tentava escrever no caderno – afinal alguém que vai enfrentar Lorde Voldemort tem que escrever uma biografia, não é mesmo? -, mas nada lhe vinha a cabeça, até que se lembrou da cicatriz em sua mão e daquela que Umbridge tinha – graças a ela.

Eu tenho uma cicatriz. Não é de um ferimento de batalha nem nada disso, mas pode ser o início de uma revolução em breve. A nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, Dolores Umbridge, ou Vaca Rosa, ou Sapa Velha, o que for mais conveniente, tem a irritante mania de mandar os alunos em detenção tatuarem frases nas costas das mãos. No meu caso, está escrito Não Devo Contar Mentiras, assim como na de Harry. E não somos apenas nós que as temos. Os gêmeos Weasley, Hermione e vários outros alunos também têm. Acabou que nós do MBWP 2, Mione, Jonay e alguns primeiranistas formamos a primeira frente contra a Umbridge – ainda não temos um nome, mas é só questão de tempo. Não falei nada sobre a cicatriz para Sev, tenho medo de que ele mate a Sapa Velha, e eu quero estar lá para fazer isso, não posso deixar que alguém tome meu lugar. Certo, sou contra esse tipo de coisa, mas quando a Vaca Rosa cair, eu estarei lá para assistir de camarote – ou talvez eu mesma tenha proporcionado a queda dela.

–Para quem não ia escrever nada, até que saiu bastante coisa – ela disse, orgulhosa de si mesma.

–Bianca! - Sirius chamou do andar inferior.

A menina quicou escada abaixo e encontrou o pai jogado em uma poltrona, com a expressão abatida, esfregando a testa franzida enquanto Monstro lhe trazia chá.

–Eu e você vamos jantar fora esta noite. Na casa de minha prima.

–Que prima?

–Narcisa Malfoy.

–Você e a mãe de Draco são primos?

–Somos – ele admitiu, como se tivesse vergonha de ser associado a ela. - Tentei evitar qualquer tipo de contato desde os dezesseis anos, mas infelizmente ela descobriu sobre você e quer que eu as apresente, como se fosse introduzi-la oficialmente à família.

–Porque não inventa uma desculpa?

–Porque ela saberia – ele gesticulou vagamente para a cozinha, onde Monstro estava -, e então viria até aqui. Mas é melhor evitar que Harry os encontre, entende?

–Comensais? - a menina perguntou baixinho, quase sem som.

–Sim, ela, o marido Lucius, o cunhado Rodolphus e a irmã, Bellatrix. Essa última você já conheceu.

Bianca assentiu e disse que ia se aprontar. Em seu guarda-roupas, a maioria das peças eram vermelhas, douradas, ou pretas, mas ela supôs que seria melhor não usar nada muito grifinório em um jantar de família sonserina. Como não havia opções, Sirius tirou um vestido do closet de Walburga. Por sorte, as traças não haviam atacado-o, portanto, podia ser usado. Era lindo, verde-escuro, até os joelhos, com uma faixa preta na cintura. Bianca calçou sapatilhas brancas e colocou um medalhão dos Black no pescoço.

–Antes de irmos, enho mais uma coisa para falar – disse Sirius. - Você se lembra das histórias de que gostava quando criança? A Bela Adormecida e tudo o mais? - a menina fez que sim. - Não precisa temê-los, basta enxergá-los como uma família real, e você é a mais nova princesa. Draco e eu estaremos lá para ajudá-la.

Ela assentiu e aparataram. A mansão dos Malfoy era tão bonita quanto a dos Black, embora Bianca preferisse mil vezes mais sua casa do que aquela fazenda afastada de tudo e de todos. Ao chegarem na varanda, foram recebidos por Dobby, um elfo doméstico simpático, que os levou até a sala de estar, onde encontraram Draco, que sem pensar duas vezes, jogou-se nos braços da melhor amiga.

–Oi – ela suspirou.

–Vai ser tão legal ter vocês por perto. Geralmente aqueles quatro são insuportáveis.

Sirius sorriu para o filho da prima. Com treze anos, Narcisa já estava noiva e já estava meio metida com os Comensais, portanto, ele não a aguentava. Quando soube que ela havia se casado com um do Círculo Íntimo e que eles iam ter um filho, achou que o menino seria tão ruim – ou até pior - quanto os pais, mas Draco se revelara um bom garoto.

Narcisa chegou na sala e cumprimentou o primo com alegria falsa, e Bianca não pôde negar que a mulher Malfoy era boa atriz quando recebeu dois beijos nas bochechas e foi coberta de elogios sobre seu vestido.

Lucius recepcionou os convidados de forma mais polida, mas mesmo assim, despertou a desconfiança de Bianca, assim como Rodolphus.

Quando chegou a vez de Bellatrix, Bianca deu meio passo atrás e Sirius e Draco se enrijeceram minimamente, as mãos nos bolsos das varinhas.

Sentaram-se para tomar chá e esperar o jantar ficar pronto. Rodolphus, Lucius e Sirius conversavam sobre o mercado financeiro bruxo - que ia bem para o Black, mas nem tanto para o Malfoy e o Lestrange – enquanto Bellatrix e Narcisa perguntavam a Bianca sobre sua mãe misteriosa. A menina queria evitar esse assunto a todo custo, já que sabia que seria linchada pelas duas quando soubessem que Elis era trouxa, mas antes que Bellatrix pudesse de fato fazer a temida pergunta, a refeição foi servida.

Depois de três anos vivendo no mundo bruxo, Bianca aprendeu uma valiosa lição: na hora de comer, apenas coma. Não pergunte nada, portanto, apenas elogiou os pratos que lhe eram trazidos, como todos estavam fazendo. Sem nenhuma pergunta.

Quando a refeição em si acabou, Narcisa ordenou que fosse servido uísque de fogo, ela e Bellatrix planejavam fazer Sirius soltar a língua com um pouco de álcool, então Draco percebeu um olhar enviesado do homem, que lhe dizia para levar Bianca para outro lugar. Draco convidou Bianca para irem até o jardim, enquanto Bellatrix e Narcisa bombardeavam Sirius de perguntas e álcool.

–Logo elas vão descobrir que você é mestiça e vão começar a gritar – disse o loiro. - Pode apostar.

A menina deu uma risadinha. Por mais que ela soubesse com quem estava lidando na cozinha, achara legal a comparação que seu pai fizera. Os Black eram uma família real, e ela era uma princesa. Sem falar que Draco tinha uma postura de príncipe, talvez Narcisa e Lucius o tivessem criado para que se parecesse com um.

Mas é claro, a menina pensou, irônica. Draco herdará toda a fortuna Malfoy. Se ele se comportasse como um plebeu qualquer, como os das histórias, nenhuma mulher iria querê-lo.

–Você e seu pai foram muito corajosos ao virem aqui hoje, ainda mais depois de tudo o que aconteceu no passado dos Black, e depois do que tia Bella fez a vocês... obrigado.

–Não há de quê – ela sorriu. - É melhor vir até aqui do que elas irem até lá.

–Como assim?

–Imagina se elas descobrem que Sirius Black, um sangue-puro legítimo está em um relacionamento sério com um lobisomem- ela disse, com falso tom de espanto, causando-lhes risos. E ainda que Harry Potter, aquele que derrotou o Lorde delas, mora conosco, pensou, rindo consigo.

Num ato de solidariedade que Draco jamais contemplara antes, Lucius e Rodolphus traziam Sirius pelos braços, em direção aos meninos.

–Tivemos de tirá-lo de lá – explicou Rodolphus. - Bella e Ciça iam matá-lo se não o fizéssemos.

Bianca agradeceu e se agarrou ao casaco do pai. Em segundos os quatro estavam na porta da casa doze do largo Grimmauld e Bianca disse que dali em diante, conseguia lidar sozinha. Assim que Lestrange e Malfoy desaparataram, Bianca atirou algumas pedrinhas na janela de Remus, pedindo para que ele descesse e carregasse Sirius com ela, o que fez com prazer.

A Black tirou o vestido e o colar, descalçou as sapatilhas, colocou um pijama e se deitou na cama, com esperança de escrever mais um pouco no caderno – ou diário, o que quer que fosse aquilo.

Jantei na casa de Narcisa Malfoy, uma prima de meu pai. Ela tem uma irmã, Bellatrix – que eu conheço muito bem, Cruciatus à parte -, e temos também Lucius, o pai de Draco e Rodolphus Lestrange, o marido de Bellatrix. Papai me disse para não ter medo deles – mesmo que eu saiba que são Comensais do Círculo Íntimo -, e que devo vê-los como uma família real. Não posso negar que achei divertida toda essa história de “realeza por uma noite”, mas sangue-puro à parte, observando como Bellatrix e Narcisa agiram em conjunto hoje, quase fiquei triste por não ter tido uma irmã. Não sei porque, mas gosto da minha vida com poucas mulheres por perto, sou muito feliz com “meus homens”, papai, padrinho, Sev, Harry, Draco, Fred e tal. Talvez, depois de tanto tempo tendo só a Mione e a Gina como amigas – e olhe lá, nem somos tão íntimas assim -, não consiga deixar que outras mulheres se aproximem muito de mim.

Colocando o diário e a caneta de lado, Bianca adormeceu. No dia seguinte, receberam uma carta de Draco, além de um pacote.

Bianca e Sirius,

É muito provável que o convite se repita na semana que vem, e minha mãe e minha tia acharão estranho se Bianca usar o mesmo vestido. No pacote tem um, que peguei de tia Bella escondido. Façam bom proveito.

Bianca abriu a caixa, que continha um belo vestido azul-marinho longo.

–Me parece um pouco longo para você – disse Sirius. - Vou mandar Madame Malkin ajustar. Monstro!

Enquanto Sirius dizia ao elfo o que fazer, Bianca escrevia uma resposta para Draco, agradecendo pelo vestido.


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