Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 110
Dead


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Jonay Fanfics pelos comentário do cap. anterior.
Último capítulo da sétima temporada



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—Seu monstro! - gritou Bianca, exclamando para a Comensal: - Estupefaça! Teddy, corre, procure alguém do nosso lado.

O garoto obedeceu, mancando. Por um segundo, Bianca não pensou que assim como um Ordenado poderia encontrá-lo facilmente, um Comensal poderia pegá-lo com a mesma facilidade, mas não importava. Teddy ia para longe e Bellatrix estava estuporada, poderia esfaqueá-la, mas antes… queria brincar um pouco.

Enervate!

Bellatrix se recuperou e riu debochadamente dela.

—Não gostou de eu ter mexido com seu irmãozinho?

—Eu odiei— rosnou. - E você vai pagar por isso, eu garanto. Crucio!

Para Bianca, a Maldição tinha funcionado, porque Bellatrix se retorceu de dor, mas o que a morena não sabia era que a Comensal estava apenas fingindo. Com um meio sorriso, Bellatrix murmurou: sectumsempra!, fazendo Bianca sangrar, de cima para baixo. Começando por cortes finos na testa, rosto e pescoço, descendo e aprofundando-se no peito, e então, uma punhalada precisa no ventre.

A dor foi tão lancinante que fez Bianca se dobrar e cair, chorando. Ela podia ouvir Bellatrix, mas sua voz soava abafada, através do sangue em seus ouvidos. “Isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde, não é? Eu também ia ser mãe”, disse a Comensal, fitando a poça de sangue no ventre de Bianca.

“Logo antes da primeira guerra. Eu e Rodolphus estávamos felizes… mas então, fomos atacados, e eu perdi o bebê. Sabe quem causou isso? O seu pai” ela riu com escárnio. “Me atacou brutalmente e por um milagre, sobrevivi, mas a criança… acho que você entendeu. O que seria mais justo do que me vingar dele matando a filha e o neto dele?”

A bruxa mergulhou para ela, mas Bianca se protegeu, enfiando a lâmina de prata no peito de Bellatrix, que se exauriu, com um grito.

—Eu sinto muito pelo seu bebê – disse a jovem, se levantando -, mas não vou deixar você tirar o meu.

Coberta de sangue, Bianca caminhou para o salão principal. Quando a viu, Rodolphus percebeu que Bellatrix morrera, então puxou a varinha e lançou a Maldição da Morte contra a recém-chegada. Ela sentiu o sangue estagnar nas veias, os músculos se contraírem, a mesma sensação que tivera no bosque e na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas diferente desses momentos, a alma de Bianca não se desprendeu do corpo. A corrente elétrica que fazia com que seu corpo parasse foi expelida, jogada para fora, a alma não queria se entregar.

Quando ela se recuperou, Rodolphus estava caído e uma varinha apontada para ele. Bianca não precisava erguer o olhar para saber quem era o dono do objeto. Apenas o perfume era o bastante para reconhecê-lo. Braços a envolviam, aquecendo seu corpo frio e quase morto.

Quem a segurara questionara se o sangue era todo dela, mas antes que a jovem mulher respondesse, sentiu repentina tontura e deixou-se cair nos braços do noivo.

—Draco… - Regulus sussurrou no ouvido do garoto – mate Sirius Black, agora.

—Não… tenho outros planos. SIRIUS, SOCORRO!

Black se virou para a direção onde Draco estava e com um sorriso maldoso serpenteando seus lábios, puxou a varinha, murmurando:

Avada Kedavra!

Draco correu, gritando um agradecimento para Sirius e ajudando Fred a carregar Bianca para algum lugar seguro.

—Não… -ela murmurava – eu tenho que lutar.

—Agora não, coisinha bonita – disse Fred, determinado. -Primeiro temos que curar seus machucados. Como foi que ela te feriu?

Sectumsempra— respondeu ela, gaguejando.

Os rapazes se entreolharam. Aquilo devia ser magia negra antiga. Por sorte, Draco já vira aquele feitiço e conhecia o contra-encantamento.

Rictunsempra— ele entoou, mexendo a varinha como se regesse uma orquestra.

Os machucados cicatrizaram quase instantaneamente, mesmo que a camiseta ainda estivesse úmida de sangue, mas isso ainda não importava.

—Eu vou continuar lutando – determinou Bianca -, só vou parar quando todos os Comensais estiverem mortos. Sem ofensas, Draco.

—Longe disso – Draco piscou. - Eu ajudei Sirius a matar Regulus, o que quer dizer menos um, além de Bellatrix e Rodolphus. Hey, Harry, temos que nos apressar! Fred e Bianca têm um ponto cada, mas nós não temos nenhum.

—Devo uns bons Crucios a Pettigrew e Lucius – disse Harry, sorrindo para o namorado.

—Marvolo – rosnou Draco, como um grunhido baixo.

Bianca entendeu o que o amigo dissera, e virou-se de forma dramática, como uma estrela de cinema esnobe fitando um garçom incômodo.

—Que quer comigo? - perguntou.

—Você matou Voldemort – ele disse, frio.

—Você matou Severo. Isso te faz melhor que eu – ela disse no mesmo tom. - O que ele fez a você, afinal? Ele só queria me ajudar!

Marvolo riu com sarcasmo.

—Essa ajuda levou-o à morte por traição. Maldito duas caras

Draco já estava farto de ouvir Marvolo ofender seu padrinho, e puxou a varinha, gritando: Avada Kedavra, porém a Maldição não feriu Marvolo, que continuou rindo.

—Não pode me matar com magia negra – caçoou.

Uma flecha atravessou o peito do moreno. Os quatro correram na direção do arqueiro, que era Teddy, com o arco e a aljava da irmã.

—Theodore Black-Lupin! - ela gritou, abraçando-o e tirando as armas de suas mãos. - Onde pegou isso?

—No seu escritório.

Ela puxou o braço dele, procurando feridas. Encontrou alguns cortes finos, que ele disse serem do mau manuseio das flechas.

—Droga! - exclamou Harry. - Teddy está na corrida agora. Temos de nos mexer, Draco.

Eles riram, e enquanto Bianca levava Teddy para a Sala Precisa, Draco voltou para o salão comunal da Sonserina, em busca de uma gravata vermelha com o brasão da Grifinória – recebida de Harry anos antes -, que esquecera na gaveta do dormitório. Revirou o aposento mas nada encontrou.

—Procurando isto? - Lucius Malfoy surgiu na sombra, segurando a peça. - Você tem de esquecê-lo. Vai casar com Austória Greengrass, sabe disso.

—Sou maior de idade, posso fazer o que quiser – ele avançou para a mão que segurava a gravata.

Sorrindo maliciosamente, ele jogou a gravata na lareira.

Aquamenti – exasperou Draco, recuperando a peça.

—Se você se atrever a pegar isso, te mato.

—Vá em frente, assim não me caso com quem não amo.

—Moleque mimado, atrevido – Lucius rosnou, jogando a varinha ao chão.

Ele se lançou sobre o filho, decidido a enforcá-lo com as próprias mãos. Foi tão rápido que Draco nem teve tempo de se proteger, mas inesperadamente, um Immobilus atingiu Lucius, que petrificado, caiu sobre Draco.

—Venha – chamou alguém.

Draco se levantou e fitou o homem que estava encostado displicente na lareira. Seus rebeldes cabelos pretos e óculos redondos faziam-no parecer uma versão mais velha de Harry. Devia ser James, o pai do moreno.

—Harry está desesperado à sua procura – comentou James.

—Não queria deixá-lo preocupado.

—Sei que não- ele deu um sorriso. - Vamos, não quero que eu filho se descabele por sua causa.

O loiro não sabia dizer se James gostava ou não dele, mas seguiu-o até a sala de McGonagall. James deu a senha à gárgula e eles entraram. O Potter foi para uma saleta separada, enquanto Draco seguiu pelo corredor, encontrando os amigos sentados a uma janela, observando a destruição. Bianca estava à parte da conversa de Fred e Harry, ocupada demais embalando Teddy em seu colo.

—Ele vai crescer pensando que é a mãe dele -Harry brincou.

—Falando nisso… - disse Fred. - Abaffiato.

Depois de se assegurar que não seriam ouvidos, Bianca começou:

—Draco, acho que você é o único que ainda não sabe, mas…

—Você está grávida – disse ele diretamente, fazendo-os rir e se espantar.

—Draco e eu seremos os padrinhos! - disse Harry sorrindo. - Hey, bebê. Aqui é Harry Potter, seu padrinho. Estamos muito ansiosos para te conhecer, principalmente o papai e a mamãe, mas seria legal se você esperasse mais um pouco para nascer. Precisamos consertar a bagunça que fizemos.

Deram algumas gargalhadas, e quando o Abaffiato se dissolveu, ouviram Sirius ordenar:

—Fred, leve Bianca e Theodore ao St. Mungus. Remus e eu cuidamos dos outros feridos.

O ruivo assentiu e segurando a mão de Bianca, aparatou para o hospital. Na recepção, Bianca insistiu que cuidassem de Teddy primeiro, o que lhes deixou com muito tempo para conversar.

—Pedirei para examinarem o bebê também – disse ela. - Isso vai me apagar por algumas horas, e eles darão o resultado a qualquer um que se identificar como meu parente. Se for o caso, não permita que meus pais descubram.

Uma medibruxa chamou Theodore Black-Lupin e Bianca o despertou para que ele a seguisse. Em seguida, um medibruxo chamou por Bianca. Dez minutos depois, Harry e Draco chegaram para aguardar com o amigo.

*******

—Sr. Weasley? - chamou o chefe dos medibruxos. - A srta. Lupin-Black já foi devidamente examinada e está bem, porém…

—Ela perdeu, não foi? - o médico não se moveu. - O que aconteceu com o bebê? O que aconteceu com o meu filho? -o ruivo estava à beira de lágrimas.

O homem limpou os óculos, como se fosse um tique nervoso e suspirou. Fred pôde ler no crachá que seu nome era Paul Sherwood.

—Morto.


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