Maybe I love you escrita por Aurora


Capítulo 3
II


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi povo! Meu Deus, me perdoem mesmo pela demora. Eu estou me esfaqueando aqui nesse momento por vocês aushaushau
Mas não vou enrolar. Só gostaria de pedir para que favoritassem, comentassem, recomendassem e fizessem o saralho a quatro para ajudar a fic!
Beijos ♥



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Acordei com um barulho irritante apitando sobre a minha cabeça. Com os olhos extremamente pesados, tateei o criado mudo tentando desligar a droga do despertador.

Depois de algum tempo — e alguns resmungos de Aurora — consegui desligar aquele mini demônio disfarçado.

Cocei os olhos, suspirando. Aula...

Levantei-me lentamente, sentindo as costas estalarem. Sim, eu realmente tinha dormido no chão, com apenas alguns edredons disfarçados de colchão. Eu até achei que tinha saído vitorioso quando depois das três da manhã vi a nojenta dormindo, porém só foi eu descansar a cabeça no travesseiro, para ela me empurrar com o pé para fora da cama. Mulheres...

Me espreguicei, sentindo todos meus ossos estalarem, e músculos esticarem. Balançando a cabeça tentando afugentar um pouco o sono, fui até a MINHA cama, balançando Aurora.

— Tá na hora de acordar bonitinha. — Disse sorrindo. Uma coisa que a praga odiava, era ser acordada. E adivinhem? Eu adorava.

Ela resmungou algo que eu não consegui identificar, fazendo uma careta. Grrrr essa era a parte que eu não gostava! Por que você tem que ser tão fofa?! — Vamos Aurora, temos que ir pra aula.

— Só... Mais... Cinco... Mi... Nutos mã......ãe. — Okay, por que eu não estava gravando isso mesmo?

— ACORDA! — Exclamei, me afastando rapidamente. Ela deu um pulo tão alto, que por um momento achei que fosse bater a cabeça no teto.

— Ahn?...O... Que?... Noah? — Murmurou, olhando ao redor. Um dos problemas de Aurora, era sua extrema confusão de manhã. Quem a olhasse, diria que ficou se chapando a noite inteira. Acreditem, até minha mãe já pensou isso.

— Olá chapadinha.

Seu cenho começou a franzir, e ela grunhiu, cobrindo sua cabeça com o edredom. Lá vamos nós de novo...

— Ah Au, qual é! Toda vez que você dorme aqui eu tenho que me ferrar pra te acordar. – Reclamei, puxando seu edredom. Ela bufou.

— Não me chame de Au... Me faz parecer uma cadela. — Disse irritada, com a voz levemente rouca. Revirei os olhos, sorrindo.

— Levante logo que eu paro. Anda anda anda!

— Nós não podemos mesmo faltar hoje? — Questionou, sentando-se na ponta da cama. Eu juro que não sou de reparar nessas coisas, mas o cabelo dela parecia um ninho de passarinho.

— Não, não podemos. Temos trabalho para fazer. Anime-se, hoje é sexta. – Disse, pegando qualquer roupa no armário. Escutei ela suspirar.

— Tudo bem... — Murmurou.

First fight, I won.

Fui para o banheiro, me trocando rapidamente. Fiz tudo o que tinha que fazer se é que vocês me entendem, e rumei para a cozinha. Minha mãe já havia saído para o trabalho, então o café já estava preparado em cima da mesa.

Coloquei o leite em duas canecas, enfiando-as no micro ondas. Quando os 30 segundos passaram, Aurora entrou na cozinha. Revirei os olhos quando a vi com minha camiseta “ganko por gemas” do Smite. Uma mania horrível devo acrescentar. Eu sempre tinha que comprar camisetas novas, pois ela furtava as minhas.

— Amy já foi? — Perguntou, tirando as canecas e colocando-as na mesa.

— Sim. Ela falou deixou um bilhete dizendo que precisava resolver algumas coisas do seu novo caso. Protocolo ou sei lá o que. — Murmurei, vendo o pequeno papel colado na geladeira. Peguei algumas coisas dentro dela, sentando-me em seguida.

— Ah... Me passa o pão fazendo o favor? — Pediu, estendendo o braço. Estendi o pacote com pães, enquanto colocava o café na caneca.

Minha mãe era advogada, então quase sempre estava fora de casa. Eram raras as vezes que nós a víamos de dia.

Você deve estar se perguntando: Noah, você não tem pai não?

Bom, não.

Meu pai foi morto quando eu tinha 13 anos. Trágico né?

Ele era policial, ou algo do tipo. Já deu para ver o casal justiça, acertei?

De qualquer jeito, na época foi horrível.Eu perdi o único cara que me entendia, e dona Amy o amor da sua vida. Por conta disso mamãe ficou doente. No começo era bem assustador. Ela tinha síndrome do pânico, e estava dando indícios de depressão. Imaginem um garoto de 13 anos tentando cuidar da mãe depressiva e paranoica? Sim, ela também jurava estar sendo perseguida 24 horas por dia.

Depois de alguns meses de tratamento psicológico, e muitos remédios, ela conseguiu voltar a ser relativamente à mesma. Tirando essa obsessão por poros. Isso eu nunca iria entender.

— Noah! — Exclamou Aurora, tirando-me de meus pensamentos.

— Hm?

— Ande logo ou vamos nos atrasar. E eu realmente não estou com paciência para aturar as piadinhas da Lisa. — Resmungou, levantando-se da cadeira, e colocando suas coisas na pia.

Lisa Rubs era uma garota esnobe que importunava Aurora desde o dia em que ela pisara naquela escola. Eu diria que é extremamente clichê, mas a garota é nada mais nada menos, que a capitã das lideres de torcida, acreditem.

Aurora e principalmente eu, também nunca havíamos entendido essa cisma da garota com ela, porém, depois que Thomas Rian, — clichê ativado novamente — capitão do time de futebol americano, começou a insistentemente puxar papo com ela, começamos a desconfiar do porque. Desde então ela tentava ao máximo se afastar do garoto, que parecia não entender que ela NÃO QUERIA FALAR COM ELE. O que sim, eu agradeceria eternamente, porém ela não precisava saber.

Enfiei o ultimo pedaço de pão na boca, empurrando-o garganta abaixo. Peguei as louças, jogando-as na pia também. Se minha mãe estivesse aqui, provavelmente já teria me dado um tapa no pé do ouvido.

— Já terminei, só vou pegar minha mochila.

— Não esqueça a janela aberta dessa vez. — Debochou, saindo pela porta destrancada. Revirei os olhos. Você comete a cagada uma única vez na sua vida, e te enchem o saco para o resto dela.

— Vai ver se eu estou na esquina. — Resmunguei, depois de pegar a minha mochila e verificar as janelas. Sim, eu realmente havia ficado traumatizado.

Você deve estar se perguntando o que aconteceu.

Bom, em um belo dia, eu estava realmente atrasado, e adivinhem? Eu precisava fazer uma prova na primeira aula. Minha mãe, como sempre, não estava em casa quando eu acordei, então tive que fazer tudo na maior velocidade do mundo. O problema, é que eu esqueci a janela do meu quarto aberta, e quando voltei da escola, metade das minhas roupas haviam sido roubadas. E bom, nem Aurora eu poderia culpar por isso, pois ela estava na escola comigo. Como já devem imaginar, apanhei da minha mãe, e estou sendo irritado eternamente.

— Já começou seu turno? Que menino trabalhador. — Debochou, dando aquele sorrisinho cínico.

Suspirei irritado. E eram nessas horas que eu me odiava por não saber lhe responder a altura...

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Após 15 minutos de caminhada, chegamos a nossa querida produtora de vagabundos em massa. Uma coisa que eu agradecia a minha mãe, era a escolha da casa. Ficava extremamente perto da escola, o que me poupava ter que dirigir. O que é ótimo, já que eu não sei dirigir. Podem me zoar, eu nem ligo.

Depois de entrarmos no ninho de cobras, e irmos diretamente para a porta da sala da nossa primeira aula, me virei para Aurora, que estava com uma careta estranha. Suspirei. Apesar de ser uma garota extremamente inteligente, eu sabia que ela odiava a escola. E as razões, incrivelmente, não eram as matérias.

— Ei...

Dei um peteleco de leve em sua testa, fazendo-a olhar para mim.

— Não fique assim. É só não dar bola.

Ela deu um sorriso irônico, franzindo o cenho.

— O que eu faço todo dia é não dar bola Noah. Eu só quero terminar logo essa droga de escola e sair desse inferno. — Murmurou, coçando a testa. Franzi os lábios. Eu odiava não saber o que falar.

Algo no final do corredor fez Aurora endurecer. Olhei também, vendo o tal Thomas sorrindo, vindo em nossa direção. O que realmente não era muito bom, já que o corredor começava a se encher de alunos curiosos.

— O que acha de entrarmos? — Propus, pegando em sua mão gelada. Talvez um pouco possessivo? Talvez. Mas só um tiquinho, eu juro.

— Acho uma ótima ideia... — Respondeu, me puxando para a sala vazia. Nos sentamos no nosso lugar de sempre — lê-se fundo da sala. Uma coisa que eu gostava em Aurora, era a sua mania de não querer me deixar sozinho e de se auto deixar sozinha. Tudo bem, mas por que eu estou falando isso? Bom, pelo simples motivo de ela ter conseguido convencer a mãe a colocá-la em todas as aulas junto comigo. Foi um pouco estranho no inicio, pois achei que sei lá, ela poderia ser uma psicopata disfarçada. Esse pensamento não mudou muita coisa, porém agora ela era uma psicopata amiga. E confesso que foi muito útil, já que eu conseguia ficar de olho nos urubus que rondavam minha nojenta.

Depois de jogarmos nossa mochila de qualquer jeito ao lado da cadeira, e praticamente deitar na mesma, o tal Thomas entrou na sala, olhando ao redor. Lisa estava logo atrás, com uma de suas... Amigas (?). A expressão não era a das melhores. Senti Aurora ficar tensa, se aproximando de mim. Peguei sua mão na minha, apertando-a levemente. Ela sorriu minimamente, encarando o quadro.

— O.. Oi Aurora. — Murmurou alguém, chegando ao nosso lado. Virei minha cabeça, assim como ela, vendo Thomas com um maldito sorriso no rosto. Desgraçado. Aquele cabelo preto todo arrepiado, o sorrisinho de "bom moço" e aqueles olhos escrotamente claros não me enganavam não. Talvez eu tenha sentido uma invejinha e uma vontade mínima de voar em seu pescoço? Talvez. Porém, pensando melhor — e olhando a droga daqueles braços gigantes — a vontade passou na mesma velocidade em que veio. Será que isso era frango com batata doce, ou esteroides?

— Olá. — Respondeu simplesmente, soltando minha mão, e pegando seu caderno na mochila. Fiquei parado, apenas vendo o que aquele marmanjo iria falar.

— Eu...

— Tooom! — Exclamou a ruiva gralha, fazendo o cara suspirar. Se fodeu HÁ.

— Eu... Tenho que ir... – Falou, apontando para Lisa. Eu ainda não conseguia entender qual a relação desses dois.

Aurora deu de ombros.

— Tudo bem. — Respondeu, pegando uma caneta, e abrindo seu caderno.

O cara ainda ficou abrindo e fechando a boca algumas vezes, que nem um peixe morrendo.

Vaza daqui cara! Ela não te quer só aceita miserável!

— Até... Depois. — Murmurou, indo para o lado daquele ser não identificado. Sério, qual era o problema das garotas, que deram para virar tudo ruiva? Não sabem que existem outras cores de cabelo não? Eu aguardava o momento aonde só iria se vez pica- paus nessa escola.

Aurora não respondeu nada.

Ah Deus! Como eu adorava esse lado ignorante dela!

— Você está bem? — Sussurrei, virando a cabeça em sua direção. Ela apenas assentiu.

Olhei para frente novamente, vendo a cacatua fuzilando minha nojenta. Eu juro para vocês que eu iria perguntar se ela havia perdido o alpiste aqui, porém quando abri minha boca para provocar, o professor de filosofia — meu ídolo para a vida — entrou na sala. Caramba, quando o sinal bateu?

— Apenas lápis, borracha e caneta em cima da mesa. Vocês têm 45 minutos para terminar esse trabalho. — Indagou simplesmente, começando a passar as perguntas no quadro. Senti até meus olhos marejarem de emoção. Esse cara é um gênio.

Claro que metade da sala não concordava, o que sempre gerava xingamentos direcionados a ele. O Sr Cooper apenas ignorava. Ele se tornava dez vezes mais foda.

Estralei os dedos das mãos, arrancando uma folha de caderno, e tirando a tampa da minha caneta.

— Lá vamos nós então.

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As aulas passaram incrivelmente rápido. Quando notei, já estava na hora de irmos para casa.

Não foi um dia de muita ação. A única coisa emocionante foi à fila que eu tive que enfrentar para pegar alguma comida na hora do intervalo.

Aurora continuava extremamente calada, o que me deixava muito angustiado. Ela não era e nem nunca foi assim.

Já estávamos quase chegando as nossas casas, depois de uma pequena caminhada silenciosa, quando decidi interrogá-la.

— Tudo bem, me fale agora o que houve. — Pedi, parando de caminhar, e me colocando a sua frente. Ela empacou, suspirando.

— Lisa me abordou no corredor quando fui ao banheiro. — Disse simplesmente.

Levantei uma sobrancelha.

— O que ela fez. — Questionei duro. Sim, eu sabia ser sério quando era necessário.

Aurora fez uma careta.

— Ela não fez nada Noah... Vamos logo para cas...

— O que ela fez Aurora. — Repeti, dando um passo em sua direção. Ela mordeu o lábio inferior, franzindo o cenho. Sim, havia realmente algo errado.

Para a minha surpresa, ela levantou levemente minha blusa que estava em seu corpo, deixando sua barriga lisa a mostra. Porém, o choque não veio por isso. Veio por conta de uma enorme mancha meio roxa que se formava ali.

Senti meu maxilar travar, e minhas mãos fecharam-se em punhos.

— De acordo com ela, ninguém lhe tira o Thomas. E bom... Você sabe que eu não curto muito agressão... — Murmurou, abaixando a blusa. Apesar de totalmente irritante, Aurora era extremamente pacifista. Eu odiava esse seu estilo nesses momentos.

Fechei os olhos, respirando fundo.

— Vá para a sua casa. Depois nos falamos.

Sua expressão ficou confusa.

— Você vai fazer o quê?... — Questionou preocupada. Sim, ela me conhecia bem o suficiente para saber que eu não estava para brincadeiras.

— Eu nada.

— Então o qu...

— Nós vamos. — Respondi, agarrando as alças da minha mochila. Por um momento ela pareceu achar que era brincadeira, porém quando viu que eu não mudei minha expressão, vi pela primeira vez o rosto de Aurora ficar assustado.

— Não não não... Eu... Noah por favor, não faça besteiras ok? Não foi nada demais e...

— Já chega Aurora. — Cortei-a — Uma coisa é lhe agredirem verbalmente. Isto, por mais nojento que seja eu posso aguentar por você. Mas isso — Apontei para a sua barriga — Já é de mais.

Ela não falou nada. Apenas ficou encarando-me, com os olhos levemente arregalados. Eu até a entendia. Eu NUNCA havia feito nada. Sempre havia acatado seus pedidos. E sim, eu me sentia um extremo covarde, porém eu o fazia para não arranjar mais problemas para a garota a minha frente. Mas já era hora de mudar essa história.

— Vejo você depois. Fale para sua mãe que eu aceitei ela no Face, e que não é para ficar pedindo coisas no Farm Ville. — Disse sorrindo, e virando as costas para a menina ainda petrificada no meio da rua. Conforme rumava para a porta da minha casa, meu sorriso foi se desfazendo. Algumas ideias começavam a se formar em minha mente, enquanto destrancava a porta.

Eu iria mostrar, que a única pessoa que poderia mexer com a minha nojenta, é Noah Thompson.


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Notas finais do capítulo

Smite: É um jogo do estilo MOBA.

Bom é isso pessoas. Espero que gostem. Eu comentei no face que estava passando por problemas, então me perdoem se o cap não ficou tão bom. Maaas, desde já agradeço quem está acompanhando a fics



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