Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 113
Fears prision


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Jonay Fanfics pelo comentário do cap. anterior



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Damas da noite tornaram-se muito presentes no largo daquele dia em diante. Surgiram janelas e soleiras, e à noite, desabrochavam, exalando seu forte aroma. Descobriram que Teddy era alérgico às flores, então ele e Bianca foram o apartamento, para que Remus e Sirius conseguissem livrar a casa de sua nova “praga”. Dois dias se passaram até obterem sucesso.

Consegui – anunciou um orgulhoso Remus ao telefone. - Pode mandar Teddy de volta, mas fique por aí mais um tempo. Estou desenvolvendo uma pequena teoria.

Ela concordou, desligou, e disse a Teddy que era hora de ir. O menino partiu pela Rede de Flu, e assim que ele desapareceu pelas chamas verdes, outra pessoa surgiu, era Fred.

Cumprimentaram-se com beijos e abraços. Ele a agarrou pelas pernas e encostou-a à parede. Ela cobria o pescoço dele de beijos, sentindo a pele morna sob a gola da camisa de flanela.

Fred tinha um perfume delicioso, amadeirado, mas, ainda assim, único. Já Bianca ainda cheirava a damas da noite, por mais banhos que tivesse tomado nos últimos dias, porém o aroma natural dela voltava a surgir, misturado às flores.

A pele dela era quente, devido ao tempo passado na varanda. As alianças por vezes se esbarravam em meio as carícias, fazendo-os rir. Os dedos dele contornavam o corpo dela, endeusando-a, adorando-a. Era inegável que Bianca Lupin-Black era o centro do mundo de Fred Weasley, por mais que brigassem com certa frequência.

O poder que Bianca exercia sobre o namorado era evidente, mas ele também era o deus dela. Todos os dias, ela pensava em como era sortuda por ter alguém que tanto amava a seu lado.

Ela o empurrou ao sofá, deitando-se sobre seu peito. Rindo aos suspiros, livraram-se de suas camisas.

—Tem certeza? - perguntou Fred, excitado.

—Do que tens medo? - retorquiu ela. - De eu engravidar? Permita-me refrescar sua memória: eu já estive grávida. Foi assim que chegamos a isso – apontou a aliança no dedo dele.

—Minha mãe teve Bill no sétimo ano, e casou com meu pai às pressas. Seus sonhos, coisas que ela queria fazer, tudo ficou de lado, pelo meu irmão, e depois por todos nós. Apesar de não admitir, ela se sente presa a nós, seus sete filhos e a seu casamento. Não quero causar isso a você.

Bianca girou a aliança no dedo, as sobrancelhas franzidas. Não compreendera as palavras dele. Ela, aos dezessete anos, não estava prestes a casar com ele? Eles estavam repetindo a história dos Weasley, mas por vontade própria. Irritada, ela vestiu a camisa e trancou-se em seu quarto, revirando o cômodo em busca de seu diário.

Escreveu, a pena quase perfurando o pergaminho, tamanha era sua fúria. Há alguns dias, Fred me pediu em casamento, e eu, é claro – provavelmente como a tonta que sou – aceitei. Mas a pouco, estávamos quase nos entregando um ao outro no sofá – qual é o nosso problema? Por que não usamos camas como todo mundo? - e ele recuou, dizendo que não queria me forçar a ficar com ele por causa de uma possível gravidez – outra?

Se ele tivesse dito que não estava com vontade, eu entenderia, mas o modo como ele falou sobre seus pais terem casado cedo por causa de Bill me deixou confusa, pensando que talvez, ele só tivesse me proposto casamento antes da guerra porque estava grávida, mas que não o faria se não houvesse um bebê envolvido.

Por que ele quis continuar com o casamento depois que eu perdi Hope?, é o que eu me pergunto. Será que ele ainda me ama como antes?

O relato foi interrompido por uma batida forte na porta.

—O que quer? - ela gritou.

—Minha camisa. Você a está usando!

Bianca baixou os olhos para seu corp. Vestia a camisa vermelha de Fred. Viu ali uma oportunidade para brincar um pouco com ele, por assim dizer. Tirou-a, junto com a calça e empurrou a bola de tecido nos braços do ruivo. Ele tentou puxá-la para um beijo, mas ela se esquivou, afastando-se com um sorriso cruel nos lábios.

—Que está planejando? - perguntou Fred, seguindo-a para a cozinha.

—Nada – ela aumentou o sorriso. - Estou com fome. Quer brigadeiro?

Ele não sabia o que era brigadeiro, então apenas a observou colocar os ingredientes na panela e mexer com uma colher de pau, como Molly fazia enquanto cozinhava. Só então ele reparou que Bianca estava apenas de calcinha e sutiã brancos.

—Posso ajudar? - questionou a morena, fazendo-se de inocente. - Está babando, querido.

—Como você quer que eu não babe enquanto você fica cozinhando de calcinha e sutiã?

—Até parece que nunca me viu assim – provocou, bufando. - De verdade, não quero ser má, mas…

—Não dá para não ser má usando só roupa íntima quando há poucos minutos nós quase…

—Se você se esforçar, vai lembrar que me deu um fora. Eu, Frederich Weasley, sou uma deusa, e você não pode dar um fora nesta deusa.

—Certo – ele se deixou vencer. - E como eu posso compensá-la, minha deusa?

—Apenas… seja você – ela lhe deu um curto selinho.

—O brigadeiro tá queimando – Fred confidenciou ao ouvido de Bianca.

Os olhos dela se arregalaram enquanto salvava a massa grudenta, Jogou-a fora, não dava para comer, de qualquer forma.

—Temos de ir às praias do Brasil qualquer dia desses – disse Bianca, notando que Fred ainda a fitava, admirando seu belo corpo, como ela queria – as garotas andam assim o tempo todo – gesticulou o busto.

—E como os caras andam?

—Sem calça e camisa.

—De cueca? - surpreendeu-se. Ela assentiu. - Okay.

Ele saiu e em dois segundos, retornou usando apenas a box preta. Passaram o resto do dia em trajes íntimos, divertindo-se aos beijos, abraços e amassos. A raiva de Bianca passara, os atos de Fred tornaram-se compreensíveis. Sem bebês antes do casamento, sem casamento antes da formatura, conforme ele explicara durante uma partida de xadrez bruxo.

—Não que eu não queira fazer de novo com você, mas…

—Hoje você não estava a fim. Tudo bem.

—Mas você não disse que eu não podia te dar um fora, deusa?

—É, não pode, mas não vou considerar um fora, para a sua sorte – levantou-se. - Vou tomar um banho.

—Isso é um convite? - ele sorriu malicioso.

—Se você quiser…

Ela se “escondeu” no banheiro, sendo seguida pelo ruivo. Abriu o chuveiro e tirou as roupas. Fred tirou a cueca, e então, banharam-se.

—No fim, você realmente não levou um fora – Fred brincou, passando shampoo nos cachos dela.

—Eu sou uma deusa, Weasley. Nunca levo foras.

*******

Jonay e Hermione estavam travando uma intensa batalha contra o mundo. Martín cedera a casa para eles, já que a mansão era suficientemente grande para os três, mas eles não podiam se mudar para a Espanha, por causa da faculdade.

Há muitas faculdades bruxas boas em Madrid, dissera Martín numa carta. Esse argumento convencera Jonay, mas não Hermione. Ela não queria deixar a Inglaterra. Se não quiserem permanecer, podiam apenas experimentar. Afinal seria bom para vocês passar um tempo longe das lembranças da guerra.

—Ele tem razão – argumentou Jonay.

—Eu sei – ela retorquiu, revirando os olhos -, mas não sei se essa é a hora de nos mudarmos.

—Por quê?

Ela aparatou para a casa de Bianca, batendo na porta apressada.

—Droga – Bianca reclamou, enrolando-se em uma toalha. - Se vista, eu atendo.

Fred conjurou suas roupas e ajeitou os cabelos enquanto ia até a porta. Encontrou uma Hermione às lágrimas, que a envolveu com seus braços e soluçou fortemente.

—Mione, o que aconteceu? - ela perguntou, preocupada.

—Jonay quer ir para a Espanha, mas… eu não quero.

—Por quê?

—Eu vou ter um bebê – ela fungou, fazendo os olhos da amiga se arregalarem -, mas eu não sei se ele vai aceitar.

Bianca mordeu o lábio. Há alguns dias, Jonay escrevera, contando sobre a proposta de seu pai para ir estudar na Espanha. Eu quero recomeçar. Me distanciar da guerra, recuperar o tempo perdido com meu pai, mas Hermione se sente muito mais segura aqui, na Inglaterra, um mundo que ela conhece. Esse é um dilema, e eu preciso que me ajude a resolvê-lo.

Ela ainda não respondera à carta, por falta de tempo, mas agora entendera as razões de Hermione para querer ficar. A garota nascera e crescera na Inglaterra, e ir para a Espanha, um lugar totalmente novo, que ela mal conhecia, seria muito difícil, ainda mais com uma criança pequena.

—Mione, eu acho que a escolha não é entre você, Jonay e seu bebê. É sobre a sua segurança. Você se sente mais segura aqui, não é? Mesmo com as lembranças da guerra e tudo.

—Tem razão – ela se levantou, acariciando a barriga. - Eu não consigo ir embora, mas não posso segurar Jonay aqui. Você tem uma pena e pergaminho?

Eu te amei, ainda amo, mas às vezes, temos de fazer escolhas que se sobressaem ao amor. Pode me chamar de fraca, mas eu não conseguiria deixar Londres. Eu vivi toda a minha vida aqui, e um lugar novo como a Espanha… me amedronta.

Você tem muito a ganhar indo embora, e não posso tirar esses privilégios de você pelo meu medo.


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