Hermione olhou para ele, se demorou alguns segundos em seu rosto. Mas foram apenas alguns segundos, logo ela desviou o olhar, seu rosto corando levemente por ser pega o “espionando”.

— Me desculpe, Snape. — Ela finalmente falou. — Eu realmente não queria atrapalhar. Eu também não deveria ir entrando, sem avisar, na casa das pessoas. É que... — Hermione suspirou — eu preciso muito falar com Harry. Eu queria passar despercebida e ir direto para o escritório dele, mas não deu muito certo.

— A senhorita nunca passaria despercebida por mim — disse Snape.

— Nunca? — Perguntou Hermione corando levemente.

— Nunca, senhorita. Esqueceu-se que fui espião por mais de quinze anos, saber quem estava a minha volta era uma obrigação. Minha vida dependia disso. — Snape respondeu indiferentemente.

O homem não havia notado a esperança que a palavra “nunca”, dita por Hermione, carregava.