O Clã Traven escrita por M Schinder


Capítulo 3
Derramar II: Irmãos - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Voltei!
Como prometido, cá está o capítulo assim que terminei de escrever o seguinte... Como são grandes, demoro um pouco mais x.x I'm sorry for that!
De qualquer maneira, espero que gostem desse aqui e começarei a apresentar os nomes integrantes da fic! Animados???? :33

Boa leitura!!! o/

P.S.: Desculpem-me por qualquer erro de digitação ou concordância. Não tive tempo para revisar x,x



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Seu quarto era o único lugar da casa que não possuía as janelas tampadas por grandes panos de seda completamente negros e opacos – nem mesmo um fio de claridade passava por ali. Tentara perguntar o porquê daquilo, para Kakashi, mas ele apenas desconversara e saíra, reforçando que poderia explorar a casa desde que ficasse longe dos quartos dos garotos. E, naquele momento, a garota estava sentada no meio de sua cama – king size, bem diferente da cama de solteiro que possuía antes – e suas roupas estavam espalhadas pela cama, com a porta do guarda-roupa aberta. Hinata observava a sua volta assombrada, seu quarto parecia brilhar com as luzes de fim de tarde que entravam pela janela. As cores de seu quarto beiravam o branco-neve e o amarelo bebê, deixando tudo muito delicado e tranquilo.

Depois de cinco minutos sentada, apenas olhando. Hinata ficou cansada de ficar parada e se levantou para explorar sua nova casa. Quando saiu para o corredor, sabiamente seguiu o conselho que lhe fora dado e evitou todos os quartos que eram ocupados. A casa era realmente muito escura para seu gosto, por mais que suas vistas fossem um pouco sensíveis ao Sol muito forte, gostava do dia e de como tudo parecia ficar mais bonito com a luz da estrela gigante. Afastou-se da porta do quarto e caminhou com lentidão, observando tudo que podia e tentando decorar os caminhos pelos quais passava.

Desceu as escadas sem fazer o menor barulho e caminhou um pouco mais pelo térreo com extrema admiração. Na sala de estar, onde existia uma fogueira que a deixou de queixo caído, havia três fotos em que três belas mulheres eram estampadas. Elas eram tão lindas que deixaram a garota pasma, mesmo por fotos pintadas suas peles pareciam ser de seda e elas pareciam cada vez mais novas. Entretanto quanto mais ela olhava para as fotos, mais sentia a mesma sensação de estar sendo observada que no Orfanato. Os pelos de seus braços arrepiaram-se de medo e isso fez com que saísse correndo daquele lugar.

Ainda pouco abalada, tentou distrair-se com o resto da casa, mas a sensação de estar sendo observada não sumia. Respirou fundo e jogou-se em um dos sofás da sala principal, tentando pensar em outras coisas que não fossem aquelas fotos. A escuridão começava a mostrar-se sufocante e ajudava a aprofundar sua ansiedade e, sem pensar muito e guiada por impulsos, ela pulou para a janela mais próxima e tentou abri-la. Ela não tinha muita certeza do que tinha acontecido, mas sentiu uma pequena ardência e viu uma gota de sangue escorrer por sua mão. Olhou para frente e percebeu que o vidro da janela estava rachado e quase quebrado.

***

Um par de olhos castanhos abriu-se rapidamente. O cheiro adocicado preencheu o ar de seu quarto e ele sentiu sua boca salivar. Fazia muito tempo desde que sentira aquela vontade imensa de sair correndo para caçar. De quem será esse cheiro gostoso? Perguntou-se passando a língua por seus lábios.

Quando finalmente percebeu que o cheiro vinha de dentro de sua própria casa, levantou-se agilmente e saiu, quase que correndo, de seu quarto. Mas ele não foi o único a acordar. Todos os outros abriram seus olhos aos sentir o cheiro doce penetrar por suas narinas. E todos, sem exceção, levantaram-se de suas camas para ver o que estava acontecendo àquela hora.

***

Antes que Hinata pudesse fazer qualquer coisa que seu dedo, sentiu-se ser abraçada por trás e seu braço foi puxado com brusquidão para cima e seu dedo foi sugado com força. O que está acontecendo?Perguntou-se assustada.

Ela sentiu um corpo esguio grudar-se às suas costas e uma respiração quente atingiu sua nuca e fez com que ficasse toda arrepiada. Tentou afastar-se com força, mas a pessoa apenas segurou-a no lugar e passou a língua por seu dedo. Ela pode sentir um sorriso satisfeito surgir nos lábios da pessoa que a atacava.

Quando sentiu o desespero subir para sua cabeça, ouviu mais passos e uma voz grossa e grave ecoar pela sala: - Solte-a, Sasori.

O garoto que a segurava afastou-se sem tirar o sorriso dos lábios, mas resmungando. Hinata pulou para olhar para trás, procurando por seu agressor, e tomou um susto ao encontrar um par de olhos muito castanhos encarando-a com um brilho malicioso. Seus olhos perolados correram pela sala, não suportara ficar olhando para aquele ser por muito tempo, e encontraram várias outras pessoas desconhecidas. Ficou confusa com o jeito que a olhavam e, antes que pudesse dizer qualquer coisa, um loiro surgiu do nada e apontou para sua direção:

– Hahaha, quem é a garotinha? – perguntou sorrindo como um maníaco. – Comida? Brinquedo? Um presente do Traven?

– Provavelmente é um presente – comentou outro sem olhar para ela. – Ele sempre tenta se redimir por ser um pai ausente.

Eles começaram a debater entre si e Hinata sentiu-se ofendida por estar sendo ignorada. Eles a tratavam como nada e depois pareciam não lembrar que ela estava ali? Quem eles pensam que são?Perguntou-se irritada.

Ela ia abrir a boca, para exigir respostas, quando Kurenai entrou correndo no cômodo e olhou de um lado para o outro – dos garotos para a garota. Ela parecia um pouco assustada e ansiosa. Os “invasores” pararam de falar e olharam para ela com uma diversidade incrível de sentimentos – ia desde a indiferença até a raiva – e Hinata sentiu que levava um soco com a realização de quem eles eram.

– Kurenai – começou um dos ruivos. Ele parecia ser muito mais velho que os outros e era o que mais parecia irritado com toda a bagunça que os outros faziam. – Quem é essa garota?

– Esta garota – começou Kurenai ácida e fazendo com que todos os murmurinhos se calassem. Eles pareciam estar quase interessados no que ela tinha a dizer. – é a menina que seu pai adotou.

Hinata sentiu um arrepio subir por sua espinha quando viu as expressões nos rostos deles. Todas viraram nada. Nenhum deles expressou qualquer coisa, apenas ficaram observando a governanta por longos segundos. A garota abriu e fechou a boca, pronta para tentar apresentar-se ou dizer algo, mas nada parecia sair. Eles são estranhos demais. Concluiu desistindo de falar e apenas observando-as.

– Por que ele adotaria alguém? – foi a vez de um moreno perguntar. Como o outro, ele não parecia nada interessado em toda aquela conversa, mas foi mais sensato e escondeu o que estava sentindo.

– Porque, Itachi, foi a decisão de seu pai – respondeu séria. Itachi franziu o cenho irritado. Parece que ele não está acostumado a receber respostas. Percebeu Hinata tentando afastar a vontade de rir. – E, já que foi a decisão de seu pai, sejam os garotos educados que são e comportem-se perto dela.

Todos os olhares voltaram-se para ela. Hinata sentiu-se pequena, mas decidiu que não desviaria o olhar. Eles vão ter que aprender que não tenho medo deles. Pensou mesmo aceitando que não iria saber, tão cedo pelo menos, interagir com pessoas do sexo oposto. Um deles, o que parecia ser o menor e mais jovem, aproximou-se com as sobrancelhas arqueadas.

– Qual o seu nome? – perguntou. Sua voz era calma e contida e Hinata ficou surpresa com como sua pele parecia ser de porcelana. – Hein, garota?

Tudo foi por água abaixo quando seu tom mudou de educado para arrogante. Hinata lançou um olhar desafiador para ele e ergueu as sobrancelhas como ele estava fazendo.

– Meu nome, moleque, é Hinata – respondeu no mesmo tom que o dele.

O garoto arregalou os olhos levemente e lançou-lhe um olhar de descrença. Hinata orgulhou-se por ter pegado-o desprevenido, mas segurou o sorriso de satisfação que queria surgir em seu rosto. Alguma coisa lhe dizia que era melhor se conter. Agora, pelo menos... Pensou voltando a ficar séria.

O menino, que deveria ser mais novo que si, olhou para Kurenai com descrença crescendo em seu rosto. Os outros irmãos encaravam-na com um novo interesse. Por suas expressões, Hinata pode deduzir que eram poucas as pessoas que os desafiavam.

– Hã, hã – fez Kurenai chamando a atenção de todos para si. A governanta suspirou internamente ao notar que teria sérios problemas para lidar com todos eles dali em diante. Senhor Minato ficará me devendo essa. Pensou encarando a todos ainda mais séria. – Prestem atenção. Esta é Hyuuga Hinata, ou melhor, Hinata Traven. Ela faz parte de sua família, de agora em diante, e o senhor Minato faz questão que a tratem muito bem e como uma irmã. Entenderam?

Hinata sentiu que tinha alguma coisa escondida por trás das ordens de Kurenai, mas viu os garotos resmungarem concordando e lançarem um último olhar para ela antes de voltarem para seus quartos. Kurenai aproximou-se dela e estendeu um pequeno curativo para seu dedo.

– Esses são os filhos do senhor Traven? – perguntou curiosa. Kurenai assentiu enquanto ainda estava distraída com o dedo machucado. – Eles não são muito educados, não é?

– Bem, eu avisei que você deveria ter um pouco de paciência, mas agora... acho que você vai ter que arranjar muito mais paciência do que antes – avisou Kurenai olhando para os olhos perolados. – Só mantenha-se afastada deles o quanto puder, ok? Apenas seja cautelosa...

O aviso da governanta foi suspeito, mas Hinata concordou e agradeceu pelo curativo. Kurenai mandou que voltasse para seu quarto e esperasse o jantar. Quando estava subindo as escadas foi que parou para pensar... Como ela sabia que eu machuquei meu dedo? Perguntou-se curiosa.

***

O telefone tocou de forma estridente. Era a segunda vez que seu telefone pessoal tocava em menos de dois dias. Pediu licença para seus sócios e saiu da sala, tirando o aparelho do bolso. O visor de última geração de seu Iphone 6 acendeu e mostrou um número que ele não esqueceria nunca.

– Kurenai?

– Senhor Minato, creio que temos um pequeno problema com a vinda de sua protegida para cá... – avisou a governanta com um suspiro.

– O que os garotos fizeram? – perguntou segurando a respiração. Ele ficou com medo do que eles poderiam ter feito. Espero que não tenham passado dos limites...

– Eles já repararam nela... Se o senhor consegue me entender. Não sei o que essa menina tem, mas ela já chamou a atenção de todos eles... O que devo fazer, senhor? – questionou preocupada.

Minato rosnou baixinho. Não adiantava tentar manter seus filhos longe, sabia que eles nunca obedeceriam se ficassem interessados nela. Aquele era o verdadeiro problema. Sinto muito, Hinata...Pensou arrependido por não ter pensado naquele problema antes de mandá-la para lá.

– Apenas tome conta dela, tudo bem? – respondeu sério. – Cuide para que as coisas não fiquem perigosas para ela, mas deixe que eles interajam normalmente.

– Mas, senhor...

– Não. Sem mas. Eu quero e preciso que eles interajam.

Mesmo que a contragosto, Kurenai concordou e desligou o telefone. Ela não fazia ideia do que poderia estar acontecendo com seu chefe, mas ela sabia que não deveria interferir com nada do que ele estivesse aprontando. Acho que devo confiar nele, novamente.

***

O jantar fora servido e Hinata sentia-se em uma jaula com leões. Todos os garotos comiam silenciosamente e não conversavam entre si. Ela estava sentada na ponta mais distante e apenas observava-os, falar não parecia adequado. Eu queria fazer tantas perguntas. Suspirou internamente. Quando já estava desistindo de interagir com seus novos “irmãos”, um dos mais velhos voltou-se em sua direção.

– Então, senhorita Hinata, o que sabe sobre nós? – perguntou sério.

Todos olharam para ela com níveis de curiosidade diferentes e Hinata teve a certeza de que eles tinham opiniões diferentes em praticamente tudo. Ela bebeu um gole d’água, para acabar com sua garganta seca de nervoso.

– Eu não sei quase nada... Apenas que são filhos do senhor Traven, meu padrinho – explicou simples.

– Entendo – ele disse oferecendo uma tentativa de sorriso. Hinata sabia que não era uma tentativa de verdade, mas devolveu um meio sorriso para ele e voltou a prestar atenção em seus pratos. – Acho que, como vai morar aqui, deveria saber nossos nomes – continuou o homem com um dar de ombros.

– Seria bom – concordou curiosa. – Quais são os nomes de vocês?

A sala caiu em silêncio novamente e Hinata sentiu que eles tinham o prazer de provocá-la. E eles nem me conhecem. Pensou irritada. Suspirou resignada, percebendo que não receberia resposta para sua pergunta, e continuou a comer normalmente, como se aquela conversa nunca tivesse acontecido.

Os herdeiros da família Traven analisavam a nova integrante de seu clã com curiosidade. Ela não era como eles; não parecia nada como eles e, com certeza, não era filha do pai deles, então, o que ela estava fazendo ali? O fato de ela também não saber de nada sobre a família deixava tudo mais suspeito. Estavam tentando entender o que Minato poderia estar aprontando levando-a para lá, sem deixar que a tocassem, quando o mais velho dos irmãos começou a falar.

– Senhorita Hinata, desculpe-nos a falta de educação. Eu sou Yahiko Traven, filho mais velho de seu padrinho e ajudo-o nas empresas Traven – explicou olhando-a nos olhos. – Devo explicar que estamos todos surpresos com sua chegada, já que não fomos informados sobre isso, mas esperamos que se sinta em casa e tenha uma boa estadia.

Ele falava como se ela fosse embora dentro de uma semana, mas Hinata entendeu que não seria bem-vinda assim, tão facilmente, e apenas agradeceu a hospitalidade dele. Ele deve ser o filho mais velho, aquele que Kurenai disse ter vinte e oito anos. Pensou lembrando-se das poucas coisas que a governanta dissera sobre eles.

– Obrigada, Yahiko. É um prazer conhecer vocês – falou sorrindo para eles.

Eles ficaram extremamente surpresos com a gentileza repentina dela. Todos murmuraram algumas coisas ou acenaram reconhecendo a fala dela. Satisfeita, Hinata estava pronta para se levantar quando, sem entender como, um garoto de cabelos vermelho-fogo puxou sua cadeira levemente, ajudando-a a se levantar. Hinata reconheceu o garoto que a agarrar no começo daquela tarde. Suas bochechas coraram e o sorriso dele apenas aumentou.

– Senhorita Hinata é um prazer conhecê-la! Sou Sasori Traven e pode me chamar para qualquer coisa que precisar.

A insinuação na voz dele fez com que Hinata arregalasse os olhos e ficasse sem palavras. Ele beijou as costas de sua mão levemente e, quando ela estava agradecendo por ele estar se afastando, virou sua mão e lambeu bem em cima de onde podiam ser sentidos seus batimentos cardíacos. Ela estava tão confusa que não viu o loiro aproximar-se. Ele continuava com o mesmo sorriso maníaco no rosto, mas um brilho de divertimento transparecia em seus olhos.

– Haha, garota, você está perdida! Foi literalmente jogada na jaula dos leões. Hahaha – falou dando uma gargalhada.

– Pare de assustar a garota, Naruto. Ignore esta criatura – pediu Sasori piscando para ela.

Hinata olhou chocada para Naruto. Não sabia o que ele queria dizer, mas também não queria descobrir. Desvencilhou-se de Sasori e estava pronta para sair correndo quando o moreno de cabelos longos – que Hinata poderia apostar ser o segundo mais velho – parou no meio de seu caminho.

– Não fique assustada com meus irmãozinhos. Eles são muito inconseqüentes e gostam de assustar aos outros. Sou Itachi Traven – apresentou-se cheio de educação.

Ainda em estado de choque, Hinata concordou e aproveitou a oportunidade para arranjar uma distância decente de todos eles. Aqueles garotos eram loucos e, por um momento, ela ficou imaginando se aquele não era o motivo para a maioria das Irmãs virarem freiras. Vendo que ela estava assustada, o outro ruivo – muito parecido com o tal de Sasori – aproximou-se dela e parou a seu lado.

– Vamos logo, levar-te-ei até seu quarto e você poderá ficar longe de todos esses enlouquecidos – murmurou para ela.

Hinata não tinha muita certeza se deveria ou não confiar nele, mas estava tão assustada que concordou e quase saiu correndo atrás dele. Os que ficaram na sala apenas observaram um segundo mais novo levá-la para longe deles.

– Ele chamou-nos de enlouquecidos, mas ele não é um também? – perguntou Naruto caindo sentado e rindo.

Hinata suspirou aliviada ou ver seu quarto. Percebeu que o outro garoto ruivo passou reto, indo em direção a uma porta perto da sua. Com certa agilidade, ela apressou o passo e segurou a manga da camisa dele. Um olhar irritado foi lançado em sua direção, mas ela não recuou.

– Muito obrigada por ter me ajudado – falou gentil.

– Eu não te ajudei porque quis, só não agüentava mais ouvi-los tagarelar – respondeu mal-humorado. – Apenas não fique no meu caminho.

Ele virou-se e entrou em seu quarto, batendo a porta. A boca dela ainda estava aberta quando ela fechou a porta de seu quarto e jogou-se em sua cama, chocada. Eles são loucos. Onde eu fui me meter?Questionava-se confusa. Passou tanto tempo deitada que acabou adormecendo com as janelas ainda abertas.

***

– O que vocês acharam disso?

Todos os irmãos estavam jogados pela sala de descanso, nos fundos da Mansão. Eles resolveram que não iriam para escola, naquela noite, e juntaram-se, contra a vontade de todos, para discutir a nova surpresa de Minato. Nenhum deles gostava muito do pai, mas era verdade que eles não gostavam muito de mais ninguém a não ser deles mesmos.

– Creio que a mesma coisa que você, Itachi.

– Incomodo? Frustração? – sugeriu Itachi sério.

– Que tal diversão e felicidade? – comentou Naruto rindo.

Seus irmãos reviraram os olhos e apenas decidiram ignorá-lo. Naruto não era nada são mesmo. Itachi estava sentado o mais ereto que podia, ao lado de um Yahiko completamente jogado e de olhos fechados. Eles eram os dois irmãos mais velhos, os primeiros filhos de Minato. Logo depois deles vinham os gêmeos e seu irmão mais novo – Sasori, Gaara e Naruto, respectivamente. E todos eles eram sucedidos por Sasuke, o mais novo de todos eles. Este observava os irmãos com atenção, não gostara muito da garota atrevida que seu pai adotara, mas ficara curioso com a agitação crescente dos mais velhos.

– Naruto, que tal você ficar quieto? – pediu Sasori rindo. Naruto deu risada, ignorando-o e fazendo com que ele desse de ombros para os outros. – Eu tentei... Enfim, eu gostei dela. Acho que pode ser interessante tê-la por aqui.

– Claro que diz isso – falou Yahiko sarcástico. – Quando chegamos você estava bem grudado no sangue dela, não estava?

– Qual o problema? Estava apenas ajudando nossa nova irmãzinha – retrucou com um sorriso inocente.

– Se vocês não se lembram, Kurenai já avisou que não podemos tocá-la – comentou Gaara de repente. – Ordens diretas de nosso querido pai.

– E lá vem o estraga-prazeres – resmungou Sasori revirando os olhos.

– Eu não entendi uma coisa...

Todos se voltaram para Sasuke, o mais novo. Ele era o que falava menos e o que menos ficava perto deles, mas sempre quando tinha uma dúvida ela se fazia presente. O Traven menor ergueu o nariz, mesmo sabendo que seus irmãos mais velhos eram anos-luz mais sérios e experientes que ele.

– O que foi, Sasuke? – perguntou Yahiko solicito. Eles, todos, sabiam que o menor se esforçava ao máximo para chegar onde eles já estavam.

– Nós não podemos tocá-la, mas se ela é uma de nós, nem teríamos vontade mesmo – comentou calmo.

– Sasu, sasu, você ainda tem muitas coisas para aprender, não é? – questionou Sasori revirando os olhos.

– Se você não percebeu, ela não é uma de nós – Gaara concluiu o pensamento do irmão gêmeo.

Sasuke arregalou os olhos levemente, mas conteve-se. Os irmãos tinham razão em dizer que ele ainda tinha que aprender muitas coisas, mas nunca iria imaginar que seu pai mandaria alguém normal para morar com eles. Será que meu pai conhece os filhos que tem? Perguntou-se olhando para os irmãos.

– E, pelo jeito, Minato fez isso de propósito – comentou Itachi ainda mais sério. – Ela não é comum, se é que vocês perceberam... Afinal, não é normal que uma garotinha chame a atenção de todos nós.

Ele tinha razão. Todos ali tinham gostos muito diferentes e, mesmo assim, todos haviam notados a presença dela em sua casa. Um olhou para o outro. Esperavam que alguém se manifestasse, mas ninguém parecia querer se meter com a protegida de Minato. Os olhares se voltaram para o mais novo.

– Sobrou para você, Sasuke – avisou Naruto rindo ainda mais. – Vá ver se consegue descobrir alguma coisa sobre ela.

Bufando, o mais novo saiu da sala e bateu a porta com força. Os outros irmãos voltaram suas atenções para o que faziam antes: nada. Eles iriam apenas esperar para ver como seu irmão voltaria e o que ele diria sobre ela.

– Vamos fazer uma aposta? – ofereceu Sasori abrindo um sorriso inocente.

***

Kakashi parou ao lado de uma Kurenai bastante aflita. Olhou-a com curiosidade e começou a ajudá-la a organizar as coisas na cozinha. As novas empregadas estavam preparando-se para o verdadeiro jantar dos garotos e a governanta corria de um lado para o outro, ansiosa.

– Está tentando esconder tudo da garota? – perguntou o motorista curioso.

– Claro que sim! A ideia é que ela não descubra nada, por enquanto, pelo menos… Como vou fazer isso? Ela deve estar acordada, sendo torturada por eles, neste exato momento! – exclamou quase em pânico.

– Se você quer saber, Hinata está trancada no quarto dela desde a hora do jantar, porque deve estar dormindo, e os garotos estão jogando e fazendo o que querem na sala principal – informou o motorista segurando uma risadinha. – Fique calma, Kurenai. Você não confia mais em nosso chefe?

– No momento? Não muito… Quem é o louco que coloca uma garota inocente em uma casa cheia de… – ela parou no meio da frase, percebendo que estava quase gritando. Ela respirou fundo. – Em uma casa cheia de adolescentes com os hormônios à flor da pele?

– Essa foi a melhor desculpa que você conseguiu inventar? – perguntou gargalhando. – Por Deus, Kurenai, você é muito criativa!

– Desculpa?! Você sabe que não devemos falar aquilo em voz alta! – ralhou irritada.

Kakashi apenas continuou sorrindo, o que deixou Kurenai ainda mais irritada e bufando. Os dois trabalhavam para a família Traven desde antes de os garotos nascerem e conheciam muito bem seu chefe, bem o suficiente para que não duvidassem de suas decisões. Kakashi ergueu suas sobrancelhas e recebeu um olhar fulminante. Eram melhores amigos, mas suas personalidades diferentes impediam que pudessem conviver em paz.

– Fique tranqüila, Kurenai – pediu Kakashi ficando sério. – Tenho certeza que essa garota vai fazer muito bem para nossos garotos.

Kurenai suspirou. Espero que esteja certo...

***

As batidas soaram altas e Hinata pulou da cama, assustada. Por um momento, ela esqueceu-se de onde estava e como tinha ido parar ali, mas aos poucos ela foi despertando e reconhecendo sua nova casa. Hinata estava tentando acordar direito quando ouviu novas e insistentes batidas. Ela levantou-se devagar e foi com passos desanimados até a porta. Tomou um verdadeiro susto quando encontrou um dos herdeiros daquela mansão.

– Oi – cumprimentou hesitante.

– Olá, você está bem, senhorita Hinata?

Ela acenou positivamente com a cabeça, tentando se lembrar do nome daquele Traven. Frustrada, ela percebeu que ele fora o único que não se apresentara mais cedo e tinha sido ela para quem ela respondera antes do jantar. Vendo que ele não reconhecera seu aceno, suspirou.

– Estou bem sim, hã...

– Sasuke. Sou Sasuke Traven – completou o garoto. Ele parecia ser bem mais novo que todos os outros e isso fez Hinata lembrar-se de Kurenai. E as idades são variadas, mas o mais velho tem vinte e oito e o mais novo, quatorze. – Eu e meus irmãos ficamos preocupados com o jeito que você e Gaara saíram da sala. Tem certeza que está tudo bem?

– Tenho sim, hã, Sasuke. – respondeu ainda hesitante. Ele parece muito mais novo do que é. Pensou surpresa.

Ele observou-a por um tempo, procurava marcas que o irmão pudesse ter deixado, mas não ficou surpreso em não encontrar nada. De todos, os gêmeos são os mais controlados mesmo. Lembrou-se sério. Ficando um pouco mais relaxado, Sasuke resolveu ver o que conseguiria descobrir sobre ela. Ainda acho que meus irmãos estão errados, mas ela não um cheiro parecido com o nosso mesmo...

– Podemos conversar um pouco, senhorita Hinata? – perguntou educado.

Ela estava tensa e alerta. Uma ótima reação para quem estava no meio de tantos estranhos e Sasuke aprovou o instinto de sobrevivência da garota. Ela pareceu pensar por um tempo e ele estava quase acreditando que seria mandado embora quando Hinata abriu mais a porta e deixou que passasse.

Sasuke agradeceu por ser noite. Ele nunca vira qualquer janela da casa destampada e, como o ótimo observador que era, percebeu que aquilo fora feito de propósito. Minato realmente quer nos manter longe, não é? Perguntou-se surpreso. Ele foi até a cadeira perto da escrivaninha e sentou-se delicadamente. Hinata jogou-se em sua cama e ficou encarando-o com surpresa.

– Sobre o que quer conversar? – questionou a garota.

– Apenas queria saber mais sobre você. A verdade, senhorita Hinata, é que todos estamos curiosos sobre você, mas fui eu quem fiquei encarregado de vir perguntar – respondeu honesto.

– Resumindo, tudo que eu disser aqui você vai dizer para eles, é isso? – Hinata ergueu as sobrancelhas curiosa.

Sasuke concordou e ficou surpreso quando um sorriso divertido surgiu no rosto dela. Hinata ficou, visivelmente, mais relaxada e olhou para ele com ainda mais curiosidade. A surpresa deu lugar a suspeita.Não estou gostando do jeito que ela está me olhando...

– Então, Sasuke, que tal eu responder às suas perguntas e você responder as minhas? – sugeriu sorrindo. Ele recuou um pouco, não esperando por aquilo, e Hinata aproveitou para começar. – Vocês parecem não gostar de visitas, por quê?

– Porque, normalmente, elas são enxeridas – respondeu ríspido.

Claro que ela entendera a indireta, mas Hinata decidiu que iria ignorar os comentários espertinhos dele e apenas continuou sorrindo. Preciso de respostas, então vou ter paciência. Decidiu séria.

– Entendo isso. E por que vocês são assim, tão ariscos? – continuou sem perder o sorriso.

Sasuke ajeitou sua postura, interessado. A garota era esperta, muito mais do que esperava, e isso o deixou intrigado. Ela realmente não sabia nada sobre eles, mas não demoraria muito a descobrir. Ele sorriu abusado e estava com a resposta na ponta da língua quando Hinata continuou.

– Sinto muito, achei que vocês saberiam sobre minha chegada – falou repentinamente séria. – Sou uma órfã e, pelo jeito, seu pai é meu padrinho e era melhor amigo do meu. Não sei nada sobre minha família ou sobre como lidar com garotos, pois cresci em um convento, onde só havia mulheres. Espero poder viver com vocês em paz, ok? – ela parou e olhou-o séria. Sasuke ficou em silêncio por alguns segundos, mas assentiu. Ela não era má e, para sua surpresa, era extremamente inocente, por mais que não fosse boba. Hinata sorriu para ele mais uma vez. – Acha que seus irmãos ficarão satisfeitos com essa resposta?

Petulante. Pensou Sasuke rindo. Hinata ficou surpresa que ele tivesse a capacidade de sorrir, mas deu de ombros e aceitou que teria que conviver com pessoas esquisitas e quase bipolares. Espero que eles não mudem de ideia assim, tão depressa. Desejou esperançosa. Ela colocou-se em pé e esticou sua mão para ele. Este foi seu primeiro erro, de muitos, naquela casa. Ela ofereceu a mão machucada, com os curativos um pouco manchados de sangue. Claro que Sasuke estava consciente do cheiro delicioso que vinha do machucado dela e claro que ele mantinha-se afastado, para não desobedecer às ordens de seu pai.

O verdadeiro problema foi o horário. Como todos os outros, Sasuke estava acostumado a jantar, jantar de verdade, perto daquele mesmo horário. Resumindo, ele estava morrendo de fome. Vampiros sangue-puro podiam ficar dias sem nada, mas os Traven eram quase mimados quanto a isso, eles comiam duas vezes ao dia e ainda podiam tomar alguns goles se tivessem vontade.

Por isso e graças a pouca experiência do garoto em controlar os próprios instintos, quando Hinata aproximou sua mão para cumprimentá-lo e fazer um tipo de oferta de paz, Sasuke sentiu todos os pelos de seu corpo se eriçarem e não conseguiu evitar de pular na direção dela. Os dois caíram na cama e Hinata travou ao sentir os dentes dele perfurarem sua pele, sem mais nem menos. Seu sangue começou a ser drenado e ela sentiu seus olhos pesarem e o medo começar a dominá-la; já Sasuke, por outro lado, sentiu um êxtase maior do que qualquer outra vez que “comera” antes. Tirou os dentes do meio do caminho e lambeu as gotas que tinham escorrido pelo braço dela. Hinata olhou para ele apavorada e percebeu que seus olhos estavam amarelos opacos, ela começou a se debater e, pegando desprevenido com aquela resistência, conseguiu jogá-lo para o lado.

Ela não se deu ao trabalho de parar e olhar para trás, abriu a porta do quarto e saiu correndo do jeito que estava. Queria fugir. Precisava sair dali. Isso só pode ser brincadeira! Eles são loucos ou o quê?Perguntou seu cérebro extremamente racional.

***

Hinata só conseguiu correr até os jardins antes de seus joelhos cederem e ela cair no chão. Imaginou que estivesse anêmica e com a pressão baixa, pela falta de sangue. Forçou-se a ficar de pé, mas suas pernas não queriam responder aos seus comandos. Estava começando a cogitar a ideia de arrastar-se para fora dali quando ouviu passos lentos vindos em sua direção. Virou-se o melhor que podia e encontrou um dos irmãos – tinha quase certeza que seu nome era Sasori – vindo até si com as sobrancelhas arqueadas e uma expressão séria, muito diferente da que usara quando falara com ela pela primeira vez.

O pânico tomou conta dela novamente e, com um impulso, ela conseguiu ficar em pé, mas apenas por poucos segundos. Seus joelhos fraquejaram e ela pensou que cairia de cara quando Sasori deu três passos rápidos e segurou-a no lugar. Ela tentou se afastar, mas estava fraca demais. Ele analisou-a por alguns segundos e, com extrema facilidade, puxou-a para seus braços, como uma noiva.

– Solte-me – pediu apavorada.

– Você quer ficar jogada nesse chão frio? – questionou sério.

– Claro que não! Mas vocês são... Eu preciso sair...

– Não, não, senhorita Hinata – negou Sasori virando-se e voltando para a mansão. – Você não pode sair nesse estado, seria perigoso, e desnecessário. Não se preocupe, ninguém mais vai tocar você...

A voz dele ia ficando cada vez mais baixa e uma sonolência subiu pela cabeça dela. Hinata tentou manter-se acordada, mas seus olhos começaram a pesar e os olhos de Sasori pareciam realmente estar dizendo a verdade. Ninguém vai tocar em mim. Pensou antes de adormecer.

Sasori encarou-a por alguns segundos. O cheiro do sangue penetrava suas narinas, mas algo lhe dizia que seria errado macular – como Sasuke fizera – aquela menina. Ele ajeitou-a melhor em seus braços e levou-a de volta para a mansão. Seus irmãos tinham sumido, provavelmente estavam tentando matar Sasuke, mas ele apenas subiu as escadas e encontrou as portas do quarto dela abertas. Kurenai e Kakashi encararam-no com horror.

– Ela está bem? – questionou a, normalmente, estóica governanta de forma estridente. – O que aconteceu?

– Ela estava sangrando de seu machucado e, como Sasuke ainda é um pirralho sem controle, foi atacada sem cuidado – explicou depositando-a cuidadosamente na cama. – Ele quase secou a garota. Então posso afirmar, com quase certeza, que ela está anêmica e precisa, urgentemente, de comidas que reponham suas energias.

Ele falou para a governanta de forma rápida e precisa. Sasori, como seu irmão gêmeo, Gaara, era um dos mais controlados vampiros que existiam. Ele sempre falava como um médico quando seus outros irmãos ultrapassavam o limite que poderiam com suas “vítimas” e sempre os ajudava a salvá-las de seus excessos. Kurenai concordou com o que ele dizia e saiu correndo, porta a fora, para arrumar o que ele pedira.

– Pode cuidar dela enquanto resolvemos as coisas com Sasuke? – perguntou Kakashi olhando para o garoto.

Sasori acenou com a mão, mostrando que ele poderia sair tranquilo. Kakashi hesitou, preocupado com a saúde de Hinata, mas lembrou-se de com quem ela estava e saiu rapidamente. O Traven aproximou-se da cama, onde ela estava deitada, e jogou-se a seu lado. Estava cansado, deveriam ser quase duas horas da manhã. O tempo passa muito devagar para um vampiro. Pensou ajeitando-se de um modo que pudesse olhar para ela.

– Quem é você, Hinata? – perguntou para o nada.

***

Quando ela acordou, encontrou um Sasori adormecido e uma bandeja com várias coisas gostosas e cheirosas em seu criado-mudo. Uma pequena cartinha jazia ao alcance de sua mão. Sem fazer muito barulho e movimentos bruscos, para não acordar o ser assustador que estava dormindo ao seu lado, pegou o papel e abriu-o. Ele era bem simples e rápido.

“Senhorita Hinata, peço perdão pelo comportamento de Sasuke, irei ter uma conversa muito séria com esse menino e isso não irá se repetir. Coma o que conseguir e puder, sua anemia está quase curada, mas precisa alimentar-se direito. Ah! Antes que eu me esqueça, você pode confiar em Sasori, ele sabe ser irritante, mas ele salvou você e tomou conta de ti a noite toda. Ass.: Yuhi Kurenai.”

Hinata olhou hesitante para o lado e encontrou dois olhos castanhos encarando-a com um brilho divertido e curioso. Ela pulou para longe e ficou surpresa que ele não tenha impedido-a.

– Vejo que já está bem melhor – comentou o garoto sentando-se e se espreguiçando. –Isso é incrível. São poucas as pessoas que agüentam o tranco de um vampiro jovem e inexperiente.

– Vamp... Vamp... Vampiro? – gaguejou chocada. Lembrava-se vagamente de ter pensado naquela possibilidade, mas o medo fora maior e tinha esquecido-a. Agora, que ele tinha afirmado, parecia ainda mais impossível que antes.

– Não, não vampiro. Mas vampiros – ele fez questão de puxar o “s” para mostrar-lhe o plural. Hinata engoliu em seco. Eles são vampiros. Todos... Ela estava assustada demais para raciocinar e estava começando a ficar irritada com aquilo. Sasori virou-a para ele e sorriu malicioso. – Não precisa ficar com medo, iremos cuidar muito bem de você...

– Vocês não vão encostar em mim! – gritou colocando-se em pé.

– Não precisa se alterar – explicou Sasori calmo. Ele levantou-se e foi até ela. Hinata tentou se afastar, mas estava presa entre ele e sua escrivaninha. Ela parecia apavorada, mas não deixava de encará-lo com raiva. Sasori ficou intrigado com aquela reação, mas escondeu seu fascínio e continuou falando, agora sério. – Ninguém vai tocar em você. Foram ordens de meu pai, lembra? Pode confiar em todos os outros, mas tome cuidado com o Sasuke, ele ainda é muito novo.

Hinata encarou-o por mais um tempo, com dúvida. Mas vendo que ele não fazia nada, relaxou e concordou, ainda com suspeita. Sasori sorriu para ela e pegou sua mão com delicadeza, Hinata ficou tensa quando ele depositou um leve beijo em cima das duas marquinhas que o irmão mais novo deixara.

– Seja bem-vinda à nossa família, senhorita Hinata – desejou com um sorriso bondoso demais. Hinata sentiu um calafrio descer por sua espinha e engoliu em seco.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e deixem seus reviews! :3
Ficaremos a espera! Eu e a Blue :3333



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