Sirius' daughter escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 103
The twins are back


Notas iniciais do capítulo

Feliz dia do Potterhead queridos! Para quem não sabe - ou não se lembra - nos livros, a batalha de Hogwarts aconteceu no dia 2 de maio de 1997, então hoje, dezesseis anos depois, comemora-se o Dia da Vitória de Harry Potter ou, no nosso mundo, o dia do Potterhead, portanto PARABÉNS PARA NÓS!!!!



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Fred decidiu estabelecer residência no largo, e usar o antigo quarto de Bianca, pois para ele era uma forma de mantê-la viva. Ele, Remus e Sirius falavam dela o tempo todo, mais uma tática para soar como se estivessem apenas esperando que ela aparatasse na porta da casa a qualquer hora.

Na manhã em que o bilhete apareceu na cabeceira de Fred, ele saiu correndo para mostrá-lo a Sirius e Remus, perguntando-lhes o que significava.

—Temos de falar com alguém que já esteve morto para entender – disse Remus.

—Você diz… James e Lily? - chutou Sirius.

O lobisomem assentiu. - Vamos visitar Godric's Hollow.

Aparataram em sincronia e chegaram a porta da casa. Bateram a porta e Harry abriu, estranhando ver Fred sem Bianca, mas deixou que fossem para a sala de estar falar com James e Lily. Antes que Fred pudesse juntar-se a eles, Harry o segurou e o puxou para seu quarto.

—Onde ela está? - perguntou, em tom imperativo. - Não suavize nada, não omita nada, apenas diga onde ela está.

—Morta – Fred enunciou cada letra com muita dor. - Ela morreu para me proteger.

—É o fim que ela ia querer, afinal… onde a enterrou? Pode me levar lá?

—Está… sepultada no largo. Remus acha que podemos trazê-la de volta. Foi por isso que viemos aqui, para saber onde ela está.

Harry assentiu. Era muito óbvio que Bianca daria a vida para salvar Fred, mas doía-lhe pensar que em poucos dias, ele voltaria a Hogwarts e estaria sozinho, já que Fred já havia se formado, Draco estava com os pais e os Comensais da Morte e agora, Bianca estava morta.

Ficaram em silêncio e escutaram a conversa casual que acontecia no andar inferior.

—… a questão é que ela não pode seguir em frente – explicou Lily, calmamente – por dois motivos. Primeiro: ela não enfrentou Voldemort, a profecia nem chegou perto de ser cumprida. Segundo: vocês cuidaram de ancorá-la a este mundo…

—… o que quer dizer que Bianca não poderia mandar um bilhete, porque apenas aqueles que deviam morrer e que seguiram em frente podem fazer isso – completou James.

—E se ela tivesse feito isso por intermédio de outra pessoa? - perguntou Sirius. -Se ela encontrasse Severo, ele faria isso por ela.

—Essa é a única explicação.

—Nós podemos falar com ela? - questionou Remus.

—Receio que não – disse Lily. - Mas se Severo estiver mesmo ao lado dela, ele vai passar o recado. Está me ouvindo Sev? - ela disse mais alto e rindo. - Se estiver, diga a Bianca que sentimos saudade. Obrigada.

Os quatro riram, dizendo como era estranho fazer aquilo.

—Quer saber? - perguntou Harry. - Temos que acabar com aquilo, antes que eles comecem o jogo do copo ou peguem o tabuleiro Ourija.

*******

Fred, Sirius e Remus voltaram para o largo e encontraram uma carta curta sobre a mesinha de café.

Severo e eu ouvimos a conversa de vocês com Lily e James. Também sinto saudade de vocês e farei de tudo para voltar o quanto antes, mas sinto dizer: é com vocês. Severo não faz ideia do que me ressuscita, já que a Pedra falhou, mas temos uma pista: há uma profecia envolvida, então procurem a profa. Trelawney ou outro vidente, antes que seja tarde.

Amo vocês, Bianca.

—O que ela quis dizer com “antes que seja tarde”? - perguntou Fred.

—Eu não sei, mas enquanto pensamos nisso, você e George voltam para Hogwarts e ficam de guarda – determinou Remus. - Me mandem relatórios semanais e emergenciais, se for o caso.

—Entendido senhor – disse o ruivo. - Devemos nos ater a algo específico?

—Sibila Trelawney. Cuidem da segurança de todos, mas já que Bianca mencionou-a, temos de cuidar dela. Se precisarem de reforços, peçam. Só temos quatro meses até tudo acontecer.

Quatro meses. Em qualquer ponto desse prazo, Bianca despertaria – ou seria despertada – e cumpriria seu destino. Depois disso, haveriam duas opções. Primeira: Bianca vencia e todos seriam felizes pelo resto da vida; ou a segunda: Bianca perdia, voltava para o Outro Mundo e os bruxos demorariam a encontrar a esperança.

George foi notificado da viagem. Partiriam em alguns dias, no Expresso de Hogwarts, e a diretora McGonagall fora prevenida quanto a presença dos aurores, mas nada sabia sobre a ausência de Bianca naquele período letivo.

—Vamos pesquisar e te avisaremos se conseguirmos acordá-la – disse Sirius despedindo-se de Fred na manhã de primeiro de setembro.

—Certo – disse o auror. - Vou dizer tchau para ela.

O ruivo subiu até o quarto dela, afagou-lhe os cabelos e disse:

—Vou voltar a Hogwarts, ficar de olho na maluca da Trelawney porque você pediu – ele fez uma falsa expressão contrariada, mas logo riu. - Espero que esteja se divertindo aí onde está, não o bastante para não querer voltar, é claro. Bom, er… eu te amo, tá?

Eu também te amo, essas palavras surgiram no ar, como se Bianca tivesse escrito-as. Beba bastante suco de abóbora por mim, e não se preocupe. Não há nada que eu queira mais do que voltar.

—Obrigado, estou muito mais tranquilo agora. Se dermos sorte, semana que vem, seus pais conseguirão te trazer de volta.

Sem dizer mais, ele saiu do quarto e aparatou para King's Cross, onde encontrou George e Harry para embarcar. Hermione, Juliana, Gina Luna Lovegood – setimanista corvina -dividiram a cabine com eles.

—Por que Bianca não veio? - perguntou Hermione, estranhando a ausência da colega de quarto.

Depois conto a você, Harry e Fred desenharam as palavras com os lábios. Luna parecia muito interessada em conversar com os gêmeos, principalmente George, já Juliana estava absorta nas cartas que escrevia, sonhadora. Hermione percebeu isso e riu-se disso com Gina.

Logo o trem chegou a Hogwarts e o grupo teve que se separar nas carruagens. Luna deu um jeito de ficar sozinha com George e Fred em uma enquanto Harry, Gina, Hermione e Juliana seguiram em outra. Gina abriu um exemplar de O Pasquim e Juliana continuou escrevendo. Hermione puxou a varinha e apontando as amigas, murmurou:

Abaffiato. Pode falar. Onde está Bianca?

—Em um mausoléu, sepulcro, eu não sei o nome. A questão é que ela está desacordada, esperando que a acordemos.

—Ela… morreu?

O moreno moveu a cabeça, sem definir nada.

—Ela está parada em algum ponto do Outro Mundo, porque ainda é cedo demais para ela morrer, entende? Mas ela não podia ficar viva depois de ter se sacrificado por Fred – Hermione cobriu a boca com as mãos, espantada. - É, ela morreu por ele. Eu queria ter ficado com raiva dele, de verdade, mas não podia esperara algo diferente dela, depois de tudo que passaram. Ela realmente o ama, faria tudo por ele…

—Assim como ele por ela – argumentou Hermione. - Tudo era mútuo entre eles. Se pudéssemos perguntar a ela, com certeza, diria que refaria tudo.

Palavras surgiram no ar. Eu estou escutando TUDO. Hermione se sobressaltou. As palavras azuis eram perfeitamente desenhadas e lembravam a caligrafia de Bianca. Não precisam se assustar, só porque agora sabem que estou aqui. Continuem falando. Adorei ouvir que eu e meu namorado somos altruístas e nos amamos mais do que tudo.

Bianca? - Harry perguntou. - É você?

Claro que sou eu, o tom das palavras era impaciente.

—Como pode se comunicar conosco? - questionou Hermione.

Através das palavras. Eu não devia poder, afinal ainda não segui em frente. Estou canalizando energia de Severo, e isso acaba com ele depois de algumas horas, portanto não vou me demorar. Os garotos encararam as palavras até que desaparecessem. Só então deram-se conta que Gina e Juliana ainda estavam lá.

—Acha que elas viram? - perguntou Harry, baixinho.

—Vimos sim – disse Gina, assustada. - Usaram o Abaffiato, não foi? Porque não pudemos ouvir nada, mas as letras azuis… espero que vocês tenham entendido, pois foi bem assustador.

—Entendemos – disseram eles.

Aquilo não bastou para a ruiva. Ela continuou fitando-os, esperando mais explicações, mesmo que eles não tivessem falado nada. Gina ia confrontá-los, mas a carruagem parou no portão de Hogwarts. Saltaram na lama pastosa e observaram Luna e George caminhavam juntos metros a frente, mas passos antes dos dois estava Fred, fitando as flores no chão.

Hermione, Harry e Gina sentaram-se a mesa da Grifinória do salão principal, conversando com os colegas. Luna estava na mesa da Corvinal, olhando George, que sentava-se com Fred na mesa dos funcionários. Juliana discutia com Daniel, que exibia para todos os amigos o autógrafo de Vítor Krum, que conseguira nas férias.

Idiota, ela suspirou, lembrando-se do beijo com o apanhador na biblioteca de Sofia e as cartas que trocavam desde então. A diretora se levantou e disse:

—Tenho alguns avisos antes de jantarmos. Por ordem do ministro da magia, esse ano receberemos alguns aurores para protegerem a propriedade. Os primeiros a se juntarem a nós são os senhores George e Frederich Weasley. Espero que os recebam bem, e também que o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Severo Snape, faleceu durante o verão e seu cargo será ocupado por Alastor Moody.

Os alunos aplaudiram os gêmeos – Luna mais do que todos -, pois conheciam bem a fama deles. A comida surgiu nos pratos e todos comeram e conversaram. Quando terminaram a refeição, Luna tentou seguir George e Fred até o quarto que ocupariam, mas a maré de corvinos a impediu, então caminhou para a sua sala comunal frustrada.

Na Grifinória, Hermione teria o quarto para si, já que Bianca não estava na escola. Hey, ela escreveu em um pergaminho. Acabamos de chegar a Hogwarts e Luna deu em cima de George, acredita? Se prepare, ela pode ser sua cunhada no futuro.

Com carinho,

Hermione.


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