Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 114
Mistery of flowers


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Juliana Sato pelo review do cap anterior



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       Obrigado pela sinceridade. Parto hoje. Espero reencontrá-la algum dia.

       As palavras de despedida foram reconfortantes, libertadoras. Jonay já devia estar longe, e agora Hermione só tinha de preocupar-se consigo e seu bebê.

       -Já escolheu um nome? - perguntou Bianca, trazendo cobertor e torradas para a amiga.

       -Não sei, estou pensando em Marcellus ou Marcella.

       -Filho do guerreiro? - questionou Fred, sentando-se com elas.  -Vai morar conosco Mione?

       -Eu vou? - ela perguntou para Bianca, os olhos brilhantes.

       Bianca assentiu, recebendo um abraço da amiga chorosa. Exibiu também algumas cartas, dizendo quais eram de quem.

       Hermione recebera uma carta da Universidade do Ministério, dizendo que seu pedido para entrar no curso de Transfiguração fora aceito – e requerido por Bianca Lupin-Black, usando como justificativa “Tribulações causadas por gravidez inesperada, que não atrapalhará o rendimento da srta. Granger.

       -Obrigada! - ela a abraçou novamente – Bianca, eu te devo tanto… não tenho como pagá-la.

       A morena sacudiu a cabeça, dizendo que pagamentos não eram necessários e aparatou para o largo Grimmauld, onde planejaria o casamento dos pais. Assim que passou pela porta, uma dama da noite surgiu, enroscada a seus pés, mas ela não deu atenção. Abraçou e cumprimentou Sirius, Remus e Teddy e foi para o gabinete, onde poderia trabalhar em paz.

       Munida de vários papéis, penas, e telefone, decidiu que James e Lily seriam os padrinhos, Teddy levaria as alianças e ela cantaria. No dia seguinte, haveria a prova de roupas na Madame Malkin. Até que foi fácil, pensou, com um sorrisinho orgulhoso. Antes de deixar a sala, pensou na flor presa em seu tornozelo na entrada. Há tempos não a via, achava que a infestação de damas da noite na casa fora um incidente isolado, mas talvez houvesse uma ligação entre a presença dela no largo e flores invocadas do nada, talvez a teoria de Remus explicasse isso.

       -Pai! - saiu gritando. - Papai!

       -Quem você quer? - Sirius resmungou em resposta.

       -Remus!

       -Biblioteca.

       Ela correu para lá, arrancando do homem um suspiro cansado e brincalhão.

       -O que foi? Outra punhalada?

       -Não, nada disso – ela revirou os olhos -, a teoria da semana passada…

       Ele se endireitou na poltrona, dando-lhe espaço para sentar-se.

       -De início, pensei que fosse um presente de Fred, mas quando atingimos a fase “catástrofe” disso tudo,  imaginei que fosse uma armadilha, que o cheiro fosse tóxico, mas após alguns estudos, conclui que não há nada errado com o aroma, apesar de Teddy ser alérgico. Agora acho que tem a ver com você, porque se você vem, as flores aparecem.

       -Faz sentido – ela analisou as pétalas brancas grudadas em sua perna. - Ah, não deixe Sirius esquecer: amanhã, prova de roupas na Madame Malkin. Vocês e Teddy.

       Ele assentiu, garantindo que estariam lá na hora certa. Ela foi até Sirius, que lia na sala de estar. Sentou-se a seus pés como uma garotinha sorridente.

       -Minha menina… - ele acariciou-lhe os cabelos – quando cresceu tanto?

       -Já falamos sobre isso, é o efeito do tempo.

       Com um risinho, ela se despediu e partiu. Foi recebida com um abraço de Fred e a euforia de Hermione com um exame em mãos. Era sobre o bebê, que seria uma menina. Bianca queria, de verdade, dar atenção à amiga, mas estava com a mente ocupada pelas flores caídas sob seus tênis, cada uma com uma das pétalas ressacada, no formato exato das manchas no jeans.

       Puxou um pergaminho, e forçando a mente ao máximo, escreveu: São as pétalas, onde eu as levar, as flores surgirão. Mais três para estudar. Ouviu as vozes distantes de Fred e Hermione, debatendo nomes para a criança.

       -Vou ao correio – disse ela, guardando o envelope no bolso.

       O ruivo e a morena assentiram, dando de ombros. Depois de enviar a carta, Bianca foi à loja de animais e comprou uma coruja de penas marrons e olhos verdes, que nomeou Saphire. A ave lhe deu uma bicada gentil no dedo enquanto aparatavam de volta. Assim que chegou, descobriu que Draco e Harry começariam a dormir ali a partir daquela noite, portanto os quartos deveriam ser remanejados.

       Bianca se negou a deixar a amiga gestante dormindo na sala, e então Fred propôs que colocassem uma cama extra no quarto de Harry e Draco para ele, assim Bianca e Hermione poderiam dividir o outro aposento, o que foi acatado.

       *****

       Logo cedo, Bianca foi para a loja da Madame Malkin, e encontrou-a tirando as medidas de Lily.

       -Parece que foi ontem. Você entrou aqui, mais animada do que qualquer outra noiva – disse Madame Malkin, nostálgica – e pediu seu vestido, para casar-se com James Potter.

       -Lembro que Sirius veio me buscar, dizendo que nunca se casaria – completou Lily, sem notar a presença de Bianca -, mas olhe onde chegamos. Oi querida.

       A jovem acenou, constrangida. A ruiva perguntou qual seria a cor do vestido, Bianca respondeu, a voz sem emoção: você fica ótima de azul. A estilista tirou as medidas de Bianca, prometendo-lhe um belo vestido rosa. Em cinco minutos, Teddy, Remus, Sirius e James chegaram e suas medidas foram tiradas.

       -Pensei sobre o que me disse – falou-lhe Remus aos sussurros – as pétalas. As flores por elas originadas são sintéticas, produzem um aroma suave e insistente, o que me leva a crer que a maioria das damas da noite no mês passado não eram reais, porém a quantidade nos fazia pensar que sim. Me pergunto como se multiplicaram tanto tão rápido.

       -No primeiro dia, havia um buquê no meu quarto – ela confidenciou, recordando-se -, eu o pisoteei, sem querer. Tomei café com vocês e quando voltei,  havia duas dúzias daquelas flores infernais.

       Ela fez o pai rir e saíram da loja. Bianca foi para o apartamento. Hermione estava servida de um grande sundae assistindo televisão trouxa.

       -Você está grávida – comentou a recém-chegada – devia se cuidar melhor.

       -Olha só quem fala – ela revirou os olhos de brincadeira. - Você estava grávida e foi guerrear.

       -E veja o que isso me custou. Hope.

       -Hope? Esse era o nome da sua filha? - a morena assentiu. - Por isso Fred sugeriu… você será a madrinha!

       ******

       Draco e Harry passavam a tarde em Hogsmeade, no restaurante da Madame Puddifoot, tomando chá. Draco discutia sua ideia de vender a mansão Malfoy – valia muito dinheiro e era um poço de más lembranças -, mas Harry discordava. Não vamos ficar no apartamento para sempre, dizia, vamos precisar de uma casa só para nós.

       —Eu não consigo entrar naquela casa sem querer me esfaquear – reclamou o loiro. - Por que estamos falando nisso? As aulas ainda nem começaram!

       O moreno meneou a cabeça e pagou as bebidas. Caminharam pelo vilarejo, observando outros casais, felizes como eles. Havia uma loja de flores mágicas aberta, exibindo um buquê muito curioso. Uma dúzia de damas da noite semiabertas, embora ainda fossem três da tarde. Damas da noite furtivas, dizia a placa na vitrine, perfeitas para distrair. Compraram duas e levaram para Bianca.

       -Encontramos em Hogsmeade – explicou Harry. - Dizia a placa que servem para distrair.

       -Obrigada rapazes.

       Acho que descobri a utilidade das damas da noite: distrair. Se for isso mesmo, funcionou perfeitamente, porque perdemos tanto tempo com essas porcarias que alguém poderia ter entrado e roubado-nos.

       B.L.B

       *****

       Há sentido em sua hipótese, porém revistamos a casa inteira ontem e não demos falta de nada. Mudando de assunto, precisamos dar um jeito no quadro de Walburga para semana que vem. Alguma sugestão?

       Com amor, Sirius.

       -Era só o que me faltava – Bianca batucou a varinha na mesa. - Não desvendamos a história das flores e o casamento é semana que vem! E se eu encher a casa com elas sem querer?

       -Vai economizar na decoração – Fred fez piada. Ela o empurrou, rindo fracamente. - Com esse clima de casamento, eu pensei… e nós?

       -Quer saber se estamos bem ou quando vamos casar? Para a primeira pergunta: sim. Para a segunda: que tal depois da formatura? Eu não fico bem no papel de noiva-estudante-neurótica.

       -Já é difícil lidar com sua neurose diária, que dirá antes do casamento.

       -Não lembro de pedir sua opinião – ela revirou os olhos. - Sua mãe te mandou um conjunto de vestes a rigor, veja.

       Então, com um sorriso mau no rosto Bianca exibiu o que parecia ser uma longa camisola branca, com gola de babados e mangas drapeadas.

       -Isso é definitivamente, o vestido mais feio que já vi – disse o ruivo, enojado.


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