Maybe I love you escrita por Aurora


Capítulo 4
III


Notas iniciais do capítulo

Gentiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii recebi uma recomendaçãããããão aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!!!!!
Ta bem, xilique off.
Augusto, você não sabe como me fez feliz. Tanto pela rec, quanto pelos coments de incentivo. Muito obrigadaaaaaaaa seu lindoooooo ♥
Cap especial, com pov da nossa querida. Espero que curtam.
Por favor, comentem, favoritem e façam a caralhada. No ultimo cap, só houve 1 coment, então eu não sei se vocês estão gostando ou até mesmo continuando a acompanhar a fic.
Beijokas da Aurora



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Capitulo Aurora

Eu nunca fui uma garota sociável. Bom... Nunca me deixaram ser.

Desde pequena, os grupinhos de meninas gostavam de me excluir. E isso doía. Bastante.

Acho que a única coisa que salvou minha infância foi à aceitação de alguns meninos nos tempos da pré-escola.

Por ser muito pequena e conviver, principalmente, apenas com meus pais, eu não conseguia entender direito a maldade de algumas crianças. E muito menos o por que de dirigirem ela para mim.

Perdi as contas de quantas bonecas e brinquedos eu pedia para minha mãe comprar, na esperança de finalmente ser aceita naquela mini elite. Logicamente mamãe sempre indagava, questionando do por que de eu precisar de tantos brinquedos. Dona Layla não era fácil de enrolar não, porém, eu apenas fazia pouco caso e desconversava.

Os anos foram passando, eu fui crescendo, e bom... Parando de me importar. Não ligava mais de passar meus intervalos comendo dentro da sala, ou fazendo trabalhos em equipe sozinha.

Até um certo dia, e uma certa pessoa entrar na minha monótona vida. Derik Weber.

Ele foi meu primeiro amigo real. Sabe aqueles que te fazem rir e chorar por besteiras ditas? Então, ele mesmo. Além de finalmente ter duplas nos trabalhos e companhias nos intervalos.

Graças a ele eu entendi a razão de tanta exclusão social para cima de mim.

Eu era bonita.

Não me entendam como metida ou qualquer outra coisa ok? Pois eu realmente não sou. Muito pelo contrário eu diria. Foi com muito custo e muita paciência de Derik, que eu aprendi a gostar de mim mesma. Ainda aprendo para ser sincera.

Mas bom, era por isso. E depois da "abertura dos olhos", eu realmente comecei a reparar nos olhares estranhos e cheios de segundas intenções dos meninos da escola para cima de mim. E isto deixava aquela panelinha paranoica, sentindo-se ameaçada. E bum, alone feita.

Em certa manhã de certo sábado, eu estava jogada na cama do meu quarto, lendo algo qualquer. Acho que era algum livro de distúrbios psicológicos... Ei, calma ai! Eu posso explicar.

Pais psicólogos.

Ok era realmente contraditório ter pais psicólogos e ser uma excluída socialmente. Mas como eu disse, chegou uma época em que eu simplesmente parei de me importar. E sinceramente, nunca faltou atenção para mim. Se tinha algo que eu agradecia aos céus todos os dias, era ter os pais que tenho.

Mas voltando a história, eu estava jogada na cama, quando mamãe entrou no meu quarto e soltou a bomba. Iríamos nos mudar. Para Malibu. Sim, você não leu errado. Malibu!

E bom, definitivamente minha mãe pensou seriamente em me tratar, pois ela sabia que eu não gostava de sol. Porém, mesmo assim, me joguei em cima dela, soltando gritinhos histéricos que doeram até meus próprios ouvidos.

Se eu estava feliz? Lógico! Eu não suportava mais as pessoas de New York, tudo que eu precisava no momento eram pessoas novas na minha vida!

A mudança realmente não demorou a acontecer. Em menos de três semanas já estávamos nos instalando na nova casa. Ela era bem menor em relação à antiga, porém eu não poderia estar mais agradecida. Casas grandes me davam arrepios. Principalmente quando se precisa ir ao banheiro de noite. Não me julguem, mas eu puxava a descarga e saia correndo, trancando um grito na garganta.

Não posso dizer também que a mudança foi fácil, pois seria hipocrisia. Eu já morria de saudades de Derik e suas idiotices que alegravam meus dias. Foi horrível ter que me despedir dele, porém ele me tranquilizou, pedindo para entrar no skype sempre que possível para contarmos as novidades um para o outro. E bom, graças a isso, eu comecei a me interessar pela internet, e inevitavelmente por jogos online e gritarias histéricas nas redes de comunicação de jogos, entre várias partidas.

Algumas semanas se passaram desde a nossa mudança, quando finalmente — ou tristemente — mamãe me matriculou na Prats Hight School. Não me perguntem de que buraco saiu esse nome, pois eu realmente não faço a mínima ideia. Aliás, eu me questiono sobre isso até hoje.

Minha chegada ao colégio foi horrível. Só para começo, eu não pude nem me preparar psicologicamente, pois a escola ficava a menos de 20 minutos da minha casa. O único conforto que eu tive, foi à companhia da minha mãe até o portão de entrada.

Na entrada — depois de um breve "boa sorte" da dona Layla e uma passada na secretária para pegar meus horários — eu percebi que já estava tudo silencioso de mais. E foi ai que eu me toquei que o sinal já havia tocado.

Depois de uma breve corrida — e uma leve "topada" no extintor de incêndio — eu consegui achar a sala de Biologia.

Entrei tentando ajeitar a droga dos cabelos. Por sorte, a aula ainda não havia começado.

Falei brevemente com o professor, e para minha felicidade, ele fez questão de me apresentar para a sala.

Ignorei completamente os olhares curiosos para cima de mim. Vaguei os olhos pelo ambiente, sem realmente ver nada, até que algo prendeu minha atenção.

Um amontoado de cabelos negros e revoltos. Um garoto para ser mais exata. Sentado no fundo da sala. Sozinho.

Talvez eu tenha enlouquecido, porém algo me chamou atenção nele. E não, não era sua beleza, apesar de eu ter que admitir que ele era realmente muito decente.

Algo em seu jeito... Me... Interessou.

Sem pensar muito no que ele - e qualquer pessoa daquela sala pensaria - fui em sua direção. Pude jurar que vi uma expressão um tanto..Incrédulo... Maravilhada? Quando me sentei ao seu lado.

Não me perguntem o que houve, mas eu realmente senti uma vontade incansável de conhecê-lo. E consegui, depois de alguns dias falando sem parar – uma novidade até para mim.

Noah Thompson. 17 anos. 23/11. Sagitariano. 1,84. Olhos castanhos, viciado em jogos. Shema assumida. Mais engraçado do que aparentava. Um pouco sem graça quando o assunto eram coisas diferentes e uma mãe louca adorável. Sim, eu consegui arrancar isso tudo dele sem o ser ao menos perceber.

Bom, depois de algum tempo, viramos realmente amigos.

Conheci a tão falada mãe maluca, Amy. Não posso dizer que foi uma experiência normal, pois foi realmente estranha. Ela jurava que eu era algum casinho do filho, mostrando-me até a aliança da avó do garoto, dizendo que em breve seria minha. Depois do que pareceu uma eternidade, ela pareceu entender que éramos apenas amigos. Ou pelo menos fingiu entender, pois sempre que estávamos sozinhas, ela fazia questão de insinuar algo relacionado a mim e a Noah juntos. Apesar disso, eu realmente aprendera a amar Amy. Principalmente depois de saber sua história amorosa com o pai de Noah e a tragédia sucedida a ela.

Bom, depois de um ano minha amizade com Noah apenas aumentou. Mas nem tudo eram flores e o passado voltou a me assombrar. Não necessariamente algo do passado, mas sim uma situação. Uma situação que veio juntamente com o diabo disfarçado de garota. Lisa.

Ela realmente não ia com a minha cara. Eu não entendia até Thomas — simplesmente o garoto mais desejável "escolarmente" falando — começar por alguma razão, a querer bater papo comigo. Claro que no momento em que eu vira Lisa piorar suas atitudes comigo, eu percebera que a razão de tudo era o garoto. E bom, apesar de eu ter um gênio meio difícil, eu nunca me metera em brigas. Não era agora que eu começaria. Por isto, evitava a todo custo Thomas, por temer que as atitudes da cacatua — apelido carinhosamente dado por Noah — piorassem.

Para minha infelicidade, pioraram.

Hoje pela manhã, graças ao meu querido Thomas, Lisa chegou ao estopim. E pelo visto, se aproveitou de o banheiro feminino ser distante do masculino para tirar satisfações. Ouvi todo o blablabla de sempre, de que Thomas era dela e não sei o quê. Talvez pelo fato de eu não ter dado muita bola, que eu tenha me ferrado e não tenha visto as duas garotas fora do banheiro.

No momento em que eu sai, senti duas mãos agarrando meus cabelos com força, me jogando contra uma pia. Senti uma dor aguda na coluna, e eu arquejo saiu por minha garganta.

Não sei muito bem o que aconteceu, pois minha mente parece ter pifado. Apenas senti diversas pancadas em meu estomago, antes de sentir a ânsia subindo por minha garganta, e ser jogada no chão do banheiro.

Não ouvi o que Lisa falou após isso, apenas vi a figura de três garotas saindo pela porta.

Depois de algum tempo, consegui me erguer — apesar de não me lembrar de como cheguei ao chão — apoiando as mãos na porcelana da pia.

Minha barriga doía. Muito.

Respirei fundo, evitando encarar o espelho. Sei que não havia nada em meu rosto, porém temia começar a chorar caso visse meus próprios olhos refletidos. Eu não sabia mais o que fazer.

Estava a ponto de pedir aos meus pais para nos mudarmos novamente, porém não conseguia me imaginar mais sem Noah. Isso assustava um pouco, já que eu nunca fui apegada emocionalmente a ninguém além de meus pais.

Com certeza esse garoto havia feito algum tipo de macumba para cima de mim.

Depois da aula, como esperado, eu contei tudo a Noah. Mais incrível e assustador ainda, foi sua reação.

Ele queria vingança. Por mim.

Eu realmente não sabia se ficava apavorada ou admirada.

Assim como eu, Noah nunca foi adepto a qualquer tipo de violência. Por isso eu nunca o deixava fazer algo a respeito das piadinhas de Lisa e sua gangue. Porém... Desta vez foi diferente. Por alguma razão, eu sentia que mesmo eu querendo, não iria conseguir impedi-lo.

Fiquei me remoendo a tarde inteira, pensando em diversas ideias absurdas. Desde covas, até os esgotos.

Eu sabia que havia sido algo absurdo, e que deveria ter procurado a diretora ou qualquer pessoa da escola, no momento em que aquilo ocorreu. Mas eu sabia que não iria adiantar nada. Pelo menos não sem provas. Até porque, era eu, contra três vagabundas disfarçadas de santas.

Também havia decidido não contar nada aos meus pais. Pelo menos não por agora. Eu já estava me enervando de mais imaginando o que Noah havia aprontado. Além do que, eles não precisavam de mais problemas. Em New York, quase vi o casamento deles desabar por conta de problemas do trabalho e a falta de tempo para os dois. Por isso, quando viemos para Malibu, eles fizeram um trato. Pelo menos nos fins de semana tirariam um tempo para os dois. Logicamente com a minha amizade com Noah, eles se acalmaram mais, pois sabiam que eu passava as noites na casa de Amy. E eu realmente não me importava.

Por ainda ser dia, eles estavam no trabalho. O que não me ajudava, pois eu ficava mais nervosa ainda, pensando no que Noah queria fazer.

Comi uma maça, ligando a TV em alguma programação com desenho, esperando o tempo passar.

Noah havia me mandado uma mensagem, falando que avisaria quando eu poderia aparecer na sua casa.

Opa, mau sinal.

Por quê? Pois eu não tinha horário para ir lá! Eu simplesmente aparecia quando eu queria e pronto. Assim como ele aparecia aqui quando ele queria. O que era bem inconveniente às vezes, pois ele fazia questão de entrar pela janela do meu quarto. Não pensem besteira, por favor.

Logicamente meus pais ficaram sabendo disso. E logicamente foi um inferno explicar o que realmente estava acontecendo. Nada.

Depois das diversas vezes que Noah insistira em entrar pela janela, meus pais acostumaram, e agora nem ligavam mais. Porém sempre me mandavam trancar a janela de noite. Como se isso fosse adiantar em algo caso ele quisesse aparecer por aqui.

Acho que consegui vagar tempo o suficiente, pois dei um pulo quando escutei meu celular apitar, avisando que eu possuía uma nova mensagem.Por mais idiota que possa parecer, meu coração acelerou quando desbloqueei a tela, e vi “ Noah lombridex” escrito ali. Abri a mensagem, lendo aquelas simples palavras, que tiveram o efeito de me fazer ficar mais nervosa do que eu já estava.

“Tudo liberado. Já pode vir”.

Respirei fundo, antes de sair de casa, trancando a porta.

Seja o que Noah quiser.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Por favor me digam o que acharam >.< Ahh me digam o que acharam da nova capa também. Eu ainda tenho a antiga, porém eu adoro fazer capas uahsuahsau Achei muito divertida :3 Inté a próxima pessoas!



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