Aventuras em 77 escrita por pureblackgalaxy


Capítulo 30
29- A última Horcrux destruída


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥



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Pov Lily Luna


Eu e James Sírius estávamos cobertos pela capa de invisibilidade. Senti meu estômago embrulhar enquanto Bellatriz ajoelhava-se diante de Voldemort, como se ele fosse algum tipo de santo e ela fosse a sua mais fiel serva, que o admirava cegamente.
– Bellatriz sempre foi tão assustadora..mas agora, vendo-a assim..ela não é nada além de patética - Eu disse com nojo na voz e James Sírius me encarou por alguns segundos.
– Ela é patética mesmo - Ele concordou - Mas ainda pode nos matar com um piscar de olhos - Concluiu, e ouvimos sons de vozes se aproximando . Era um grupo de cerca de dez comensais da morte . Logo atrás, haviam mais dois homens que, apesar de estarem com o grupo, estavam afastados e conversavam em um tom baixo.- Vamos, eles podem esbarrar a gente - Eu e James seguramos a capa sobre nós e começamos a nos afastar na direção oposta .
– Espero que Alvo e Scorpius tenham saído de la - Eu disse nervosa e preocupada, principalmente por não vê-los desde que entramos na floresta.
–... Avery e Goyle estão com a cobra - Escutei uma voz masculina sussurrar e parei abruptamente, e eu e James nos encaramos com os olhos alarmados.
– Fiquei sabendo que o Lord das Trevas a escondeu dentro de Hogwarts..mas não quiseram me contar mais coisas - Disse a outra voz masculina, visivelmente desapontada.
– VOCÊS DOIS ! - Gritou o homem que guiava o grupo, que aparentava ser o líder - Parem de fofocar e fiquem com os outros ! Querem ser mortos pela Ordem ? - Ele perguntou furioso e os dois correram em direção ao grupo, como cordeirinhos assustados. Eles continuaram a caminhada, até adentrarem na enorme floresta e não serem mais vistos.
– Droga - Praguejou James, vendo o grupo se afastar - O que a gente faz agora ? - No momento em que eu ia responder, senti algo colidir comigo e eu cai no chão, com uma força absurda. Peguei minha varinha, pronta para atacar o maldito, quando olhei para o chão e reconheci o tênis azul berrante e horroroso do Alvo - ALVO ! - Eu olhei para os lados, e como não vi ninguém, sai debaixo da capa - Sou eu, seu idiota !
– Desde quando você tem uma cabeça tão dura assim ? - Alvo reclamou enquanto tirava a capa de cima dele e de Scorpius, massageando a própria cabeça em seguida. Eu o fuzilei com o olhar, enquanto Scorpius lhe lançava um olhar preocupado.
– Depois vocês discutem, pelo amor de Mérlin - Disse James Sírius exasperado - Olha, eu e Lily escutamos uma coisa - Ele disse e começou a contar aos dois tudo o que tínhamos ouvido dos comensais.
– Então quer dizer que está em algum canto do castelo ? - Scorpius perguntou e eu acenei positivamente - Mas o castelo é enorme ! Como vamos fazer isso ?
– Vamos nos separar - Eu disse e peguei minha mochila, abrindo-a. Peguei a pequena bolsa em que tinha guardado a espada de Grifínória ( com a ajuda do feitiço de extensão ) e as presas do basilisco. Coloquei minha mão no fundo da bolsa e retirei três das presas, entregando uma para cada um dos meninos.
Entreguei também alguns apetrechos dos kits da Gemialidades Weasleys, que Tio George havia me dado que poderiam ser úteis com os comensais e também uma poção, que era forte o suficiente para entorpecer a cobra, tornando possível mata-la com a presa do basilisco. A espada de Grifinória ficaria comigo. Nos cobrimos com a capa novamente ( eu com James e Alvo com Scorpius) após repassarmos o plano e as medidas emergenciais mais uma vez, e fomos para o castelo.
Quando chegamos no pátio o local parecia um verdadeiro campo de batalha, e como esperado, os comensais da morte estavam sendo massacrados. Haviam alguns aurores e membros da ordem e alunos feridos, é claro, mas nada muito sério. Entramos no castelo, que estava totalmente tomado pela batalha, até acharmos um corredor que estava vazio, com apenas alguns corpos de comensais mortos estendidos pelo chão.
Nos abraçamos fortemente e depois nos separamos. Eu estava extremamente nervosa, não tinha visto nenhum sinal de James, Lily, Siríus, Remo, Dorcas ou Lene durante o caminho. Será que eles estavam bem ? Balancei minha cabeça, tentando afastar os pensamentos negativos, enquanto corria pelos enormes corredores do castelo, desviando de vários feitiços no processo. " É claro que eles estão bem" tentei pensar " eles são ótimos em duelos, são inteligentes..não vão se deixar atingir".
Quando estava virando o corredor, acabei dando de cara com Crabbe. Ele fez menção de me lançar algum feitiço, mas eu fui mais rápida e o desarmei, estuporando-o logo em seguida. Voltei a correr, desviando de seu corpo durante o caminho. Corri até uma das salas vazias vazias e deixei minha mala escondida entre as mesas, pegando apenas a pequena bolsa com o feitiço extensível, que continha tudo o que eu precisava.
Sai sorrateiramente da sala e voltei a correr. No caminho, vi Sírius duelando com um dos comensais da morte e desferir um soco bem no meio de seu rosto. Continuei correndo, me desviando das pessoas até que, vi uma luz de varinha passar zunindo por meu ouvido, não me atingindo por milímetros. Me virei assustada, e senti meu sangue ferver ao ver o homem vestido completamente de negro, com uma máscara cobrindo seu rosto.
Um duelo naquele momento me atrasaria muito, mas eu não tinha outra opção, pois ele jamais me permitiria fugir. Ele começou a desferir diversas maldições em minha direção, ele era experiente e de cada quatro feitiços que me lançava, três eram maldições da morte. Eu já estava começando a ficar desesperada e sem forças, desviava e bloqueava os feitiços como podia, até que de repente eu vi o rosto do homem contorcer-se em dor e ele cair no chão, desacordado.
Atrás dele eu vi meu avô com a varinha erguida e um sorriso maroto, me fazendo respirar aliviada.
– Você está bem ? - Ele perguntou preocupado e se aproximou de mim, me abraçando protetoramente. Eu sorri e o abracei de volta.
– Estou bem, e vocês ? Onde estão os outros ? - Eu perguntei, soltando-o e olhando seus olhos castanho-esverdeados, através do óculos com a armação redonda.
– Estávamos juntos até a pouco tempo atrás, mas acabamos nos separando e nos perdendo..não se preocupe Lily, vai ficar tudo bem..vocês precisam achar aquela cobra - Ele disse sério e me encarando nos olhos. Eu suspirei e concordei, abraçando-o novamente e voltei a correr, enquanto ele voltava a duelar com um grupo de alunos da Sonserina que se aproximavam.
Eu corria, sem me dar ao direito de parar. Sentia que minha roupa e rosto estavam ensopados devido ao suor, meu cabelo vermelho flamejante grudava em meu rosto e nuca, e além disso, eu arfava como se acabasse de sair de uma guerra, o que não era mentira. De repente ouvi gritos e um silvo de cobra logo em seguida, o que fez os pelos de minha nuca de eriçarem. Era Nagini.
Comecei a caminhar cuidadosamente em direção ao barulho. Os silvos da cobra estavam misturados com gritos de desespero e uma risada maligna, o que me fez voltar novamente ao pensamento de que Voldemort e seus comensais eram , de fato, doentes. Como eles conseguiam sentir prazer em torturar uma pessoa, e ver uma cobra com o porte de Nagini destruindo-a ? Me lembrei quando meus pais me contaram o que havia acontecido com meu avô Arthur.
Um frio percorreu a minha espinha e eu engoli em seco. Ele deve ter passado momentos horríveis, de tortura e dor, e eu não pude evitar me imaginar passando pela mesma coisa, enquanto eu me aproximava a passos lentos e o barulho ficava cada vez mais audível. " Não Lily, não pense nisso" eu me forcei a pensar, repetindo essas palavras mentalmente. " Você vai conseguir, você precisa conseguir..pela sua família, por seus amigos..e pela sobrevivência de Hogwarts e do mundo bruxo."
Ela viu alguém se aproximando e se escondeu atrás de uma das pilastras. Ela pode ver Lestrange se afastando, o que a fez presumir que Nagini estava terminando de matar sua pobre vítima, pois os gritos de desespero ainda eram audíveis.Me aproximei silenciosamente e me horrorizei com a visão : Amos Diggory estava todo ensanguentado, fraco, mas ainda ainda tentava inutilmente afastas a cobra de si.
Ela atacava-o sem a menor intenção de parar, e era perceptível que ela não queria simplesmente mata-lo e come-lo, ela queria torturar sua vítima, para depois mata-la, como um ato de clemência. " Extremamente cruel, até mesmo para uma cobra de estimação de Voldemort". Parei na porta do recinto, verificando se não havia ninguém. Eu precisava calcular muito bem os meus passos, Nagini não podia ouvir meus passos de forma alguma, pois isso poderia significar minha morte, porém, se eu demorasse muito, Amos morreria.
Peguei cuidadosamente a espada de Grifinória de minha bolsa, tomando o máximo de cuidado para não fazer barulho e respirei fundo , começando me aproximar . Amos estava fraco demais, mal conseguia gritar, e Nagini estava entretida demais em terminar de torturar seu futuro jantar. Comecei a me aproximar lentamente, sentia meu coração acelerar com a minha aproximação com a cobra e então, com um movimento rápido, cortei a cabeça de Nagini com a espada.
Ela emitiu um silvo ainda mais assustador quando a espada atingiu e, assim como as outras horcruxes, se desfez em milhares de partículas pretas, como uma fumaça. Me aproximei de Amos e coloquei a mão próxima a sua jugular. Ele ainda tinha um pulso bem fraco, não aguentaria muito tempo. Pedi para que ele aguentasse, e sai correndo, em busca de ajuda.
Sentia a adrenalina percorrendo por todo o meu corpo enquanto eu corria. Estava acabado, todas as horcruxes estavam destruídas. Agora era só Voldemort e nós. Encontrei Madame Ponfrey cuidando de alguns alunos e contei a ela tudo o que tinha acontecido com Amos, e então eu a guiei até a sala onde ele tinha sido atacado pela cobra, rezando para todos os santos que ele ainda estivesse vivo.
Não queria imaginar como seria se Cedrico Diggory não nascesse..


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