— Jean, você gosta da Mikasa? — Marco perguntou subitamente. Estávamos na minha casa estudando.

— O-o quê? — gaguejei como se não tivesse ouvido.

— Jean, não me faça reiterar! Eu sei que você ouviu.

— Por que você quer saber disso assim, do nada? — perguntei encarando meus próprios pés.

— Porque sim! — retrucou.

— Pra que você quer saber?

— Não dá pra você responder?

— Se eu te responder, você vai quere saber outra coisa, a qual eu não tenho a menor intenção de falar.

Marco me olhou com cara de cachorro perdido e não pude resistir. Bufei.

— Não, eu não gosto da Mikasa!

— Você... gosta de alguém? — perguntou com o olhar perdido.

— E essa é a pergunta que eu não quero responder!

— Por que não?

Dei de ombros e dirigi meu olhar ao chão.

— Porque eu tenho medo da sua reação — murmurei.

— Me conta. Por favor — implorou após uma longa pausa.

Suspirei pesado: — Eu não posso gostar da Mikasa se estou apaixonado por você — respondi, receoso, com o olhar fixo ao chão. Esperei por uma tapa, mas, quando ergui minha cabeça para vê-lo, ele sorria.

— Seria estranho se eu dissesse que também estou apaixonado por você?

— Não, meu Jesus sardento. Nem um pouco — sorri e beijei-o.