Eu via seu corpo dias depois do ataque a Trost. Não tinha como ser ele. Não podia ser ele.

— Recruta, você sabe o nome dele?

— Eu... Eu não tenho certeza... Eu... não sei.

Uma aflição começou a me assolar. Marco... Está morto?

A noite chegou e aquilo martelava na minha mente. Todos nós estávamos ao redor da grande pira, o medo estampado em nossos rostos.

Antes que eu percebesse, comecei a perscrutar Marco em meio à multidão. Sasha, Connie e até mesmo Eren estavam lá. Todos, menos Marco.

Quando eu já tinha desistido e começaria a aceitar que nunca mais veria meu amigo, uma voz embargada me chamou.

— Jean! É você? — o sardento me olhava com lágrimas escorrendo pelo rosto.

— Marco! — pulei em seus braços e o abracei como se não houvesse amanhã.

— Eu pensei... Pensei que eu tinha te perdido.

— Eu também, Marco. É tão bom te ver! — sequei suas lágrimas com os polegares. — Eu nunca vou te abandonar, ok?

Ele assentiu e me pressionou contra si.

— Obrigado, Jean. Por existir. O mundo não seria o mesmo sem você. Eu fiquei com tanto medo!

— Calma. Eu tô aqui agora.

— Jean — hesitou —, eu te amo.

— Eu também te amo — sorri.