Aventuras em 77 escrita por pureblackgalaxy


Capítulo 32
31- A derrota de Lord Voldemort


Notas iniciais do capítulo

Gente, ainda falta o prólogo, mas já estou com saudades )):
Gostaram da história ?



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LEIAM AS NOTAS INICIAIS !

Pov Alvo Potter


Pouco tempo se passou desde a minha " conversa" com Snape, mas eu já tinha perdido ele de vista, e Scorp também. O castelo estava um caos, com boas partes destruídas e vários corpos espalhados, alguns comensais da morte já haviam abandonado o campo de batalha, o que , com certeza, deve ter deixado Voldemort furioso. Avistei Dumbledore de longe, lutando com extrema facilidade com alguns comensais, nocauteando-os os os petrificando.
Comecei a correr, procurando por algum dos meus irmãos ou dos marotos, até que localizei minha irmã , bem a tempo de vê-la lançando uma azaração tão forte em Lestrange que, pego de surpresa, foi lançado ao longe e bateu a cabeça na parede.
— LILY ! - Eu gritei e ela me olhou, abrindo um enorme sorriso de alívio enquanto corria em minha direção. Eu a abracei com força - Graças a Mérlin, você tá bem ? - Eu perguntei, segurando o rosto dela com as duas mãos.
— Nunca estive melhor ! Eu matei a cobra - Ela disse e eu arregalei os olhos.
— Então quer dizer que..
— Sim Al, agora é só ele ! Precisamos falar com Dumbledore, ele nos ajudou tanto - Lily sugeriu e eu suspirei, cansado. Dumbledore já tinha sumido da minha vista , e procura-lo no meio de tanta gente era uma ideia tentadora e suicida ao mesmo tempo.. mas acho que agora é tarde demais para pensar em ideias suicidas, ao menos para alguém que já viajou mais de quarenta anos no tempo e destruiu sete partes da alma de um bruxo completamente maluco, para impedi-lo de continuar a fazer atrocidades, e a destruir vidas no futuro.
— Ele estava aqui por perto a pouco tempo atrás, espero que não esteja longe - Eu disse e ela me olhou, assentindo - Então vamos logo - Eu disse e a puxei pela mão , correndo em meio as pessoas e desviando dos diversos feitiços, que saiam das varinhas como verdadeiros fogos de artifício. Bellatriz Lestrange duelava ferozmente com Sírius, ambos tinham olhares furiosos nos olhos , alguns machucados e diversos rasgos pelas vestes até que, pega de surpresa, Bellatriz não conseguiu bloquear um feitiço não verbal do primo e foi atingida, sendo arremessada contra uma pilastra que, já frágil, não demorou a cair em cima de Bellatriz.
Eu queria dar um sonoro berro de alegria, mas fui contido por um puxão de Lily, indicando que deveríamos continuar a correr, pois estávamos parados no meio de um campo de batalha, o que nos tornava alvos fáceis. Continuamos correndo até que, finalmente, avistamos Dumbledore. Ele estava duelando contra um grupo de comensais,suas vestes estavam sujas e rasgadas, a expressão sempre tranquila estava furiosa e voraz e sua barba, sempre impecavelmente arrumada, estava um verdadeiro emaranhado de fios brancos.
— DUMBLEDORE ! - Lily gritou e ele terminou de nocautear os últimos três comensais com apenas um simples agito da varinha. Percebi que dois deles usavam vestes da Sonserina, mas o diretor não teve benevolência por serem alunos da escola. Estávamos em guerra, e em um momento como este, deveríamos temer até nossa sombra.
— E então ? Onde está a cobra ? - Dumbledore perguntou, os olhos azuis mais sérios do que nunca tinha visto.
— Eu a matei, diretor - Lily disse e os olhos de Dumbledore brilharam, mas era um brilho diferente. Um brilho de satisfação, de alguém que tem desejo de lutar - Agora é apenas ele
— Encontrem os outros..eu e Tom temos contas a acertar - Dumbledore disse e então, aparatou. Hogwarts era protegida por um fortíssimo feitiço que impedia que, qualquer um com exceção de Dumbledore, pudesse aparatar no castelo, mas com certeza esse feitiço deve ter sido rompido, juntamente com as barreiras de proteção da escola.
— LILY, ALVO ! - Nós nos viramos assustados. Era nosso avô, James Potter. Ele tinha alguns cortes, seu rosto estava imundo, os óculos quebrados e as vestes rasgadas, mas o sorriso em seu rosto era de um alívio verdadeiro, como se não se importasse com seu estado e correu em nossa direção. - Graças a Mérlin achei vocês - Ele disse, nos abraçando fortemente - Vocês estão bem ?
— Estamos ! Lily matou a cobra e Dumbledore foi atrás de Voldemort - Eu disse e ele olhou sorrindo para Lily, os olhos brilhando de puro orgulho.
— Então vamos procurar os outros, ainda não vi o meu lírio desde o ataque começou - Ele disse preocupado e começou a correr pelo castelo, nos puxando junto. Não demorou muito para encontrarmos Scorpius, Sírius e Remo que, apesar de alguns ferimentos, estavam bem e inteiros. Scorpius e Lily já iam começar a agarração quando, graças a Mérlin, Sírius os interrompeu.
— Ei , nós estamos em uma guerra ! Depois vocês dois vão para um motel ! - Ele disse, e Lily lhe lançou um verdadeiro olhar assassino e Scorpius apenas revirou os olhos. Eu sabia que apesar das aparências, ele devia estar nervoso porque não achamos nenhuma das meninas. Os grupos já estavam se dispersando, estavam indo em direção ao pátio, onde Voldemort e Dumbledore fariam o duelo final, em meio as ruinas do castelo. Estava andando quando chegamos perto do salão comunal da Lufa lufa, ou uma parte dele e, de repente, esbarrei em uma pessoa e vi que eram Lene e Lily. Ambas estavam com os rostos vermelhos de tanto chorar, o que me deixou terrivelmente alarmado.
— Lily, graças a Mérlin ! - James disse e Lily se agarrou a ele com força, caindo em prantos logo em seguida. O mesmo acontecia com Sírius e Lene, e Remo apenas assistia a cena com uma expressão conformada, como se já soubesse o que elas iriam falar.
— O que houve ? - Sírius perguntou a Lene, preocupado. Em seguida ele olhou ao redor e sua expressão ficou tensa, como se tivesse entendido o motivo do choro da namorada - Onde está a Dorcas ?
— Está morta..- Disse Lily Evans , voltando a chorar. Todos ficaram em silêncio por alguns instantes, apenas os gritos da guerra sendo audíveis. Dorcas era muito gente boa e com certeza merecia um destino muito melhor do que esse,ela tinha apenas dezessete anos e poderia ter tido um destino brilhante. Pensei que com todas as mudanças que tínhamos feito a vida dela seria poupada, mas..se ela ficasse viva, será que Teddy nasceria ? E se nascesse, será que seria tão próximo a nós como é hoje ?
Por um momento imaginei Teddy nascendo bem mais cedo, sendo criado na geração de meu pai e não na nossa. Um calafrio percorreu minha espinha, só de nos imaginar voltando para o futuro e encontrando Teddy como nosso tio postiço ao invés de nosso irmão. Ele e Vic jamais ficariam juntos. Fui tirado de meus devaneios quando, finalmente, James Sírius apareceu. Ele tinha um corte muito feio na perna e estava mancando, mas fora isso, parecia estar bem.
— O que fizeram com a sua perna ? - Lily Evans perguntou assustada e se aproximando dele, murmurando um feitiço que eu não entendi direito o que queria dizer, mas que fez com que a perna de James cicatrizasse e se curasse rapidamente, como se nada tivesse acontecido.
— Aquele idiota do Malfoy..sem ofensas, Scorp - James disse e Scorpius fez um aceno como se não ligasse. Me lembrei da conversa que tínhamos tido com Lúcio e Snape a menos de uma hora atrás. Eu sabia que Scorpius não concordava comigo no aspecto de que o que falamos poderia mudar a cabeça deles. - Ele cortou a minha perna com um caco de vidro da janela depois que o desarmei, mas eu consegui nocautea-lo depois que ele viu um dos amiguinhos comensais mortos e se distraiu por alguns segundos..
— Eu acho melhor nós sairmos daqui, antes que o teto termine de desabar na gente - Lily Luna gritou, quando vimos algumas das pilastras tremendo e rapidamente cedendo ao peso da estrutura do castelo. Saímos correndo o mais rápido que conseguíamos, descendo as escadas rapidamente, praticamente pulando. O caminho para fora do castelo nunca me pareceu tão longo.
— Ora ora, o que temos aqui.. - Murmurou Goyle, se aproximando de mim e de Scorpius com uma expressão maligna e furiosa. - Vocês vão pagar por isso..AVADA...
— ESTUPEFAÇA ! - Uma voz conhecida bradou e Goyle foi lançado para longe. Quando olhei na direção de quem havia lançado o feitiço, meu queixo caiu de incredulidade. Era Severo Snape. Ele olhava fixamente para Lily Evans, tinha uma expressão de tristeza ao ve-la de mãos dadas com James Potter. - Vão logo ! Não fiquem parados ai ! - Ele disse e eu escutei Sírius arfar logo atrás de mim, mas Lene o puxou rapidamente, para fora do castelo.
Já estava quase amanhecendo e havia um pequeno grupo de pessoas reunidas, observando atentamente algo que eu não conseguia enxergar. Fui entrando em meio ao grupo de sobreviventes até que pude ver com mais clareza: Dumbledore e Voldemort estavam frente a frente, as varinhas em punho e um apontando para o outro. Voldemort tinha uma expressão furiosa , mas estava visivelmente fraco, enquanto Dumbledore tinha voltado a sua habitual e serena expressão, mas eu sabia que podia enfrentar um exército de gigantes.
Scorpius estava ao meu lado, observando a cena atentamente, quando um feitiço passou de raspão por ele, e atingiu um aluno da sonserina que não consegui identificar, mas que estava com um punhal na mão, pronto para atingir Scorpius, sem a mínima chance de defesa. Olhamos para frente e lá estava Lúcio Malfoy e..ele tinha acabado de salvar a vida do próprio neto. Scorpius o olhou sem entender, mas Lúcio apenas o encarou e depois sumiu em meio a multidão, entrando no castelo novamente.
— Vamos acabar logo com isso Tom - Dumbledore disse, em seu tom severo e calmo. - Não tenho tempo para brincadeiras, você perdeu, aceite !
— Não vou me render, velhote ! - Sibilou Voldemort. Naquele momento era possível imagina-lo realmente com as feições ofídicas que iria adquirir daqui uns anos - Eu vou acabar com você..AVADA KEDAVRA ! - Ele murmurou ao mesmo tempo em que Dumbledore murmurou um feitiço não verbal e , os feixes de luz se encontraram. Ambas as varinhas tremiam nas mãos dos bruxos, mas o feixe vermelho que se rompia da varinha de Dumbledore rapidamente venceu o de Voldemort, fazendo com que o feixe vermelho rapidamente atingisse o bruxo das trevas, que com uma expressão que misturava raiva e choque, ficou totalmente petrificado.
Gritos e palmas foram ouvidos enquanto Dumbledore lançava um último feitiço em Voldemort, fazendo com que seu corpo se desintegrasse como um castelo de areia atingido pela água do mar, transformando-se em um monte de pó. Lord Voldemort finalmente fora derrotado. Ouvi James Sírius gritar e eu me senti expremido em um forte abraço, que rapidamente retribui. Nós tínhamos conseguido !
Sabíamos que, se conseguíssemos voltar ao nosso tempo, muita coisa deveria ter mudado, algumas para melhor e outras para pior, mas com certeza poupamos nosso pai de uma infância horrível e agora ele poderia crescer com os pais, como uma criança normal. Além disso, Adolf Hittler do mundo bruxo estava , finalmente, destruído. Os comensais da morte sobreviventes foram presos em uma sala em que era impossível realizar qualquer tipo de magia, incluindo Narcisa, Lúcio , Snape ,Crabbe e Lestrange.
Bellatriz estava morta , assim como o pai de Sírius. Régulo havia sido capturado também, assim como a mãe de Sírius, mas ele não parecia nem um pouco triste pela hipótese da mãe levar o beijo do dementador. Os pais de Dorcas estavam inconsoláveis com a morte da filha, um corpo foi encontrado enterrado na floresta proibida ( provavelmente o de Pedro) mas estava impossível de ser identificado. Os comensais sobreviventes seriam encaminhados para interrogatório.
Os alunos feridos foram encaminhados para a enfermaria e os que conseguiam andar ( como era o meu caso) ajudava a leva-los para a enfermaria ou a cobrir os corpos, esperando por seus familiares para providenciarem um enterro digno. A escola estava destruida e , de acordo com Dumbledore, seria impossível reabri-la no ano seguinte para a volta as aulas. Como um prêmio aos alunos do sétimo ano ( como James, Remo, Sírius, Lily e Lene) Dumbledore concordou que eles, assim como os outros, mostraram incríveis conhecimentos em magia e que estavam mais do que prontos para seguirem a carreira que quisessem.
Os pais de James se feriram na guerra e foram encaminhados para o St Mungus, assim como Alice e Frank , mas não corriam risco de vida. A maioria dos comensais da morte foram condenados ao beijo do dementador ou a prisão perpétua em Azkaban. Lúcio e Snape foram poupados do beijo do dementador por terem salvo a minha vida e a de Scorpius, trocando de lado na guerra no último e crucial segundo, mas teriam que ajudar na reforma da escola sem o uso de magia. Narcisa Black também foi poupada, pois foi graças a informações cedidas por ela que conseguimos uma grande vantagem em relação a Voldemort e seus comensais.
Já haviam se passado cerca de duas semanas da guerra e nós cinco ainda estávamos em Hogwarts, ajudando na reforma. Snape e Lily voltaram a ser amigos , ele continuava a não gostar dos Marotos, mas agora tinham uma relação..tolerável. Estávamos sentados nos jardins, quando Dumbledore apareceu.
— Boa tarde meus jovens..tenho uma boa notícia para vocês quatro - Ele disse apontando para mim, James Sírius, Lily Luna e Scorpius.
— O que ? - Lily Luna perguntou, levantando-se do colo de Scorpius.
— Finalmente, consegui concertar o vira tempo de vocês - Ele disse sorrindo e retirando o pequeno vira tempo de dentro dos bolsos das vestes - Está na hora de vocês irem..já cumpriram a missão de vocês por aqui..e com certeza devo agradecer..tão jovens, e responsáveis pela salvação do mundo bruxo. Senti meu coração doer. Eu não estava preparado para as despedidas.
Voltei meu olhar para os Marotos, Lene e Lily. Todos estavam com os olhos marejados. James e Lily se levantaram e nos abraçaram fortemente, assim como Sírius, Remo e Lene. Até Snape e Malfoy se despediram da gente, com direito a agradecimentos por termos aberto seus olhos e os feito enxergarem a verdade sobre o que estavam fazendo. Foi uma despedida lenta e dolorosa, pois quando voltássemos, ninguém além de nós quatro se lembraria de tudo o que aconteceu.
Dumbledore colocou a corrente em torno de nós quatro e, com um último olhar marejado vimos tudo rodar, e as cenas rodavam e passavam lentamente, sem nada focado. Estávamos, finalmente, voltando para o nosso ano.


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